Ativo = que age, diligente, enérgico, vivo, o que se possui (por oposição ao passivo, que deve).

X X X

- O que foi, Uruha?

Aoi me apertou um pouco mais em seus braços. Estávamos sentados no sofá da sala, a televisão ligada passando qualquer coisa. Já havia anoitecido, e... havia algo me incomodando. Mas eu não sabia o que era. E pelo visto Aoi havia percebido.

- Não sei... Eu realmente não sei, Yuu.

- Hm. Que tal uma coisa pra te animar?

- O quê?

- Vamos numa boate?

X X X

Assim que pisamos na casa noturna, eu me arrependi um pouco de ter aceitado a proposta de Aoi. Mas depois que a música pulsante começou a preencher meu corpo, deixei isso de lado. O moreno sorria, satisfeito por ter encontrado algo para melhorar meu humor tão cabisbaixo... por algo que eu ainda não sabia.

Nossos corpos balançavam no ritmo da música, e eu já não estava mais ligando para o resto do mundo. Fechei meus olhos, incomodado com as luzes que piscavam. Logo senti a mão de Aoi na minha cintura, colando seu corpo no meu. Entreabri os olhos, vendo seu sorriso malicioso, e ele aproximou nossos rostos, as testas coladas.

Fechei meus olhos, me entregando ao ritmo, apenas me concentrando no corpo de Aoi que roçava no meu. Abri meus olhos quando senti os lábios do moreno roçando no meu pescoço, depois mordendo-o e sugando a pele. Joguei meu rosto pro lado, dando mais espaço.

Sua mão na minha cintura me apertou um pouco mais, deixando nossos corpos mais juntos, e pude sentir a excitação de Aoi contra a minha coxa. Um gemido escapou dos meus lábios, mesmo que não pudesse ser ouvido.

- Uruha...

Aoi gemeu meu nome em meu ouvido, seus lábios apenas roçando o lóbulo da minha orelha. E todo aquele toque suave estava me deixando louco. Segurei seu rosto com as mãos, minha língua praticamente estuprando sua boca, faminta. Explorei cada canto daquela boca obscena, minhas mãos deslizando pelo seu tórax, parando em seus mamilos, enquanto eu sentia suas mãos na minha cintura, descendo em direção às minhas nádegas.

Quando nossos rostos se separaram, ofegantes, puxei-o pela mão indo em direção ao banheiro. Olhei, não encontrando ninguém, depois joguei Aoi dentro de um dos boxes, trancando a porta. Prensei-o contra uma das paredes, minha língua explorando sua boca com fúria, enquanto minhas mãos desafivelavam seu cinto e arrancava suas calças.

Ele apenas me olhava, sorrindo malicioso, enquanto eu descia as minhas calças e o prensava contra a parede, nossos membros já rijos entrando em contato direto. Meus lábios mordiscavam a pele branca do seu pescoço, enquanto minhas mãos desciam pelas suas coxas, segurando-as em torno da minha cintura.

Parei por um minuto, olhando para o moreno num pedido mudo de permissão. Aoi sorriu, os olhos brilhando, predatórios, e aquela era toda a permissão que eu precisava. Suas pernas entrelaçaram a minha cintura e eu o penetrei, com cuidado. Assisti Aoi enterrar os dentes nos lábios, e depois deitando sua cabeça no meu ombro.

- Yuu? Tudo bem?

Ouvi sua risada baixa e depois senti seus lábios roçando no meu pescoço, sua voz saindo baixa e provocante.

- Dessa vez sou eu quem vai pedir, Kou. Me fode.

Senti que eu poderia perder o controle ali, só com aquele pedido. Eu não estava preocupado se estávamos no banheiro da boate ou não. Só o que eu conseguia era estocá-lo, segurando suas pernas com força, enquanto nos beijávamos com uma volúpia que eu ainda não tinha visto em quase um ano de relacionamento.

Quando finalmente atingi sua próstata, ele jogou a cabeça pra trás, o som da batida sendo abafada pela música alta da pista. Mordeu um de seus dedos, com força se controlando para não gritar. Continuei a estocá-lo no mesmo ângulo, até que eu me desfiz em se corpo, e ele se desfazia entre os nossos corpos.

X X X

Me joguei na cama, vestindo apenas um roupão, os cabelos molhados. Senti o colchão se afundar ao meu lado, e os braços de Aoi me puxando contra seu corpo. Abri os olhos, me deparando com um sorriso nada inocente.

- Sabe... deveríamos ir a boates mais vezes.

Eu sorri, ficando vermelho. Ele esticou a mão acariciando meu rosto.

- Ne... passou o incômodo?

Franzi o cenho, ponderando sobre a questão.

- É... acho que sim.

- E você sabe agora que incômodo era esse, Kou?

Deitei minha cabeça em seu peito, fechando os olhos e sentindo sua mão acariciando os meus cabelos úmidos.

- Kou?

- É, eu sei. É essa coisa de posições.

- Você falando assim, soa estranho.

- Eu não sei como me expressar.

Ouvi sua risada baixa, e fiquei encarando um canto da parede, ruborizado.

- Kou, eu nunca disse que você não poderia... tomar as rédias da situação. É que você nunca tentou.

Sorri, pelo modo que ele havia usado as palavras. Levantei meu rosto, beijando com carinho.

- Nee, Yuu?

- Hm?

- Vamos mais vezes em boates?

- Claro, Kou... o que você quiser.

Assenti, voltando a me aninhar contra o seu peito.

~ Fim ~