Não Sou Nenhum Herói. escrita por Ally Rocket, Am0rim


Capítulo 8
Descobertas & Reencontros


Notas iniciais do capítulo

Oi, voltei :)
Peço desculpa pela demora, mas a partir de agora vou tentar não demorar menos tempo, vou fazer um esforço para tentar postar um por semana, o que não vai ser fácil, ou então de duas em duas semanas. Como disse, vou tentar.
Obrigada divademi, The secret e Youngblood, que apesar de não mostrar comentou :)
Bom, espero que gostem do capítulo,
#AR.



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POV Sam

—Sam?! - Ouvi a minha mãe chamar e desci até a cozinha, onde ela se encontrava. - Será que você pode ir buscar os meus documentos no escritório.

—Claro mãe! - Subi as escadas até o escritório e bati na porta. Como ninguém respondeu decidi entrar e percebi que não estava aqui ninguém. Normalmente o meu pai está aqui. Ele deve ter saído ou então está no quarto.

Caminhei até a secretária e insultei-me mentalmente por não ter perguntado quais os documentos que a minha mãe queria e onde estavam. Decidi abrir a primeira gaveta, mas lá só estavam canetas, algumas folhas em branco e dois blocos de notas. Voltei a fechar a gaveta e abri a segunda, esta já tinha vários documentos.

Desci as escadas e fui até a cozinha e mesmo antes de perguntar a minha mãe respondeu "Da empresa querido" Voltei para o escritório e procurei os documentos da empresa. Tirei tudo da gaveta e coloquei no cimo da mesa. Depois de pelo menos 5 minutos a procurar encontrei o que ela queria e quando ia a arrumar os papeis de volta na gaveta encontrei alguns documentos com o meu nome e fotografia de quando era ainda bebé.

Arrumei todos os outros documentos que não eram necessários e decidi ver o que continha os que tinham o meu nome. Só tenho a dizer que preferia não o ter feito e nunca os ter visto.

—Sam?! - Ouvi a minha mãe chamar e rapidamente me levantei pegando os documentos saindo do escritório. Antes de ir até a cozinha, deixei os papeis com o meu nome no meu quarto por baixo da almofada e desci até a cozinha.

—Está aqui mãe. - Digo lhe entregando o que ela queria.

—Porque demorou tanto

—Não estava a conseguir encontrar os documentos.

—Oh, tudo bem. Obrigada querido. O teu pai?

—Não sei, deve estar no quarto já que quando passei pela sala ele não estava lá.

—Ok. - Ela saiu e acho que foi para o quarto.

—Boa tarde Sammy.

—Oh, boa tarde Lucy. E você já sabe o que eu acho desse apelido né? - Ela apenas riu e revirou os olhos. Lucy é nossa cozinheira e como uma segunda mãe para mim.

—Sim, eu sei SAMMY.- Enfatizou o "Sammy" provocando, apenas repeti seu gesto de uns segundos atrás. - Mas então, o que quer pro jantar?

—O que tiveres de melhor.

—Isso é um insulto! - Finge estar magoada. Ela é das melhores cozinheiras do mundo - Vá, diga lá o que quer menino!

—Surpreenda-me!

—Muito bem, farei o meu melhor.

—Sei que sim.

—Ficaria melhor se me ajudasses.

—Não, acho que se ajudasse ninguém iria jantar hoje.

—Que exagero.

—É verdade Lucy.

—Eu sei que não é, você que é preguiçoso.

—Isso também, mas só um pouco. - Ela riu.

—Um pouco?

—Sim, muitas das vezes sou eu quem vai chamar o Austin!

—Mas na maior parte é ele que vem aqui.

—Sim, está bem! - Revirei os olhos sabendo que é verdade.

—Como ele está?

—Quem?

—O Austin bobo.

—Oh, ele está bem...eu acho.

—Você acha?

—Sim, ele parece distante.

—Também faz quase um mês que ele fez 17 anos e 1 anos desde que os pais morreram.

—Sim e o pior é que ele continua a culpar-se a si mesmo.

—Pobre rapaz. Ele era tão feliz, a cantar sempre que podia e vocês saíam sempre com os vossos amigos para todo o lado.

—É, mas agora ele está quase sempre fechado em casa. Apesar de não gostar muito o Jason meio que tem razão, ele fica fechado na sua caverna de morcegos

—Ele diz mesmo isso?

—Sim, mas não digas ao Austin que te disse, ele não gosta nada que se diga isso.

—Eu não vou dizer! - Ela riu.

—Eu vou até o meu quarto, depois volto.

—Se você quiser jantar tem de voltar sim.

—Eu quis dizer que...

—Eu entendi menino. - Ela riu mais uma vez e eu revirei os olhos me levantando da cadeira e saindo da cozinha, direto para o meu quarto.

Fechei e tranquei a porta antes de me sentar na cama e pegar os documentos que escondi por baixo da almofada. Arrependi-me completamente de ler o continham! Não posso acreditar que os meus pais nunca me contaram! Voltei a esconder os documentos e desci de volta para a cozinha um pouco aéreo.

