Não Sou Nenhum Herói. escrita por Ally Rocket, Am0rim


Capítulo 30
Novas informações & Eu te amo.


Notas iniciais do capítulo

Eu tentei postar no fim de semana, mas não deu mesmo, mas hey, voltei!
Capítulo dedicado a Melissa Freitas, sabe bem o porquê! :D

Muito obrigada:
—Letta,
—Melissa Freitas e
—Pamela
pelos vossos comentários! Foi bom saber que sentiram falta da fic e de mim. Vocês são incríveis. Fico até sem palavras para vos descrever! Vos amo muito :)
Mas não vos chateio mais.

Espero que gostem do capítulo.
Beijos doces,
#AR.



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POV Ally

—Pai? - Ele me olhou. - O que ele falou é mentira não é? - Ele não respondeu. - Por favor, me diz que é mentira!

—Ally... - Ele suspirou. - Não é!

—Como? Porque nunca me contou nada?

—A sua mãe sofreu sim aquele acidente e me pediu para a ajudar a fingir a sua morte...

—E você aceitou?

—Me deixe acabar Ally... Sim, eu ajudei, mas só depois de me contar porque o queria fazer. Não achei correto o que iríamos fazer, eu sabia que você iria sofrer muito com o que aconteceu, mas era o melhor a se fazer. - Ele parou olhando para baixo. - E então, nós tratámos tudo com os médicos que a tratavam para nos ajudarem com tudo. No dia seguinte o plano começou e agora estamos aqui.

—Porque o fizeram?

—A sua mãe estava a ajudar a perceberem quem estas pessoas que nos têm aqui fazem. Eles fazem isto há anos e tinham de ser presos antes de matarem mais alguém.

—Então só nos querem para saber onde mãe está?

—Sim. Eles querem eliminar todos os que sabem para não se intrometerem no caminho.

—E onde está a mãe? Porque não lhes contas? Nem que tenhas de mentir, talvez assim nos deixem sair!

—Não deixam querida. Enquanto não tiverem a sua mãe não nos soltam e como sabemos o que fazem, não nos vão deixar viver! Peço desculpa!

—Só não entendo uma coisa! O que o Austin tem a ver com tudo isto?

—A sua mãe ajudava os pais dele. Eles se conheceram na faculdade e eram grandes amigos. Eles investigavam este caso já faz alguns anos.

—Porque investigavam este caso?

—Isso eu já não posso contar. Ainda há muito que não sabe e é melhor se não o souber!

—Mas e o Austin? Ele não sabe de nada!

—Não sei! Nisto tudo, ele deve ser a pessoa que sabe menos!

—Então porque o querem?

—Não sei querida! Não sei! - Não disse nada. Apenas baixei a cabeça e pensei no Austin. Se não vou sair daqui quer dizer que nunca mais o vou ver. Sinto tanto a sua falta. Dos seus abraços onde me sinto segura, do seu carinho, da sua teimosia, de tudo.

Até parece de propósito tudo isto que lhe acontece. Primeiro a melhor amiga vai embora, depois o acidente e a perda dos pais, em seguida todos estes problemas que nem sabe porque são e aparecem.

—Vejo que a conversa acabou. Ótimo! - Diz o Jason aparecendo.

—Eu até esperava que lhe contasse onde a Olivia está, mas nem assim consigo saber! Vocês são difíceis!

—Já lhe disse que não vou contar! Nunca!

—E eu não desisto! Nunca!

—Então é melhor esperar sentado!

—Me diga onde ela está! Já estou a perder a paciência!

—Não! - Senti a minha bochecha arder e percebi que foi o Jason quem me bateu. - Não, pare!

—Me diga! Agora! - Exigiu ficando na frente do meu pai.

—Nunca!

—Muito bem! Você é que escolheu assim! - Ele se virou para mim e começou a soltar as minhas mãos. Depois de as soltar segurou o meu braço com força.

—O que vai fazer? Não! Não lhe faça mal! - E então ele me puxou para fora daquele lugar.

