Phoenix, 25 de maio de 2010

POV Dean

-Hum!! Quem é essa gata? Sua namorada Dean?- Sam perguntou me dando um susto. Ele tomou a foto da minha mão.

Eu olhava a foto da Ella, que tinha guardado na minha carteira. Imaginei que ninguém iria me perturbar por alguns minutos, mas o idiota do Sam chegou minutos depois que eu tirei a foto da minha carteira. Fazia tanto tempo que eu não pensava nela. Eu evitava tocar na ferida pra não ficar mais triste. Sei que isso parecia besta, mas ela é minha garota. Eu ainda a amo e sinto saudades dela. Mesmo tendo saído com muitas garotas eu ainda amava ela. Eu sabia.

-Sam! Me dá a foto!!- me levantei furioso e gritei com ele

-Calminha Dean! Primeiro me fala quem ela é! Ela deve ser muito importante para que você guarde a foto dela na carteira e quase chore por causa dela.

-Eu não fiz isso idiota!-vociferei quase o atacando

-Tava quase chorando- ele gargalhou

-ME DEVOLVE AGORA!!- Gritei com raiva

-Não! Não! Me conta quem ela é primeiro!

-Gabriella Monny! Pronto agora me dá a droga da foto!!!

-Não! Eu quero saber TODA a história

-Ela era uma garota que Dean conheceu quando estava brigado com o pai e foi parar em Connecticut. Ele estava viajando para uma cidade de lá e acabou parando para tomar um café. Ela era toda esquentadinha e o Dean amou isso nela. Eles começaram a namorar e Dean ficou vidrado nela e nem caçava mais. Depois de um tempo namorando com ela, percebeu que poderia a por em perigo. - Bobby disse entrando no quarto. Olhei pra ele de boca aberta. Como ele sabia de tudo aquilo? – é meu caro seu pai me contou tudo sobre ela.

-Agora sim!- ele riu e me deu a foto. Sentou-se no computador e foi pesquisar um novo caso para agente resolver- Dean?

-Sim?

-Como é o nome da cidade onde ela mora?

-Stars Hollow. Por quê?

-Temos um caso em Connecticut. - Gelei e fiquei pálido.

Flashback on

-Dean Winchester. O que faz aqui novamente?- ela falou brincando

-Eu não sei se está muito cedo pra te dizer isso, mas – eu respirei fundo tinha medo de admitir isso e ela nem ligar pra mim- Eu te amo.

-Te amo- ela sussurrou entre o beijo e eu sorri

-Não gosto quando sofre. - falei triste olhando pra cara dela de pura dor

-Não faz assim comigo. – eu afaguei o rosto dela. Tinha que partir. Eu odiava esses momentos. Ela sofria e eu também.

-Entre! Tá nevando e não quero que meu namorado fique doente- ela falou. Eu estava morrendo de raiva, pois ela me fez andar muito

-Bebê uma ova- eu sussurrei no ouvido dela, a abraçando por trás, beijando o seu pescoço, o que fez ela se arrepiar. - Vou te mostrar quem é o bebê- e ai ela se arrepiou mais ainda

-O que meu anjo?- ela falou docemente

-GABRIELLA VOCÊ NÃO ENTENDE? É PERIGOSO PRA VOCÊ! EU NÃO POSSO DEIXAR VOCÊ CORRER PERIGO! VOCÊ É A ÚNICA COISA QUE EU TENHO NO MUNDO! NÃO TORNE ISSO DIFICIL PRA MIM!- eu explodi e ela começou a chorar.

-Não se aproxime dela idiota! Você só quis usar minha irmã- um cara fortão apareceu.- Não liga pra o que ela sente filho da...! Vá embora! Não quero mais você perto dela.

-Você é um ignorante!- ela falou chorando - EU TE ODEIO! AH E NÃO SE PREOCUPE! NUNCA MAIS VOCÊ VAI OUVIR FALAR DE MIM! Meu irmão tinha razão! Você é um canalha mesmo.- eu fiquei com uma dor no coração por ela ter falado aquilo comigo e me arrependi do que eu fiz.

-Por favor, não me deixe- ela sussurrou chorando

Flashback off

-Acorda Dean!!- Sam falou- Você vai se reencontrar com ela?

-Sam, Faz 5 anos que eu não falo ou dou notícias a ela. Da ultima vez que eu ouvi sua voz ela falou que me odiava e que eu era um canalha. Da ultima vez que eu a vi ela estava ajoelhada na chão implorando para eu não deixar. Com que cara eu apareço lá?

