Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 81
Sending letters


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei, mas vocês podem culpar a instituição de Dementadores que chamamos de escola...
Obrigada a Taah por comentar o cap. anterior.
Gente, estou sentindo falta de vocês nos comentários... o que aconteceu? A fanfic está chata? Se estiver, podem falar, só não me abandonem pleaseeee.



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—Bianca, amor da minha vida – disse Jonay se aproximando dela com Harry em seu encalço. - Tenho uma coisa para mostrar.

Harry puxou do cós da calça uma coisa comprida e com a ponta curvada e pontuda.

—Serve para matar Horcruxes, é um dente de basilisco.

—Foi assim que Dumbledore e eu destruímos a taça de Hufflepuff – completou Jonay.

Bianca assentiu.

—O problema é que a Horcrux sumiu, lembram?

—E você tem alguma suspeita de quem seja o ladrão?

—Tenho uma suspeita – admitiu a garota —, mas não é boa.

—Por quê? - questionou Jonay. - Em quem está pensando?

—Eu disse que não é bom, não queiram saber.

Bianca se esquivou dos meninos, mas Harry conseguiu agarrá-la antes que ela se afastasse muito.

—Eu preciso saber, estamos juntos nisso.

—Draco – ela disse. - É dele que eu desconfio.

—O que ele fez que o denunciou? - perguntou Jonay.

—Ele é um Comensal da Morte jovem, Voldemort só lhe confia tarefas simples, como roubar livros – Severo meteu-se na conversa -, e a chave para encontrar o livro está no dia… - ele engrolou de novo.

O Tabu ainda estava valendo. Depois de o ajudarem a se recuperar, ele escreveu em um pergaminho. Seis de janeiro, Paris, França, Festival dos tolos.

—Está me dizendo que vou ter de esperar de seis de janeiro, ir até a França e procurar em uma festa cheia de gente, por algo que me levará ao livro, que pode não estar na França? - ela esganiçou.

O professor assentiu e ela bateu os dedos no corrimão de mármore atrás dela. Jonay e Harry observavam a cena perplexos. Dando a conversa por encerrada, Bianca e Severo se retiraram para lados opostos. Os meninos trocaram olhares confusos. Bianca sempre demonstrou disposição para viajar e fazer de tudo se chegasse mais perto de derrotar Voldemort no processo, mas parecia cansada de tudo que se envolvia nas viagens, como as mentiras. Harry bem se lembrava do dia em que Bianca quase recusou-se a fazer o teste de quadribol para não mentir para Sirius, mas tinha muito tempo até seis de janeiro. A viagem poderia ser bem organizada se Bianca quisesse ir.

—Temos de convencê-la a ir – disse Jonay.

—Se nós insistirmos, aí que ela não vai mesmo, mas tem, pelo menos, três pessoas que podem nos ajudar.

Jonay olhou o amigo, ainda confuso.

—Quem são essas pessoas?

Antes de falar, Harry ergueu três e enunciou:

—Sirius, Remus e Fred, é claro. Tenho de ir agora, vou escrever para eles.

*********

31 de outubro, a alegria era tangível no muno mágico, afinal era o Dia das Bruxas, mas no largo Grimmauld, Sirius caminhava de um lado para o outro pensando que, há quinze anos, James e Lily deram as vidas para salvar a de Harry.

Parou em frente ao quarto de Bianca, pensando no estranho pingente de pedra que ela usara no ano anterior. Era a Pedra da Ressurreição, capaz de trazer mortos de volta. Pegou a pequena rocha, girou-a entre os dedos, pensando em um passeio a Hogsmeade no sétimo ano, quando James convidou Lily para tomar cerveja amanteigada e surpreendentemente, ela aceitou. Depois daquele dia, se tornaram namorados…

Depois da formatura, quando os Marotos e Lily entraram para a Ordem de Fênix…

No casamento deles, o uísque de fogo acabou e Sirius, Remus e Peter tiveram de transfigurar água para servir…

A pia da casa de Godric's Hollow quebrara e foram necessários três Marotos para secar a cozinha…

1981, quando descobriram que nem todo grifinório era corajoso e nem todo Maroto era leal aos amigos…

—Almofadinhas?

Não fora Aluado a chamá-lo. Fora… Pontas? Uma mão pequenina pousara em seu ombro e um aroma inconfundível de morango imundou o ar. Lily Morango Evans Potter? Sirius congelou. Se espiasse por cima do ombro, veria quem estava ali, mas não queria se desapontar. Gostara da voz de Pontas e do cheiro de Lily.

—ARRE! - Remus gritou, caindo de costas no chão.

—Aluado? - a “voz de Pontas” perguntou. - Rabicho está aqui também?

—Nunca deixaria aquele patife traiçoeiro entrar na minha casa – disse Sirius.

—Okay… se importa de se virar para nós enquanto conversamos? - Lily pediu.

Girando nos calcanhares minimamente, Sirius encontrou Lily e James perfeitamente saudáveis e muito mais jovens do que ele, como se não tivessem envelhecido uma hora sequer desde outubro de 1981.