—O que vai fazer? - Ele não respondeu, apenas me puxou até o quarto. Entrámos e ele me jogou no chão, ficando com as costas voltadas para mim. - O que me vai fazer? - Ele continuou sem me responder, mas desta vez se aproximou de mim. Andei para trás até chocar com a parede.

—Porque quer saber? Está com medo?

—Eu não tenho medo de você!

—Mas devia! A sua sorte é ainda ter paciência!

—E o que vai fazer quando não tiver? Me bater? Que novidade! Me beijar à força, já o fez. Me matar? É o que espero que faça todos os dias que entra aqui... Não tenho medo de você. Já não me surpreende! - Ele apenas riu abanando a cabeça.

—Não se contente com isso. Eu sou capaz de muito mais! Tenho muito métodos de a fazer sofrer e não precisa ser diretamente com você!

—E como pensa fazer isso?

—Com o Austin, por exemplo!

—Você não seria capaz!

—Seria sim! Seria até um prazer!

—Sim, pensando bem seria capaz, mas não acho que conseguisse. Já se olhou no espelho? - Perguntei rindo.

—Insolente!

—Tal como você! - Senti a minha bochecha arder novamente. Idiota, ainda por cima foi no mesmo lado. - Nunca lhe ensinaram que não se bate...

—Em mulheres. Sim, sim! Mas tal como disse, eu também sou insolente e pouco me importo com você! Tem sorte de serem apenas tapas e não pior!

—Força! Só faz com que fique mais tempo preso!

—Quem lhe disse que vou preso?

—Eu! O Austin vai nos encontrar e você vai ser preso!

—Coitada! Eu sempre ouvi dizer que a esperança é a última a morrer, mas você está com muita em pensar que nos vão encontrar.

—Eu sei que vão!

—Não se iluda! Vou deixar você a pensar no seu namoradinho! Ele ficou bem pior que eu!

—Não acredito!

—Acredite que é verdade! - Dito isto ele foi embora.

Me sentei na cama e suspirei pensando no Austin. Queria tanto falar com ele. Pelo menos me despedir dele. Infelizmente a minha esperança está a chegar ao fim e sinceramente, não quero que ele me encontre! Sei do que o Jason é capaz e não quero que magoe o Austin. Não por mim!

Não acredito que a minha mãe foi capaz de fingir a sua morte. Eu sofri tanto e agora descubro que está viva! Nós sempre contámos tudo uma à outra, sempre confiámos uma na outra, mas parece que ela não confiava assim tanto em mim.

Até compreendo que não me tenha contado, possivelmente, para me proteger, mas eu sofri muito. E tenho vivido estes meses, praticamente, numa mentira. Mais de meio ano com este sofrimento para nada. Para mesmo nada!

Deixei os pensamentos de lado pois só me perturbaram ainda mais, e decidi dormir porque era o melhor a se fazer.





POV Austin

Pisquei inúmeras vezes, abrindo por fim os olhos. Olhei em volta e algumas pessoas me rodeavam. Me sentei e tanto as minhas costas e o meu braço doeram.

—Você está bem?

—Sim. - Falei me levantando.

—De certeza garoto? Você caiu muito mal! Não quer ir ao hospital?

—Sim, eu estou bem. Não preciso ir ao hospital. Obrigada pela ajuda! - As pessoas começaram a ir embora e eu levantei a mota. Depois de verificar que não tinha nada de errado a liguei e voltei para casa.

Quando cheguei reparei na mota do Sam e entrei em casa. O pior de tudo foi ver o Ash, o Sam e o Dez na minha frente. Agora tenho de pensar numa outra desculpa para contar.

—E então Austin? A saída com o Dez correu bem? Ouvi dizer que sim!

—Não começa! Sim, eu menti. Que bom que descobriu, vai fazer o que agora?

—Antes de mais quero saber por onde andou e o que fez para vir nesse estado.

—Não interessa!

—Interessa sim, eu estava preocupado! O que lhe aconteceu?

—Eu decidi dar uma volta, apanhar ar e na vinda para casa, com a chuva, caí da mota.

—O quê? E está aqui muito bem? Não devia ir ao hospital?

