A Noiva do Drácula escrita por Chrissy Keller Books


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Tentem não surtar...



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Já era hora de levantar. Não conseguira dormir bem por ter sonhado com ela. Novamente. Ou será que era porque estava virando vampiro? Nem sabia mais se era aquilo que queria ser. Ou melhor, nem ao menos humano. O que mais queria era que Luana o aceitasse, ou morreria.

Ele se levanta da cama e olha para o relógio pendurado na parede. Já eram quase 13:00. David levanta, ainda nu, depois das proezas da noite anterior e cambaleia até seu enorme guarda-roupa. Ele escolhe uma blusa preta colada e uma calça um pouco larga, ambas com a mesma cor: preta.

Uma hora depois, David desce até a sala de estar e vê os dois tios sendo servidos por Shartene e Miranda, suas empregadas alegres e falantes. Ele dá um raro sorriso para elas.

–-- Olá, Shartene, Miranda. --- ele olha delas para os tios, confuso. --- O que vocês estão fazendo acordados?

–-- O “Drácula” não conseguiu dormir e quis conversar.

Alan olha para o irmão e faz cara feia.

–-- Quer parar de ficar enfatizando meu nome com essa ironia?

–-- Isso se fosse seu nome, irmão.

Alan ignora. Ivan e sorri para David.

–-- Dormiu bem, meu sobrinho?

–-- Dormi. Só não entendo o porque de vocês estarem acordados. O mestiço aqui sou eu.

Alan sorri, jogando a cabeça para trás.

–-- Nós sabemos, meu caro. Apenas queríamos conversar.

–-- Não, você que queria conversar. --- Ivan refuta.

Alan olha feio para Ivan, voltando a olhar para David.

–-- Então, como eu estava falando, estávamos conversando, mas logo iremos dormir, estou com sono. --- Alan vê a cara de confuso que David está fazendo e sorri. --- David, não é só vocês jovens que trocam a noite pelo dia. Nós também podemos trocar o dia pela noite alguma vez.

–-- Sei. --- David caminha até Shartene e Miranda e sorri para elas. --- Vocês também?

–-- Seus tios que mandaram. --- elas respondem juntas, como sempre.

David olha para os tios.

–-- Vocês não as deixaram dormir?

–-- Correção --- diz Ivan. --- Alan. Ele não me deixou dormir, nem a elas.

–-- Você também. --- Alan refuta o irmão mais velho.

David caminha até o sofá, perto de Alan, e se senta.

–-- Ok. Shartene, Miranda, me vê um café, vou precisar. Um bem forte.

–-- É pra já, milorde.

Milorde.

Só mesmo Shartene e Miranda para lhe dar um tratamento como aquele. Em nenhum momento, de todos os anos de sua vida, David fora tratado com cortesia pela Elite. Apenas pelas simpáticas e alegres empregadas.

Ivan se levanta.

–-- Vou me recolher. --- Ivan se levanta de sua poltrona favorita.

–-- Vai dormir? --- David fala com Ivan, vendo Alan quase morto de sono.

–-- Sim, vou. --- Ivan sorri para ele. --- Já era hora.

Dizendo isso, Ivan sobe a escadaria, rumo ao seu quarto.

David é servido por Shartene e Miranda com seu cafezinho e ele manda as duas se retirar.

–-- Vão. Podem dormir. Meu tio não irá mais incomodá-las.

–-- Obrigada, milorde. --- ambas respondem em uníssono e se retiram.

David toma seu café e olha para Alan, ainda esparramado no sofá, talvez pensando em algo.

–-- E você?

Alan volta a realidade e olha para o sobrinho.

–-- Eu?

–-- Sim.

–-- Acho que estou apaixonado, meu sobrinho.

David ri.

–-- Você? Apaixonado? Pela Lua Bonita?

–-- Não é Lua Bonita. É Bela Lua.

David sorri.

–-- Ah. Sei. E parece que ela te fisgou, não é?

–-- Pode-se dizer que sim. Eu até a pedi em casamento.

David encara o tio. Ele estava ficando maluco?

