P.O.V Do Freddie

Sai catando pneu pouco me importando se eu levaria uma multa por excesso de velocidade,nada disso me importava. Eu só queria chegar lá,na casa da Sam só para confirmar as minhas dúvidas sobre os chocolates que supostamente foram envenenados. Quem faria uma coisa dessas? Quem além de mim está querendo se vingar da Sam? Aquelas ligações com ameaças e agora isso?

Tenho alguém em mente e se for essa pessoa,irei tomar providências. Ninguém além de mim pode se meter com a Sam,só eu posso me vingar dela. Não vou permitir seja lá quem for tentar acabar com a Puckett. Ela é minha,ninguém vai apagar ela do mapa... Preciso dela viva.

17 Minutos depois...

– Freddie... Eu... Eu não... - Sam não terminou de falar,ela se curvou e começou a vomitar.

Segurei ela com uma mão e com a outra fiquei segurando seu cabelo para não sujar. Ela estava pálida,o excesso de vômito expelido fez com que ela ficasse fraca,não sei quanto tempo ficamos ali naquela pequena sala abafada,continuei segurando-a enquanto ela ainda vomitava sujando o tapete da sala.

– Isso,coloque tudo para fora. - Falei ficando um pouco aliviado vendo ela expelir tudo que estava fazendo mal ao seu organismo.

E ela continuou vomitando sem pausas,e comecei a me assustar quando vi a coloração avermelhada em meio a todo aquele líquido amarelado. Aquilo era sangue,ela estava vomitando sangue.

[...]

Horas depois...

– Huuum... - Ouvi um pequeno resmungo que a Sam soltou ainda dormindo.

Ela ainda estava no Soro,coloquei a cadeira para perto da cama hospitalar,ela estava tão pálida,debilitada e vunerável ali, repousando numa imensa tranquilidade.

Toquei em sua testa,e com leveza deslizei meus dedos pela maçã de seu rosto,minha mão repousou ali acariciando seu rosto,fazia horas que eu estava velando seu sono,admirando sua serenidade e a ouvindo ressonar baixinho.

Ela abriu os olhos,piscou algumas vezes,estava acordando. Foi inevitável não sorrir quando ela olhou para mim,seus olhos claros fitaram os meus por alguns instantes.

– Tire isso de mim... Freddie,tira essas coisas que estão me espetando! - Falou baixinho tentando arrancar a agulha do Soro que estava em seu braço direito.

– Não. Fique calma,você não pode fazer isso. - Adverti me levantando e tentando acalmá-la,pois ela queria a qualquer custo se levantar e sair do leito.

Minutos depois...

– Eles ainda não tem certeza mas tudo indica que foi uma Intoxicação por Arsênico,você passou por uma Lavagem Gástrica para poder retirarem todo resíduo químico intoxicante do seu orgamismo! - Expliquei com calma. - Eu entreguei os chocolates para poder fazerem uma análise! - Falei.

– Malditos chocolates envenenados... - Resmungou fechando os olhos. - Estou com sede. - Murmurou.

– Sinto muito,mas não posso te dar água. - Falei acariciando sua mão esquerda.

– E comida? - Perguntou baixinho, ainda de olhos fechados.

– Também não,foram ordens médicas! - Avisei com calma.

– Mas eu estou com sede,muita sede.- Choramingou.

– Tive uma ideia. - Comentei. - Me levantei e me inclinei sobre ela com cuidado,ela ainda estava de olhos fechados. Aproximei nossos rostos e a beijei,seus lábios estavam ressecados. Sam segurou meu rosto com ambas as mãos e aprofundamos o beijo.

Senti o gosto amargo,um verdadeiro fel em minha boca. Seus lábios ficaram umedecidos,seu gosto por incrível que pareça ainda continuava sendo o mesmo,viciante e saboroso.

Toda a armagura vinha de mim e não dela,o errado era eu e não ela. Sam não merecia o que havia acontecido,ela foi vítima de uma coisa horrível e aquilo de certa forma também me afetou.

[...]

– Você precisa descansar.- Falei acomodando ela na cama,joguei o cobertor por cima de seu corpo,cobrindo-a do pescoço para baixo.

