The Witch escrita por Erika


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Finalmente consegui postar esse capítulo. Gente desculpa mesmo a demora, sabem como é bloquei criativo é um saco, mas eu consegui e apesar de este capítulo estar um pouco comprido espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/650288/chapter/7

Capítulo 6

“Sim, vai ser difícil, mas a vida passa rápido. Vamos nos reencontrar. Eu sei. Eu sinto.”

Savannah Curtis

6/8/0008,Shinjuku, 2h

—Então foi isso. —Refletiu Adam apôs ouvir um breve resumo dos recentes acontecimentos. —Elisabeth um dos motivos para sua irmã tê-la trazido para Hesperus foi porque ela já sabia disso?

—Eu sinceramente não sei o que se passa pela cabeça de Katarina. De qualquer forma eu vou voltar para aquele orfanato. —Elisabeth tinha um tom preocupado, olhando para Selene desmaiada ali. Graças a Adam ela acordaria em breve.

—Tudo bem eu vou com você. —Adam era o tipo de pessoa despreocupada e que sabia fazer você rir mesmo em situações difíceis e digamos que ele talvez ajude Selene em algumas brincadeirinhas. Como colocar alguma coisa na cama de Tifany.

—É o que? A mais nem pensar.

—Sim senhora você não vai ir sozinha.

—E-eu também vou. —Selene sentia seu corpo imóvel, mas sua mente estava atenta a tudo que ocorria a seu redor e quando ela escutou para onde eles estavam indo, bem ela ia junto também e pronto acabou.

—É isso ai! Não espera oi? —Falou Adam.

—Ah por Hecate! Você consegue se manter em pé? —Elisabeth revirou os olhos procurando por alguma iluminação divina para ajuda-la naquela situação.

—Sim. —Selene se levantou percebendo não estar devidamente vestida, ela os olhou com um ar crítico. —Então tipo assim cadê as minhas roupas?

Elisabeth foi pegar e virou dando de cara com um Adam ainda parado no mesmo lugar. Com um suspiro ela deu pisão no pé dele.

—Ai! Por que fez isso.

—Você vai sair ou não?

—Eu sou um curandeiro. Por que dessa frescura?

—Saí logo.—Disse Elisabeth enxotando-o para fora dali. Selene se levantou e se pôs a vestir ela usava o uniforme de Wizardium, Adam usava o do exército assim como Elisabeth. Era engraçado o fato de que os bruxos misturavam as cores usadas pelos humanos e vampiros. A saia e blusa eram pretas com detalhes em branco, uma bota de salto que ia até próximo aos joelhos e por fim uma cinta na coxa para prender a adaga. Obviamente a pulseira também. Enquanto ela se vestia, Elisabeth se manteve quieta.

—Nós estamos voltando, mas você não me disse como saímos de lá. —Refletiu Selene.

—Sabia que ia perguntar isso. Aquela mulher usou um feitiço de tortura e você acabou desmaiando, eu aproveitei a chance e acabei com aquela filha da mãe. Perguntas? —Elisabeth olhou para ela com certo tom de deboche.

Selene balançou a cabeça. Elisabeth não estava dizendo tudo e ela sabia.

—E Artemísia ela está bem?

—Sim, mas agora está dormindo. Ela levou alguns golpes. —Elisabeth não a olhava nos olhos e isso deixava claramente que ela estava mentindo na cara dura.

Que seja. Em um mundo como esse é mais fácil contar quem está dizendo a verdade do que mentindo”. —Pensou Selene.

—Estou pronta. Vamos?

E agora vamos pausar e deixar tudo como está. Aceleraremos um pouco. Viu? Agora eles já estão em frente ao orfanato Hyakuya. E 1, 2, 3.

—Então é aqui? —Era uma pergunta, mas soou como uma afirmação, Adam deu um assovio e caminhou em direção ao orfanato com aquela calma característica.

—Ei não vá entrando assim. —Repreendeu Elisabeth, mas como sempre ele não deu ouvido.

Selene com um leve sorriso nos lábios foi logo atrás deixando Elisabeth para trás. Era sempre divertido assistir as brigas entre os dois amigos.

—Esses dois... —Resmungou irritada.

Ao entrarem lá nada parecia diferente o mesmo no segundo andar.

