A Seleção de Arendelle escrita por Ana Carolina Lattaruli


Capítulo 24
Cold Touch


Notas iniciais do capítulo

OIIIEEEE, FELIZ DOMINGO PESSOAL!!!

Aqui estou eu com mais um capítulo e dessa vez eu não demorei um mês!!! Amo vocês e espero que gostem desse capítulo, está bem tretoso!!

Se quiserem, deixem aquela recomendação marota, que me deixa tão feliz que eu tenho um infarto toda vez!

Beijos gelados ♥



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No capítulo anterior:

 

Lia apareceu no quarto do Jack antes do jantar, aparentemente Astrid voltará! 

Mas tudo tem um motivo...

Jack nunca leu a carta deixada por Finch, apesar de levá-la sempre consigo. Além da carta, alisou entre os polegares um papelzinho um tanto quanto agradável, e teve um encontro às escondidas com Elsa, novamente. 

Rolou beijo, claro que rolou! Um beijo gelado até demais...

E isso é o que você já leu, aqui em A Seleção de Arendelle! 

 

***

 

Pov. Lia

 

Observo-o sair do quarto, devagar, enquanto ele olha para todos os lados.

Bem que Anna disse que ele iria se encontrar com Elsa hoje. Ainda não sou capaz de dizer como Anna sempre descobre tudo, mas ela é assim desde quando éramos crianças.

Quando Jack desaparece na escuridão, agarro a chave dourada de dentro do meu bolso e abro a porta, entrando no quarto, fechando-o logo em seguida.

Tenho que ser rápida.

Dou passos apressados até a mesa, onde hoje de tarde vi a tal carta, mas ela já não está mais lá.

Ele não pode ter levado consigo, nem pode tê-la queimado, então ainda está aqui em algum lugar.

Reviro o guarda-roupa, tendo cuidado de não bagunçar. Nada. Abro as gavetas do armário. Nada.

Procuro no banheiro, na prateleira atrás do vidro, nos lençóis, embaixo da cama, embaixo do colchão.

Abro a gaveta ao lado da cama, pela terceira vez. Nada. Calma, talvez...

Vejo uma pontinha de papel despontando debaixo da gaveta, retiro-a do móvel e a carta cai, silenciosa, no chão de carpete.

Respiro fundo, colocando a gaveta de volta no lugar e agarrando aquele papel em minhas mãos, como se fosse um tesouro altamente valioso. E talvez seja mesmo.

Dou uma última olhada no quarto, assegurando que nada esteja fora do lugar, e saio, com o coração na mão esquerda e a carta na mão direita.

 

***

 

Pov. Jack

 

Não foi o mundo lá fora que ficou gelado de súbito. Foi o mundo aqui dentro. O mundo dentro de mim. Assusto-me com essa sensação e afasto-me do beijo.

Ela me olha espantada, e em sua bochecha há um pequeno floco de neve.

Franzo o cenho, tirando o floco de seu rosto e estudando-o na palma da minha mão. Olho ao meu redor, um amontoado de puro branco está pousado aos nossos pés, as almofadas estão cobertas de uma fina camada de neve e a maçaneta da porta também. Mas não atingiu o reino, somente aqui em cima.

—O que foi isso? – Pergunto, confuso.

Ela fica me encarando, parece querer falar tudo e ao mesmo tempo nada.

Então, desvencilha-se de mim e sai correndo.

Bem maduro da parte dela, devo admitir.

Ela abre a porta e corre escada abaixo. Sigo-a, sabendo que não posso chamá-la, isso acordaria todas as pessoas do castelo. O Rei, principalmente.

Seu vestido esvoaça conforme corre pelo corredor, mas já estou logo atrás dela segurando-a pelos dois braços e conseguindo fazê-la parar e me encarar, com raiva.

—Me larga! – Comanda, com uma voz firme, porém baixa. O corredor está mal iluminado e não há guardas nessa parte. Se virarmos a esquina, encontraremos vários, pois é exatamente onde está dormindo o Rei.

—Não. – Respondo, devagar. – Você vai me explicar o que está acontecendo.

Ela se debate em meus braços mais uma vez, sem êxito.

—Você está fora da Seleção! – Fecha o maxilar, expressando-se entre os dentes.

Balanço a cabeça, encarando seus olhos de forma tão profunda que, por um momento, me perco.

Mas esse momento se esvai no ar.

—Eu não vou a lugar algum. – Minha voz sai triste e ela percebe, mas não liga. Está pouco se lixando.

—Faça suas malas. – Desvencilha-se de mim. – Você sai amanhã.

—Por ter descoberto seu segredo? – Lanço no ar. Ela capta e paralisa, andando rápido até mim, ficando a pouquíssimos centímetros do meu rosto.

—O quão burro você é de contar a alguém?

—O suficiente. – Chego ainda mais perto dela, como se isso fosse possível, e nossas respirações se entrelaçam. – Foi isso que o Sandy viu, não foi?

Seus olhos ficam perdidos por um momento, seu queixo treme, suas mãos formam uma concha junto à barriga. Aflita.

—Vá embora. – Pisca algumas vezes, olhando para o chão.

—Por que não pode confiar em mim? – Tomo cuidado para não aumentar demais a minha voz.

Ela parece me encarar por uma eternidade. Anda de um lado para o outro, pensativa, e para de repente na minha frente.

—Não fui eu, Jack. – Suas expressões se adensam abruptamente.

—Como assim? – Franzo o cenho, inclinando a cabeça.

—Não fui em quem fez nevar. – Sua voz fica mais fina, como se não quisesse nem mesmo existir. – Eu estou de luvas.

—E?

—Quando eu estou de luvas, meu poder não sai. Não se descontrola.

Sino uma pressão no peito e nos ombros, perdendo o senso de direção subitamente.

—O que você quer dizer com isso? – Tento não tremer a voz, mas é involuntário.

Ela se encolhe. Vaga no silêncio, até ele ser quebrado.

—Minha irmã, ela falou algo estranho para você? – Posso sentir seu desespero a quilômetros de distância.

—Tipo o quê?

—Tipo algo sobre o Finch. – Sua fala fica mais pesada. O nome dele faz um arrepio subir pela minha espinha. – Eu ouvi ela falando com alguém sobre o seu melhor amigo.

—Com quem?

—Eu não sei. – Ela dá uma breve olhada em meus lábios, mas não dura nem um segundo. – As vozes estavam baixas demais.

Olho para algum ponto aleatório.

—Conseguiu entender algo do que diziam? - Pergunto. Ela me encara de uma forma tão densa que juro ver todos os seus medos estampados em sua íris. 

Sem nem mesmo percebermos, nossos sussurros viram algo mortal.

—Parece que não foi suicídio, Jack.

 

***


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Notas finais do capítulo

EM DEZEMBRO SAI RIO DE TINTA UHUUUULLLLLL TO SÓ O OURO!!!!!

Falando em Ouro, Jack tá com ouro na categoria confusão hein?

E agora???? Deixem seus comentários, favoritos e recomendações!! Queria tanto chegar a 20 recomendações, vou até mostrar pro meu pai se eu chegar UEHUEHUEUEHHE Beijos gelados ♥