Obsessão - A Batalha do Ministério escrita por Diéssica Nunes Sales


Capítulo 7
Capítulo 7




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No dia seguinte, alguns Grifinórios acordaram bem cedo, tomaram seu desjejum e foram, aos poucos, para o sétimo andar.

— Pensei que você tinha nos separado por casa, Potter – Fred disse rindo.

Draco e Hermione deram um pequeno riso ao perceber a brincadeira.

— Draco é o único Sonserino... Não ia dar aulas particulares pra ele.

— Ah... Isso a Hermione faz, sem problemas, não é?! – George completou.

Hermione enrubesceu.

— Não precisa ficar com vergonha. – Fred falou. – Nós todos entendemos.

— Harry, por que não começa a aula? – Ron perguntou.

— Claro. – Ele limpou a garganta e falou mais alto – Pessoal, vamos começar?

Fred e George se aproximaram de Ron e Fred falou baixinho:

— Depois diz que não tem ciúmes da Hermione.

— Mas eu não tenho! – Protestou Ron indignado.

Os gêmeos riram, deixando Ron sozinho.

*****

A aula daquele dia tinha durado quase uma hora. Harry estava com o Mapa do Maroto e todos saíram quando ele disse que o andar estava limpo. Ele próprio também deixou a Sala e perambulou pelo castelo até Umbridge vê-lo. Encontrou-a descendo do Sétimo andar. Ele estava subindo.

— Potter!

— Sim, professora.

— Diretora, Potter! – Ela o corrigiu.

— Diretora. – Harry consertou.

— Por que eu não o vi antes?

— Eu estava na Torre da Grifinória, senhora.

— Senhora diretora. – Ela o corrigiu novamente.

— Senhora diretora.

— E seus amigos?

— Ron e Hermione? Estavam lá também. Acho que a maioria do pessoal estava.

— Sabe que bandos são proibidos no castelo.

— Mas não estávamos em bando. Estávamos na Torre da nossa casa, senhora... Diretora.

— Estou de olho em você, Potter. – Ela virou as costas e o deixou sozinho, descendo as escadas.

Harry foi para a Torre da Grifinória e pediu a Hermione que falasse com Cho pra avisar a todos da Corvinal que Umbridge não estava por perto.

Hermione foi até o quinto andar, onde Cho a esperava. Em poucos minutos, alguns alunos da Corvinal subiam para o último andar do castelo.

Quando 7 alunos entraram, Cho comentou:

— Pensei que era somente alunos da Corvinal, Harry.

— Gina vai me auxiliar, Cho. Tem algum problema pra vocês? – Ele perguntou a todos.

Um “não” geral foi respondido.

*****

Na Cabana do Hagrid...

— Só um minuto – o gigante pediu ao ouvir uma batida na porta. – Hermione! – Ele sorriu.

— Oi, Hagrid. Posso entrar?

— Claro! – Ele disse dando espaço a aluna. – Cadê Ron e Harry?

— Ron está com Fred e George discutindo algo que não tenho ideia do que seja e Harry – ela abaixou o tom de voz – está com a Armada. Por ser de manhã, ele separou por casa.

— Ah sim...

— Hagrid, você poderia fechar aquela cortina? – Ela perguntou apontando para a única janela da cabana.

— Posso, por quê? – Hagrid fechou a cortina e escutou alguém bater na porta.

— Por isso. – Ela disse. Sem entender o gigante foi até a porta.

— Malfoy? – Ele estava espantado.

— Vai me deixar entrar? – Ele perguntou apreensivo, mas sem a arrogância de sempre.

— Rápido Hagrid. – Hermione falou.

— Me expliquem, por favor. – Hagrid falou confuso enquanto fechava a porta.

— Tem certeza que isso é uma boa ideia? – Draco perguntou para a namorada.

— Tenho.

— Espera... Draco falando com você sem te chamar de Sangue-Ruim?

— Vamos explicar, Hagrid. – Todos se sentaram.

— Explique! – Ele pediu olhando para a garota.

— Draco mudou.

— Como você tem tanta certeza disso? Ele é um dos espiões de Umbridge!

— Eu sei. Mas ele não pode se recusar. Se seu pai soubesse disso, ficaria uma fera. Ele teve que aceitar e, como patrulha com Crabbe e Goyle, consegue enganá-los muitas vezes e não entregar alguns alunos.

— Então...

— Escute tudo. – Hermione interrompeu o gigante. – Muitas vezes ele precisa entregar alunos para que ela não suspeite de nada, mas ele nos ajuda muito, muitas vezes.

