Almost Lover - Parte 1 escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 32
T R I N T A E D O I S


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem? Espero que sim.

Bom, tenho uma pergunta. O que aconteceu para eu não receber um review desde o capítulo 28? A fic tem mais capítulos do que comentários. Podem ser sinceras, por favor.

E só avisando, estamos chegando ao final da fic. E esse é um capítulo P.O.V Steve e vai ser o último, o resto vai ser tudo pelo ponto de vista da Emily.

Enfim, é só isso. Já atualizei o capítulo anterior colocando o banner, que achei que ficou bem legal. Deem uma olhadinha.

Beijos, uma boa leitura e a gente se vê nas notas finais.



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P.O.V Steve

Minha pasta estava pronta, meu terno passado e arrumado, a barriga cheia e as chaves nas mãos, estava pronto para outro dia de trabalho. E posso estar sendo bastante clichê, mas pronto para outro bom dia.

Descobri que depois de alguns outros dias, eu adorava trabalhar naquela faculdade. Os professores são bons, os alunos esforçados, a diretoria compreensiva com seus funcionários, uma carga horária não abusiva. Eram tantas qualidades que não deixava espaço para os defeitos.

O casaco de neve me protegia do frio intenso, apesar de ter que só andar alguns poucos metros até o meu carro. Eu planejava uma obra nessa casa em que eu pudesse ter uma entrada para a garagem pela cozinha sem que tivesse que sair de casa, abrir a garagem e exposto a todo frio do lado de fora. Além de cobrir a garagem também.

Dirigi todo o percurso tomando café, que só não esfriava porque era uma garrafa térmica, algo muito necessário aqui. O caminho era curto, sem trânsito algum, um limite de velocidade justo. Nunca vou me cansar de dizer que não sinto nenhuma saudade do trânsito de Nova Iorque, pois não sinto.

Pensa sobre isso me fez lembrar que as únicas coisas que sinto saudade são das maravilhas que ganhei ali. Aquela cidade fez uma grande parte da minha história. Onde ganhei o soro do supersoldado, as minhas filhas e a minha esposa, onde nos conhecemos e nos casamos. Na verdade, Nova Iorque é quase toda a minha vida.

Mas afasto esses pensamentos. Estou feliz aqui, e tenho que fé que a Emily e a Brianna também serão felizes aqui. Sei que aqui é frio, mas é uma cidade simpática, apesar de simples, tem tudo o que precisamos. Espero que elas pensem dessa forma também.

Estacionei na vaga destinada a professores, onde todo o estacionamento era coberto, para proteger os carros da neve intensa, já que hoje irá nevar, e bastante. Não que seja algo que acontece de vez em quando, pois não é. Aqui neva todos os dias, alguns dias pouco, outros muito. Depende muito.

Todo o caminho é recheado por cumprimentos de colegas e alunos, onde estão tão satisfeitos de estudar ou trabalhar aqui quanto eu. Eu tinha uma sala somente para mim, com um acervo disponível e completo de história, ou pelo menos da parte em que eu ensino, na qual eu fui contratado. A história americana.

As turmas eram do tamanho certo, e não uma sala com mais de quarenta em que nem um terço estaria interessado. O meu curso era um opcional, fazia quem quisesse, e assim, só estivesse alunos em que estivessem interessados. Para a minha sorte e alívio.

Assim que cheguei na sala, não era algo do tipo que toda a sala me entregaria maças ou peras, como em filmes antigos, mas era algo bom, me desejavam bom dia e logo se sentavam para assistir a aula.

Fiz a chamada primeiramente, e como sempre, a aluna mais esforçada, e que eu poderia dizer com um grande talento, faltou. Sua melhor amiga voltou a dizer que estava doente, e por isso faltou novamente. Mas isso eu não engoli, e muito menos fiz algo. É da responsabilidade dela. Se eu fosse procurar por cada aluno que faltasse por estar desmotivado, eu não teria tempo para mais nada.

Dei início a aula, como qualquer outro dia. E para a minha satisfação, recheada de dúvidas e comentários, eu adorava aulas desse tipo, bem dinâmicas. O tempo voava, eu não me sentia exausto e nem desmotivado. Vejo que uma das melhores decisões dos últimos tempos para mim foi ter vindo para cá e arriscar tudo. Espero não me arrepender.

Logo já era hora do almoço, e eu não precisava gastar para comer fora e nem levar de casa pois aqui havia refeitório, onde a comida era boa e farta. Comi com alguns colegas e alunos, que eram simpáticos e boas companhias. Todo dia é desse jeito.