—Onde estavam esse tempo todo? - ele esbravejou. - Têm ideia do que Harry passou nas mãos daqueles trouxas horríveis?

—Estávamos uma estação King's Cross paralela – a ruiva tornou a dizer. - Petunia e Válter não cuidaram dele?

—Foram horríveis com ele – disse Remus, levantando-se e esfregando a nuca. - Ele é um ótimo apanhador, mas se não o fosse, teria pavor de vassouras.

—Apanhador? - James exclamou. - Harry James Potter, o meu filho, apanhador?

—Pela Grifinória – Sirius assentiu.

Aquilo fez James se animar e bombardear os amigos com uma série de perguntas. Lily observou a decoração do quarto onde estavam. Feminino, porém simples. Nada que tivesse a ver com a extravagante Elis. Na certa, era de Bianca, a afilhada que tão pouco conhecia. Abriu um livro de História da Magia para quinto ano e encontrou a identificação: este livro pertence a Bianca W. Black, grifinória, quintanista, menina Amaldiçoada, Preferida, melhor amiga de Harry Potter, Draco Malfoy e Fred Weasley – namorada dele também!

B, P, M, W… - Lily repetiu baixo. Já vira aquela sequência antes. - MBWP!

—Malfoy, Black, Weasley e Potter? - James perguntou, ao que ela assentiu. - Onde?

Ela virou o livro para ele e recitou, apontando cada nome ao falar:

—Draco Malfoy, Bianca Black, Fred Weasley e Harry Potter.

Os olhos de James se arregalaram. - Quando foi isso?

—No primeiro ano deles – esclareceu Sirius enquanto Monstro servia o chá.

Logo Lily e James foram postos a par dos acontecidos nos últimos dezesseis anos.

—Com quantos anos estão Harry e Bianca? - Lily perguntou.

—Dezesseis – disse Remus.

Lily e James arregalaram os olhos. O tempo passara tão rápido… Os olhos de James varriam a sala com rapidez impressionante, encontrando uma edição do Profeta Diário com Sirius na capa.

—Você é o novo Ministro da Magia… o que aconteceu com Fudge? - perguntou.

—Renunciou.

—Há quanto tempo assumiu?

—Três anos, mais ou menos.

—E não explodiu o Ministério ainda? - o Maroto fez-se surpreso. - Fantástico. Senhor Ministro, eu poderia voltar para o departamento de Aurores?

—Se o chefe do departamento aceitar… - disse Sirius, trocando olhares de soslaio e rindo com Remus, que assentiu -, mas antes, precisamos inventar uma história justificando a volta de vocês.

—Vamos mentir para Harry? - Lily parecia horrorizada em mentir para o filho.

—Não, ele é capaz de entender a verdade. Falo das formalidades.

—Fomos encontrados vagando pela propriedade com vestígios da maldição Imperius – propôs a ruiva.

—Genial. James, se quiser, vamos ao Ministério agora e resolvemos isso. Lil, em que quer trabalhar?

—No departamento de Execução das Leis da Magia.

Em um piscar de olhos, pilhas de papéis surgiram na frente do casal. Depois de assinarem tudo, os Potter foram restituídos de seus cargos. Em seguida, cuidaram da papelada ligada à antiga casa. Quando tudo estava resolvido, Sirius disse:

—Falta apenas o Harry.

—Podemos pegar a guarda dele agora? - perguntou James esperançoso.

Sirius ia concordar, mas uma coruja de Hogwarts entrou pela janela, com cartas iguais para Remus e ele.

Queridos padrinhos,

Tivemos alguns problemas com o que pode ser uma nova Horcrux de Voldemort. Estava guardada por Bianca, mas foi roubada e precisamos recuperá-la o quanto antes. Professor Snape disse que haverá uma pista no dia seis de janeiro durante o festival dos tolos, em Paris, França. A questão é que ela se recusa a ir e pensei que poderiam convencê-la. Qualquer ajuda é bem-vinda.

Harry J. Potter.

—Podemos assinar a papelada, mas receio que Harry não possa se mudar este ano.

*******

Fred dormia tranquilamente. A noite anterior havia sido longa, pois os professores de Rastreamento e Disfarce aplicaram um teste prático em ambiente noturno, que fora bem cansativo, mas rendera o dia seguinte de folga.

Uma coruja-das-igrejas muito alva deixou uma carta de Harry sobre sua escrivaninha. Nela, o moreno pedia que Fred convencesse Bianca a viajar para a França. Impossível, o ruivo pensou assim que terminou de ler.

Caro Harry, escreveu em resposta. Como vai? Acho que não posso te ajudar, já que parei de trocar cartas com ela. Espero notícias e desejo sorte. Fred.

Porém, ele deixou-se tomar por uma coragem súbita de origem desconhecida e escreveu para Bianca.

Sei que te pedi para não responder àquela carta, mas Harry me pediu para intervir na questão da viagem a Paris – não fique brava com ele, por favor. Se trata de uma possível Horcrux de Voldemort, você tem de ir. Se quiser, posso te acompanhar, mas não deixe a oportunidade passar, isso é muito importante para todo mundo.

Fred.


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