A Garota Misteriosa escrita por Enya


Capítulo 7
Capítulo 6




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- Então... O que acha? – ela me perguntou não se contendo de entusiasmo.

- Simplesmente... Magnífico! Não sabia que havia um lugar como este aqui em Forks... Ainda estamos em Forks não é? – quando disse isso ela riu parecia o coro dos anjos.

- Sim, ainda estamos em Forks. – era uma linda clareira, pequena, mas sua simplicidade a transformava em algo grande havia vários tipos de flores muito coloridas e alegres elas dançavam junto com o delicioso e confortável sopro do vento, mais a frente havia um pequeno riacho que estava transbordado de vida, pequenos peixes pulavam alegremente como se o mundo fosse só deles, também havia pequenos pássaros voando acima de nossas cabeças eles dançavam uma incansável dança e seus cantos se misturavam com o canto dos ventos, o topo das arvores dançavam junto com os pássaros como se estivessem nos dando às boas-vindas aquele magnífico lugar, e o sol... Naquele dia estava brilhando muito mais do que nos outros dias, o vento soprou no meu rosto como se fosse um beijo trazendo junto o cheiro delicioso daquele lugar, quente, confortável, me sentia em paz naquele lugar, ainda estava perdido nos meus pensamentos olhando aquela vista quando Bella entra na clareira eu ainda estava protegido no meio das arvores, estava com medo de sair do meu lugar e entrar na luz, tinha medo de Bella me rejeitar, dizer que sou uma aberração, se ela me visse como sou no sol provavelmente iria correr apavorada de mim, quando ela viu que eu não estava a seguindo ela me encarou com carinho e deu um sorriso amável.

- Edward... Não precisa ter medo, venha quero lhe mostrar como a vida pode ser maravilhosa. – quando percebi ela estava ao meu lado e segurando a minha mão, aquele pequeno contato inflamou o meu coração que há muito tempo não se aquecia, lentamente ela me retirou da escuridão onde me protegia sendo levado para a luz amiga, quando entrei na clareira fechei meus olhos com medo de ver o horror, o medo naquela que eu não queria que tivesse medo de mim, mas ao invés disse eu a senti entrelaçando mais seus delicados dedos nos meus, abri lentamente meus olhos e quando olhei para ela eu não vi a repulsa em seu olhar, só amor, carinho, felicidade, ela deve ter percebido o que eu estava imaginando e me respondeu a minha pergunta que estava em meu olhar – Não... Eu não tenho repulsa nenhuma em relação a você ou a sua família, ao contrário de vocês que acham isso repugnante eu acho fabuloso mesmo não sendo humanos vejo a vida em sua transparência, brilhante, colorida, a vida começa assim sabia Edward?

- Não estou entendo no que esta querendo insinuar?

- A vida Edward, começa sempre nos lugares onde menos podemos imaginar como na carcaça de uma arvore que caiu após uma tempestade ela pode ter morrido, mas com sua morte ela esta dando a chance de outros seres viverem. – disse ela quando estávamos no meio na campina e nos sentávamos no meio das flores que ainda dançavam no ritmo do vento.

- Acho que estou entendendo – mas ainda assim era confuso, então achei melhor mudar de assunto – como encontrou este lugar? – estava curioso, ela deu um pequeno sorriso tímido.

- Antes de encontrar você naquela noite, estava andando pela floresta, sempre gostei de ficar onde se vê, ouvi e sente a vida, a vida esta em todo o lugar, foi quando eu escutei o riacho – ela apontou para o pequeno riacho onde os peixes não se cansavam de saltar – e fiquei muito curiosa, então segui o som e cheguei aqui e maravilhei-me com toda esta beleza, eu a chamo de “Meu Pequeno Éden” é lindo não é?

- Sim... Maravilhoso. – disse sincero – nunca gostei muito de mato, sempre gostei mais de ficar onde se tem pessoas, edifícios, carros e etc. – tinha conseguido tirar outro sorriso de seus lindos e carnudos lábios. Estava me sentindo tão bem ao lado daquela mulher, fazia muito tempo que não me sentia assim, mas derrepente me lembrei o porquê de estar ali então fui direto ao ponto – eu ainda não consigo entender por que quer tanto me ajudar, e sinceramente não sei se quero ajuda e... – eu não conseguia calar a minha boca, eu sei que ela já escutou tudo isso de mim varias e varias vezes, mas eu não conseguia parar ( espelho espelho meu existe alguém mais palerma do que eu?... Ta Parei! XD). – enquanto eu falava, ou melhor, repetia, ela me encarava seriamente escutando tudo atentamente ela não me cortou nenhuma vez parecia que ela queria me deixar desabafar tudo que estava entalado na minha garganta. Quando terminei me senti mais leve. Ela ainda me encarava, quando viu que havia terminado com o meu chilique ela me deu O sorriso divertido.

- Já terminou? – ela perguntou ainda rindo.

- Sim. – disse suspirando de alivio.