E tão rápido quanto vim para cá, e eu já estava dentro do meu carro me preparando para voltar, pronto para terminar o último episódio de uma série na qual estou assistindo bastante nos últimos tempos, Breaking Bad. Mas eu tinha que passar no mercado antes.

Estacionei no mercado mais próximo de casa, onde a única funcionária estava acostumada a me ver aqui. Geralmente é quase todo dia que passo aqui, para comprar pilhas, suco, leite, essas coisas. E quando estou pegando o saco de milho de pipoca, reconheço a pessoa ao meu lado olhando as fraldas.

—Violet? – pergunto a reconhecendo de imediato, o cabelo ruivo é bastante reconhecível, e também a tatuagem de um anjo no pescoço rezando é da única pessoa que conheço que tem um anjo tatuado ali. Chega a ser incomum, mas não estranho.

—Ah, oi professor Rogers – ela responde num tom constrangido, talvez porque a peguei numa hora em que estivesse saudável ao invés de estar na cama doente como sua amiga disse para mim – Tudo bem? Eu estava comprando fraldas para uma amiga que virou mãe agora pouco, bonito não é? – pergunta colocando as mãos na cintura e um sorriso.

Sei que não é da minha conta, sei que eu não deveria me envolver, mas não posso evitar. Ela está mentindo, posso ver pelo sorriso forçado, ou a desculpa em que eu nem perguntei nada, ela está mentindo, está praticamente escrito na testa dela. E é algo que me preocupa, mesmo sem eu querer. Ela deve ter a idade da Emily quando ficou grávida da Hannah.

—Muito bonito da sua parte, eu sei como é difícil essa fase – respondi disfarçando olhar as garrafas térmicas, onde aqui tinha uma grande variedade, mesmo eu nem precisando.

—Tem filhos? – perguntou evitando olhar a pilha de fraldas e olhando exclusivamente para mim.

—Sim, duas. Uma da sua idade e outra na faculdade – respondi sorrindo e pegando uma garrafa.

—Ah sim, nunca as vi, talvez você pudesse nos apresentar – sugeriu e afirmei com a cabeça olhando outra coisa, revistas, uma coisa na qual nunca me interessei de verdade.

—Claro, quando a minha esposa voltar de viagem com a Brianna, eu te apresento – afirmei e ela sorriu olhando para os sapatos.

—Senhor Rogers – ela toca meu ombro – O senhor poderia não contar para ninguém que me viu aqui? – pergunta receosa e afirmo com a cabeça olhando para seus olhos, num tom de verde intenso – É muito complicado.

—Porque você não descomplica, assim eu posso te ajudar – sugeri e ela recuou um pouco – Não vou te julgar e nem criticar, eu passei por isso, minha esposa ficou grávida da nossa primeira filha com a sua idade também – contei e ela franziu as sobrancelhas.

—Claro que não, senhor Rogers, eu não estou...

—Violet... – usei um tom de advertência, e ela parou.

—Tudo bem, desculpa, mas é que não posso deixar ninguém mais saber disso, muita gente já sabe – conta e afirmo com a cabeça.

—Bom, seu segredo está bem guardado comigo – lhe dou um sorriso complacente e ela sorri também – Que tal um café e você me conta o que está acontecendo, pode ser? – pergunto e ela afirma.

Há uma cafeteria a alguns metros do mercado, não é muito boa, mas é o que tem por perto. Pedi por dois cafés grandes, e paguei, e ela agradeceu. Beberiquei o meu antes que ela fosse começar a contar.

Ela contou que houve uma festa aqui, na qual conheceu um rapaz e teve um rápido relacionamento com ele, algo de uma noite, e ele foi embora, e na semana seguinte descobriu que estava grávida. Violet mora aqui sozinha bancada pelos pais, que são extremamente religiosos, que não aceitariam aquela criança muito facilmente.

Depois ela contou como estava ficando desesperada, já estava com três para quatro meses, teria que gastar com os preparativos e tinha dinheiro somente para se manter e não se manter mais um bebê. Ela também contou que estava quase indo trancar a vaga na faculdade quando me encontrou aqui.

No fim, contou como a amiga estava a ajudando, seja financeiramente e cobrindo suas faltas, lhe deixando atualizada com a matéria e até comprando algumas poucas coisas que ela poderia comprar, como sapatinhos e roupas, e até mesmo a acompanhando em ultrassonografias.

