A cor era vermelho sangue.

O meu sangue.

Queria entoar tudo o que me cerca, mas só consigo ao me ferir. Eu pisava no tapete da sala, muito desesperado. As gotas caiam.

Pinga, pinga, gota.

Gritava por causa da dor. Era um arfo desesperado, uma súplica quase sem fôlego. Segurei meus pulsos, tentando abrir a pele mais ainda para que o sangue escorresse junto com as dores.

Um rasgo estilhaçou minha garganta, mas eram palavras entaladas. Sem fôlego, caí para o lado, abraçando a escuridão como uma velha amiga. Se eu tivesse sorte, ninguém teria trabalho para limpar o tapete.