— A troco de quê?

— De ter mudado. – Hermione falou.

— Difícil acreditar.

— Foi difícil de todos da Armada acreditarem. Acho que ainda estão se acostumando com a ideia. – Ela falou.

— Ele está na Armada?

— Está.

— E como tem certeza de que ele não é um espião?

Hermione e Draco trocaram olhares apreensivos.

— Hein? – Hagrid perguntou.

— Hagrid... – Hermione falou lentamente. – Eu acho que essa resposta não podemos dar.

— Não tem certeza e o deixou entrar na Armada?

— Tenho certeza – ela disse cuidadosamente. – Mas não posso lhe contar porque tenho certeza.

— Por que não?

— Por que ninguém pode saber.

— Hermione... – Draco falou. – Tivemos que contar pra Armada. Você, Weasley e Potter confiam nele. Se vocês confiam, eu confio.

— Sério?

— Sim. Várias pessoas não tão confiáveis sabem da verdade, por que não contar a ele? Sei que confia mais nele que em muita gente lá.

Hagrid estava espantado com a forma de Draco falar. Hermione respirou fundo e contou.

— Hagrid... Eu e Draco estamos juntos.

— Como assim juntos? – Ele estava tão surpreso que se surpreendeu em conseguir falar.

— Juntos. Namorando. – Draco falou.

— Mas como? – O gigante não entendia nada.

— Longa história. – Hermione respirou fundo novamente e começou a contá-la com a ajuda do namorado.

— Caramba! – Hagrid estava surpreso.

— Pois é... É isso. – Hermione falou.

— Eu sei que fiz muita merda, mas eu mudei. – Draco falou cuidadosamente. – Eu quero fazer diferente agora.

— E eu que achei que não ia viver pra ouvir isso. – Hagrid falou um pouco surpreso e todos riram.

Um silêncio repentino se instalou na Cabana. Hagrid olhava para Hermione e Draco abaixou seu olhar, encarando suas mãos, que estavam em seu colo.

— Querem chá? – Hagrid perguntou para quebrar o silêncio.

— Não, Hagrid. Obrigada. – Hermione disse. – Temos que ir. Draco não pode ficar muito tempo fora de vista, se não alguém pode começar a suspeitar de seu comportamento.

— Ok, então. – Disse o gigante. – Apareça mais vezes, senhorita sumida.

— Você quer ficar? – Draco perguntou à Hermione. – Não podemos sair juntos mesmo.

Hermione olhou do namorado para Hagrid.

— Acho que vou ficar, então. – Ela sorriu.

— Posso sair pelos fundos? – Draco perguntou a Hagrid.

— Claro. – O gigante se prontificou em abrir a porta dos fundos para Draco. Este acenou para a namorada e saiu.

— Que surpresa! – Hagrid disse ao fechar a porta.

— Pois é. – Ela concordou sorrindo. O gigante pegou um bule e pôs água para esquentar.

— Vou fazer um chá para nós dois.

— Obrigada, Hagrid.

Silêncio novamente.

— Hermione. – Hagrid chamou o nome da garota, que ainda estava sentada na mesa, enquanto o gigante preparava o chá.

— Oi?

— Quero te perguntar uma coisa. – Ele disse se dirigindo a mesa com o bule em uma das mãos e duas xícaras na outra.

Hermione respirou fundo. Já imaginava o que seria.

— Claro. Pergunte.

— Tem certeza que Malfoy mudou? Tem certeza que não está... – Ele parou de falar por um instante, parecia procurar uma palavra adequada.

— Me usando? – Hermione completou.

— É... – Hagrid concordou meio sem graça.

— Hagrid, eu sei que é difícil de acreditar. Eu mesma precisei de muito tempo para me convencer de que não estava entrando em uma roubada. Sei como é difícil para todo mundo se convencer disso, principalmente porque não podem passar muito tempo com ele, dado que ele não pode ser visto com ninguém que não seja da Sonserina. Sabe como é o pai dele. – Hagrid assentiu. – Eu sei que para vocês é um tiro no escuro, mas eu só peço uma chance. Ele já provou a mim que é digno de confiança, que realmente mudou. Até Harry, que apesar de não confiar muito em Draco, já percebeu que ele pode ter mudado sim.

Hagrid suspirou.

— Você confia no Malfoy?

— Confio, Hagrid.

— Então, eu confio também. – O gigante sorriu para Hermione e serviu chá para os dois.


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