—Não Dez, não devia ir ao hospital. Eu estou bem!

—Sim, dá para perceber que você está ótimo!

—Não enche está bom. Não estou com cabeça para ouvir você resmungar e falar coisas que já sei! Vou para o meu quarto! - Nem dei hipótese de ele falar mais alguma coisa e fui logo para o meu quarto.

Apenas tirei o casaco e me joguei na cama. Estava tão cansado que adormeci.

***********

Acordei sentindo água gelada no meu rosto. Mas quem foi o imbecil que teve a coragem de fazer isto? Abri os olhos e vi o Ash sorrir para mim e eu revirei os olhos.

—Ainda bem que acordou.

—Porque me mandou com água? - Me levantei da cama e entrei no banheiro, pegando a toalha e limpei o rosto.

—Porque você não acordava de jeito nenhum!

—E porque me acordou? Não podia esperar?

—Não! O tio queria falar com você.

—Está bom, eu já desço! - Ele saiu e eu suspirei, pegando a toalha e entrando no banheiro novamente. Tomei banho tentando não pensar muito no que está a acontecer agora. Quando terminei me vesti e desci até a cozinha.

—Bom dia Austin!

—Bom dia tio! - Me sentei e esperei que falassem.

—O que eu tenho para falar é sério! - Ele suspira e olha para mim. - Está a ser muito difícil arranjarmos qualquer coisa para encontrarmos a Ally.

—O que isso quer dizer?

—Que se continuar assim, nunca a iremos encontrar!

—Não! Nós vamos encontrar a Ally!

—Calma Austin!

—Não, eu não posso ter calma quando me diz que nunca a iremos encontrar. 

—Sabes que se pudesse a encontrava, mas eu já estou a fazer de tudo para termos alguma pista e nada!

—Eu sei...eu só... - Suspirei colocando as mãos sobre o rosto. - Porque não posso me encontrar com o Jason para tentar saber mais?

—Não Austin, isso é que nem pensar! Não posso deixar você correr esse risco!

—Porque não? Eu posso lhe colocar um localizador ou algo parecido, sem que ele perceba.

—Não Austin.

—Eu não vou desistir em encontrar a Ally e se essa for a minha única opção então é isso que vou fazer!

—Pois, mas eu sou seu tio e lido esta investigação e se digo não é não!

—Mas tio...

—Não Austin. Deixa de ser teimoso. Eu já disse não! - Apenas me levantei da mesa e caminhei para fora da cozinha. - Austin! Austin! - Ouvi o meu tio chamar, mas não me importei. Subi até o meu quarto e o meu celular começou a tocar.

—Sim?

—Austin?

—Ally!

—É tão bom ouvir você de novo! Como está?

—Bem, eu acho!

Você acha? Isso quer dizer que não está! Por favor me diga que está melhor que o Jason?

—Estou muito melhor que ele, acredite. E você? Como está? - Perguntei receoso com a resposta.

—Estou bem! - Responde suspirando.

—De certeza? Não parece!

—Mas estou.

—E o seu pai? Sei o que o Jason tem feito!

—Está péssimo e infelizmente não posso fazer nada para parar o Jason.

—Eu vou vos encontrar e depois ele já não vos vai poder fazer nada! -  ouvi suspirar novamente. - O que se passa?

—Nada.

—Eu sei que é alguma coisa. Me conta Ally!

—Eu te amo!

—Não! Não Ally! Não assim! Não como despedida!

—Não foi como despedida.

—Foi sim. Eu percebi! Eu prometo que te vou encontrar. Prometo que te vou tirar daí.

—Não! Eu não quero que você venha, não quero que me encontre. Não vale a pena correr esse risco!

—Você vale todos os riscos. Eu irei até o outro lado do mundo se for preciso. Eu arriscarei a minha vida por você! Por favor, nunca mais diga isso Ally!

—Como não? Você já sofreu tanto por mim, não quero que sofra mais! Não quero que se machuque mais tentando me proteger!

