Capítulo 42

POV BELLA

Boas novas, seis meses depois.

13 horas depois.

O casamento tinha tudo para ser perfeito, tudo para dar certo. O salão estava impecável, todos os convidados compareceram, o vestido da noiva era branco e o noivo estava esperando no altar. 

Realmente tinha tudo para dar certo, mas... Agora olhando o fato de que todos nós estamos em uma lanchonete fedorenta no interior de Seattle eu realmente me enganei que podia sair algo de bom do novo trio inseparável "Jasper, Edward e Jared" E claro... Não posso me esquecer de mencionar o noivo: Emmett.

— Foi incrível o jeito que você socou ele Emmett. — Edward parabenizou Emm pela milésima nessa noite. Emmett tinha um sorriso todo glorioso.

— Vocês acabaram com meu casamento! — Rosalie gritou magoada. 

— Nós? — Jasper perguntou. — Foi o seu amigo estranho! — Gritou ofendido pelo que Rosalie acabara de dizer.

— Tudo estaria uma maravilha se Jared não tivesse incentivado, dizendo aquilo.

— Alice rosnou tão magoada quanto Rosalie.

— Mas quem incentivou foi o Jasper! — Mônica defendeu Jared.

— Quem ficou gritando "Tira a roupa dele" Foi o Edward. — Rosalie gritou irritada.

— Mas quem fez tudo isso foi seu marido! — Gritei e as vozes femininas cessaram.

Apenas as risadas machistas ecoavam naquela lanchonete fedorenta e sem movimento nenhum. Os comentários idiotas continuaram rondando entre os homens.

— Não sei por que eu me casei com você! — Gritamos em uníssono para nossos respectivos maridos

Só de pensar que toda essa confusão começou por que...

13 horas antes.

Acordar normalmente quando se tem filhas gêmeas que fazem disputa de quem chora mais manhã é impossível. Eu tentei levantar para amamentar as fominhas enquanto Edward estava se arrumando para o trabalho.

Edward voltou ao trabalho duas semanas depois que as gêmeas chegaram a casa, consegui me acostumar com o ritmo de cuidar delas sozinha, apesar de ser uma tarefa muito difícil.

As meninas estavam com sete meses, lindas, saudáveis e acima do peso. 
Pareciam duas bolinhas de olhos verdes.

Eu não via a hora delas terem o tamanho de Diego, apesar de ser a fase que mais requer cuidados, eu queria vê-las andando por todos os lados.

Já Edward tinha planos mirabolantes para uma delas.
Um belo dia quando estávamos na casa de Jared e Mônica, que resolveram juntar as escovas de dente a pouco mais de um mês.  Edward e Jasper brincavam sobre o futuro de nossos filhos.

Era hora do almoço, todos estavam à mesa, gêmeas dormindo = refeição perfeitamente em paz. Bom, queria que realmente tivesse sido, porque segundos depois Edward e Jasper iniciaram um desagradável assunto.

— E ai Edward, qual das duas vai se casar com meu Diego? — Jasper perguntou rindo, Edward riu também.

— Tem que ter uma boa oferta amigona. — Edward brincou e eu soquei o estômago dele. — É brincadeira amor....

— Querido amigo... Se um dia você falir, tenha certeza que te ajudarei... — Jasper falou soando maldoso. — Quanto? Dez milhões? — Ele perguntou.

— Nem um bilhão Jasper! — Rosnei protetora e eles riram.

— Que assunto desagradável para a hora do almoço! — Alice disse ríspida na direção de Jasper, depois me fitou cruel. — E você! Não se desfaça do meu filho! — Rosnou pra mim.

— Preferia morrer Alice, ao vender uma de minhas filhas... Eu faria muito gosto de uma delas se casassem com seu filho. Mas por vontade própria. — Disse dando fim ao assunto.

As piadinhas maldosas sobre Mary Beth e Valentina continuaram rolando na mesa, junto com os planos mirabolantes de Edward e Jasper.

Decidi deixar o futuro para depois e agir a vida. 
Me levantei com uma rapidez de uma supermãe e corri para o banheiro, Edward estava na frente do espelho arrumando o cabelo.

— Quanta vaidade.

— Bom dia amor da minha vida.

Alguns minutos depois já estava no quarto cor de rosa ao lado do meu.

Edward era um ótimo pai e enquanto estava em casa fazia tudo, dava comida, trocava fraldas, colocava para dormir e agora eu o observava se desdobrar para alimentar nossas mostrinhas.

