Run This Town escrita por Lady Mataresio


Capítulo 5
Capítulo 4 — First Signal


Notas iniciais do capítulo

ALELUIA IRMÃOS, RTT FINALMENTE ESTÁ DE VOLTA! O/
Gente, enfrentei um bloqueio criativo TERRÍVEL e daqueles chatos sabe, que você tem um monte de ideias e, quando senta para escrever... Esquece de tudo! Mas finalmente venci esse bloqueio e boa notícia: JÁ TEM MAIS DOIS CAPÍTULOS PRONTOS! Ou seja: nada de postagens atrasadas novamente!
Agora, as postagens foram definidas para serem feitas de 8 em 8 dias galera. Então, a cada 8 dias, um novo emocionante capítulo de Run This Town!
E obrigada DE VERDADE por não desistirem da história e por todo o feedback que estou recebendo. AMO VOCÊS, DE VERDADE!
Vejo vocês nas notas finais. Boa leitura!



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Capítulo 4 — First Signal

Este, amada Amara, é só o primeiro sinal. O primeiro de muitos, até que o caos reine.

***

 Ele corria. Corria o mais rápido que seus músculos podiam suportar, resistindo a cada pontada de dor em seus pés ao tocá-los no chão frio e áspero do caminho o qual percorria — mesmo sem ter ideia de onde acabaria chegando. Evitava olhar para os lados, mas os ruídos de memórias antigas ainda irritavam seu cérebro; gritos masculinos e femininos o ensurdecendo, tiros e explosões atormentando seus pensamentos. Não sabia onde estava, muito menos há quanto tempo continuava correndo, mas era um lugar ruim — uma imensidão preta, cheia de fantasmas ao seu redor. Se aquele era o inferno, então o inferno era o pior lugar para se estar.

O rapaz se lembrava de pouca coisa: lembrava-se de balas atravessando o seu corpo, do rosto assustado de uma criança ao vê-lo morrer sem saber ao certo o que acontecia. Lembrava-se da dor e tinha vontade de gritar até que seus pulmões parassem. Mas afinal, ele não podia estar morto. Frequentemente conseguia escutar a voz da irmã, lhe dizendo que esperava que ele acordasse em breve — no entanto, ela nunca conseguia escutar seus gritos por socorro. Ninguém podia.

Ele já havia perdido a noção do tempo, só sabia que precisava escapar do lugar onde sua mente estava encurralada — e nem tinha ideia de como faria isso. Podia escutá-las, as almas que o perseguiam sem cessar, mas escutar a voz de sua irmã fazia com que ele continuasse tentando. Se ele estava preso ali, então não estava com ela; e se ele não estava com ela, precisava voltar para ficar ao lado dela. Mas, no fundo, Pietro Maximoff temia estar ficando louco.

Foi então que, em algum momento em que sua mente não conseguiu decifrar, uma outra voz falou com ele. "Sua irmã me pediu para ficar de olho em você e é isso que vou fazer", foi o que a voz feminina lhe disse, a qual era familiar. Talvez já tivesse escutado antes. O rapaz se permitiu parar alguns segundos de correr, e percebeu que as almas também tinham parado de persegui-lo. 

— Ei! — Pietro gritou enquanto encarava o lugar onde estava: paredes mofadas, escuras, enquanto o mal odor que antes ali estava começava a sumir. Não tinha esperanças que a voz o escutasse, mas jamais deixaria de tentar sair do lugar onde estava.

"Sabia que eu acho esse seu cabelo prateado super bacana? Eu devo estar ficando maluca, já que nem sei se você pode me ouvir." foi o que o Maximoff escutou.

— Eu posso te ouvir! — o homem gritou o mais alto que seus pulmões podiam. E então, gritou de novo, e de novo e de novo. — Ei!

De repente, uma corrente de energia invadiu seu corpo, o que fez ele gritar de dor enquanto fechava os olhos. E então, os abriu.

