No dia seguinte,Quinta-Feira,às 13:50 da tarde...

P.O.V Da Sam:

Havia acabado de chegar do colégio,como sempre minha mãe não estava em casa. Subi para o meu quarto,depois de ter tomado banho,desci para preparar algo para comer.
O Freddie ainda está suspenso,e só semana que vem ele voltará ao colégio,ontem ele me ligou de madrugada e eu fiquei preocupada pois ele estava parecendo arrasado.

FlashBack on:

" - Ei,sabia que você me acordou? Espero que seja importante. Ainda são 02:46 da madrugada." - Falei sonolenta.

" - Desculpe... - Ouvi a voz dele baixa e um pouco embargada.

" Você está bem? Aconteceu alguma coisa?" - Perguntei preocupada e me despertando,sentei na cama.

"- Estou bem. Não aconteceu nada! -" - Respondeu hesitante.

" - Hum... Tem certeza?" - Perguntei desconfiada.

" - Tenho." - Respondeu baixinho,pelo tom de voz ele parecia está arrasado com alguma coisa.

" - Então,por quê me ligou?" - Perguntei ainda desconfiada

"- Eu só queria ouvir sua voz... Era tudo que eu precisava,ouvir sua voz. Desculpe por ter te acordado." - Disse desligando.

" - Não acredito que ele desligou na minha cara! " - Resmunguei.

FlashBack off:

Horas depois,às 18:34 horas.

Terminei de secar meu cabelo e olhei para a roupa que eu havia escolhido para sair com o Freddie. O conjunto de Cropped com alcinhas e saia de cintura alta,ambos cor de Violeta com renda preta e jaqueta preta de couro sintético para deixar o look mais legal e descolado.

Me vesti e gostei do look que montei,peguei um par sapatos emprestados da minha mãe. Escolhi sapatos pretos de saltos médios,é fechado com um zíper atrás e cobre inteiramente os meus pés. Fiz uma maquiagem deixando meus olhos bastante esfumados com sombra preta e bastante lápis de olho,apenas passei um pouco de gloss deixando meus lábios com a cor mais natural. Amassei meu cabelo com as mãos e deixei meus cachos mais volumosos do que costumo usar. Quando estava terminando de passar perfume minha mãe entrou no quarto.

– Que gata,está parecendo uma estrela do Rock. Se arrumou para deixar seu namorado babando? - Perguntou me fazendo rir.

– Para,mãe! - Falei a encarando através do espelho.

– Desse jeito ele não vai te trazer para casa hoje. - Disse sorrindo.

Ouvimos a campainha tocar e eu senti um certo friozinho na barriga,devia ser ele.

– Eu atendo! - Ela avisou e saiu do quarto apressada.

[...]

P.O.V Do Freddie:

Cheguei na casa da Sam e fui recebido pela mãe dela que abriu a porta sorridente. Ela mandou eu entrar e esperar a filha que estava acabando de se arrumar. E não demorou muito para eu ver a loira descendo a escada,me surpreendi vendo-a tão deslumbrante. Ela estava linda e muito sexy usando aquela roupa que ficou perfeita em seu corpo.

Olhei para suas belas pernas torneadas e para sua cintura que estava um pouco à mostra,fiquei atordoado com seu delicioso perfume assim que ela parou na minha frente com um belo sorriso. Encarei seus belos olhos azuis que mudam de tonalidade variando entre tons claros e escuros,às vezes seus olhos ficam verdes dependendo da luz.

E agora,nesse exato momento seus olhos estão azuis escuros e intensos. Senti um peteleco na testa que me fez voltar a realidade.

– Ei,limpa aqui no canto,a baba está escorrendo! - Ela brincou sorrindo travessa,pisquei e balancei a cabeça espantando aqueles pensamentos sobre sua beleza e seus olhos que mudam de cor.

– Você está incrível! - Elogiei ainda atordoado,encarei seus lábios rosados e convidativos.

– Valeu. Você também está um gato! - Disse me encarando.

