You and Me escrita por Julie Kress
Notas iniciais do capítulo
Hey,pessoal!!!
Está aqui mais um capítulo de YAM!
Espero que curtam!
Boa leitura!
P.O.V Do Freddie
Foram oito anos,oito anos sem ver ela. Até hoje eu não sei como sobrevivi a isso,eu a amo. Amo tanto,mas eu tive que partir,foi necessário deixar Seattle,meus amigos e ela. Eu era um garoto ainda,muito imaturo e inconsequente,e eu me arrependo amargamente por te magoado a minha pequena,a minha Sammy. O amor da minha vida,eu queria tanto voltar atrás e fazer tudo diferente,eu não cometeria os mesmos erros,tudo seria diferente. Eu fui tão idiota e a perdi,foi doloroso demais deixar Seattle,abandonar tudo e tentar recomeçar em outro país,tão longe e sem o amor da minha vida.
Mas eu nunca deixei de pensar nela,todos os dias e todas as noites durante todos esses anos eu a tive em meus pensamentos ou em meus sonhos. E nenhum momento sequer tentei esquecê-la,eu deveria fazer isto? Tentar esquecer a mulher que eu amo? Acho que não,talvez eu nem conseguiria se tentasse. E eu consegui seguir em frente ou nem tanto,mas minha mãe,minha irmã e eu conseguimos nos estabelecer no Canadá,foi complicado no começo,eu tive que cuidar delas,ser o porto seguro delas,ser o homem da casa,essa era função do meu pai.
Minha irmã ainda era muito pequena,por ser tão ingênua e inocente na época,não entendia que o nosso pai havia nos deixado para nunca mais voltar. Leonard estava morto,aquilo quase foi o fim da nossa mãe que descubriu que o homem que ela tanto amava estava traindo-a,e ainda por cima morreu num acidente com a amante,trágico não?
Eu perdi meu pai e a Sam perdeu a mãe,todos nós sofremos no final das contas. Minha mãe,minha irmã,Sam e eu,o destino pode ser muito cruel às vezes,não tinha como evitar. O que tinha para acontecer,aconteceu...
Mas a Sam foi a que mais saiu machucada nessa história. Eu a machuquei,sou ciente que a magoei muito. E ela ainda foi vítima da lunática da Olivia que até chegou envenená-la e ameaçá-la muitas vezes. E a Sam ainda perdeu um filho,nosso filho e a mãe no mesmo dia,e ainda descubriu sobre a minha vingança e acho que ela deve me odiar,isso dói tanto.
Me apaixonar nunca esteve em meus planos,simplesmente aconteceu. E quando me dei conta já era praticamente tarde demais,a Sam estava num hospital e naquele dia eu descobrir que ela estava grávida e que havia perdido o nosso filho.
Ela esperava um filho. O nosso filho,e eu a fiz perder. Foi minha culpa,eu a empurrei e sem querer acabei matando o nosso bebê. Me sinto culpado,e eu nunca consegui me perdoar por isto.
Estraguei tudo. A culpa foi toda minha,estava cego,possesso,apenas queria me vingar. Eu a iludi,a usei,a magoei e brinquei com seus sentimentos. Mas eu me arrependi,sofrer de certa forma foi pagar pelos meus erros e ficar sem ela foi a pior coisa que poderia me acontecer,foi o meu castigo...
Desgracei com a minha vida,a vingança não me trouxe alegria como eu imaginava. Vi tudo desandar,sair dos trilhos,escapar por meus dedos e me levar para um buraco negro sem fim. Tive tantos pesadelos,cansei de acordar chorando,gritando o seu nome,querendo a minha princesa ao meu lado.
Mas os anos se passaram,hoje sou um homem,não sou mais aquele moleque mimado,fútil e egoísta,que só queria se divertir,que era obcecado por uma maldita vingança. Consegui me formar,sou advogado,um excelente advogado por sinal,um homem responsável,honesto,decente e sou orgulho da minha mãe.
E a Maggie é o meu orgulho,já tem 16 anos. Se tornou uma moça tão linda,inteligente e estudiosa. Ela também é o orgulho de nossa mãe,mas elas não quiseram voltar comigo para Seattle,tive que vir sozinho e vim para ficar.
Decidi deixar o Canadá e voltar para Seattle,minha cidade natal,meu verdadeiro lugar. Também voltei pelo meu grande e único amor,para ficar perto dela,para reconquistá-la. Será que Samantha Puckett me odeia? Espero que não,mas isso é bem possível... Eu não sei,só sei que nunca deixei de amá-la.
[...]