–-- Casamento? Mas, dizendo Ivan, você a conheceu ontem.

Alan sorri como um bobo e olha para o sobrinho.

–-- Já ouviu falar de amor à primeira vista?

David sorri. É claro que já ouvira falar. Ou melhor, já sentira na pele. Desde o primeiro momento que vira Luana sua mente girara a um ponto que era difícil explicar. Ela virara seu mundo de cabeça para baixo com aquele olhar juvenil e aquele sorriso de sereia. Há seis anos atrás, ela se tornara sua vida. Mas, não sabia se era realmente verídico seu tio estar apaixonado...

–-- Sim, já. --- ele fica sério. --- Então, ela é sua noiva? --- pergunta, tentando mudar de assunto.

–-- Sim. Hoje nos encontraremos.

David encosta no sofá e toma seu café.

–-- Que bom. Lhe desejo sorte.

Alan sorri.

–-- Sorte é para fracos.

Alan se levanta e caminha até a escadaria. Ele para e olha para David.

–-- Está na hora de você arranjar uma namorada também, meu sobrinho.

Dizendo isso, Alan sobe a escada rumo a seu quarto. Nossa. Ele nem ao menos sabia o quanto estava louco por uma garota. O quanto ficava excitado só de pensar nela. Mas, hoje tudo iria ser diferente. Ele iria chegar junto, fazê-la se derreter. David sorri maliciosamente, engolindo de vez seu café. Mal podia esperar.

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Já iriam dar 16:00 hs. David não queria se atrasar. Ele olha para o andar de cima. E pensar que seus tios estavam tramando por suas costas...

Já era de se esperar. Afinal, era apenas um mestiço imundo que precisava ser controlado para que não atingisse o ego da Elite. Ele suspira pesadamente. Alan e Ivan já deviam estar no sétimo sono. Ele volta a olhar o relógio: 16: 10. Era melhor ir logo.

David fecha a grande porta da sala e caminha até seu Camaro preto.

Hoje tudo daria certo. Falaria com Luana, e não teria nenhuma Jéssica chata para estragar o momento.

Ainda se lembrava. Teve que consertar uma máquina desgraçada sozinho com Fred até tarde da noite depois de Luana ter lhe dado um pé na bunda. Só de lembrar lhe dava ódio.

Ele entra no carro e acelera com tudo até estar fora dos jardins da mansão.

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Lá estava ela. Toda linda, toda gostosa com aquela saia lápis preta que acentuava a bunda durinha, e blusa de branca de manga até o cotovelo que dava para ver o sutiã bege. E aqueles cabelos levemente cacheados acariciando os seios fartos...

Era melhor ir ao banheiro antes que assustasse sua amada.

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Uma vez lá dentro, David se olha no pequeno espelho e fica encarando seu rosto com um pequeno sorriso crescendo nos lábios.

A vontade que tinha era de agarrá-la, mas sabia que não era bem desse jeito que as coisas funcionavam. O que mais tinha que fazer hoje era se controlar perto dela e convidá-la para sair. Mas, diferente das outras vezes, não iria intimidá-la. Dessa vez, tudo seria diferente.

David sai do banheiro e caminha até Luana, que já está sentada em sua mesa, conversando com Jéssica, como sempre.

–-- Depois você me conta. --- ouve Jéssica falar para Luana.

Contar o quê?

Luana nota sua presença e congela na hora.

Será que ela nunca vai ter outra expressão quando se trata de mim?

–-- Oi, Luana.

Ela engole em seco.

–-- O-Oi, David. --- Gagueja.

Ele sorri para ela.

–-- Oi, Luana. Senti sua falta.

Ela arregala os olhos, depois desvia o olhar meio nervosa.

–-- A-Ah? Jura?

Ele sorri e dá a volta na mesa para ficar perto dela.

–-- Juro. --- ele diz, perto do ouvido de Luana. Era impressão dele, ou ela estava ficando arrepiada? Ele sorri e chega mais perto, aproveitando a situação. --- Juro que senti, Luana. --- ele coloca gentilmente o cabelo dela para o lado para ter um bom acesso ao ouvido, sendo observado por Jéssica, que está de boca aberta. Ele ri. --- Você não sabe o quanto.

