Casada com Edward Cullen II escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 40
Capítulo 39




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Capítulo 39

POV EDWARD.

Eu estava confuso com tudo que estava acontecendo, minha filha estava nascendo! Eu queria estourar champanhe, mas também estava um pouco amedrontado quando doutor Field disse que o caso tinha riscos, que se eu ficasse dentro da sala tinha que ser forte o suficiente para aceitar tudo.

Foi o que eu fiz. Fiquei na sala e fui homem o suficiente, mas quando ouvi o choro da minha princesinha me soltei de Isabella para vê-la, foi então que algo me surpreendeu Isabella ainda sentia dor e ainda empurrava algo, enquanto a Enfermeira levou rapidamente Lizzie outra... Criança estava nascendo e essa eu vi nascer... Era outra menina?

Céus como isso podia ser impossível?

O choro desta era muito, mas alto que a da primeira e ela pareciam ser iguais à primeira também, tão pequenina. Cabia na palma da minha mão. 
Meus olhos que já estavam derrubando lágrimas continuaram, minhas lágrimas desciam sem controles.

Olhei para Isabella, queria ver a expressão do seu rosto e me surpreendi ao ver o estado que ela estava seu corpo convulsionado, meu coração dilacerou-se. 

— ISABELLA? — Gritei descontrolado antes de me tirarem da sala.

POV BELLA.

Acordei confusa, minhas pálpebras estavam tão pesadas!
Abri meus olhos e me incomodei com a forte luz do quarto branco, no começo era tudo branco, mas depois as cores apareceram. Evidente era um quarto de hospital, as paredes tinham uma cor clara, deveria ser um bege, um tom areia.  Mas o quarto era acolhedor, tão confortável. A cama? Nem se fala.  Tinha um sofá grande, couro branco. Bonito, parecido com o da minha casa. Tinham flores lindas, violetas. Lembrei-me vagamente do dia em que Edward resolveu fazer do apartamento do minha mãe um jardim particular me enchendo de flores.

Forcei com que minha mente me levasse até a hora dolorosa do parto, a única coisa que eu conseguia me lembrar de era a forte dor, choros. Não sabia exatamente há quanto tempo eu havia ficado desacordada, eu só sabia que tinha apagado na sala de parto. E acordei agora aqui, em um lugar confortável. Limpo, macio e sem dor.

Isso era reconfortante demais.

Percebi a porta se abrindo lentamente. E uma mulher de branco adentrou.

— Senhora? Acordou? — Perguntou sorridente.

— Sim... Cadê meu marido? Minha filha?

— A senhora precisa se alimentar e tomar seus remédios, o Dr. Field disse que logo após disso vem falar com a senhora. — Ela disse e pegou a bandeja do carrinho, mas antes me ajudou a sentar.

 Colocou a bandeja em meu colo. Tinha uma sopa que aparentemente estava boa, ao menos o cheiro era bom. De tempero. Pelo que me lembro de comidas dos hospitais são terrivelmente aguadas. Assenti e comecei a comer, estava apetitoso, um tempero forte e gostoso. 

— Seu marido trouxe de casa, disse que você não gostaria de comer a comida do hospital. — Ela disse de novo e sentou-se na poltrona. Era bom ouvir a voz de alguém e conversar um pouco.

— Verdade... — Assenti voltando a degustar a sopa.

— Imagino que você esteja curiosa para saber quem está lá fora esperando por noticias. — Ela disse e eu sorri animada. — Eu não posso falar sobre a criança ou sobre seu estado de saúde, é uma coisa que eu realmente não sei senhora. Mas sobre seus amigos eu posso dizer. — Ela sorriu e eu ri também, era tão simpática.

— Quem está lá fora? — Perguntei curiosa.

— Tem uns rapazes bonitos. Dois morenos, altos e um loiro muito charmoso. — Ela disse empolgada, percebi que se tratava de Jasper, Emmett e Jared.

— Quem mais?

— Três mulheres bonitas também, uma baixinha morena e uma ruiva. Acho que são casadas com os morenos, porque estavam agarradas com eles.