E quando finalmente terminou, contou que não tinha dezesseis e nem dezessete, mas sim dezoito, e por isso que o médico não ligou para a sua família no estado da Virginia, já que é maior de idade, os médicos não tem mais essa responsabilidade no estado da Carolina do Norte.

—Agora o senhor entende porque eu não estou mais indo as aulas? – pergunta e afirmo com a cabeça escondendo que estou impressionado, mesmo com tanta coisa nas suas costas, ela manteve a decisão de ter o filho. Já que aqui, apesar de ter algumas regras dificultando o aborto, ela decidiu manter.

—Sim, entendo perfeitamente. Se quiser, posso eu mesmo ir trancar sua vaga e você volta quando puder – ofereço e ela me dá um sorriso sincero.

—Muito obrigada, senhor Rogers, eu agradeceria muito. Não estou muito convencida que alguém não irá notar essa barriga aqui – diz tocando discretamente a barriga muito levemente inchada, poderia até dizer que comeu demais.

—Não tem de quer, mas acho que você precisa agora arranjar um emprego – digo e ela concorda imediatamente. Ela também sabia disso.

—Mas quem vai querer contratar uma garota grávida e sozinha? Acho muito difícil. E já procurei, está difícil encontrar – responde e assinto, respondo que me comprometo a ajuda-la no que for difícil. Também entreguei meu telefone caso ela precisasse de algo. No fim, ela foi para a sua casa e eu voltei para o meu carro.

No final da tarde, eu havia marcado com Edward de vir aqui para irmos juntos ao bar, o único da cidade que sempre está cheio. Ele chegou adiantado, que segundo ele, estava ansioso para ir e tentar novamente.

Quando digo tentar, eu quero dizer que Edward está na procura de uma mulher para ele, uma namorada. E mesmo tentando quase toda semana, não conseguiu quase nada. Quando finalmente consegue o telefone de uma garota, é um telefone errado ou inexistente, tudo para ela se livrar dele, que é bastante insistente. E mesmo com as minhas dicas, nunca conseguiu.

Formos a pé, com casacos grossos e quentes, e mais algumas blusas por baixo, não conversamos muito no caminho, pois se abrisse a boca, iria comer neve, uma coisa nada legal. E também ele estava cansado demais para conversar e ficar retirando o pé da neve toda hora, já que o pé afundava na neve fofa e alta.

Chegamos rapidamente, penduramos nossos casacos e ele logo disse enquanto retirava neve do cabelo que tentaria alguma coisa com a loira no fundo, que conversava sorrindo com as amigas. O adverti que ela talvez só estivesse interessada nas amigas, e não num rapaz hoje. Ele não escutou e andou até ela. Revirei os olho indo direto ao balcão.

O espaço é bem grande, quente e aconchegante. Com sofás e poltronas de couro, mesas de centro, chão todo feito de madeira, e ainda havia um segundo andar, com mesas e máquinas de jogos. Estava tudo bem cheio, e animado também.

E enquanto eu bebericava a minha cerveja quieto e sentado, eu assistia Edward insistir em ter o telefone da moça, que de cara fechada, disse alguma coisa e ele saiu, vindo até mim num suspiro triste e se sentando ao meu lado. Lhe entreguei a cerveja que pedi a ele quando ele voltasse, pois eu tinha a certeza que ele voltaria.

—Eu sei que ela me quer... – ele comentou convencido bebericando sua cerveja e a deixando no balcão com um suspiro prazeroso.

—Sei, ela te quer tanto que te deu um baita de um fora – respondi comendo alguns amendoins.

—Você é casado, não sabe o que é isso mais – respondeu e suspirei com a sua brincadeira – E além do mais, tenho que tentar, não posso desistir fácil desse jeito – completou.

—Sim, eu sei disso, mas para mulheres, “não” é “não”, e não um “insista mais, quero ver você conseguir, te desafio” – respondi risonho e ouvi sua risada forçada.

—Muito engraçado, Loiro – respondeu com um mal humor apalpável.

“Loiro” é um apelido que ele me colocou no primeiro dia de trabalho, ele me levou até a minha nova sala, apresentou a alguns professores, fez um tour pela faculdade de maneira bem rápida e viramos amigos desde então, e ele me chama assim até agora.