- Bom, deixe-me ver como irei responder sua pergunta... – ela havia fechado os olhos com o rosto virado para o céu o vento soprava na sua direção, o vento parecia estar brincando com os fios de seus cabelos ao seu redor, e ela deu um pequeno sorriso parecia estar gostando daquela sensação e a cada segundo eu ficava mais e mais maravilhado com ela, como poderia ter alguém assim no mundo? Quando percebi, ela abriu seus olhos ainda olhando em direção ao céu maravilhada eu a senti apertando mais minha mão entrelaçada com a dela, sim ela não tinha soltado nem um segundo da minha mão, é claro que eu não estava reclamando nem eu queria solta-la na verdade queria mais era abraçá-la, acariciar e inalar seus macios cabelos com aroma de morango silvestres – Sabe Edward... – ela começou ainda encarando o céu – Deus é um ser tão bondoso só que muitos não acreditam mais nele, e eu sei que nem você mais acredita – ela disse agora me encarando

- Sim eu não acredito em Deus – há muito tempo que eu nem sabia o que isso significava.

- É muito triste escutar isso de você Edward, mas ao contrário de você, ele ainda crê em você – Ok! Isso não se escuta todos os dias, Deus crendo em um vampiro? Até soa engraçado! – Edward, Deus é como uma criança que só quer ver os outros ao seu redor felizes, como uma criança ele também é brincalhão, faz travessuras, fica triste, feliz, chora, ele tem um grande coração! – com essa eu bufei

- Coração? Você acha que “Ele” tem um coração? Se tivesse um coração ou pelo menos bondade não faria seus “filhos” sofrerem tanto! Até hoje em meus mais de noventa anos de “vida- morte” só vi dor, guerra, sangue, horror, maldade nos olhos daqueles que não mereciam viver e aqueles que mereciam viver uma vida de plenitude com bondade e afeto no olhar sempre são mortos, por que são fracos, se Deus fosse bondoso como diz ele os faria mais fortes para poder se protegerem, mas nem isso ele faz! – eu estava indignado, Deus? Bondoso? Hunf

- Edward, Deus é sim bondoso sabe por quê? – eu neguei com a cabeça – Por que Deus nos deu um presente maravilhoso que sempre pode mudar nossas vidas... O livre-arbítrio, ele não quer escravos, não quer mortes, ele simplesmente quer que sejamos felizes, somos livres para fazer o que quisermos a humanidade, vampiros, qualquer ser racional que existir estes é que fazem o mal, mas para si mesmos, quando sofremos, ele sofre, como um pai preocupado com seu filho que não chega, ou como um pai preocupado com a saúde de seus filhos ele simplesmente quer ser amado acha que isso é pedir demais Edward? Ser amado? – falando desse jeito... Mas é claro que eu não disse nada, então ela continuou – Nosso amado Pai sempre coloca em nosso caminho alguém não para fazer você rir com mentiras, ma sim te fazer chorar com verdades mesmo que doa esta conseguindo me entender Edward? – ela me perguntou eu afirmei e ela continuou – Os amigos Edward não aqueles que enxugam suas lágrimas, mas sim aqueles que não as deixam cair, você meu querido Edward tem amigos, sua família sempre estará ao seu lado... E eu também! – com essa afirmação eu a olhei nos olhos e vi que ela chorava não de medo, mas por mim! Se eu pudesse chorar eu estaria em prantos agora!

- E você se enquadra nesta posição? Ser minha amiga... – mesmo eu querendo algo mais! – completei por pensamento

- Mais é claro Edward! É o mais quero neste mundo! – ela disse alegremente que acabou me cativando junto, e ficamos assim conversando com coisas banais foi uma tarde tranqüila para mim foi interessante passar o dia perto dela sem desejar seu sangue, o dia foi se tronando tarde e a tarde foi se tornando noite não havíamos nem percebido o dia passar, eu não queria ficar longe dela, então como estava curioso sobre ela?

- Quer uma carona para casa?

- Na realidade ainda não irei para casa, mas será que poderia me levar para um lugar?

- Sim sem problemas. – contanto que fiquemos mais tempo juntos – completei por pensamento. Ela me deu a direção e lá fomos nós, dentro do carro estávamos em silencio, mas não silencio desconfortável, mas sim agradável e quando menos esperava chegamos onde ela queria... Uma igreja, não era grande, era humilde, confortável, eu olhava para ela e me sentia estranho, não um estranho ruim, mas um estranho bom, agradável                                                                            

- Bom Chegamos! – ela se virou pra mim sorrindo em seus olhos transbordavam se alegria, ate eu me sentia assim – muito obrigada por me trazer aqui, tenho muito que agradecer a Deus – ela disse saindo eu não queria deixá-la ir, será que se eu a agarrá-la ela vai gritar? PARA COM ISSO EDWARD! Quando ela saiu do carro ela se virou e se apoiou na janela me olhando séria, mas em seus olhos ainda se via a alegria – e Edward, não se esqueça de refletir sobre o que conversamos o dia todo ok?

- Sim Senhorita! - eu disse para ela e ela riu

- Até mais Edward – ela disse e foi em direção a igreja a esperei até ela entrar e sai de La, precisava mesmo pensar no meu dia, foi bem confuso, mas foi... Bom! E com isso veio a minha mente o que Alice disse sobre Bella, será mesmo que Bella era um anjo?

 

 

                                       Fim do Capitulo


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