— Pode ser minha mãe. A morena baixinha é Rosalie, noiva do Emmett, um dos morenos altos, o mais branquinho. A outra é a Alice a ruiva, esposa do Jasper. — Rimos com a observação. — O loiro é o Jared, é padrinho da Mary Beth, minha filha.

— Uma senhora e um senhor. São seus avós? Muito parecidos com a senhora também. — Disse sorridente.

— Meus avós sim... E meu marido, onde está? — Curiosa e ansiosa perguntei.

— Ah, ele está com as... Está com o Dr Field. — Ela disse um pouco nervosa.

Terminei de tomar a sopa em silêncio. Depois os remédios e ela levou tudo.

Voltei a me deitar e fiquei ansiosa, queria saber como Mary estava, tinha nascido prematura. Queria saber se estava tudo bem, se nasceu com saúde se tinha peso o suficiente. Tinha vontade de olhar seu rostinho, ver com quem ela parecia, estava ansiosa em vê-la.

Nessa noite ninguém veio falar comigo, apenas uma enfermeira me ajudou ir ao banheiro e tomar um banho. Isso era injusto, eu carreguei aquela menina dentro de mim por sete meses, deveria ser a primeira, a saber, por ela, e vê-la. Seja lá onde ela estivesse. 

Voltei para a cama e tomei outra sucessão de remédios, acho que alguns eram para dormir porque entrei em um sono profundo. Quando acordei pela segunda vez, já era dia. 

O sol adentrava a janela do quarto e o iluminava. Olhei para o lado e Alice estava sentada no sofá me fitando. Olhei para o relógio no criado mudo e iam dar onze da manhã, céus eu tinha dormido muito!

Mas estar sem aquela barriga enorme que parecia ser de doze meses eu conseguia enfim ter uma noite de sono decente. 
As últimas noites de sono que tive enquanto estava grávida eram terríveis, chegava a ter falta de ar e já dormia sem posição.

— Bom dia dorminhoca. — Alice desejou e levantou-se e caminharam alguns passos até a mim. — Você me deu um susto enorme!

— Sabia que quando você foi ter o seu filho eu mantive todo mundo calmo? — Perguntei sorrindo e ela riu também.

— Me desculpe Isabella, é que você é uma espécie de irmã mais nova, não sei o que faria se perdesse você.

— Eu só ia ter um bebê! — Sorrimos e a porta se abriu, vi o Dr Fields e uma enfermeira que me ajudara ontem com a comida e o banho e Edward. — Amor. — Disse ainda emocionada e com saudades, ele sorriu.

A enfermeira caminhou até a mim com rapidez.

— Vou ajudar a senhora a se trocar.

 Me disse e me levou até o banheiro, tomei um banho rápido e fiz minhas higienes matinais. Coloquei um vestido largo, e voltei para o quarto, um café da manhã reforçado já estava a minha espera. Sentei-me a ponta da cama e comecei a comer, enquanto Dr Fields, Alice e Edward me fitavam.

— Vamos lá, desembuchem. — Disse cética. Dr Fields soltou uma risadinha sem graça e Edward correu para o meu lado me abraçando fraco.

— Senhora Cullen, sua filha está bem... — Ele disse pausadamente. 

— O que estão escondendo de mim? — Disse olhando diretamente para o Edward.

— Depois do parto a senhora teve uma convulsão e desmaiou, a verdade fora por causa do esforço feito. — Dr Fields iniciou. — Mary nasceu muito bem, ela tem cerca de 30 cm, e pesa quase 1500 gramas. Achei excepcional para uma... Criança... — Edward o interrompeu.

— Querida. O que o Dr Fields estava querendo dizer é que Lizzie só nasceu prematura de sete meses porque... Não tinha apenas um bebê na sua barriga.

— Como assim? — Confusa perguntei.

— Eram dois bebês senhora Cullen. Duas meninas, gêmeas. — Minha boca se abriu involuntariamente e levei minhas mãos até ela me chocando, com surpresa.

