Obsessão - A Batalha do Ministério escrita por Diéssica Nunes Sales
Na Torre da Grifinória...
— Então, me diz – Fred falou – Você acha que o Malfoy mudou mesmo?
— Não sei. – Harry respondeu pensativo. – Eu não sei o que pensar quando se trata do Malfoy, mas ele parece ter mudado. Hermione tem convicção disso.
— Mas e você... tem? – George perguntou.
Harry não respondeu.
*****
— Por onde você andou? – Crabbe perguntou pela milésima vez.
— Já disse que não é dá conta de vocês dois.
— Por que você não quer dizer? – Goyle insistiu.
— Por que não é dá conta de vocês dois. – Malfoy respondeu ríspido. Eles andavam pelo quinto piso. – Agora parem de se meterem onde não devem e vão confiscar aquele grupinho ali. – Ele apontou para um grupo de 6 pessoas que cochichavam.
*****
— Hermione?
— Oi, Luna.
— Podemos conversar?
— Claro. – Hermione disse se levantando. Elas caminharam em direção à saída da biblioteca.
— É sobre o Malfoy... – Luna falou com cuidado. – Eu só quero dizer que apoio a entrada dele. Se você confia nele, acho que devemos confiar.
— Obrigada, Luna. – Hermione agradeceu aliviada. – Está sendo difícil sabe... Até pra ele, mas tenho certeza que tudo vai dar certo. Sei que é difícil para todos acreditarem. Digo, ele é espião da Umbridge, mas ele não tem escolha. Se ele se recusar a cara de sapo vai falar com o pai dele.
— Entendo...
— Mas obrigada pelo apoio, Luna. – Hermione sorriu.
— De nada. – Sorridente, Luna saiu. Hermione voltou para a biblioteca.
*****
— Harry – Ron chamou enquanto entrava no dormitório.
— Você fez a lição de Defesa Contra as Artes das Trevas?
— Ainda não, por quê? – Harry estava deitado em sua cama, olhando para o teto, pensativo.
— Nem eu... Queria pedir ajuda pra Hermione.
— E ela com certeza vai ajudar – Harry falou irônico.
— Talvez ela ajude. Não estou pedindo pra ela fazer pra mim, só quero que ela me ajude.
— Boa sorte com isso.
*****
Os estudantes de Hogwarts terminaram seus afazeres daquele dia. Ron suplicou a Hermione que o ajudasse, mas ela negou – como sempre! “Você precisa ser mais responsável, Ronald”.
No dia seguinte, a Armada se encontrou novamente, apesar do clima ainda pesado e da desconfiança, aquele dia fora melhor que o anterior.
Apesar do pouco tempo que tinham para não serem descobertos passaram um pouco mais de tempo naquele encontro. Devido à presença de Draco, o início da reunião foi um pouco improdutiva, mas nada que Harry não conseguisse mudar.
Após a reunião, como de costume, Hermione e Draco ficaram sozinhos na Sala Precisa. E então, a Sala deixou de ser um ambiente de treinamento para batalhas e passou a ser um ambiente romântico, com uma cama de casal, uma mesa e uma música relaxante.
— Como se sente? – Ela perguntou.
— Melhor que ontem. – Ele riu.
— Você está tenso. – Ela disse fazendo-o sentar na cama e começando a massagear seus ombros.
— E com razão...
— Fique calmo, vai dar tudo certo.
— Ontem entreguei seis estudantes... Quatro da Lufa-Lufa e dois da Corvinal.
— É horrível isso, Draco, mas é sua única opção. Não se culpe.
— Talvez se eu tivesse coragem de enfrentar papai. – Hermione ainda massageava os ombros do namorado.
— Talvez seja uma opção. – Ela suspirou – Mas talvez não. Seu pai poderia te colocar na guilhotina.
A respiração de Draco estava densa.
— Tenho que voltar.
— Não, fique mais um pouco.
— Crabbe e Goyle vão notar meu sumiço. Quero dizer, eles já notaram. Ontem me encheram de perguntas e hoje saí por mais tempo.
— Fique mais um pouco, Draco. Eu sei que você precisa ter cuidado. Que precisamos ter. – Ela parou a massagem e sentou-se ao lado do namorado. – Mas eu sinto sua falta.
— Eu também sinto a sua, Hermione. – Ele segurou na mão dela.
Suavemente, Draco tocou o rosto da namorada e a beijou. Um beijo doce e apaixonado, cheio de saudade.
— Eu te vejo todos os dias, mas é como se não o visse. – Ela disse após o beijo. – Nunca ficamos sozinhos.
— Eu sei. Eu sinto tanto a sua falta, você não sabe como. – Ele mantinha um olhar tristonho. – Me encontre aqui de madrugada. – Ele disse esboçando um sorriso.
