Ela se foi... escrita por Missy Lin


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Ela se foi... É uma fanfiction que escrevi em um momento meio depre de minha vida, é velhinha, está no blog a muito tempo, mas a atualizei ao passar para cá.

Boa leitura e espero que goste.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/652281/chapter/1

Ela se foi...

Missy Lin

.

.

.

Sem nunca dizer adeus.

*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

Como ele, Sasuke Uchiha, deveria demonstrar seus sentimentos? Era a pergunta que martelava em sua cabeça a algumas semanas, nunca foi o Don Juan que as garotas achavam, ele sabia que tinha extrema dificuldade de demonstrar qualquer afeto, mas de onde vinha essa dificuldade?


Martelava sua cabeça a fim de obter alguma resposta, ele não queria feri-la mais ainda. E a resposta veio como uma atitude, sem que ela esperasse, e mesmo que ele não tivesse planejado nada, ele tomou seus lábios rosados.

As pessoas não entendiam, um homem, com tamanha genética, com tamanha força, poderia ter escolhido se casar com uma mulher que não tinha nem um clã definido. “Louco, como ele não teme ter filhos sem sharingan?

Os mais antigos conselheiros quase enlouqueceram quando souberam que Uchiha Sasuke, o ninja portador de tamanho poder genético, se casaria com Haruno Sakura, uma garota cuja genética não ajudava em nada. Eles tramavam que o Uchiha ficasse com a Uzumaki Karin, em suas cabeças velhas, unir tais clã renderiam crianças fortes, seria o trunfo da folha.

Quando Kakashi soube do descontentamento dos anciões, procurou Naruto e o pôs a par, “Quem eles pensam que são, para julgarem o amor?” Foi o que o louro berrou aos quatro ventos.

Amor...

Amor...

Nunca dissera a ela o quanto a amava, não por palavras, mas agradecia a Kami por Sakura ser esperta e o conhecer tão bem, ela sabia que era amada, não era?

Casaram-se, e consumaram o casamento, dois meses depois uma pequena criança desabrochava no ventre de Sakura. Sasuke não disse nada quando soube, mas seu corpo inteiro vibrava. Se ele soubesse, ele teria dito algo...

Ela estava a poucos meses de ganhar o bebê, quando aquela estranha missão surgiu para Sasuke. Mesmo implorando para não ir, ele foi... tolo erro. Quanto se arrependeria...

Alguns dias depois, recebeu um pergaminho, enviado por Naruto. A vila havia sido atacada, e Sakura havia partido.

No momento ele pensou em um sequestro. Mas quando chegou a vila, soube, seu corpo estava ali, mas sua alma não mais.

O que esperar ao saber que a única mulher que já sentiu algo próximo do amor, esta morta, que a criança que mal teve tempo de conhecer... também.

Naruto até tentou segui-lo quando ele sumiu novamente, o vingador renascia.

“Sasuke, pelo amor de Kami, não faz merda, você sabe o quanto Sakura te queria longe da escuridão.”

“Sasuke, era inevitável.”

“Nada pôde ser feito.”

Seu silêncio se esvaia para o ódio intenso.

Quando revirou sua casa semidestruída e se agarrou as roupas de Sakura, deslizando até o chão, puxando o ar mais forte que podia... Quando entrou no quarto intacto que nunca receberia um bebê em seu berço, quando encontrou o bilhete na geladeira, “Sasuke, nós te amamos” presa a uma foto da sua última ultrassom, cujo não fora devido a sua inusitada missão.

“Nós te amamos”

“Tudo o que você ama morre”

Seu ódio chegou ao ápice, berrar e socar as paredes, não a traria de volta. Sakura e sua pequena filha estavam mortas.

Mortas!

Naruto batia contra a porta improvisada da casa, que cederá, e ao entrar, viu maior destruição do que o dia que encontrou o corpo já sem vida da amiga. Passou pela sala revirada, viu a cozinha em cacos, andou pelo corredor cheio de buracos, viu a primeira porta do quarto do casal, estava irreconhecível, e então chegou a última porta, o único quarto intacto. E lá estava Sasuke, no chão, escorado no berço olhando para um par de sapatilhas vermelhas bem menores que sua mão.

— Sasuke... — Naruto entrou com cautela se agachando ao lado do amigo.