– Eu sei... - Sorri convencido e ela bateu no meu braço esquerdo.

– Se cuidem e divirtam-se muito. Sei que não irão voltar hoje mesmo. Meu rapaz só não engravide a minha filha,sou muito nova pra ser avó,ok? - Avisou a mãe dela me olhando séria.

– Mãe! - Sam exclamou lhe lançando um olhar reprovador.

– Tudo bem,senhora Puckett. Vamos,baby? - Chamei. Nos despedimos da mãe dela rapidamente e fomos embora antes que ela começasse a falar mais besteiras,aquela mulher é louca.

" Se a Sam ficasse grávida,eu com certeza acabaria fodido e deserdado. Meus pais iriam me tirar tudo e ainda me expulsariam de casa,e meu futuro brilhante iria por água abaixo..."

[...]

Estacionei meu carro,só deu tempo de travar as portas,a Sam logo segurou minha mão e saiu me puxando em direção a entrada do tal parque novo. Eu nunca gostei de parque de diversões,na verdade é a primeira vez que estou vindo à um parque de diversões e justamente com ela. O que tem de legal nisso?

Nada. Só pessoas se divertindo nessas porcarias de brinquedos,crianças correndo para todos os lados e adolescentes gastando dinheiro nessas barracas de "Tiro ao alvo ou seja acerte os patinhos e ganhe um bichinho de pelúcia para a sua amada".

E ainda tem as barraquinhas que só vendem porcaria. Pipoca,Algodão doce,Maçã do amor e outras besteiras que fazem mal à saúde e estragam os dentes. Minha mãe me ensinou a nunca comer comidas e guloseimas que vendem em barraquinhas.

Além de brinquedos que te fazem ficar tonto e vomitar. Por quê as pessoas gostam de Montanha-Russa? Roda-Gigante? Carrosel? Casa dos horrores? Essas coisas não me agradam,nenhum pouco...

– Isso tudo é tão maneiro,né? - Ela perguntou toda animada quase saltitando ao meu lado.

– É... - Concordei mentindo e forçando um sorriso.

– Eu quero andar em todos os brinquedos e provar de tudo,estou faminta! - Avisou.

Ninguém merece,já vi que essa noite ela vai me fazer esvaziar a carteira.

– Andar em todos esses brinquedos? - Perguntei chocado.

Haviam mais de 50 brinquedos ali,desde os mais comuns até os mais radicais.

– Só não vamos andar nos brinquedos para criancinhas,mas o resto a gente vai! - Avisou.

– Tanto faz... - Concordei.

Minutos depois...

– Eu quero um Algodão doce! - Ela apontou para a barraca onde vendiam Algodões doces gigantes.

Fomos até lá e eu comprei só para ela,pois não como essas porcarias absurdamente doces.

– Coma só um pedacinho. - Disse ela tentando me fazer provar já que eu não queria comer de jeito nenhum. - Pare de frescura,você não vai morrer se provar! - Continuou insistindo.

– Eu já disse que não quero! - Meu tom de voz saiu rude e ela me olhou um pouco assustada. Eu quase gritei sendo grosseiro.

– Tá bom. - Ela abaixou a cabeça e suspirou.

– Desculpa... - Me aproximei e puxei seu queixo,levantando seu rosto. - Desculpa,eu não queria ser rude com você. - Falei.

– Se você comer comigo eu te desculpo! - Ela falou e eu assenti.

[...]

– Eu pego o vermelho e você pega o azul! - Ela mandou se referindo aos Carrinhos Bate-bate. Concordei e entramos nos carrinhos e o tempo todo ela ficou me "atacando" batendo carrinho dela no meu.

Dei graças à Deus quando nosso tempo acabou,eu estava um pouco tonto e acabei me batendo quando estava andando naquela porcaria. Malditos Carrinhos Bate-bate.

– Eu avisei para colocar o cinto seu teimoso. - Disse entre risadas,ela estava rindo de mim sem parar.

– Para,Sam! - Pedi me controlando para não gritar.