—Mas e aí, você me falou alguma coisa sobre uma aluna que está te causando problemas, conte-me – falou bebericando a cerveja e sempre de olho se houver uma garota de olho nele, o que é bem raro, quando acontece, é sempre alguém atrás ou ao lado dele.

—Isso que vou te falar é mais como meu amigo do que como meu chefe, combinado? A garota me pediu segredo – falei um pouco tenso demais, mas eu dei a minha palavra que eu não contaria a ninguém, mas preciso de ajuda, não sei o que fazer que seja o mais correto possível.

—Claro, sempre, fora da faculdade, somos apenas amigos, lá dentro, sou somente seu chefe, agora conta – explicou me deixando seguro que o segredo estaria bem guardado.

—Uma das minhas alunas está grávida, irá trancar a vaga e está à procura de um emprego, mas eu não sei como a ajudar sem deixar ninguém saber que ela está grávida tão jovem – confessei e ele bebeu mais da cerveja antes de responder.

—Se ela não conseguir nada, contrate-a você, não precisa ser uma assistente ou secretária, até porque você não precisa, mas pode ser como alguém para manter a sua casa limpa, ou você não confia nela para isso? – sugere e penso por um instante.

—Mas ela está grávida, não pode pegar em coisas pesadas – respondi e ele negou com a cabeça.

—Você não me entendeu. Não uma empregada, mas alguém para manter a sua casa em ordem. Você está sozinho, não tem ninguém além de si mesmo para manter sua casa arrumada, e aposto que está tudo bem bagunçado – explica e assinto com a cabeça colocando os braços por cima do balcão, pensando no que ele disse – Além de ajuda-la, te ajuda também.

Não é má ideia, não é algo como uma empregada, mas algo mais leve, no qual, vai me ajudar, porque francamente, esqueci que como as coisas misteriosamente apareciam fora do lugar e que não teria ninguém além de mim para arrumar. Emily sempre fez esse tipo de coisa, apesar que ela também bagunçava bastante.

Por fim, falei que concordei com a ideia, que a procuraria no dia seguinte depois de trancar a vaga dela, mas antes que eu terminasse a frase, Edward avisou que havia uma morena de olho nele, mas não estava, estava de olho no homem do outro lado, bem mais forte e alto do que Edward, que era baixinho e magro. Tentei alertá-lo, mas já era tarde.

No dia seguinte, depois do trabalho, combinei com Violet de irmos na mesma cafeteria, onde é perto da casa dela e não teria que andar nesse frio intenso. Me sentei do lado de dentro, o mais perto do aquecedor, porque além de eu estar morrendo de frio, é o lugar mais discreto. Não que eu quisesse que alguém nos visse juntos, mas só acho que ela não quer se reconhecida e verem sua barriga inchada.

Violet chegou quinze minutos depois de mim, eu já estava terminando o meu café com canela quando ela se sentou a minha frente pedindo desculpas pelo atraso. Explicou rapidamente como a vizinha a enrolou por tanto tempo pedindo explicações de como mexia no celular, era uma senhora idosa com o primeiro celular comprado pela neta dela. Compreensível.

—Você conseguiu um emprego para mim? – ela perguntou diretamente com os braços sobre a mesa mexendo no papel de canudo distraidamente.

—Mais ou menos – respondi cuidadoso – Não é nada demais, apenas conversei com o meu amigo e ele me ajudou no que fazer – contei e ela olhou para mim assustada, o que também me assustou.

—Você contou para alguém?! – perguntou irritada, tentei explicar, mas ela não permitiu – Você prometeu que não faria isso!

—Ei, calma! – falei com o tom de voz ameno, lembro de como Emily ficava irritada por qualquer coisa quando estava grávida, não que isso fosse qualquer coisa – Esse meu amigo é de confiança, não irá contar para ninguém, isso eu te garanto – afirmei e ela pareceu relaxar.

—Qual o nome dele? – perguntou.

—Edward Lewis – respondi e ela me olhou assustada, novamente,

—O reitor da faculdade? Sério? Você contou justamente para ele?! O fofoqueiro da faculdade??

—Primeiro: ele é vice-reitor. Segundo: ele é de confiança, se não fosse não seria meu amigo. Terceiro: ele não é fofoqueiro – respondi enumerando com os dedos e tudo. E acho que só fez ela ficar ainda mais nervosa – Calma, eu vim ajudar, e peço desculpas se você não gostou do que eu fiz.

—Foi somente ele? – perguntou e assenti com a cabeça – Continua – permitiu enquanto se encostava na cadeira bem mais relaxada, assim, me dando espaço para explicar.