—Se sofri foi porque quis. Eu é que escolhi lhe ajuda. Eu é que escolhi lhe proteger e se para isso me machuque então assim que seja. Não se preocupe comigo!

—Isso é a mesma coisa que pedir para não se preocupar comigo Austin! Exatamente o mesmo! E você é quem se machuca mais e fica pior! Não quero isso!

—Que fofos! O tempo está a acabar!

—Por favor Ally, não se preocupe comigo! Pense em você e no seu pai! Eu ainda não consegui perceber muito bem o que o Jason quer de vocês, mas parece muito mais que aquilo que lhe pedem para fazer!

—Ele quer saber da minha mãe! Quer saber onde ela está!

—Ele o quê? Mas a sua mãe morreu.

—Não. Ela não morreu! Ela está viva e sempre esteve! Ela sabe tudo sobre as pessoas que nos têm aqui e ela estava a ajudar os seus pais!

—O quê? Isto é tão confuso!

—Eu sei. Até que fiquei confusa! O pior é que eu nunca soube de nada e descobrir através do Jason!

—Não chore Ally. Sabendo que não a posso reconfortar me deixa muito mal!

—Eu estou bem! Apenas um pouco chateada, mas já devia estar à espera, este ano as surpresas não param!

—Jason?

—Chamando por mim Austin?

—Quero saber quando nos podemos encontrar outra vez!

—Para? Já lhe disse tudo o que precisava saber e aqui a Ally já lhe contou tudo o resto.

—Sim, mas eu quero saber mais e você é o única que sabe!

—Muito bem, eu depois lhe digo onde e quando. Agora têm apenas um minuto!

—Eu te amo muito Ally!

—Eu te amo mais Austin!

—Acabou o tempo!

E então ele desliga! Mas o que há com este garoto? Sempre a desligar assim uma chamada! Me sentei na cama e liguei para o Sam a pedir para ele vir aqui. Ele tem de saber. Tanto ele quanto o Jack. Em seguida liguei à Mia dizendo que precisava falar com ela urgentemente.

Ouvi a campainha tocar e desci até a sala. O Ash já tinha aberto a porta e era o Sam.

—Me chamou? Está tudo bem?

—Sim. Quer dizer... depende!

—Do quê?

—De como lidar com a informação!

—Se for sobre a Ally, o seu tio me contou ontem. Já sei que será difícil de a encontrar, mas não vou desistir!

—Não é sobre isso! Acho melhor se sentar! - Nos sentamos e os dois olharam para mim. - Eu estive a falar com a Ally e...

—Quando?

—Uns minutos atrás e ...

—Porque não avisou o tio?

—Não vale a pena Ash, se das outras vezes não conseguiram localiza não será agora que o vão fazer! Eu falei pouco tempo com ela! - Suspirei. - Como estava a dizer, estive a falar com a Ally e ela me contou uma coisa que deve saber!

—Conte logo!

—A sua... ela está viva!

—Ela está o quê?

—Está viva!

—Como?

—Não sei! Ela não me contou como, só que a vossa mãe está viva!

—Wow... nem sei o que dizer! Ela mentiu para todos!

—Sim, mas deve ter uma boa razão! Até porque ajudava os meus pais.

—Ajudava com a empresa e a descobrir quem tirava o dinheiro?

—Sim! Acho que sim. Isto ainda é um pouco confuso!

—Porque ela lhe contou isto agora?

—Parece que o Jason lhe contou! Só não entendi porque deixou a Ally me contar tudo isto. Os tios só se importam com as empresas e o dinheiro, mas ele... não é só isso. Há algo mais!

—Como?

—Não sei, mas vou descobrir! - A campainha toca.

—Deve ser a Mia! - Digo me levantando.

—Você ligou para ela?

—Claro que sim, eu disse que o fazia! - Abri a porta e me surpreendi ao ver quem estava na porta...

 

 


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Notas finais do capítulo

Muita informação! Será que o Austin tem razão sobre o Jason? Sem sim o que será que o esse algo mais? Quem acham que está na porta?

Gostaram? Não gostaram? Amaram? Odiaram? Comentem!!!
Beijos doces :)