Pestilência escrita por Thaís Zymor, Felipe Zymor


Capítulo 1
I


Notas iniciais do capítulo

Esperamos realmente que gostem, é minha primeira medieval e a primeira história do Felipe no site.



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Arredores de Ignur, primeiro solstício do século XV. A Peste Negra começa a se alastrar. Um clérigo convoca um curandeiro para trabalhar numa suposta cura para a doença.

Durante todo o tempo, a realeza não se importava com a decadência de seus plebeus... até que o herdeiro do trono real se prostra, tomado pela peste. O rei Guillaume, filho de Gallendir, suplica ao clérigo pela cura, mas não recebe uma resposta tão satisfatória.

Tempos difíceis chegaram, e piores dias estavam por vir.

Klaus Ardhonir, regente do templo apostólico do reino de Ignur, expõe ao rei que as condições para a cura seriam caras demais, e propõe uma troca: o clérigo entregaria a cura se a família real o promovesse perante os outros bispos para ir ao posto de cardeal.

Guillaume, relutante, mas com ávido desespero, aceita.

Rapidamente, a notícia da cura divina que a família real recebeu se espalha. Os plebeus, então, buscam seus senhores feudais para curar seus enfermos. O preço seria alto, e o povo não tinha acesso a moedas de ouro suficientes. Em troca, a escravidão.

Após alguns dias de paz, o declínio: o príncipe adoece novamente, e vem a óbito. Toda a Terra Média fica em luto, e o velório ocorreria em salões fechados dentro do Palácio Real. O rei e sua família, em prantos, despedem-se de seu herdeiro. Até que a feição de tristeza deu lugar à de desespero em seus rostos. O príncipe se levanta, com olhar cadavérico e movimentos limitados. A pele branca e as córneas opacas mostravam um corpo onde já não havia vida, mas havia fome. O príncipe ataca sua família, dilacerando com os dentes o pescoço de sua irmã mais nova, Suzana, e o grito da rainha propaga o desespero pelas planícies de Ignur.

Um mensageiro do vilarejo de Rudgib chega com a mensagem tardia. Os enfermos que foram medicados com a cura milagrosa estavam adoecendo novamente, mas os mortos voltavam à vida e atacavam seus semelhantes. Havia um agravante: a doença era transmitida por fluídos, ou seja, quem tivesse contato com secreções, sangue, dejetos ou fosse atacado por um enfermo, estaria contaminado a partir dali.

Klaus se tranca em seu templo e o clero culpa à nobreza por difamarem a bênção da cura, dada por Deus e tratada como anátema. O clero começa a exigir teste de pureza de seus fiéis, e diz que os que fossem infectados pela maldição seria impuro e condenado a ser mais uma criatura moribunda. Os ímpios eram condenados, queimados e perseguidos, enquanto os santos reforçavam a armada da igreja e traziam trabalho escravo disfarçado em juras de vontade divina.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Fale-nos.



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