—Aquela mulher apareceu aqui. —Afirmou Selene para Adam.

—Apareceu? Como um fantasma? —Perguntou Adam um tanto irônico. —Eu acho que deve ter alguma coisa escondida nesse lugar. Sabe como é um sótão, passagem secretas.

—Ei para sua informação eu vivi aqui e nunca vi nada parecido. —Retorquiu Selene para Adam.

—Sério? —Adam chegou perto de uma das estantes que havia ali e ficou a analisa-la.

—Aquela bruxa não escolheu esse lugar ao acaso deve ter algo aqui. —Falou Elisabeth olhando ao redor. —Vamos rápido com isso os vampiros vão chegar a duas horas.

—Vampiros? —Perguntou Selene que não estava sabendo disso.

—Nem pense nisso. —Falou Elisabeth relembrando a fuga recente de sua sobrinha (prefere tia a mãe).

—Mas eu ainda não fiz nada. — Respondeu Selene divertida, quando Adam começou a empurrar a estante e bem atrás dela, adivinhem só uma porta.

—Okay isso foi meio clichê. —Falou Adam.

Ao abrir a porta havia uma escada que levava ao subsolo.

—Tá legal vamos nessa. —Falou Selene indo na frente.

—Por que eu estou com a impressão de que vocês dois estão se divertindo com isso? —Falou Elisabeth vendo as caras de crianças arteiras dos dois.

—Imaginação sua. —Falou Adam de costas para depois se aproximar de Selene e sussurrar. —Sabe de nada inocente.

“Eu odeio quando esses dois se juntam. Eles estão tirando sarro da minha cara. Eu sei disso.”

Selene estava apreensiva, ela buscava manter o bom humor, mas aquele lugar...Pelo menos Adam estava lá, ele era capaz de fazê-la se acalmar e parecia um dos poucos que a entendia. Ele era o titio dela segundo ele. Selene fez o mesmo que Elisabeth horas a trás e criou uma bola de luz branca.

Descendo mais alguns lances de escadas eles chegaram a uma câmara que parecia carregar um cheiro pior do que o da bruxa, lá havia mesas com membros alguns humanos, outros de animais e até mesmo de vampiros conservados em tubos. Pentagramas desenhados no chão e outros objetos. No meio da sala o que eles viram foi algo tão belo, algo que constatava inteiramente com aquele ambiente horrendo.

—Não pode ser. —Falou Elisabeth.

Todos de olhos arregalados viram ali dentro de uma rocha cristalina, o espírito mais forte de todos. O mais antigo aquele que só magos do quinto elemento contratavam.

—Não pensei que viveria o suficiente para isso... —Falou Adam boquiaberto.

—Uma Kitsune. —Tratava se de uma raposa de caudas de pelagem branca. —Isso não faz sentido, como e porque ela está aqui?

Selene que havia estudado sobre os tipos de espíritos não conseguia entender como uma Kitsune foi presa por um sucumbido.

Veio libertar-me? —Era uma voz suave profunda que ecoou na mente de Selene.

Olhando espantada para a Kitsune presa Selene buscou algum sinal de movimento ou mudança, mas não havia nada. Sem saber por que Selene se aproximou dela.

Assim como eu você está presa, mesmo que não saiba. Agora me liberte use a língua antiga e livre-me dessas correntes para que possa fazer o mesmo por você. Filha dos Alvarez. —Cada palavra parecia evocar sensações distintas em Selene e dentro dela como correntes unidas por um cadeado uma chave girou.

Το ίδιο το πνεύμα παγιδευμένο μου εδώ τώρα απελευθερωθεί από τις αλυσίδες καταραμένη. (To ídio to pnévma pagidevméno mou edó tóra apeleftherotheí apó tis alysídes kataraméni/Espirito a muito aprisionado eu agora aqui o liberto das correntes amaldiçoadas.) —Como palavras de um poema antigo Selene sussurrou. E por alguns segundos nada aconteceu até que um rachado apareceu e depois outro e então a rocha se partiu e uma luz brilhou segando a todos ali. Selene foi à única que viu.

Obrigada. As suas correntes em breve se partiram, aguardarei até estar pronta Selene. —A kitsune agora livre emanava uma aura de poder, os olhos agora abertos eram de um dourado profundo.

—Quem é você? O que quer dizer com isso?