Seis babacas passaram por nós,e todos eles estavam secando a Sam. Lancei meu pior olhar à eles e puxei a loira pela cintura mostrando que ela já tem dono.

– Assim você me machuca,não precisa me apertar desse jeito. - Ela reclamou e eu afrouxei meu aperto em sua cintura. - Qual é o seu problema? Toda vez que passa algum garoto me olhando você fica fazendo isso,quase quebrando minha cintura. - Disse um pouco irritada.

– Eles precisam saber que você já tem dono,baby! - Afirmei sério. - Não gosto de ver nenhum idiota te "comendo" com os olhos. - Falei e ela começou a rir,paramos de andar parando perto da barraca de Maçãs do amor.

– Está vermelhinho e com essa cara de bravo fica ainda mais gato,sabia? - Ela colocou os braços ao redor do meu pescoço,ficamos nos encarando,ela sorrindo divertida e eu ainda estava sério.

Vi os mesmos caras parando um pouco perto de nós,eles ficavam sorrindo e estavam perto da Casa dos espelhos. Ela estava de costas para eles e nem sabia que aqueles babacas estavam olhando para a bunda dela que estava marcada pela sua saia justa demais para o meu gosto.

Resolvi deixar bem claro que a Sam já tinha dono,a agarrei ali mesmo,beijando-a com urgência,segurei sua cintura com firmeza usando a mão direita. Ela retribuiu o beijo e eu apertei sua bunda com a mão esquerda fazendo ela gemer e morder meu lábio inferior. Ela disse que acha muito legal eu ser canhoto. Não fechei os olhos pois queria ver a reação deles,e eles apenas ficaram me olhando com raiva. Deviam está morrendo de inveja pois nenhum deles tem uma garota tão linda e com um corpo perfeito como o da Sam.

– Mas que pouca vergonha,esses jovens de hojem em dia só pensam em sexo! - Encerramos o beijo e vimos a senhora que vendia Maçãs do amor nos olhando reprovadora.

Apenas rimos e comprei uma maçã para Sam que insistiu em dividir comigo alegando que eu devia comer com ela já que eu não queria comprar nada para mim.

5 minutos depois...

– Ah,aquilo foi muito divertido. Devia ter visto sua cara quando ouvimos o barulho da serra elétrica! - Ela dizia gargalhando ao meu lado. " - Ele vai nos matar,corre!" - Falou tentando imitar minha voz. Se apoiou em mim ainda rindo. - Você é muito medroso! - Comentou entre risadas.

– Ha,ha,ha muito engraçado. - Falei sarcástico.

Haviamos acabado de sair Casa dos horrores e ela ainda estava rindo de mim só porque me assustei com o personagem psicopata do filme O massacre da serra elétrica.

– Agora eu quero ir na Montanha-Russa. - Avisou.

– Okay! - Concordei e fomos para a fila daquele brinquedo torturante.

[...]

Quando a Montanha-Russa parou e saimos de lá,eu estava gargalhando por causa da Sam que saiu toda descabelada e quase caindo do carrinho. Ela gritou tanto durante todo o trajeto do brinquedo que quase me deixou surdo,nem me esperou e saiu correndo cambaleante.

Ela foi para um lugarzinho atrás de uma das barracas de Pescaria e começou a colocar tudo que havia consumido para fora. Segurei seu cabelo para não sujar enquanto ela vomitava.

– Eu avisei para não ficar comendo porcarias! - Resmunguei,eu já até havia perdido a conta de quantas vezes ela me puxou para alguma barraquinha para comprar besteiras para comer. E ela ainda me fez comer junto com ela,tomara que eu não tenha nenhuma infecção estomacal.

– Vamos embora! - Falei depois dela ter parado de vomitar.

– Não... - Ela balançou a cabeça limpando a boca. - Ainda temos que ir na Roda-Gigante,e você tem que ganhar um bichinho de pelúcia para mim. Quero aquele golfinho. - Avisou apontando para um enorme golfinho e para ganhá-lo precisava acertar 10 patinhos e ela saiu me puxando em direção à barraca de Tiro ao alvo.