– Passei horas naquele hospital e se eu ficar aqui no meu quarto enfurnada,irei morrer de tédio. - Dramatizou.

– Nem me fale isso... Sua mãe está preparando uma sopa para você. Daqui à pouco tenho que ir. - Avisei observando ela abraçar o golfinho,Seddie.

– Minha mãe está fazendo sopa? Isso é um milagre! - Sorriu debochada.

– Milagre foi você ter se salvado... Os bombons que você comeu tinham uma pequena dosagem de Arsênico,porém,poderia te matar se você comesse três trufas! - Falei sério.

– A pessoa que me mandou aqueles chocolates queria mesmo me matar,né? - Sussurrou baixinho,percebi o temor no seu tom de voz.

Ela ainda estava num estado de sonolência,também estava atordoada e um pouco assustada desde quando saimos do hospital.

– Sim. - Respondi baixinho. - Mas não deu certo,você foi mais forte e já está aí... Se recuperando e até fazendo gracinhas. - Comentei arrancando um sorriso dela.

– Meu pai morreu envenenado e se eu também...

– Nem termine essa frase. - Adverti pondo o dedo indicador nos seus lábios,interrompendo-a. - Você é minha,entendeu? Ninguém vai tirá-la de mim,não vou permitir! - Falei convicto antes de capturar seus lábios e moldá-los aos meus.

[...]

Algum tempo depois,às 22:25 da noite...

– Freddie? - A loira perguntou surpresa assim que abriu a porta. - Eu sabia que isso ia acabar acontecendo... Que você iria se cansar da suburbana e viria correndo atrás de mim. - A loira de olhos castanhos sorriu vitoriosa.

Não falei nada,apenas entrei em seu apartamento,ela trancou a porta. Senti seus braços ao meu redor,ela havia me abraçado por trás.

– Então,meu amor,você cansou de brincar com aquela garota e veio procurar uma mulher de verdade? - Perguntou colocando as mãos por debaixo da minha camisa,suas mãos deslizaram pelo meu peitoral me arranhando de leve.

– Tire suas mãos de mim. - Falei com raiva,puxei suas mãos com certa brutalidade e me virei rapidamente,apertando seus pulsos.

Olivia me olhou chocada,segurei seus pulsos com firmeza e a empurrei fazendo com que ela se chocasse contra a porta.

– Só vou perguntar uma única vez. - Avisei num tom ameaçador. - Foi você quem mandou chocolates envenenados para a Sam? - Perguntei segurando seus ombros,ainda matendo-a presa contra a porta.

Olivia arfou,seus olhos se arregalaram e ela ficou me olhando assustada.

– Por quê eu faria isso? - Perguntou afinando a voz,ela ainda me olhava assustada.

– Nós dois sabemos e talvez a Ridgeway inteira sabe que você sempre a odiou. E esse ódio aumentou quando você descubriu que eu estava namorando com ela! - Falei com raiva.

– Então,quer dizer que sua namoradinha recebeu chocolates envenenados? - Sorriu debochada.

– Não seja cínica,foi você que mandou. Vamos,admita... ADMITA LOGO QUE TENTOU MATAR A SAM! - Esbravejei.

Perdi o controle,acabei agarrando seu pescoço,ela começou a ficar sufocada com meu aperto.

– PARE DE CORRER ATRÁS DE MIM SUA VADIA,ENTENDA DE UMA VEZ POR TODAS QUE EU NÃO TE QUERO. O QUE ROLOU COM A GENTE JÁ ACABOU FAZ TEMPO,ME DEIXE EM PAZ E SE TENTAR MACHUCAR A SAM NOVAMENTE,EU JURO QUE VOU ACABAR COM VOCÊ! - Gritei furioso.

Soltei ela que começou arquejar,ela estava vermelha puxando o ar tentando respirar,acabou tossindo e me olhou com raiva.

– Já está avisada! - Apontei para ela.

Olivia saiu da frente da porta andando cambaleante,e eu sai do seu apartamento ouvindo seus gritos.

– VOCÊ VAI SE ARREPENDER,EU JURO QUE VOCÊ VAI SE ARREPENDER,BENSON! - Gritou me ameaçando.

Não liguei,continuei seguindo meu caminho. Minha cabeça latejava e eu estava tremendo de raiva.