—Olha, se quiser recusar, por mim tudo bem, mas até agora, enquanto não arranjamos nada para você, é o melhor. Minha esposa provavelmente vai voltar em uma semana ou duas, você poderia apenas arrumar levemente e eu te pagaria um bom dinheiro – sugeri bem receoso, com medo dela se ofender, mas nada disso aconteceu, ela assentiu com a cabeça concordando.

—Com todo esse cuidado de falar isso você deve estar pensando que eu acharia um absurdo e tal, não é? – perguntou risonha me fazendo suspirar aliviado – Pois não achei, minha mãe foi empregada doméstica toda a vida, e não tenho vergonha, então sim, eu aceito – ela afirmou e sorri.

Logo em seguida combinamos tudo bem direito, o salário, o tempo que ela trabalharia por dia, e dei meu endereço a ela, Violet começaria amanhã. E enquanto eu e ela não arranje nada para ela, Violet trabalharia na minha casa até lá.

—Então ela aceitou? – perguntou Edward novamente no bar, um pouco bêbado demais quando cheguei, já que deixei Violet em casa, como combinado que eu faria todos os dias.

—Sim, e foi tudo bem – contei bebericando minha cerveja. Ele riu brevemente terminando com a dele e pedindo outra.

—Ah se eu tivesse uma empregada daquelas... – ele comentou sonhador, suspirei passando a mão pelo rosto. Edward não fala desse jeito, só quando está muito bêbado.

—Melhor eu levar você para a sua casa – eu disse me levantando da cadeira e pousando as duas mãos sobre os ombros dele.

—Acabamos de chegar! – reclamou com o hálito puro de cerveja – E estamos conversando algo interessante. Eu transaria com aquela mulher até parti-la ao meio! – para a minha vergonha, ele gritou aquilo, e todo o bar escutou, alguns riram, outros se ofenderam. Eu apenas pedi desculpas pelo meu amigo e o retirei do banquinho.

—Edward, vai para casa, você está bêbado – pedi insistindo e o empurrando para fora do bar, mas ele estava tão mole que escapava e caía no chão a toda hora.

—E você não fica bêbado! O que você é afinal? – perguntou arrastado e suspirei. O empurrei novamente, mas caiu sentado no chão, mais uma vez – E o que você vai fazer com ela sozinho em casa, ein? – perguntou e suspirei tentando me lembrar que ele estava bêbado.

—Cala a boca, você sabe que eu não trocaria a minha esposa por nenhuma outra mulher – rebati irritado e o levantando pelos braços novamente, tudo isso faltando tão pouco até os cabides onde estavam os nossos casacos.

—Nossa... então ela é tão boa assim? Eu quero conhece-la – ele comentou e olhei irritado para ele – Calma, conhecer, não fuder – respondeu para logo rir em seguida. Revirei os olhos e finalmente Edward se levantou, peguei nossos casacos e o coloquei para fora, que caiu deitado na neve – Nossa, como essa neve é fofinha... – comentou deitando na neve como se deita na cama.

—Não, você vai ficar gripado desse jeito, vem que te levarei para casa – o conduzi colocando seu casaco por cima dos ombros até o meu carro, onde caiu deitado no banco de trás. Fechei a porta, liguei o carro e o levei até a sua casa, que abri com as chaves que estava no bolso dele. Mas só que eu não esperava que a mãe dele fosse estar em casa.

—Oh meu filho... – ela lamentou correndo até ele e o abraçando ainda sobre o meu ombro apoiado, já que se eu o soltasse, ele caía no chão e não levantava mais como aconteceu no jardim – Você está bem? Muito obrigada moço. Eu assumo daqui agora – garantiu e assenti com a cabeça o soltando na porta do quarto dele.

—Não tem de quer, se precisa de alguma coisa, ele tem o meu número, ok? – ofereci e ela afirmou com a cabeça o levando até o quarto. Respirei bem fundo saindo da casa e fechando a porta pensando em como a situação foi tão louca.

 


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Notas finais do capítulo

Eu adoro essa gentileza do Steve, amo isso nele. Acho que amo isso tanto na minha fic quanto nos filmes. Adoro!

Bom, digam-me o que acharam. Beijos e até semana que vem. E espero reviews nesse aqui também, ok? Na verdade, espero em todos de todos os leitores, mas sei que isso é impossível, então me contento com as que comentavam em todos. Fui!