Um vidro transparente estava em sua frente, ao lado das paredes brancas. Fitou suas pernas e viu um lençol branco o cobrindo, e então encarou sua esquerda enquanto apertava forte uma mão desconhecida — logo vendo a quem ela pertencia. Uma garota ruiva, com os olhos castanho-alaranjados e uma expressão assustada, um colar em seu pescoço brilhando intensamente na cor laranja.

— Ah meu Deus. — foi o que ela disse, fazendo Pietro reconhecer a voz dela.

Antes que pudesse pensar em algo para dizer, viu uma espécie de robô atravessar a parede e logo o reconheceu. 

— Visão? — questionou o Maximoff. Pela porta, um homem com o braço de metal entrou, o que fez Pietro arregalar os olhos e piscar várias vezes. — James?

— Lavínia. — Visão sibilou, em estado de choque. — Vá até a sala de controle e ligue para Os Vingadores... Agora.

A filha do Hulk estava confusa e assustada, no entanto, não hesitou em cumprir a ordem do androide. Saiu da sala e correu pelos corredores, procurando o que seria a tal sala de comando, até que a achou após passar por vários corredores. Viu-se perdida no enorme painel, cheio de botões verdes, vermelhos e pretos — e nada se parecia com um telefone ou algo do tipo. Ao fundo, viu um pequeno comunicador e foi até ele, o colocando e apertando vários botões — sem saber quais eram — até ouvir o barulho de tiros e explosões.

— Hã... Pessoal? — Lavínia chamou no comunicador, não esperando por uma resposta. — Alguém?

Lavínia? — questionou o que parecia ser a voz de Stark no comunicador, ofegante. — O que está fazendo no painel de controle?

— Visão me pediu para ligar e... — sem saber as palavras certas, a Banner foi direto ao ponto. — O Pietro acordou.

O quê? — a ruiva escutou uma voz feminina ao fundo, muito parecida com a de Wanda Maximoff. Em seguida, a ouviu gritar.

Wanda! — Barton gritou ao fundo.

Ah meu Deus, Wanda! — Scott também gritou.

A Banner jogou o comunicador longe, assustada. Uma de suas mãos cobriu seus lábios, os olhos arregalados enquanto algumas lágrimas se formavam em seu rosto. Encostou as costas na parede fria e respirava ofegante, temendo o pior por Wanda... e sentindo a culpa em seus ombros.

***

Horas depois

Passou a toalha verde pelos cabelos e fitou seu reflexo no espelho; fios molhados, olhos cansados e preocupação no rosto — mas Pietro Maximoff estava vivo, e isso já o deixava contente. Deu um meio sorriso para o espelho e se virou, vestindo uma calça cinza-escura enquanto terminava de secar o rosto. Poder andar, falar, sorrir, sentir a água escorrendo por seu corpo... Coisas que ele desconhecia a sabe-se lá quanto tempo, mas estava aliviado em viver novamente. Mas se tinha uma coisa que ele não tinha nenhuma vontade de fazer desde o momento em que abriu os olhos, era dormir. Com certeza não.

— Pietro... — ele ouviu uma voz feminina conhecida, olhando para trás e fitando Lavínia Banner na porta. A maquiagem dela estava claramente retocada - mas os olhos vermelhos indicavam que ela havia chorado. Quando a ruiva notou que ele estava sem camisa, abaixou os olhos e não conseguiu fitá-lo novamente. — Desculpe, não queria atrapalhar.

O rapaz sorriu discretamente e vestiu uma camisa azul, colocando uma jaqueta preta por cima e a encarando novamente.

— Não está. — falou um pouco sem-graça. Era estranho falar com a garota que o tinha despertado sem nem saber se ela sabia disso. — Aconteceu alguma coisa?

— Visão pediu para avisar que os Vingadores estão chegando em alguns minutos. — a garota o olhou novamente, encontrando suas íris azuladas. — E que devemos esperar no pátio central.

— Ah, claro. — o Maximoff se fitou mais uma vez no espelho, ajeitando os cabelos prateados. — Pode me guiar até lá?

