Pov. Ella

Eu acordei depois de umas horas no colo do Dean. Ele sorriu e ficou me olhando enquanto eu me ajeitava.

-Dormi muito?

-Sim.- ele falou rindo.

-Estamos aonde?

-Estamos chegando. –ele falou. – é só eu virar essa Rua aqui e já estamos perto da Pousada. – ele sorriu e colocou a mão na minha perna de novo.

-Dean! Deixa de ser safado! – falei fingindo ter raiva.

-Com uma esposa tão linda e gostosa como você não posso deixar de fazer isso. – ele sorriu malicioso e eu dei um tapa no ombro dele que riu. – Chegamos!- ele falou e eu vi uma pousada bem bonita. Saímos do carro levando nossas coisas. E entramos na pousada que era muito linda.

-Dean... Esse lugar é lindo! – Eu falei sorrindo.

-Sabia que você ia amar. – ele foi pegar as chaves do nosso quarto e terminar de ajeitar tudinho. – Porque não vai para o quarto e fica me esperando lá enquanto eu termino de assinar esses papéis?- ele sugeriu.

-Ok. – eu falei pegando as chaves e sorrindo. Dean ia ter uma surpresinha.

Pov. Dean

Eu terminei de assinar os papéis e subi pro quarto. Entrei e vi a silhueta de Ella perto da varanda de costas e sorri. A lua iluminava seu corpo lindo e tinha algumas velas  pelo quarto. Vi que ela estava com uma Lingerie preta e seus cabelos voavam um pouquinho com o vento que passava pela janela. Por cima da lingerie tinha um Hobbie preto transparente com desenhos negros. Ele estava caindo de um lado, no cotovelo dela. Sorri.

-Ella?- eu falei e ela se virou. – A visão do paraíso. – sussurrei e ela sorriu. Eu estava hipnotizado por aquela mulher linda. Andou até mim e puxou minha cabeça me beijando e tirando minha camisa.

***

Ella estava deitada com a cabeça em meu peito, abraçada a mim. Sua perna se enroscava com a minha. Meu braço estava ao redor dela e eu acariciava sua cabeça.

-Em que está pensando?- eu perguntei.

-No dia que eu te vi pela primeira vez. – ela falou.

-Hum... Quando eu te conheci... Pensei que ia me matar. Você era pior que qualquer monstro que eu já enfrentei. – falei rindo

-Dean!- ela bateu em meu braço.

-Ai! Desculpa! –Ele falou.

-Hunf. – ela falou sentida. –Quando eu te vi pela primeira vez... Realmente queria te matar! Mas depois... – ela falou olhando pra mim e subindo a mão pelo meu peito com as pontas do dedo. – Ainda não acredito que você tem cócegas no mesmo lugar que a Diana. – falou fazendo cócegas em mim. Eu ri sem parar.

-Para Ella!- Falei e ela não parou. Segurei seus braços e fiquei por cima dela. –Pare. – Olhei em seus olhos que agora estavam amedrontados com o meu tom de voz. Eu sorri e ela riu. Soltei os seus braços e puxei ela para um beijo.

***

-Ah Dean! Eu não quero sair! – ela reclamou. Estava deitada na cama olhando pra mim. – Eu quero descansar

-Acho que a gente tem descansado muito. – eu falei sorrindo

-Então vamos descansar mais amor!- ela falou manhosa

-Não. Não. Temos que fazer isso logo. Depois nós descansamos mais. – pisquei e ela riu.

-Tá bom!- falou e se levantou. Foi até o banheiro e eu fiquei a esperando, trocando minha roupa. Quando eu estava calçando a minha bota, ela sai do banheiro toda molhada enrolada em uma toalha.

-Assim eu vou querer ficar... – Falei olhando pra ela, que riu e começou a vestir sua roupa sem nem ligar pra mim

-Vamos?

-Vamos... Você se arruma num piscar de olhos. - Andamos até o Impala de mãos dadas.

-Primeiro vamos ver uma pessoa.

Pov. Ella

-Dean? – Uma loira abriu a porta e olhou sorrindo pra ele.

-Oi Jenny! – ele falou. – Cadê as crianças?

-A mais velha na faculdade e meu mais novo na casa de um amigo. – ela falou sorrindo. – Essa é...

-Minha esposa. – ela olhou pra mim assustada

-Esposa? Pensei que nunca tomaria jeito. – Nessa hora eu fiquei com raiva

-Licença... Preciso conversar com meu marido. – falei puxando Dean para um canto. Olhei para ele com raiva e lagrimas nos olhos, furiosa. –Você já...

-Não Ella. Eu não teria coragem de fazer isso com você na nossa lua de mel bobinha! – ele falou e apertou minhas bochechas

-Por um momento que pensei que ela fosse...

-Mas não é meu amor. Ela é só minha amiga. – eu soltei o ar. Ele riu e me deu um selinho nós voltamos para lá. E ela sorriu pra gente.

-Jenny, eu queria saber se eu posso mostrar a casa para a Ella.

-Pode! Claro! – Ela falou sorrindo. – Entrem. Se sintam á vontade. – ela falou e eu sorri.

Pov. Dean

Subi com a Ella para mostrar cada cômodo. Me relembrei do que eu vivi nessa casa. Daquele momento que eu corri com o Sammy para fora, que eu vi a casa pegar fogo, que eu estive nos braços da minha mãe pela última vez. Lágrimas escorreram pelos meus olhos.

-Amor... - Ella falou olhando pra mim preocupada, como sempre.

