P.O.V Da Sam:

Senhor e senhora Benson terminaram de descer a escadaria e me cumprimentaram com um simples aperto de mão e um rápido beijo no rosto.

Leonard: - Tem certeza que só são amigos? - Perguntou com uma certa desconfiança.

Freddie: - Claro papai,eu e a Sam somos grandes amigos! - Mentiu sorrindo e me abraçou de lado.

O que será que ele está querendo com isso?
Confrontar os pais dele sabendo que eles não gostam de mim?
Eu não entendo,pois ele também me odeia,então por quê está fazendo isto? Pensei confusa.

Marissa: - Pois bem,a sua amiga é uma moça muito bonita e será bem-vinda para jantar conosco! - Falou dando um sorriso forçado.

Está na cara que ela não gostou de mim,o jeito que olhou para as minhas roupas,como se eu fosse uma deliquente vulgar.

Sam: - Obrigada. Mas eu tenho que ir pra casa,o jantar pode ficar para próxima vez! - Recusei rapidamente,estava louca para ir embora dalí.

Leonard: - Ah! Você não vai nos fazer essa desfeita querida,nosso filho quer tanto que fique conosco para o jantar! - Insistiu me olhando sério e um tanto intimidador,não me abalei.

Sam: - Tudo bem! - Concordei derrotada e eles sorriram,o pai de Freddie foi na frente conduzindo a esposa para a sala de jantar. - Você enlouqueceu de vez,é isso? - Perguntei irritada assim que os pais dele sumiram de vista e a irmã dele não estava mais na sala.

Freddie: - Só estou sendo educado e a propósito,eles te viram. Você queria o quê? Que eu falasse que nós somos inimigos? - Retrucou soltando minha cintura que já devia está vermelha de tanto ele me apertar.

Sam: - Talvez você tenha razão... Mas custava ter falado que eu não poderia ficar? Ou se oferecer para me deixar em casa? Seria o mínimo que você poderia fazer! - Rebati ainda irritada.

Freddie: - Custaria sim,o meu tempo. Agora vamos? - Chamou oferecendo o braço e eu o encarei por alguns segundos antes de segurá-lo de má vontade. De braços enlaçados,ele me lançou um sorrizinho debochado,revirei os olhos...

Seguimos para sala de jantar,aquele compartimento era enorme,as paredes pintadas de cinza,um grande carpete cor de creme cobrindo todo o piso,a mesa era quadrada e longa,devia ter 10 lugares para serem ocupados.

Um belo lustre ficava bem no centro da mesa,aquilo devia ser de Cristal pois brilhava tanto,tudo nessa mansão é muito lindo e refinado.

Marissa: - Sente-se querida pode ficar à vontade! - Disse ela forçando uma gentileza,seu sorriso era tão falso. Odeio isso!

Freddie: - Fique aqui no meu lado! - Sussurrou puxando uma cadeira para eu sentar ao lado dele,sentei de má vontade.

Sam: - A Maggie não vai jantar com a gente? - Perguntei notando a ausência da garotinha.

Freddie: - Não! A babá dela já foi levar o jantar dela lá em cima! - Respondeu.

Estranho,pensei que eles fossem o tipo de família tradicional que faziam todas as refeições unidos.

Então,os empregados da casa começaram à trazer a comida colocando-a na mesa,era muitas travessas de vidro e panelas médias sendo postas na enorme mesa.

Para quê tanto exagero se gente rica nem come muito? Pensei.

Aquele banquete seria capaz de alimentar 30 pessoas ou mais e provávelmente essa gente metida vai comer só um pouquinho e o resto da comida irá tudo para o lixo,o que é um imenso desperdício.

Leonard: - Já podem se retirar! - Mandou fazendo gestos para os empregaddos irem embora.

Marissa: - Que tenhamos um bom apetite! - Falou levantando uma taça de vinho.

Eles começaram a se servir,olhei para todo aquele banquete e para o meu prato vazio e um monte de talheres diferentes do lado,colheres,garfos e facas de diversos tamanhos.

Havia uma ave assada numa bandeja,não consegui identificar se aquilo era um frango ou peru,era grande e devia está recheada de coisas deliciosas.

Sam: - Hey o que é aquilo? - Sussurrei para o Benson.

Freddie: - Peru Silvestre! - Respondeu. - Não vai se servir? - Sussurrou de volta.

Sam: - Sim! - Respondi - Peguei o meu prato e me levantei passeando ao redor da mesa,colocando só o que parecia gostoso no meu prato. Ignorei os olhares horrorizados direcionados a mim por eu está de pé e andando ao redor da mesa me servindo.

Eu não tenho culpa se a mesa é longa e as comidas estão espalhadas por ela.

Coloquei um pouco do peru,um negócio que parecia ser Estrogonofe de carne,Lasanha e arroz de forno. Enchi meu prato e voltei para o meu lugar.

Sorri para todos que me encaravam pasmos,parecem que nunca viram algo assim. Não me importei,peguei a coxa de peru com a mão mesmo e comecei a devorá-la mastigando ruidosamente de propósito.