— Claro. — Lavínia deu um meio sorriso e fez sinal com a cabeça para que ele a seguisse.

A dupla andou em silêncio pelos corredores da sede dos Novos Vingadores, Lavínia ainda um pouco preocupada sobre a volta dos heróis. Afinal, ela havia distraído Wanda Maximoff e sabe-se lá o que tinha acontecido com a feiticeira. E além do mais, o que estavam enfrentando que fosse letal e perigoso o suficiente para feri-la? Teriam encontrado Bruce?

Perguntas para as quais ela não encontrava respostas.

***

Uma hora depois

Quando sentiu que a nave começava a pousar, se levantou rapidamente e começou a dar ordens.

— Nat, Sam, vocês ficam responsáveis por levar Wanda o mais rápido que puderem para a enfermaria. O estado dela não é grave, creio eu, mas o ferimento precisa de pontos. — Steve falou para seus amigos, que logo assentiram e ficaram em posição. — Scott, desça primeiro e abra caminho. Clint, Tony, Rhodes, vocês cuidam dele.

Do pátio principal, Lavínia já podia ver a nave encostando no chão. Pensou em correr até lá — mas ficou paralisada ao ver os Vingadores descendo agitados. Barton abriu as portas e Natasha entrou ao lado de Samuel, ambos correndo enquanto o herói carregava Wanda nos braços, inconsciente.

— Wanda? — Pietro falou assustado, seguindo o ritmo da corrida de Romanoff e Wilson sem muito esforço. Barnes não hesitou e foi atrás deles, um semblante preocupado em seu rosto.

Visão também pensou em ir, mas logo se virou para encarar assustado a próxima pessoa que os Vingadores traziam com dificuldade.

Tony e James o traziam apoiado em seus ombros, e a Banner os fitou surpresa.

O homem que carregavam estava com o peitoral de fora, sujo e a beira da inconsciência, mas ela sequer precisou fitar seus olhos para saber quem era.

— Pai?

***

Em lugar desconhecido e muito distante.

Os pés descalços da garota iam de encontro com o chão em uma caminhada lenta, seus longos cachos prateados batendo na altura de seu quadril. Foi até a sala de artefatos e abriu as portas, entrando com um semblante preocupado enquanto avistava seu mestre, de costas enquanto observava uma de suas maiores relíquias.

— Mestre Tivan. — a servente chamou, fazendo o mestre Taneleer Tivan a encarar. — Creio que o senhor também sentiu o sinal que esperávamos. Acha que já está na hora de informar o senhor Thanos?

— Não. A esta altura, até mesmo o nosso poderoso titã Thanos deve ter conhecimento. Quando o poder de uma joia é utilizado, todos nós, antigos e poderosos seres cósmicos, podemos sentir. — sorriu o homem de cabelos brancos, enquanto virava-se de costas para observar novamente o objeto dentro da caixa de vidro. — Este, amada Amara, é o primeiro sinal. O primeiro de muitos, até que o caos reine.

— Que tipo de caos, mestre Tivan?

— É de se esperar que Thanos mande seus lacaios até Midgard para investigar e procurar de onde veio a emissão de tanto poder. E quando ele não achar, virá até mim. E, pelo preço certo, eu o ajudarei a encontrar nossa almejada joia do tempo. Mas haverá guerra, Amara, pessoas vão morrer e uma carnificina ocorrerá. — suspirou Taneleer. — Mas afinal... Até onde alguém pode ir para possuir uma das sete maiores relíquias do universo?

Ambos fitaram a maior relíquia da coleção do Colecionador: a joia da realidade, que estava em sua posse após os guerreiros de Asgard confiarem a ele sua proteção.

— É o que iremos descobrir.


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Notas finais do capítulo

E esse foi mais um capítulo, amores!
Finalmente Pietro está na ativa, e temos nosso amado Bruce de volta! E agora, também vamos ter o contato com os seres cósmicos e desvendar os mistérios do despertar de Pietro e de onde veio o dom de Lavínia para tal.
Vejo vocês nos comentários? Até daqui 8 dias!