— Sabia, foi com esses sapatinhos que ela me contou que estava grávida, com esses sapatinhos vermelhos.

*~~*~~*~~*~~*



— Sasuke-kuuunn — surgiu pela porta com um embrulho — Tenho um presente para voocê.

Sua animação era contagiante.

— Sakura, sabe que não gosto de presentes.

— Eu sei, eu sei... Mas deste você gostará.

E ele o abriu, e no mesmo tempo ficou estático...

— Você... Você, está...

— Siiim, seremos pais, Sasuke-kun.

E ele a abraçou, sem saber o que dizer, só... a abraçou afagando seus cabelos rosas. Como ele queria poder voltar no tempo e dizer naquela hora que a amava, que ela era a melhor coisa que lhe aconteceu.

*~~*~~*~~*~~*



— Quem fez isso com elas? — o voz rouca de Sasuke saiu por entre os dentes.

— Só dois não morreram, e estão sendo interrogados na prisão. Foi um ataque generalizado, mas, a única casa invadida, foi esta...

— Alguém planejou isto. Alguém me queria longe.

— Como é Sasuke?

— Alguém planejou mata-las, e eu descobrirei.

— Sasuke, isso não vai traze-la de volta.

— Ah, vai sim.

Sasuke se levantou com brusquidão, colocando o sapatinho delicado sobre o berço.

— Sasuke. Pára.

Os dias iam passando, e eles viraram semanas e depois meses. Sasuke enlouquecia lentamente.

No dia que a criança nasceria ele se afundou na bebida, se meteu em uma briga e deixou que lhe batessem até que ficasse desacordado, Naruto o arrastou até sua casa e tentou ter outra conversa com Sasuke, mas foi atingido por um soco de direita, mediante a berros de não ter cuidado dela.

Naruto nada respondeu. E viu seu amigo sair, para acabar consigo mesmo ainda mais. Até que finalmente descobriu, após o amigo desaparecer, que ele havia matado todos os anciões, e agora era novamente um foragido sob pena de morte.

O problema, era que Sasuke não sumiu com as mãos vazias.

*~~*~~*~~*~~*


— Rápido Sasuke, põe a mão. — ela estava esparramada no sofá, com a barriga redonda de fora. E ele podia ver uma leve agitação abaixo de sua pele.

— É ela? — perguntou surpreso ao tocar e sentir como a movimentação era intensa.

— Sim, é a sua filha.

— Nossa. — a corrigiu, e ela sorriu abertamente.

*~~*~~*~~*~~*

Como ele queria poder voltar no tempo e dizer naquela hora que a amava, que ela era a melhor coisa que lhe aconteceu.


Voltar no tempo... voltar no tempo...

Um selo da morte a ser conjurado, uma vida pela a outra... se ele pudesse nunca teria ido àquela missão, teria exterminado o conselho antes... Teria dito que a amava, teria feito tantas coisas...

Sentado a escrivaninha, escreveu suas últimas palavras, para ela.

Cinco anos vivendo apenas para encontrar uma maneira de salva-la, cinco anos sem o sorriso dela.

Tirou seu sobretudo, abriu o corte no braço, e sobre o selo pingou seu sangue, pronunciou o Jutso proibido, sua intenção, porém não foi atingida.

Se seu gosto era voltar pouco antes do ataque para se auto impedir de ir a missão, de acabar com o conselho, infelizmente, não foi o que aconteceu... mas ele teria só uma chance.

Se viu em meio a floresta, notou que ainda era a quarta guerra ninja, socou-lhe o punho contra a árvore, vibrando de raiva, quando uma voz familiar lhe atingiu.

— Mas que merda é você?

Ao virar-se deparou com seu próprio eu de dezessete anos, seu eu, que julgando, havia acabado de derrotar Kabuto, que já sabia que seu irmão nunca quisera seu mal...

Seu eu, dez anos mais jovem, sacou a espada e ele fez o mesmo, deixando o mais novo estático, era a mesma espada, era como olhar sua versão mais velha.

Sasuke viu a marca do selo na mão esquerda começando a desaparecer.

— Certo. Não tenho muito tempo. — O mais novo arqueou uma sobrancelha. — Prometa para mim, que não sairá para uma missão daqui cinco anos, próximo da data de 28 de Abril.

— Por que prometeria isso?

— Porque sua mulher e sua filha morrerão neste dia.