Freddie pigarreou coçando a garganta visívelmente incomodado com minha falta de educação. Para quê comer de garfo e faca,se eu posso usar as mãos?

Sam: - Hum... Está tudo muito gostoso! - Falei de boca cheia e sorri,minha boca devia está toda suja de molho do suculento peru delicioso.

A senhora Benson arregalou os olhos e entortou a boca totalmente enojada.

Leonard: - Que bom que está gostando do jantar querida! - Disse forçando um sorriso.

Fiz um "joinha" com a mão livre pois a outra ainda segurava a grande coxa do peru e o Freddie sorriu envergonhado.

Culpa desse infeliz,se ele tivesse me falado que eu não era bem-vida nessa casa,eu nunca teria colocado os pés aqui...

Sam: - Madame apesar da senhora ter o maior jeito de perua,a senhora parece ser gente fina,sacou? - Comentei provocativa. - E o senhor tem pinta de galã,mas na verdade parece ser o vilão! - Falei sendo sincera.

Ambos sorriram constrangidos.

Sam: - E você querido amigo,tem a maior fama de pegador mas isso não muda o fato de eu achar que você parece uma borboleta que está com medo de sair do casulo! - Falei batendo no ombro do Freddie que me olhou com raiva.

Marissa: - Você é mesmo adorável Samantha! - Comentou mentindo.

[...]

Terminamos de jantar e depois a sobremesa foi servida,segundo o Benson,aquele doce de chocolate servido com sorvete de creme era uma sobremesa francesa chamada Petit Gateu ou como eu prefiro chamar de "Petí Gatú" pois é mais fácil de falar.

Enfim,aquela sobremesa apesar do nome estranho,era algo muito saboroso,morninho e derretia na boca. Muito bom mesmo...

[...]

Freddie: - Vou deixar a Sam em casa! - Informou ele quando já estávamos na sala de estar.

Leonard: - Está bem filho! - Concordou.

Sam: - Boa noite e valeu pelo delicioso jantar tios! - Agradeci chamando-os de tios só para provocá-los.

Marissa: - Não há de quê e boa noite querida! - Disse e eu acenei dando tchau antes de ir embora...

[...]

Finalmente fora daquele lugar e longe daqueles velhos despreziveis,pena que eu não consegui me despedir da pequena Maggie,tão doce e adorável,nem parece fazer parte dessa família.

Freddie: - Sua mãe não lhe ensinou bons modos? - Perguntou irritado enquanto dirigia.

Sam: - Só sou educada com quem merece e não me despreza! - Respondi.

Freddie: - Não vou nem discutir! - Resmungou e eu revirei os olhos.

Depois de alguns longos minutos,finalmente chegamos no meu bairro.

Freddie: - Que lugarzinho feio heim? - Comentou olhando para as simples casas.

Sam: - Moro alí! - Avisei apontando para a casa amarela com a tintura desgastada e o cercado quase se desfazendo de tão precário e velho.

Ele estacionou o carro e eu me soltei do cinto de segurança e sai apressada.

Freddie: - Não vai nem ao menos se despedir Puckett? - Perguntou saindo da Ferrari e veio me seguindo até a porta. Parei de andar e me virei para olhá-lo.

Sam: - Okay! Valeu pelo jantar e pela carona. Satisfeito? Agora se manda daqui! - Mandei irritada.

Freddie: - Ainda não... Ainda falta isso! - Falou me prensando na porta e atacou meus lábios,soltei minha mochila para tentar empurrá-lo mas ele era mais forte.

E me manteve presa em seus braços fortes,sua boca mexia contra minha,a língua pedindo passagem para aprofundar o beijo.

Acabei perdendo a cabeça,e cedi deixando sua língua invadir minha boca vorazmente. Me entreguei aquele beijo agarrando sua nunca e iniciamos uma batalha com nossas línguas,explorando a boca um do outro com desejo.

Suas mãos apertavam minha cintura me mantendo no lugar,seu corpo colado ao meu quase me esmagando,ele era forte e tinha pegada. Gemi contra seus lábios quando ele apertou minha bunda com força...

Por fim,paramos o beijo ambos ofegantes por falta de ar.

Freddie: - Isso é para você jamais duvidar da minha sexualidade! - Avisou com a voz rouca e ofegante e foi embora me deixando bastante atordoada.

Me desencostei da porta e me abaixei juntando minha mochila que deixei cair. Ele deu partida no carro e saiu catando pneu...

Peguei o molho de chaves e abri a porta de casa com as mãos trêmulas,minhas pernas estavam bambas e meu coração muito acelerado.

Idiota,mil vezes idiota! Por quê tinha que me beijar? Aquele infeliz... Droga! Por quê eu retribui aquele maldito beijo? Que droga!

Entrei em casa e fechei a porta e me encostei na mesma fechando os olhos e respirando fundo. Toquei em meus lábios e eles estavam inchados por causa do beijo e eu ainda conseguia sentir o gosto dele na minha boca...