Dois bebês? 

Isso explicava muita coisa! Minha barriga era extremamente grande e pesada para sete meses, eu senti duas dores. Ouvi dois choros diferentes... Estava óbvio, eram duas menininhas. Mas uma fúria me tomou por completo também. 
Eu fiz meu pré-natal por inteiro, como não conseguiram ver que se tratava de dois bebês? Que médico é tão irresponsável assim?

— Dois bebês e eu só sabemos agora? Eu fiz todos os exames, fui ao médico todos os meses e mais de uma vez em alguns. E só me dizem que tenho dois bebês agora?

— Senhora Cullen, se acalme, por favor!

— Me acalmar? Ah... Não vou mesmo. Eu vou processar o senhor, isso que vou fazer! Quero ver minhas filhas agora!

— Ela quer ver Dr Fields, agora. — Edward disse no mesmo tom autoritário, Dr Fields assentiu. Saiu do quarto e disse que buscaria uma cadeira de rodas.

— E por que você está assim? Tão calmo? — Zanguei-me com Edward.

— Me desculpe amor... Eu estou feliz. — Ele sorriu para mim, mas estava tão indignada pelo desaforo, e se algo acontecesse com o outro anjinho? Eu não me perdoaria.

— Você deveria ter socado a cara dele Edward! Tem noção do erro grave que ele cometeu?

— Isabella, calma! — Alice pediu. — Elas estão bem, Edward tem razão de estar feliz. Depois vocês podem tomar as devidas providencias. Processar a clinica. Mas agora se concentre nas suas filhas, elas vão precisar de você. São pequeninas, cabem na palma da sua mão. — Alice disse calmamente, acariciando meus cabelos. Ela tinha razão.

Minhas pequenas precisariam de mim, de uma mãe equilibrada. Só tinham 30 cm, tão pequeninas. 

— Onde elas estão? — Perguntei, mas calma.

— Na incubadora. Ficaram por algumas semanas. — Edward disse calmamente ainda, e me abraçou me consolando. — Tudo bem amor. São lindas, tão fortes.

Dr Fields voltou para o quarto com a cadeira de rodas, me sentei de contra gosto. Enrijeci minha face, ainda estava magoado pelo grave erro médico, ele me pagaria por aquilo!

Acho que Edward inverteu seu papel de pai comigo, geralmente os homens são mais protetores ciumentos e agressivos.

Mas Edward estava tão passivo, sorridente, realemente feliz. Enquanto eu parecia uma felina raivosa, como se fosse atacar o Dr Fields a qualquer momento, Edward que deveria estar nesse estado, raivoso. Afinal, são as filhas dele!
Mas acho que tudo isso faz parte do instinto materno, tudo faz parte do amor e da proteção que eu quero dar para minhas pequenas. 

Enquanto seguíamos o fluxo até entrar no elevador Edward ria conversando amenidades com Alice, que também iria junto.

— Será que vocês poderiam rir mais baixo? — Eu estava mais calma, mas a irritação ainda era presente. Talvez eu só me acalmasse por inteiro quando visse que elas estavam bem.

Saímos do elevador e seguimos por um corredor da maternidade, ouvia choros de crianças, mas nenhum deles era familiar.  Entramos em uma sala para trocarmos de roupa e lavarmos as mãos, elas estavam na incubadora e somente os pais poderiam vê-las por breves minutos, mas como Sr Fields estava morrendo de medo de mim, deixou Alice entrar sem fazer nenhuma exigência.

Aproximei-me lentamente dos dois últimos berços da sala, estava cheia de crianças. Edward segurou minha mão, quando cheguei perto suficiente pude ver as duas menininhas lindas, com olhos olhinhos fixamente fechados, apenas de fraldas e uma luz sobre elas, que as aqueciam. Dr Field me explicou que elas deveriam passar por aquele processo para sobreviverem, eram prematuras e ainda gêmeas. 

O risco era grande, mas as chances de fracasso são mínimas, resolvi me apegar-nos muitos porcentos de chance das minhas princesas irem para casa comigo.