A cena era engraçada.

— Para de rir e vem me ajudar. — Ele reclamou e andei até eles, peguei a mamadeira da Valentina, que só para constar ela é a mais levada, essa sairá ao pai. 

— Você sabe que hoje é o casamento de Rosalie e Emmett não é? — Perguntei e ele assentiu. — Vai ter que chegar mais cedo e me ajudar com as meninas. — Pedi e ele concordou.

— Vou chegar ás três da tarde. — Disse me dando um beijo rápido, fez o mesmo com as gêmeas e colocou Mary no berço. — Cuide do terno... Acho que não vou ter tempo pra isso. — Ele disse sorrindo, caminhando para a saída. 

— Padrinho desnaturado... Tenha um bom dia querido, amamos você. — Gritei quando ele já tinha ido. — Agora somos sós nós três; O que nós vamos fazer hoje em garotas?

Comecei o dia como todos os outros, dando um banho em cada uma, trocando a fralda e as deixando limpas.  Desci as escadas com as duas e George correu para ajudar-me.

Recolhi todos os brinquedos espalhados e coloquei dentro do cercadinho onde as duas estavam, liguei a tevê em um canal de musicais infantis que as deixavam calmas.

O dia passou razoavelmente devagar, enquanto eu arrumei minhas roupas e a roupa de Edward, seriamos um dos padrinhos. Edward disse que viria para casa ás 15horas da tarde e já iam dar seis e meia da noite.

Eu estava dando a papinha de legumes e caldo de feijão para as meninas que estavam sentadas no carrinho duplo. 
Mary era um anjinho que comia tudo rapidamente, mas Valentina sempre brincava com a comida. 

Ela sempre era mais resistente, enquanto eu empurrava a pequena colher cheia de papinha dentro da boquinha dela, ela cuspia tudo com rapidez soltando umas risadinhas gostosa.

— Vamos Valentina, não é pode brincar com a comida amor.

 E lá estava eu de novo, colocando a comida na boquinha dela e ela cuspindo, rindo... De mim. 

— Vamos Valentina, olha a hora amorzinho... — Eu dizia novamente empurrando a colher de volta para a boca, agora até Lizzie ria de mim.

A minha vontade era de matar o Edward... O casamento seria às oito da noite e ele ainda não havia chegado a casa, sem constar que eu estava descabela e com a unha pra fazer. Que madrinha seria eu? Horrorosa, provavelmente espantaria todos os convidados.

Continuei incentivando Valentina a comer sem sucesso. Ouvi o barulho de chaves e maçaneta da porta girando, Edward entrou em casa me fitando com a maior cara de cachorrinho que acabou de cair da mudança.

— Edward! — Gritei. — Vão dar sete horas da noite! Cadê sua pontualidade? Meu Deus Edward!

— Me desculpe... — Ele murmurou constrangido.

— Desculpar? Tenho unhas pra falar e meu cabelo tá com cheiro de vômito Edward! — Ele riu da minha crise histérica. — Combinamos que seria uma equipe com as gêmeas... Você não está cumprindo sua parte.

 Visivelmente magoada eu disse e ele entrou em casa, abrindo espaço para um homem, ou quase homem e duas mulheres entrarem. 

— Acalme-se. — Ele disse sério. 
Joseph me encarou por inteiro e depois lançou o olhar para as gêmeas.

— Que gracinhaaaaas! — Deu um gritinho nada mascúlo. Caminhou até as meninas as encarando por completo. — Tão lindinhas Fefê! Sua cara. — Joseph disse animado e eu ri.

— Obrigada Jose. — Agradeci.

— Oh. My. God. Você está parecendo o monstro do lago Ness. Pelo que sei não tenho muito tempo, vamos começar agora. Antes das oito vocês tem que está pronta. Vamos, vamos, vamos.

Pelo menos ele havia lembrado que eu estava horrorosa.

— Ah, você senhor Cullen. Termine de dar à janta as meninas e dê banho. Coloque as roupas. — Gritei enquanto Joseph me arrastava para o quarto.

— Eu? — Edward gritou confuso.

— Você mesmo! — Disse de novo, agora saindo do campo de visão dele e andando rapidamente pelo corredor.

Entramos em meu quarto, primeiro tomei um banho para lavar os cabelos, um pouco rápido.

Enquanto as duas manicures cuidavam dos meus dedos, Joseph cuidava do meu cabelo.