-São só coisas duras de se lidar Ella...- eu falei e sorri fracamente pra ela. A gente estava no antigo quarto do Sammy. – A família da minha mãe é de Caçadores. Nunca soube disso. Só há alguns anos atrás que descobri. Minha mãe morreu por causa de Azazel, o demônio de olhos amarelos, pai da Meg. Ele deu sangue de demônio para Sam beber e ele ganhou poderes.

-Poderes?

-É... Como a Vidência. Na verdade isso aconteceu com outras pessoas também... Não tem como explicar muito isso a você... É meio confuso... Mais tarde eles juntaram essas pessoas em um lugar e começaram a fazer “competições” para ver quem iria juntar ao exercito de Lúcifer.

-Espera ai... Lúcifer?

-É. Quem sobrevivesse... Era do exército de Lúcifer. – ela me olhou assombrada. - E a história não termina ai. Sam foi morto por um desses caras, mas é claro que ele não tava competindo para entrar nesse exército. E eu... Eu... Eu vendi minha alma para um demônio. Depois de um ano fui para o inferno, mas Castiel me tirou de lá. Eu era a casca de Miguel. E adivinhe quem era a de Lúcifer? Sam. Foi horrível... Nós nos separamos... Brigamos... Para você entender o que aconteceu você tem que saber que para abrigar um anjo ou Lúcifer... Você tem que dizer sim. Eu nunca disse sim, mas Miguel achou outra casaca. Meu falecido irmão, Adam. Ele era filho do meu pai com outra mulher. Sam e eu bolamos um plano e ele teve que dizer sim á Lúcifer. E terminou que Sam quase morreu na grande batalha Lúcifer e Miguel. Mas depois ele conseguiu voltar sabe-se lá como. E então nossa vida voltou ao normal, até Diana.

-É meio confuso, mas deu para entender.

Pov. Ella

-Agora me entende porque eu te abandonei? Porque eu não deixo você ir á uma caçada? Ella se eu te perdesse da forma que eu perdi minha mãe... Eu não sei o que faria... Eu morreria... Meu sonho sempre foi ter uma família unida... Esses anos foi só eu e o Sam... E agora, eu tenho vocês... É a melhor coisa que alguém pode ter. Saber que vai ter sempre alguém preocupado contigo, que te espera chegar em casa, que faz a melhor comida dos Estados Unidos. É isso Ella. - ele estava com a voz embargada quase chorando. E eu abracei ele com força e ele chorou em meu ombro.

-Calma Dean... Eu estou aqui... Eu te amo...

-Sabe? Você não é só minha esposa. Você é tudo Ella: esposa, mãe, amante, mulher... Parece com minha mãe.

-Eu entendo você Dean. Minha mãe morreu quando eu era adolescente. Ela tinha câncer desde que eu me entendo por gente. Aguentou por muitos anos e depois partiu. Eu tinha acabado de chegar da Escola. Era uma Tarde de verão. Me lembro desse dia, porque eu comecei a namorar com o Jacob. – falei rindo. E ele fez carinha de enciumado. – Papai estava lá em cima com ela. Eu sempre corria para dar um beijo no rosto dela quando chegasse. Nesse dia ela estava pior.

Flashback on

-Mãee!!- Subi correndo as escadas rindo. Quando passei pela porta do quarto dela, vi meu pai chorando baixinho e um padre do lado dela. Fiquei nervosa olhando aquela cena.

-Gaby... Minha Gaby... - ela gemeu procurando por mim. Eu corri até ela e a abracei chorando prevendo o que viria a seguir. – Eu te amo minha filha. Amo vocês muito. – ela falou e fechou os olhos.

-NÃOOOOOOOOOO!- comecei a chorar desesperada.

Flashback off

-E eu me tranquei numa casca, terminei com o Jacob, não conseguia conversar com ninguém. A vovó que conseguiu quebrar ela um pouquinho. O engraçado era que na época, eu e as garotas não nos dávamos bem. Sempre brigávamos. Depois que minha mãe morreu nos aproximamos. Até o trágico dia que eu falei “A mamãe não teria deixado isso”. Meu pai me deu um tapa bem forte na cara. Eu fugi. A vovó tinha voltado pra cá. Meu pai me deixou em paz e eu deixei-o também. As garotas vieram pra cá e minha história em Connecticut começou. Até que eu te conheci e minha vida virou ao avesso. Você já sabe do resto da história né?

-Decorada. –ele falou rindo.

-Dean... E seu pai?

-Ele vendeu a alma também. Para me salvar. Eu morri duas vezes. Na primeira não cheguei a morrer mesmo. Só ficar em coma. Na segunda eu fui pro inferno. – eu olhei pra ele com dor.

-Quando foi isso?

-No início de 2006 e no final de 2007 respectivamente.

-Espera ai 2006?

-É.

-Diana teve sua primeira crise alérgica em 2006. Logo no início.

-Coincidência não?- eu sorri.

-Ela sempre fica ruim no início ou no final do ano. Me conte o que já aconteceu com você nas caçadas.

-Eu já fui queimado, pisado, amarrado, esculachado, espancado, chutado, estapeado, preso, procurado pela FBI... Tanta coisa!- ele falou rindo. – Tem um estado em que pensam que eu era um Serial Killer e que eu morri. – olhei pra ele curiosa e ele riu. –É um bem, sou perigoso. Um Winchester sempre é perigoso. – ele falou.

-É... Daqui a pouco você vai ver quem é perigosa aqui. – falei sorrindo e ele riu.