Sasuke olhou o selo novamente em sua mão, ele tremia. Sabia que seu eu antigo pouco acreditaria.

— Só, não repita meu erro, diga que a ama, a abrace mais, seja melhor do que eu fui.

— Você parece uma cópia deslavada...

— Itachi, meu... seu irmão, disse a momentos atrás que sempre te amaria, e, eu sei das noites que você acorda chamando o nome dela.

— Hum... um espião. — ele parecia entrar em formação de combate. Maldito seu eu do passado.

— Mate os malditos conselheiros, eles tramarão a morte de sua mulher e filha.

— Quer mesmo que eu acredite nisto?

— É minha única esperança. — o selo já sumia, e ele sentia que voltaria a qualquer momento. — Proteja Sakura com sua vida.

E se foi.

O Sasuke mais novo não tardou chegar ao campo de batalha, saltando propositalmente a frente de Naruto e Sakura, a olhando firme... Se aquele era realmente seu eu do futuro, e para ele estar tão alterado, significa que as coisas não iriam ser nada boas, por isso ele teria de ser o “Hokage”.

Sasuke volta ao seu tempo, e olha em volta, percebendo que esta em total silêncio. Andou pela casa, cuja, não estava mais bagunçada, mas também não havia nenhum indicio de Sakura. Ele correu por todos os cômodos exasperado, mas não havia nada, nem o quarto de bebê estava mais ali. Ao contrario, era o quarto de uma criança. E então pode ouvir aquela voz doce passando pela porta.

— Tá bom Sarada, prometo que pensarei se te compro um porquinho da Índia.

Sasuke passou por aquele corredor feito um furacão, e abraçou Sakura como nunca antes. A beijando em seguida.

— Ah, papai, mamãe, eu to aqui. — Sarada reclamava virando a cara.

Sasuke se voltou para a pequena, aparentava ter pouco mais que quatro aninhos, era tão linda quando imaginou em seus devaneios, ele agachou, frente a aquele pequeno corpinho emburrado, e tocou a testa da menina com dois dedos.

— Obedeça sempre a mamãe, e saiba que eu te amo mais que tudo nesse mundo. — e depois abraçou a pequena.

Ele olhou uma vez mais a Sakura estática.

— Sakura, eu... te amo. — Ele a viu sorrir e o abraçar. Repetir “Eu também”, várias vezes, e o fitar preocupada.

— Sasuke, está tudo bem?

Ele nada respondeu e saiu pela porta rápido.

— Papai "tá" estranho.

— É Sarada, ele está mesmo, mas agora você tem que tomar seu banho e ir direto para cama. — Ela obedeceu e foi, quando Sakura passou pelo corredor encontrou o escritório do Sasuke aberto, e na mesa estendida, o selo proibido, que ao passar os olhos o reconheceu, do lado havia uma carta dobrada, ela o pegou, abrindo-a.

“ Meu maior desejo era passar a eternidade ao seu lado Sakura, mas isso foi tirado de mim precocemente...

Sinto muito nunca ter dito que te amo antes, nunca ter revelado meus sentimentos, mas não ter você me quebrou de mais... Felizmente, só eu me lembrarei.

Peço que não me odeie, não pela minha escolha, mas entenda, eu não aguento viver mais um dia sequer sem seu sorriso, sem o brilho dos teus olhos, sem nunca ter tido a oportunidade de ver o rosto de nossa filha.

Cuide de nosso bebê, e cuide de ti também.

Obrigado por me fazer o homem mais realizado deste mundo”


Sakura deslizou o corpo até o chão...

— Sasuke...

Ele, nesse momento entrava pela janela do Uzumaki, cujo já estava na cama. Sozinho. Hinata estava no banheiro.

— Teme, o que tá fazendo aqui?

— Naruto, cuide de Sakura. Nunca permita que ela se fira.

— Do que tá falando?

Ele sorriu de canto e cai ao chão, quando finalmente o selo se fixa.

Nesse momento Naruto pula em sua direção e Hinata sai do banheiro berrando ao ver a cena.

— “Dizem que quando morremos, vemos nossa vida passar diante de nossos olhos, eu agradeço tanto, por ter visto você minha pequena, você foi a minha vida. E sempre será. Obrigado.”

Fim...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura. Beijos :´(



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ela se foi..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.