[...]

Segurei a espingarda com firmeza,me inclinei mirando no primeiro patinho. Eles não ficavam parados,e para a minha desgraça aquelas merdas desciam e subiam sumindo da vista da mira e complicando tudo.

– Atira logo. - Mandava impaciênte,ela estava tomando sorvete enquanto torrava a minha paciência.

– Eu nunca fiz isso antes,como vou conseguir derrubar 10 patinhos que não param quietos? - Perguntei irritado.

– Dá o seu jeito,se vira,eu quero o golfinho gigante! - Quase gritou fazendo birra.

Revirei os olhos e voltei a mirar naquelas merdas patinhos coloridos.

– Finja que os patinhos são aqueles garotos que estavam me secando! - Ela disse rindo.

– Okay... - Falei com raiva enquanto ajustava minha mira.

Enfim,consegui derrubar todos os patinhos. A Sam ficou de boca aberta assim como o dono da barraca enquanto me entregava o golfinho que ela tanto queria.

– Ah,meu Deus! Você arrasou e conseguiu! - Elogiou pulando em cima de mim,me agarrando e me enchendo de selinhos.

– Aquilo foi fácil! - Sorri entregando o golfinho a ela.

– Obrigada. - Agradeceu agarrando aquele bicho de pelúcia azul que era quase do tamanho dela.

– Não precisa agradecer... Mas eu aceito um beijo! - Falei a puxando. Nos beijamos quase esmagando o golfinho entre nós,explorei sua boca lentamente sentindo o gosto de sorvete de morango que ela havia tomado minutos atrás...

8 minutos depois...

Guardamos o golfinho no meu carro e voltamos para o parque,ela queria andar na Roda-Gigante e é o que estamos fazendo agora.

A banquinho em que estamos parou no topo e ficamos nos encarando.

– A noite está perfeita,o céu está tão lindo todo estrelado e eu estou adorando está aqui em cima com você. - Ela falou sorrindo e acariciando meu rosto. Seus olhos azuis estavam brilhando mais que o brilho daquelas estrelas enfeitando o céu enegrecido acima de nós. - Freddie... - Sussurrou se aproximando e encostando nossas testas. - Estou com medo que tudo isso possa ser uma bela ilusão! - Sussurrou.

– Não é e nem poderia ser,isso tudo que estamos vivendo é real! - Sussurrei e selei nossos lábios. Durante o beijo eu senti um gosto salgado,ela estava chorando.

Paramos o beijo quando a Roda-Gigante voltou a rodar.

– Por quê você está chorando? - Perguntei.

– Eu não sei... - Respondeu limpando as lágrimas rapidamente e deitou a cabeça no meu ombro.

E foi naquele momento que eu percebi que eu era importante para ela e que ela estava com medo de me perder. E também estava com medo de nosso namoro não se passar de uma ilusão.

[...]

– Daqui à pouco o festival de dança vai começar. - Comentou animada.

Havia um enorme palco montado onde ocorreria as apresentações de dança. Estávamos há poucos metros longe do parque,numa imensa área ao ar livre. Haviam luzes coloridas vindo dos refletores espalhados pelo local e estamos no meio de muitas pessoas eufóricas e ansiosas para curtir o festival.

A abracei por trás enquanto inalava o perfume de seus cachos,eu amo sentir o cheiro de seu perfume,o cheiro do seu shampoo de péssego e princilpamente amo sentir o cheiro do seu corpo enquanto estamos...

"Droga! O que eu estou pensando? Devo está enlouquecendo. Eu não posso amar absolutamente nada nela." Pensei praguejando a mim mesmo.

O festival havia começado e eu havia perdido a primeira parte pois estava distraído demais pensando na Sam e me amaldiçoando por isto.

"Ah,Sam! O que você está fazendo comigo?" Pensei assustado.

Ainda estou abraçando-a por trás e não consigo soltá-la,tem algo muito maior que me impede e isso é mais forte que eu... E eu não sei o que é.