—Oh Sam, está tudo bem?

—Está sim Lucy. - Digo me sentando numa das cadeiras.

—O que se está a passar nessa cabeça?

—Eu conto, mas tens de me prometer que não vais contar aos meus pais.

—Eu prometo!

—Quando você veio aqui para casa?

—Você devia ter uns dois anos. De certeza que não se lembra, você era muito pequeno.

—Os meus pais contaram alguma coisa sobre mim?

—Como assim?

—Se eles te contaram sobre mim antes de você chegar.

—Não, mas porque estás a perguntar?

—Nada de especial, só queria saber! Ainda falta muito para o jantar estar pronto? - Pergunto me levantando e aproximando dela.

—Um pouco! - Responde e continuamos a falar sobre diversas coisas.

Quando o jantar estava pronto os meus pais desceram e jantámos. Eles falaram da empresa e dos negócios como sempre, e assim que terminamos fui logo para o meu quarto e dormi...

No dia seguinte era Sábado, logo não tinha de ir para a escola e até à tarde fiquei fechado no meu quarto a ver os documentos que os meus pais esconderam de mim. Ainda não podia acreditar que eles me esconderam uma coisa tão importante. Eu tinha de falar com alguém e a única pessoa em quem confio é o Austin.

Peguei os documentos e saí de casa, como sempre os meus pais estavam no escritório a tratar do negócios. Não perdi tempo e fui até casa do Austin que fica quase ao lado da minha. Bati na porta, mas ninguém abriu. Olhei em volta e vi que a mota do Austin não estava, logo ele deve ter saído.

Agora, para onde? Começaremos pelo parque! Voltei a casa, peguei as chaves da mota e dirigi até o parque. Tenho a dizer que foi uma longa busca, mas consegui encontrar o Austin e detestei estragar-lhe o momento com a Ally, mas eu estava desesperado e precisava de falar.



POV Austin

—Austin? - Parei de fazer cócegas na Ally e me virei vendo o Sam.

—Sam? Está tudo bem?

—Nem por isso, será que podemos falar?

—Claro, queres falar aqui? - Pergunto me levantando.

—Não. Num outro lugar.

—Pode ser em minha casa? Não está lá ninguém.

—Sim, pode ser. - Assenti e fomos para as motas. Entreguei o capacete para a Ally antes de colocar o meu e dirigi até casa.

—Bom, eu vou para o meu quarto. - Diz a Ally assim que chegámos em minha casa. Assenti e ela subiu.

—O que se passa Sam? - Pergunto me sentando no sofá.

—Ontem quando a minha mãe me pediu os documentos do escritório, encontrei lá isto! - Diz jogando uns documentos na mesa em minha frente.

—E o que é isto? - Pergunto pegando os papéis.

—Lê! - Responde e comecei a ler.

Centro De Adoção Little Smiles 1997©
Nome de nascimento: Ryan Mack Edwards
Nome de adoção: Sam Louis Brooke
Nascimento: 24 de Agosto de 1997
Filiação biológica: Olivia Becker e Jack Edwards.
Adotado por Michael e Katherine Brooke no dia 10 de Dezembro de 1997, com cinco meses de vida...

Li o mais importante.

—Aqui diz que o seu nome verdadeiro é Ryan e seus pais não são o Michael e a Kate. Então isto quer dizer que...

—Que os meus pais não são meus pais e que a minha vida é uma mentira. Que coisa não!?

—Nem sei o que dizer!

—Não precisas dizer nada. Eu mesmo fiquei sem palavras quando vi isso! Só não consigo acreditar que eles nunca me contaram que eu era adotado.

—Se calhar eles têm medo de te contar.

—Acredita que não é isso! Eu acredito que eles não quisessem contar quando era pequeno, mas agora já tenho idade suficiente para saber estas coisas...

—Como sabes que não é por medo de te contar? Eles podem ter medo de te perder!

—Não me perguntes como, eu só sei que não é isso.

—O que vais fazer em relação a isto?

—Ainda não sei. Talvez falar com eles e entender o porquê de nunca me terem contado.

—A Lucy sabe de alguma coisa?

—Acho que não, ela disse-me que quando foi lá para casa quando eu tinha dois anos, tenho a certeza que os meus pais não lhe contaram, pelo menos pareceu que ela não sabia nada.

—Tenho a certeza que se ela soubesse iria contar-te assim que percebesse que estás pronto para o saber, por tanto ela não deve mesmo saber.

—Será que os meus pais biológicos estão vivos?

—É uma questão de procurarmos. Vem, vamos para o meu quarto. - Subimos até o meu quarto e sentemos-nos na secretária onde tinha o meu computador.

—Por onde queres começar?

—Pode ser pela minha mãe.

—Tenho a certeza que já vi este nome em algum lugar! - Digo olhando o nome mais uma vez.

—Onde?

—Não sei. Mas o nome Olivia Becker não me é estranho.