Chame Ahri. —E com isso ela se desfez em flashes de luz.

Por alguns minutos ninguém disse nada.

—Isso foi muito da hora! Como é que... —Falou Adam sendo interrompido por Selene.

—Eu não faço a menor ideia. —Selene ainda estava paralisada tentando processar o que havia acabado de acontecer.

De repente um estrondo foi ouvido.

—Parece que a luta já começou. —Disse Elisabeth, caminhando em direção à porta.

—Vamos lá ver? —Falou Adam.

—Claro por que não? —Falou Elisabeth com um tom claramente sarcástico.

—Sério? —Perguntou Adam não acreditando no que acabara de ouvir.

—Não! Você perdeu a noção de perigo? —Perguntou exasperada.

—Não e, além disso, precisamos investigar de um jeito ou de outro. Afinal essa bruxa tinha um contato dentre os humanos. —Disse Adam passando a mão atrás da cabeça.

—É até que faz sentido... Espera desde o principio você só quis vir por causa disso não é mesmo?

—Não... Também.

—Como é?!

Selene suspirou indo em direção à porta e deixando-os para trás.

—Selene espera!

Ao subir as escadas Selene e chegar ao quarto onde ela havia encontrado a bruxa, ela se pós a analisar o cômodo.

Pensei que nunca mais viria a esse lugar.”—Selene balançou a cabeça espantando esses pensamentos.

—Vocês vêm ou não? —Falou Selene para os dois que subiam Adam tranquilo e Elisabeth resmungando de braços cruzados.

“Não vou nem falar nada. É como dizem em briga de marido e mulher não se mete a colher”—Pensou Selene.

—Sinceramente o que não está me contando? —Falou Elisabeth olhando torto para ele.

—Bem umas coisinhas... Calma você vai saber em breve, precisamos encontrar o meu contato. —Adam ficou meio na defensiva vendo o estado de humor em que sua amiga se encontrava.

—Contato? —Perguntou Selene.

—Vocês vão ver. —Ao saírem viram ao longe uma fumaça subindo ao céu. Barulho de espadas e explosões podia ser ouvido a essa distância. —Vamos precisar do feitiço de invisibilidade.

—Topar com humanos seria trabalhoso. —Emendou Elisabeth. —Contudo não temos nenhum mago elementar de água.

—Não vai ser necessário podemos simplesmente usar um de meus feitiços para confundir os sentidos humanos. —A botânica dos magos era vasta principalmente dos elementares terras como Adam. Ele puxou do bolso um tubo de ensaio com um liquido de coloração roxa.

—Não me vai dizer que vamos beber isso. —Falou Elisabeth olhando aquele liquido como se fosse um veneno mortal.

—É claro que não. —Ele levantou o braço e tacou o vidro no chão com toda força.

Encoberte nobis

Facit invisibilis visibilem

(Encoberte-nos

Torna o visível invisível)

Uma fumaça roxa surgiu envolvendo-os, e para quem visse de fora não veria nada ali.

—Isso só funciona com humanos? —Perguntou Selene olhando para Adam.

—Sim, o vampiro tem sentidos muito aguçados eles não nos verão, mas saberão que estamos lá. —Respondeu Adam se virando para trás e fazendo sinal para que ambas o seguissem. —Vamos para a Rua Cinco, ele deve estar me esperando lá.

—Adam quem é esse contanto? —Perguntou Selene.

—Hum quem sabe eu lhe conte se me chamar de Tio. —Falou Adam com um tom brincalhão e um sorriso travesso nos lábios.

—O que? —Selene oscilou de branca a rosa e depois vermelho.

—Quem é Adam?—Elisabeth tinha os braços cruzados e o olhar irritado.

—Estraga prazeres... Um vampiro. —A primeira parte ele sussurrou, mas a segunda pareceu causar uma reação semelhante.

—Vampiro? E por que eles ajudariam? Desde a época das caçadas tanto vampiros quanto humanos ficaram sem saber de nossa existência não é mesmo? Então por que agora? —Perguntou Selene confusa.