— Pelo que soube você está sendo uma ótima mãe de primeira viagem. — Joseph disse orgulhoso.

— Oh... Soube por quem? — Perguntei.

— Sua mãe... Ela tem ido bastante ao salão, junto com aquele pedaço de mau caminho que ela chama de namorado. — Joseph começou a rir de si mesmo. — Falando em pedaço de mau caminho... Seu marido parece estar mais sexy que o normal. 

— Jose! — Disse constrangida e ele riu.

— Você também está querida... Só um pouquinho maltratada. Mas olhe esses seios... Tão fartos. — Se Joseph não fosse gay até as raízes do cabelo eu iria expulsá-lo da minha casa, mas ao contrário eu ri.

— Minha bunda também está maior. — Entrei na brincadeira e Joseph e as meninas riram também. 

Logo acabaram com tudo, em menos de meia hora já estava no meu vestido carmim, saltos altos e uma maquiagem magnífica.

— Oh Jose, não sei como agradecer. — Ele riu, mas eu sabia muito bem como agradecer... Um belo cheque e ele estariam contentíssimos. — Vocês também meninas, obrigada.

Edward estava brincando com as meninas que já estavam arrumadas e perfumadas sentadas no berço. Ele também já estava pronto, com seu Armani maravilhoso.

— Me deixa ver minhas bonecas... Mas que crianças lindas!

Elas estavam com vestidos iguais, rosas. Uma tiara na cabeça, sapatinhos fofos. Meia calça, duas bonecas de fato.

— Edward... Joseph... Pagamento. — Murmurei para ele que assentiu, fez o cheque e deu ao Joseph.

— Espero vê-la embreve Fefê. Até logo Sr Cullen. — Ele se despediu de nós e saiu, George o acompanhou até a saída.

— Linda. — Edward sussurrou beijando meu pescoço. — Afinal, todas vocês estão lindas.

— Quem as arrumou? — De uma coisa eu tinha certeza, não fora Edward... Ele riu largamente.

— Sua mãe está lá em baixo. Eu... Não saberia arruma-las como você. Sua mãe chegou e ofereceu ajuda. — Ele disse novamente, corando. Beijei de leve os lábios dele e peguei Valentina no colo.

— Vamos.

Minha mãe realmente estava lá junto com David, o namorado alemão. 

— Vamos chegar atrasados Isabella. — Martha me censurou, com rapidez saímos de casa e entramos no carro. Martha fora junto com David, não gosto nada do alemão... Apenas... Ciúmes, já que ele é uma boa pessoa. 

— Para de pensar nisso. — Edward já me censurou sabendo no que estava pensando.

— Acha que me conhece tão bem assim Sr. Cullen? — Ele riu, mas dessa vez de mim.

— Acho sim esposa. Te conheço muito bem. — Sorrimos. — Ele é um cara legal.

— Chega! — Disse sabendo que lá vinha o Edward bajular o namorado da minha mãe. — Ele é legal... Tá, já sei.

Chegamos ao salão onde seria o casamento, o carro de David chegou logo depois, entregamos as gêmeas para minha mãe e pra... Ele. 
Seguimos rapidamente para a entrada, onde os padrinhos já estavam aglomerados.

— Atrasados. — Alice disse assim que nos posicionamos atrás deles, Jasper cumprimentou Edward.

— Caramba... Esses sapatos estão me matando. — Jared e Mônica surgiram logo em seguida, atrás de nós. 

— Cala a boca Jared. — Mônica rosnou estressada. 

— O que houve priminha? — Perguntei rindo do estresse dela.

— Sabe... Mônica anda tão estressada ultimamente. — Jared disse sorridente.

— Estressada, enjoada... Sua voz me irrita Jared, cala a boca.

— O que você fez demais Jared? — Alice e eu perguntamos juntas.

— Ele chegou em casa ontem, completamente bêbado! — Mônica rosnou raivosa.

— Despedida de solteiro do Emmett Mônica, já expliquei. — Jared defendeu-se.

— Edward não chegou em casa bêbado... — Disse baixinho.

— Nem Jasper. — Alice concluiu.

— Tá vendo Jared? Eu vou matar você! — Mônica começou a estapear Jared e nós rimos. 

— Enjoada... — Alice sussurrou para mim.

— Estressada... — Eu sussurrei.

— Já vi isso em algum lugar... — Edward murmurou olhando para a barriga de Mônica, que ainda estapeava Jared... Uma pequena saliência era ressaltada no vestido rosa pink. Todos nós rimos;