Meu coração se apertou quando ela fugiu de mim,entrou no carro e deu partida. Fiquei ali parado vendo-a ir embora,as lágrimas não paravam de descer banhando o meu rosto. Droga,eu havia deixado ela escapar,não podia fazer nada,Sam estava em meus braços e em poucos minutos se foi...
Eu havia chegado já faziam algumas semanas,três semanas e quatro dias para ser mais exato. Acabei alugando um apartamento e consegui entrar em contato com meus amigos,Dylan e Brad. Fiquei muito surpreso ao saber que o Dylan havia casado e já tinha um filho com a Melody,e que Brad havia sido fisgado por Carly e que estava noivo.
E eles me ajudaram,se não fosse por eles eu não teria chegado até a Sam. Fiquei muito feliz sabendo que ela havia se tornado uma grande e talentosa arquiteta. Segundo eles,a loira estava solteira e eles toparam me ajudar no nosso reencontro.
2 horas depois...
— A Carly e Melody vão nos matar quando ficarem sabendo que nós dois te ajudamos com seu reencontro com a Puckett. Eu te dei o número dela e o Dylan te passou o endereço da loira. Elas vão ficar umas feras com a gente,cara. - Brad falou andando de um lado para o outro na minha sala.
— Eu apanho quase todos os dias,então não estou com medo da minha mulher. - Dylan deu de ombros abrindo uma lata de cerveja,sentado no sofá,despreocupado.
— Eu nunca apanhei da Carls,mas ela vai querer me surrar quando souber que escondi isso tudo dela. - O Prentice disse se jogando ao lado do loiro.
— Só lamento. - Prendi o riso,aquilo era engraçado. Dois marmanjos de 25 anos com medo de suas mulheres.
— E aí,conseguiu matar a saudade de sua princesa Puckett? - Brad perguntou para mim.
— Mais ou menos... Eu queria tanto poder beijá-la,congelar aquele momento,sabe? - Fechei os olhos lembrando do abraço que eu havia dado na Sam.
— Entendo. Mas você foi um idiota,marcou um "encontro" com ela,mandou aquela carta cheia de mentiras,fingiu ser um advogado canadense que queria contratá-la para ela arquitetar uma casa que nem existe. Chorou feito um bebê abraçando ela porque não conseguiu se segurar e ainda por cima deixou ela escapar? A mulher ficou assustada,eu te daria um tapa bem dado na tua cara se eu fosse ela! - Dylan falou serio,mas acabou fazendo o Brad rir.
Fiquei pensando. De certa forma,mas não querendo concordar. Dylan tinha razão,eu agi como um idiota,o que ela deve estar pensando de mim?
— Mas você ainda pode consertar isso sabia? Que tal surpreendê-la? Já sabe o enderenço dela,certo? - O Prentice me encarou,me dando uma ideia.
— Garotas gostam de flores e chocolate,isso sempre funciona. - O loiro disse sorrindo.
— Uhum. Mas conta pro Freddie o que a Melody fez quando você deu flores e chocolate pra ela no Dia dos Namorados. - Prentice pediu risonho.
— Ela despedaçou todo o buquê de Rosas vermelhas e me botou pra correr dizendo que ia enfiar os bombons de chocolate no meu... Ah,você entendeu. - O Dylan contou nos fazendo rir. - Mas ela estava de TPM,cara! - Fez careta.
— Tá vendo como é engraçado,Benson? Eles casaram e tiveram um filho,e eu sou o padrinho do anjinho que se chama Antony. - Prentice contou sorrindo.
— Pelo menos eu nunca usei tanguinha rosa com rabinho e orelhinhas de coelhinho para realizar uma fantasia da noiva. Ele ainda deu uma de coelhinho sexy e deu cenouras com Chant...
— Cala a boca,seu idiota! - Brad se irritou jogando uma almofada na cara do Dylan não deixando ele terminar o que ia contar.
— Sério isso,Prentice? - Perguntei rindo.
— Então,Benson,você teve muitas namoradas canadenses? - Ele se esquivou da minha pergunta e mudou de assunto,espertinho não?
— Não namorei nenhuma canadense,mas eu tive digamos alguns "rolos",sabem? Nada sério... - Respondi sendo sincero.
— O cara não é de ferro,é claro que teve que pegar algumas gatinhas para não ficar na seca. - Dylan comentou e eu fiquei calado.
— Foi apenas sexo casual,certo? Mas era a Puckett que você queria,né? Que desejava e que ainda deseja com tanto fervor,não é?
— Sim,Brad. - Concordei.
— Mas cá entre nós,você sempre batia uma pensando nela,né? - Foi a vez do loiro curioso me questionar.
— Dylan! - Brad o repreendeu.
[...]