—Você está certa sobre isso, mas os livros de Wizardium não dizem tudo. Não temos relações com vampiros a séculos isso é verdade. Não mexemos com eles, eles não mexem conosco. Entretanto com os recentes acontecimentos as coisas mudaram, o vírus matou grande parte da fonte de alimento e para nós sucumbidos apareceram de todas as partes, nossa magia têm se tornado fraca e consequentemente nossa magia, alguém está envenenando o éter. —Explicou Adam enquanto virava na esquina para a rua seguinte.

—Quem diria andou estudando Adam? Ele está certo Selene, em outros tempos isso poderia ser resolvido com a ajuda de magos elementares do éter, no entanto eles não mais existem sem a magia do espírito, estamos a nossa própria sorte. —Emendou Elisabeth não resistindo a provocar Adam um pouco, mas ele não parecia perder a calma não importa o que ela fizesse.

—Hum entendo, mas e onde os vampiros entram nessa? E por que não existem mais magos do éter? —Selene era aquele tipo de pessoa cuja mente era científica, sempre devia de haver uma lógica por trás de tudo. A verdade costumava vir em primeiro lugar, contudo mal sabia ela que vivia em uma rede de mentiras.

—Bem os vampiros estão começando a perceber que os humanos não são tão inofensivos quanto pensam eles estão mexendo com algo que pode prejudicar a todos os seres na Terra, por isso estamos agindo em comum acordo. Claro não são todos os vampiros apenas uma facção de nosso conhecimento. E quanto a sua outra pergunta, bem isso é uma história antiga sobre a família Al... —Adam se parou de falar ao ver que haviam chegado a Rua 5 detrás de um dos prédios eles viram um vampiro lutando contra um humano e então o impensável aconteceu. Elisabeth viu um vampiro de longos cabelos prateados e sorriso sádico que ela conhecia bem.

—Ora, ora o que temos aqui? —Falou o vampiro sentindo a presença dos bruxos e olhando diretamente para o local onde eles estavam. —Não há motivo para se esconderem, por que não saem daí?

—Não imaginei que haveria um nobre aqui. —Falou Adam não percebendo o estado em que Elisabeth se encontrava. —Todavia foi bem na hora, meu feitiço está acabando. Vamos Selene, Elisabeth. Ei você está bem?

—Não pode ser. Ele não pode estar. —Elisabeth tinha os olhos arregalados e os punhos fechados ela mordia o lábio inferior com tanta força que uma gota de sangue escorreu por sua boca.

Ferid sentiu aquele cheiro, sim não havia dúvidas aquele cheiro era o dela, o sangue que lhe pertencia o único capaz de saciar sua sede.

—Quem diria a quanto tempo não a vejo Elisabeth. —Falou Ferid dessa vez olhando diretamente para Elisabeth quando a cortina do feitiço se desfez.

—Do que está falando Ferid? —Uma voz que Selene conhecia bem, mesmo que um pouco diferente, estava mais fria e não havia aquele tom gentil, porém continuava a ser a voz dele. O mesmo estava encarando um humano machucado sua espada fincada no corpo do mesmo.

E então ele viu Selene e foi como o mundo girar 360° graus, foi como seu coração voltar a bater, ele sentiu sua garganta seca como nunca, mas não deu atenção a isso, ele tentava processar a imagem diante de si.

—Sel...Selene? Não isso não pode... —Ele mal conseguia fazer sua voz audível quem dirá falar uma frase.

E então o último integrante da família Hyakuya apareceu.

—O que vocês pensam que estão fazendo com o Guren. —Falou um jovem de cabelos negros e olhos esmeralda se referindo ao humano que Mikan estava atacando. Com a mão no cabo da espada ele sacou-a.

—Oni-san?/Yuu-chan? —Falaram ambos Selene e Mika olhando para ele em espanto, alegria, incredulidade, era um misto de emoções que ficava impossível identificarem-las. Selene sentia seu coração martelar contra seu peito e uma voz bem lá no fundo quase tão inaudível quanto Mikaela à minutos atrás sussurrou.

Finalmente as peças estão se juntando. E agora o que acontecerá entre o amaldiçoado, o renegado, e a prometida.

Com um movimento da mão Yuichiro desferiu um golpe que atravessou o corpo de Selene fazendo-a tossir sangue.

—Irmã?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então esse foi o capítulo de hoje espero que tenham gostado e não se preocupem caso eu demore a postar posso garantir que vou me esforçar para não demorar tanto assim



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Witch" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.