— De madrugada? – Agora ela sorria.
— Sim.
— Ok. Quando todos dormirem nós viremos pra cá.
Eles deram um último beijo de despedida e Draco foi ao encontro dos dois “amigos”.
*****
— Você demorou – Hermione disse assim que Draco entrou na Sala Precisa.
— Todos demoraram para ir dormir – Ele falou indo até a namorada.
Hermione estava com uma calça jeans e uma blusa babylook rosa. Ela havia pedido o ambiente de sempre: aconchegante, com uma cama e uma mesa. Draco puxou uma cadeira para sentar-se ao lado da namorada e, em seguida, lhe deu um beijo.
— Saudade de ficar sozinha com você – Ela disse sorrindo e olhando nos olhos dele.
— Eu também, Hermione. Sinto muito a sua falta. – Ele sorriu e eles se beijaram novamente. – Vi que hoje você caprichou – Ele olhava para a cama, que estava com lençóis de seda vermelho.
— Gostou?
— Amei.
— Acho que então podemos bagunçá-la. – Ela riu.
— Também acho. – Ele se levantou e pegou na mão da namorada. Ela se levantou em seguida e foi com o namorado para perto da cama.
Hermione desabotoou a camisa branca de Draco e empurrou-o para a cama, fazendo-o cair sentado. Ele sorriu e ela se sentou em seu colo. Quando já praticamente nus, o casal se deitou. Ele ficou por cima dela, enquanto finalizavam as preliminares. Ambos acariciavam-se com paixão, saudade e fervor.
— Eu te amo – Ela disse ofegante.
— Eu também te amo. – Ele respondeu olhando nos olhos dela, enquanto ambos estavam no ápice do prazer. Beijaram-se. Um beijo longo, calmo e cheio de amor. Então, ele se deitou ao lado ao lado dela. Cobriram-se e ficaram em silêncio por alguns minutos. Olhavam para o teto, às vezes fechavam os olhos e abriam novamente. Escutavam suas respirações se acalmarem.
Ele pegou na mão da namorada e ambos se olharam.
— Podemos ficar aqui a noite toda? – Ele perguntou.
— Quase toda.
Ele sorriu e disse:
— Isso é bom.
— Muito. – Ela sorriu e deitou no ombro do namorado. Aconchegaram-se. – Como andam as coisas com seu pai?
— Não quero falar dele. – Draco respondeu suavemente para a namorada, mas com uma frieza na voz, proveniente da raiva que tinha do pai.
— Desculpe.
— Não precisa se desculpar. – Ele lhe acariciava o cabelo – Eu sei que você se preocupa.
— Muito. Tenho medo que ele descubra que você mudou de lado.
— Eu também. Mas tenho sido cuidadoso. Não que isso me agrade.
Ela soltou um riso abafado.
— O que? – Ele perguntou.
— Estranho isso, não? – Ela olhou para ele.
— O que? – Ele perguntou novamente sem entender.
— Nossa situação. Eu sei que é trágica... Mas você tendo que entregar todos a Umbridge contra sua vontade. Nós termos que convencer a todos que você está do nosso lado. Harry nos acobertando. Você fugindo do Crabbe e do Goyle. Tudo isso é tão estranho... – Ela sorriu. – E tão bom.
— Bom? – Ele olhava para ela querendo entender a lógica da namorada.
— Pelo menos estamos juntos.
Ele sorriu e a beijou.
— Estou com dificuldades em Poções.
Ela riu.
— Qual a graça?
— E isso é novidade quando?
— Ah... para! Eu sempre fui bem, mas neste ano está meio complicado...
— O que foi? O Professor Snape não anda facilitando mais?
— Não...
Eles riram.
— Você podia voltar a ser minha dupla, né?
— E deixar você levar o crédito sozinho? Sendo que eu faço tudo?
— É!
— Tá certo, Draco... – Ela lhe deu um selinho.
— Não faria isso por mim?
— Não! – Ela disse carinhosa, mas incisiva.
— Que isso, Hermione... Você é má quando quer, sabia?
— Sou?
— Uhum... – Ela sorriu – Que sorriso vitorioso é esse no seu rosto? – Ele perguntou após analisa-la por alguns segundos.
— Meu sorriso de vitória.
— Que vitória?
— Consegui ser mais má que você.
— Engraçadinha.
— Não gostou de perder, Malfoy?
— Não... Não gostei... – Ele a beijou.
Ela não só correspondeu o beijo do namorado, como também se deitou por cima dele. As caricias começaram novamente, levando-os novamente a uma onda de prazer. E por algumas horas juntos dormiram até terem que retornar aos seus respectivos dormitórios.
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