Meus olhos encheram-se de lágrimas quando a mais fortinha, gordinha abriu os olhos. Aquela era a minha Mary Beth, pelo que Dr Fields disseram a outra havia ficado atrás da irmã, sapeca. Sorri amplo.

— Olá amor. — Disse baixinho derrubando as infinitas lágrimas, pude ter certeza que ela me olhava fixamente, como se estivesse me reconhecendo. Como se estivesse fazendo contato comigo. — Você é linda.

Logo a outra que estava ao seu lado, a mais franzina abriu os olhinhos também, ambos tinham olhos verdes como os de Edward, ela olhou diretamente para o pai. Essa seria a Valentina.

— Olá Valentina. Você também é muito linda, boneca. — Sorri maravilhada com as coisas mais lindas que Deus poderia me presentear, ser mãe é uma dádiva do céu! 

A raiva que havia me consumido alguns minutos atrás passou com somente os olhares daquelas coisinhas miúdas.

Imagine quando começassem a sorrir? Falar? Andar? Correr! Deus... Eu seria a pessoa mais feliz do universo!

— Olha Edward... Como elas são espertas. — Disse encantada. Coloquei minha mão pelo espaço feito exatamente para isso, segurei as mãozinhas de Marie que pareceu agarrar-se a mim também. Meu coração arfou com aquela sensação maravilhosa. 

Hoje eu tenho certeza que jamais serei igual, é como se tudo que eu tivesse almejado até hoje tivesse acabado, novas expectativas passou a vir a minha mente, até o jeito que eu via o mundo, parecia tudo tão colorido, bonito...

— Elas são sim Isabella. — Edward disse tão emocionado quanto eu.

— Meu Deus... Nunca imaginei que seriam duas. Mamãe nem sabia que você existia bebê, mas eu já te amo muito.

— Estou tão feliz amor. — Edward ressaltou.

— Elas são lindas. — Alice também olhava encantada.

— Acho melhor agora deixarmos as meninas descasarem. — Doutor Fields disse tão baixo que eu quase não ouvi, olhei para ele zangada, ele apenas abaixou o olhar. — Desculpe-me senhora Cullrn, mas é para o bem das crianças e a senhora também devia estar na cama.

Respirei fundo, se era para o bem das minhas filhas eu iria de bom grado, mas não conseguiria me manter por muito tempo longe das pequenas.

— Tudo bem. Mamãe já vai... — Murmurei as fitando. — Mas eu volto amanhã princesas, amo vocês. — Murmurei com o coração apertado, Edward fez o mesmo e me tirou da sala. Voltei-me a me sentar na cadeira e de volta para o andar anterior, de volta para o quarto.

— Senhora Cullen, terá alta amanhã pela manhã. — Doutor Fields disse quando já estava deitada. Saltei uma sobrancelha. — Como são crianças os responsáveis possa acompanha-las, do lado de fora.

— Quando tempo mais na incubadora Fields?

— Algumas semanas, a principio.

— Vou poder amamenta-las? — A resposta para essa pergunta fora a pior possível, ele disse um não curto e frio.

Abaixei minha cabeça frustrada. Meus seis estavam enormes e doíam, cheios de leites. 

— A senhora pode tirá-los e doa-los ao banco de leite do hospital, ele pode salvar a vida de outras crianças. Eu vou deixa-los a sós.

— Não sei se vou conseguir suportar isto... — Murmurei choramingando.

— Claro que vai amor, você é forte. — Aproximou-se de mim para um abraço acolhedor, me consolando. Mas no fundo eu sabia que ele estava se sentindo como eu, tão impotente. 

— Um mês, no hospital. É um pouco cansativo Edward.

— Eu vou estar com você.

— Como? Você tem que trabalhar Edward! — O lembrei. 

— Eu trabalho durante o dia e fico aqui durante a noite para você descansar... Quer saber, não precisa se preocupar. Temos amigos também... Vai dar tudo certo meu amor! — Ele disse de novo, fazendo-me calar e refletir.


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