Luana, nervosa, cruza a mesa para ficar distante dele. Ela estava respirando alto. Era bom o efeito que causava nela. O efeito positivo, claro.

–-- N-Nossa. --- ela gagueja, olhando para tudo, menos para ele. --- Que bom, D-David.

Ele sorri. Era bom quando ela dizia seu nome. Era sexy. Bom Deus, como a queria!

Mas, tinha que parar com aquela encenação. Tinha que ir direto ao ponto.

–-- Luana, quero te pedir uma coisa.

–-- Sim? --- ela parece ficar um pouco mais normal.

–-- Quer sair comigo hoje?

Luana fica pálida. Mas por quê ela sempre ficava daquele jeito? Era irritante.

–-- Sair com você?

–-- Sim. --- ele nota ela escondendo alguma coisa na mão direita. O que era?

–-- É que eu... --- ela se contorce, incomodada com algo. Nina estava olhando fixamente para ele. Que garota irritante.

–-- Que dia?

–-- Hoje. Ou vai dizer que tem que fazer alguma coisa para a madrinha também? --- ele fala irritado.

Se acalme, David. Não estrague tudo.

–-- Não, eu... --- ela deixa a mão direita aparecer mais. O que era aquilo? Um anel? --- Eu tenho um encontro hoje à noite.

Encontro? Com quem?

Um anel. Um anel prateado adornado de diamantes e no centro um solitário rubi. Aquilo mais parecia uma aliança. Quem deu aquilo para ela?

–-- Esse anel... quem te deu?

Luana olha rapidamente para o anel e com a mesma rapidez olha para ele.

–-- Ah... É que...

–-- Quem te deu esse anel? --- ele levanta a voz. Estava fiando irritado. E se fosse o que estava pensando, iria ficar furioso.

–-- Esse anel? --- ela olha novamente o anel. --- E-Eu comprei.

David continua a encarar o anel. Alguém o deu para ela. A hora que ela tinha saído não daria para comprar um anel, já estava tarde. E outra, aquele anel mais parecia de compromisso. Inferno! Ela estava namorando novamente. Não era à toa que parecia que ela estava escondendo algo dele.

–-- Comprou, é? --- David fala com os dentes cerrados. --- Ou alguém te deu?

Luana desvia o olhar, nervosa.

–-- Sabe o que é, David? E-Eu...

Pronto. Ela não precisava falar mais nada. A merda do anel foi dado por um novo namorado. Um desgraçado de um novo namorado. Queria saber quem era o infeliz. Com a raiva que estava iria matá-lo.

David fecha os olhos e tenta contar até dez para se acalmar, mas falha totalmente. Ele a olha com uma raiva mal contida. Ou melhor, com ódio. Puro ódio.

–-- Não. Fala. Nada. --- ele fala em staccato, tentando colocar as emoções em controle. A vontade era bancar o Léo Vieira* e levá-la para uma ilha deserta e trancá-la numa torre para fazê-la entender de uma vez por todas que era dele, e só dele. Ódio era pouco para definir o que estava sentindo naquele momento.

Ele consegue dar um falso sorriso para ela.

–-- Tudo bem, Luana. Se é assim que você quer jogar... --- ele chega bem perto dela, encarando-a naqueles olhos castanhos claros. --- é assim que vou jogar também.

Ele se endireita e olha para ela, que está olhando-o com algo parecido com um misto de medo e pena, e caminha até sua mesa.

David queria socar algo. Queria declarar guerra ao mundo. Mas, tinha que procurar se acalmar. Tudo daria certo. Teria que fazer as coisas pouco a pouco. E a primeira coisa que tinha que fazer é caçar o desgraçado que tinha roubado a mulher que amava.

Michael Jackson - Give in to me

https://www.youtube.com/watch?v=S_EqgmUSW3M


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Notas finais do capítulo

Isso ainda vai dar muita treta... kkkk
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