Recomeço escrita por Supernatural Girl


Capítulo 7
Os Volturi




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Os vampiros que estavam ao redor da sala atacam os membros do meu grupo. Sem ter para onde correr, tudo o que nos resta é gritar. Como estava no meio do grupo, não sou alcançada por ninguém e isso me dá tempo para fugir. Entro na mente dos vampiros e apago a minha imagem da mente deles. Stefan e Vladimir me ajudaram a aperfeiçoar essa habilidade e agora posso usá-la em mais pessoas ao mesmo tempo, mas isso também significa que me esforçarei muito mais.

Corro para uma parede próxima a uma pilastra, evitando alguns corpos drenados no chão, e tapo a boca para evitar que qualquer ruído saia. Por mais que eu queira, não posso fechar os olhos. Preciso estar atenta caso alguém venha em minha direção.

Vejo pessoas desesperadas implorando por misericórdia e vampiros rindo de seu desespero. Nossa guia também está lá se divertindo com o que está acontecendo. Não consigo me conter ao horror da cena e lágrimas começam a escorrer. Preciso me controlar.

Tudo estava indo muito bem, mas três vampiros viram a cabeça na minha direção. Seus olhares são confusos e demoro a entender o que está errado: meu nariz sangra. O cheiro está atraindo a atenção deles e daqui a pouco outros irão perceber. Só existem duas opções para mim e ambas terminam em morte. Ou eu paro de usar meus poderes, ou desmaio. A última opção me permitiria uma morte indolor, mas escolho a segunda com esperanças de que o choque deles me permita um último truque.

Muitos vampiros me olham sem saber o que fazer. Um deles olha para um homem de cabelos negros até o ombro e vendo que ele não me notou ainda, corre em minha direção. Em uma atitude reflexiva, causo dor nele para me proteger. Ele cai no chão gritando e meu nariz escorre ainda mais. Imaginando que eu estava distraída, outro vampiro vem em minha direção e o ataco também. Eu vou lutar até não ter mais forças, mas ao pensar nisso noto que não me restou nenhuma.

Meu corpo começa a ceder e antes que eu possa atingir o chão, o homem de cabelos negros, que o vampiro que me atacou primeiro estava olhando, me segura.

— Magnífico – diz ele me olhando maravilhado. Eu o conheço.

— Aro – digo querendo confirmar meu julgamento -, não é?

— Como você me conhece? – pergunta ele confuso.

Stefan e Vladimir haviam me falado sobre ele. Foi ele quem liderou o ataque aos romenos e é ele quem lidera os Volturi.

Aro podia ler todos os pensamentos que uma pessoa já teve apenas tocando em sua mão. Eu não gosto da ideia de ter meus pensamentos compartilhados com ninguém, mas não estou em condições de contar sobre tudo agora. Não sei como ainda estou consciente.

Estico a mão para ele que entende de imediato o que eu quero dizer. Ele pega a minha mão com sua pele gelada e agora ele sabe de tudo. Muitas emoções passam pelo seu rosto, mas no final, ele apenas solta a minha mão e me ajuda a ficar de pé.

— Não se preocupe Claire, ninguém vai machucá-la aqui.

Aro olha para um vampiro que estava próximo de nós e ele se aproxima.

— Leve nossa convidada para a recepção – diz Aro ao vampiro.

O vampiro me segura garantindo que eu não caia e seguimos para as grandes portas douradas.

O corredor é maior do que eu me lembrava, e meu acompanhante não dirige uma palavra a mim. Não me lembro do nome dele, mas lembro-me que os romenos já o descreveram: cabelos castanhos que caem na testa, lábios levemente cheios...

— Qual o seu nome? – tento falar, mas minha voz é apenas um sussurro. Apesar disso, tenho certeza que ele me escutou. Vampiros tem uma audição muito boa.

Ele não me responde. Apenas abre a porta e me leva até o sofá da recepção, fala alguma coisa com a recepcionista e volta pelo mesmo caminho.

Assim que ele sai, a recepcionista me traz um copo de água e alguns lenços e volta para sua mesa. Bebo a água e uso os lenços para limpar o sangue que escorreu do meu nariz. Encosto no sofá pensando no que eles podem estar conversando.

Se os Volturi quisessem me matar, teriam feito isso lá mesmo. Será que eles iam me querer aqui? E se quisessem, eu deveria aceitar? Já não tivera muitas experiências com vampiros? Deveria dar uma chance para eles? E se eu não desse? Eles me deixariam partir em paz? Para onde eu iria caso saísse daqui? Minha ideia era ficar na cidade escondida dos Volturi e dos romenos, mas me juntar a eles pode ser a única opção de fugir dos romenos.

Não sei qual dos dois me parece mais perigosos. Stefan e Vladimir, apesar de mais fracos que os Volturi, têm um ótimo motivo para me matar. Os Volturi não possuem nenhum, mas eles não parecem precisar de algum. 

Antes que eu possa pensar em uma resposta, o vampiro que me trouxe aqui volta e me leva para a sala anterior. Alguns dos vampiros não estão mais lá e os corpos também foram embora.

— Claire, você voltou – disse Aro todo animado - Está com uma aparência bem melhor agora. Espero que esteja se sentindo assim também.

Balanço a cabeça, sem encontrar a voz para responder.

— Fico muito contente em saber que você não sofreu nenhum... dano – diz Aro calmamente - Claire, minha querida, quando você deixou a sala eu informei sobre os seus... talentos a meus irmãos. Impressionante, devo dizer. Peço desculpas por não termos nos conhecido da maneira apropriada, mas espero que isso não a impeça de se juntar a gente.

— Me juntar a vocês?

— Eu sei que esse não era seu plano inicial, mas espero que não tenha problemas em mudá-lo. É claro que seríamos uma companhia bem melhor que seu antigo... clã, se é que podemos chamá-los assim. Iremos manter o plano deles de treinamento. Modificaremos pouca coisa.

Tudo o que o Aro falava não me animava nem um pouco. Já fui enganada uma vez e não queria ser enganada novamente, mas tinha chegado à conclusão de que eles não me deixariam viver na cidade sem que fosse com eles e esse era o único lugar que me mantinha protegida.

— Claire? – chama Aro – Eu sei que você não teve uma boa experiência com vampiros antes, minha cara, mas saiba que não somos como eles. Não faremos todas essas crueldades com você.

— Pense como uma troca de favores – diz um homem de cabelos loiro quase branco. Caius – Você irá entrar na guarda e nos ajudará a cumprir as leis, e em troca, não deixaremos os romenos tocarem em você.

— Você não precisará se preocupar com nada, querida.

E é quando alguém diz isso que você sabe que terá que se preocupar com muita coisa. Nada poderá me proteger deles, mas no momento minha maior preocupação são os romenos.

— Tudo bem. Eu aceito.

— Bem-vinda a guarda Claire – diz Aro sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Por favor, não se esqueçam de comentar o que estão achando e de marcar que está acompanhando a história ;)

Beijos =^.^=