-Er... Realmente eu não sei! – ele falou sorrindo amarelo.

***

POV. Sam

Ele me pediu para que eu fosse ver como ela tava. Só conferir para ver se ela estava bem. Eu estava na porta da lanchonete e era uma noite quente. Entrei nela. O ambiente era pequeno, iluminado, limpo e agradável. Sentei-me em uma das mesas.

Tocava uma música antiga e agradável com ar de anos 50. Na verdade tudo naquele lugar lembra aquela década. Uma menininha pequena que devia ter uns três ou quatro anos sai de trás do balcão. Cantando a música.

-Boa Noite! O que vai querer?- ela falou sorrindo. O sorriso dela me lembrava alguém.

-Filha eu já não falei pra sempre que chegar um cliente você me chamar- uma mulher saiu da cozinha. Era a Gabriella. Tinha uma expressão doce com um pouco de raiva. Dean ia ficar arrasado quando souber que ela tinha uma filha, provavelmente com outro.

-Falou, mas... Eu queria atender ele- ela falou olhando pro chão.

-Você não muda mesmo! Sempre teimosa- ela falou com as mãos na cintura e depois olhou pra mim- O que deseja?

-Só um café mesmo.

-Ok- ela entrou na cozinha e instantes depois surgiu com uma bandeja com o café

-Mais alguma coisa?

-Não- Comecei a tomar o meu café e observar a pequena garotinha. Ela tinha pegado um bloquinho de papel e começado a desenhar.

-Senhor, já vamos fechar. – Gabriella falou pacientemente para mim e eu assenti com a cabeça. Ela começou a ajeitar as coisas e uma mulher de cabelos negros apareceu. Ela olhou pra mim mordeu o lábio e piscou o olho. – Lindsay, já pode ir embora.

-Ah ok!- ela falou e vestiu seu casaco para sair. Ella pegou o telefone e discou para alguém.

-Oi chatinhoo!- ela falou – Pode vir me buscar a Diana está com fome. Não! Ela já comeu porcarias demais por hoje. Ok. Vou te esperar. Beijos.- Terminei de tomar meu café e sai. Iria vigiar elas até elas saírem do bar para ver quem era esse.

Mais ou menos meia hora depois para um carro preto e sai um homem com os cabelos num tom acobreado. Elas duas saem e a menina corre pra abraçar ele. Ele pega a menina no colo e dá um beijo na bochecha dela. Era aquele o cara que estava com a ex do Dean.

***

POV Dean

-COMO? ELA ESTÁ COM OUTRO?- eu gritei desesperado- E AINDA TEM UMA FILHA?

-Sim Dean! Acalme-se. Vou deixar você sozinho para pensar

Ele saiu e me deixou lá no Impala. Eu senti uma dor profunda. Foi horrível. Devia ter sido eu que fosse buscar a Ella. Eu que tivesse uma filha com ela. Eu que a pegasse no colo. Eu que as protegesse, que as amasse.

Mas de que adiantaria eu lá? Seria um péssimo pai. Estaria sempre viajando. Elas sempre estariam em perigo. Eu não sou um bom cara mesmo.

Por um lado a Ella fez o que eu queria: Me esqueceu. Mas pensar que ela se entregou pra aquele cara... Dá vontade de ir lá quebrar a cara dele e dizer pra ela que ainda a amo. Mas sei que ela me odeia agora.

Eu queria ligar pra ela. Pedir para que ela não me odiasse. Pedir desculpas pelos meus erros. Peguei a fita que ela me deu para nunca me esquecer dela. Afaguei aquele tecido fino e inalei o cheiro. Era o mesmo cheiro de que eu sinto saudades há anos. O cheiro do meu anjo. Da minha Gabriella.

Soquei o volante do Impala e depois comecei a chorar. Nunca tinha chorado por mulher nenhuma. Apenas por minha mãe. E agora Ella me fez mudar tudo. Levantei a cabeça, enxuguei as lágrimas e liguei o rádio para escutar um pouco de música.

E quando você seguir em frente, lembre-se de mim

Lembre-se de nós e tudo que costumávamos ser.

Eu já te vi chorar, eu já te vi sorrir

Te observei dormindo por um instante

Eu seria o pai do seu filho

Eu passaria uma vida inteira com você

Eu conheço seus medos e você conhece os meus

Nós tivemos nossas dúvidas, agora nós estamos bem

E eu te amo, juro que é verdade

Eu não posso viver sem você.