—Olivia Becker? - Pergunta entrando no meu quarto e eu olho para trás



POV Ashton

Estava a caminhar pelos grandes corredores da faculdade até o meu armário porque me havia esquecido da minha câmara, quando reparei numa menina a caminhar pelos corredores, ela parecia perdida portanto decidi ajudar.

—Oi, posso aju...Mia?

—Ashton?

—O que você faz aqui?

—Eu penso que o mesmo que você!

—Eu quis dizer aqui em Miami!

—Estudar, os meus professores mandaram-me para cá para terminar este ano.

—Tive tantas saudades! - Abraço-a

—Eu também Ash!

—Os teus pais?

—Eles não vieram, o meu pai não pode faltar ao trabalho e eu disse que ficaria bem sozinha.

—Onde vais ficar?

—Aqui mesmo no Campus.

—Podes ficar lá em casa, o meu tio de certeza que não se vai importar!

—Não, não precisa e aliás eu vou dividir o quarto com duas amigas.

—Tudo bem. Mas que tal ir lá pra casa, Austin vai ficar feliz em te ver!

—Tudo bem. Só preciso guardar umas coisas e pegar umas depois podemos ir. - Assenti. Peguei a minha câmara do armário e sentei em um dos bancos do corredor da faculdade.

Fiquei cá fora à espera, não tinha nada para fazer e fico feliz que me esqueci da minha câmara, assim voltei atrás e encontrei a Mia. Quando o Austin souber que ela está de volta vai ficar super feliz.

—Vamos? - Diz a Mia a sorrir, parada na minha frente.

—Ahm? Oh sim, desculpa estava distraído!

—É eu reparei. - Diz rindo enquanto me levantei.

—Vamos lá! - Digo e fomos em direção do meu carro. - E então o que você está a estudar.

—Psicologia.

—Acho que você nem precisa estudar para isso, sempre foi muito boa para psicóloga.

—E você? Ainda interessado na fotografia?

—Sempre!

—Então e o Austin, os vossos pais já o aceitaram na música? - Olhei para mãos não sabendo o que dizer. - Está tudo bem Ashton?

—Não. É que...os nossos pais...eles morreram.

—O quê? Como? O que aconteceu? - Pergunta voltando-se para mim e parando de andar.

—Eu não sei bem. O Austin foi o único que estava com eles e o único que sobreviveu. Eu estava fora quando o acidente aconteceu, por tanto só sei o que ele me contou, o que foi quase nada.

—Coitado do Austin. Como é que ele está?

—Diferente! Sem ser o Sam ele não fala com mais ninguém.

—Então o Dez, a Trish e os outros?

—Ele afastou-se deles. A Molly foi embora e o Jason é o inimigo número um do Austin agora!

—Porquê?

—No dia do acidente, o Austin foi atuar a uma festa, mas antes de subir ao palco, ele e a Molly estiveram a falar e ele terminou com ela sabendo que o Jason gostava dela, nesse mesmo dia a Molly disse que ia embora e quando o Jason descobriu que o Austin terminou tudo com ela e que ela se ia embora discutiu com ele e os dois meio que brigaram e desde esse dia que nunca mais se falaram.

—Há mais alguma coisa que deva saber?

—Não te espantes se o Austin alguma vez for frio e arrogante para você.

—Ele está assim tão mal?

—Basicamente! Até porque ele desde o acidente se culpa pelo acontecido e por os nossos pais terem morrido.

—Ele não pode fazer isso!

—Eu sei, eu estou sempre a dizer que a culpa não é dele, mas não vale de nada porque o que ganho em troca é ele me virar as costas e ir embora.

—Tenho de falar com ele.

—Eu acho que vai ser bom, até porque o acidente foi no aniversário dele, o que torna as coisas pior!

—Coitado do Aus. Ele não faz nada para se prejudicar certo?

—Não! Isso ele não faz. Pelo menos não leva isso tão longe.

—Ás vezes o pior não é levar as coisas a esse ponto e sim guardá-las sem contar a ninguém. Os teus pensamentos são mais fortes e acabam por te consumir levando a fazer coisas bem piores!

—Isso é verdade, mas eu sei que até agora ele está bem nesses aspectos, até porque agora ele está...digamos que apaixonado.

—Oh sim, e quem é ela?

—Quando lá chegarmos verás. O pai dela desapareceu e o Austin pediu ao nosso tio para a deixar ficar lá em casa.

—Isso é querido da parte do Austin. Diz enquanto entramos no carro.

Quando chegamos reparei na moto do Austin e do Sam o que me faz acreditar que estão em casa, e como o carro do meu tio não está, ele deve estar a trabalhar. Entrámos em casa e pousei as minhas coisas no sofá.

—AUSTIN PODE DESCER POR FAVOR!

—JÁ VAI! - Grita de volta e ouço passos nas escadas.

—MIA! - Ouvi duas pessoas gritarem ao mesmo tempo e virei-me para trás assim como a Mia...








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Notas finais do capítulo

Quem serão as duas pessoas? Porque sabem as duas o nome da Mia? O que acham da Mia?

Gostaram? Não gostaram?
Recomendem, favoritem e o principal, já sabem, comentem!!!
Beijos doces.