P.O.V Da Sam
Por quê? Por quê ele tinha que voltar? Eu não consigo entender,não quero entender. Minha cabeça está dando voltas e mais voltas,me sinto tão confusa,estou perdida em pensamentos. Malditos olhos castanhos,eu não devia ter olhado neles,maldito seja o dono daqueles olhos,daquela voz rouca,daquele topete impecável,daquele perfume inebriante.
Eu sonhei tantas vezes com aqueles olhos castanhos,com sua voz sussurrando,dizendo que se arrependeu. E eu sempre acordava em prantos,quase morrendo de saudades,agarrava o Seddie,o meu golfinho de pelúcia e pedia em pensamento que minha dor chegasse ao fim,que ele voltasse para mim...
E então,ele retorna para Seattle,é como se o meu pedido fosse realizado. Mas eu não tenho certeza,isso só pode ser coisa do destino,e agora o que devo fazer?
Só pode ter sido a Shay,ela não deveria ter armado isso pra mim. Quero estrangular minha amiga,isso não vai ficar assim...
— JÁ VAI! - Ouvi o grito da morena,parei de esmurrar a porta e aguardei ela abrir.
— Sam,o que...
— COMO PÔDE FAZER ISSO COMIGO SHAY? - Esbravejei empurrando-a,invadindo o seu apartamento.
— O que eu fiz? - Carly andou para trás me olhando assustada,eu estava com raiva,nervosa e não conseguia parar de chorar.
— VOCÊ FOI TÃO CRUEL,CARLOTTA. VOCÊ TEVE A CORAGEM DE ARRANJAR MAIS UM ENCONTRO PRA MIM... DESSA VEZ COM O BENSON! - Berrei inconformada,explodindo com ela.
— QUÊ? - Soltou um estridente e fino grito que até chegou me assustar. - EU NÃO FIZ NADA! COMO ASSIM VOCÊ TEVE UM ENCONTRO COM O BENSON? ELE VOLTOU PARA SEATTLE? OH,MEU DEUS! SÉRIO? OU VOCÊ PIROU DE VEZ SAM? TEM CERTEZA QUE É ELE? MAS ELE NÃO MORA NO CANADÁ? EU NÃO TÔ ENTENDENDO NADA! - Surtou gritando eufórica.
— J-jura q-que n-não tem n-nada a ver com i-isso? - Perguntei aos soluços.
— Juro! - Se aproximou e vi no seu olhar que ela estava falando a verdade. - Vamos sentar,quer um copo d'água com açúcar ou um chazinho? Me conte como foi isso. - Disse me conduzindo até o sofá.
— Um copo d'água,por favor. - Pedi.
[...]
— E ele disse que não vai desistir de mim. - Contei deitada com a cabeça em seu colo.
— Awwnn que lindo. Isso é tão romântico. - Suspirou afagando meu cabelo.
— Não é... - Funguei fechando os olhos.
— É sim,ele voltou para você. E ele ainda te ama e está disposto a ter de volta,Sammy.
— Mas eu não o quero... - Choraminguei.
— Não minta pra si mesma. Você o ama,disso eu tenho certeza. - Afirmou e eu suspirei.
— Mas eu tenho medo,Carly. Não sei se posso confiar nesse homem,não sei sobre suas verdadeiras intenções e se ele tiver tentando me iludir? Brincar com meus sentimentos novamente? - Me levantei e olhei para a morena.
— Olha,você se apaixonou por aquele garoto que partiu seu coração,que no início queria apenas se vingar de você. Mas esse garoto ficou no passado,não existe mais... Agora o Freddie é um homem,um homem completamente e perdidamente apaixonado por você e você deveria dar uma chance. Dê uma chance à ele,mesmo depois de tudo você ainda o ama. Siga o seu coração! - Me aconselhou.
— Obrigada,Carls. - Agradeci. - E desculpa por eu ter surtado,eu só faltei bater em você. - Abaixei a cabeça,envergonhada.
— Ah,que isso? Fica tranquila,vá pra casa,tome um banho relaxante e descanse. - Deu tapinhas em minhas costas.
— Farei isto. - Sorri.
Seguir o meu coração. Será que devo mesmo fazer isto? Ou devo ocupar a cabeça e fazer de tudo para esquecer Freddie Benson?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Não foi a Carly que ajudou o Benson e sim os amigos dele hahaha
Qual é,Sam,por quê essa choradeira toda? Tu devia estar feliz,mulher...
Olha a loka aqui comentando na Fic kkkkkkkkk. Tá,parei!!!
Enfim,ele já sabe o endereço dela,então ele deve fazer uma visitinha???
Ela deve seguir o coração???
O que acharam do capítulo? Bjs