Almost Lover - Parte 1 escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 11
O N Z E


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Tudo bem com vocês? Ficaram ansiosas pelo domingo? Espero que sim, pois domingo não tem só Fantástico ou Faustão na televisão não, também tem Almost Lover sendo atualizada!

Gostaram dos capítulos anteriores? Cortou o coração? Não se preocupem, agora a coisa vai amenizar, o ruim MESMO foi no capítulo nove mesmo. Mas as coisas não serão mais fáceis não, continuaram difíceis para o nosso casal protagonista. Assim como vocês gostam, não é mesmo? KKKK

Espero que vocês gostem do capítulo! Beijos e a gente se vê nas notas finais! Fui!



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Assim que entrei no meu carro, minhas lágrimas não estavam me deixando ver quase nada, e as limpei com as costas da mão, e só assim, vi alguma coisa. Coloquei a chave no carro, dei a partida e saí um pouco rápido demais.

Eu quase não fazia ideia para onde ir. Eu poderia ir para a casa do Andrew e da Isabel, mas eu com certeza iria atrapalha-los, ainda mais agora que estavam esperando o primeiro filho. Eu não gostaria de levar a minha tristeza para a casa deles. Eu poderia ir para Malibu, onde meu pai, Pepper e o pequeno Howard estão morando agora, depois de sair de Nova Iorque a uns dois anos, eles vivem se mudando de lá para cá e vice-versa, mas novamente, eu não gostaria de deixá-los tristes por causa de mim. E ainda havia o meu pai, que ficaria enfurecido com o Steve por me deixar desse jeito.

E ainda havia a última opção, Rachel. Ela está em Asgard, mas será que ela poderia me acolher? Ou estaria fora dos alcances dela? Da princesa. Logicamente eu não poderia ir de carro, mas poderia ir até o lugar onde poderiam me buscar. Mas e Loki? Se passaram quase doze anos desde que ele foi embora e nunca mais o vi. Sei que a culpa não foi minha, mas eu poderia ter evitado, como sempre.

Aquela, na minha opinião, foi a pior discussão que eles já tiveram, e olha que foram muitas ruins. Pela primeira vez, eu vi Loki perder a paciência, e o pior, fez Steve perder a dele também, e Hannah, coitadinha, com dois anos da época, estava vendo tudo. Não me lembro qual foi o real motivo da discussão, mas foi algo sobre o atentado na faculdade, a muito tempo atrás, e mesmo se passando quase vinte anos, Steve ainda não havia se convencido que Loki não teve nada a ver com aquilo. Eu acreditava no moreno, mas Steve não, nunca confiou nele.

Lembro que houveram muitas ofensas, e também muitas agressões físicas. Eu gritava para eles, mas não resultou em nada. Loki chegou a pegar uma faca que estava escondida nas suas costas, e aquilo piorou muito as coisas. Steve viu aquilo como uma ameaça e o jogou no chão, quebrando a mesa de jantar toda, peguei a Hannah correndo e fugindo para o quarto e tentando ignorar as coisas quebrando, os gritos e barulhos preocupantes, como de algo muito forte batendo em algo fraco, como um punho batendo na barriga.

E por causa disso, decidi nem tentar ir para lá, estava fora de cogitação, Loki devia estar bravo comigo, pois se não estivesse, teria ido tentar me ver, mesmo que uma vez, e nem isso ele fez. Não estou brava com ele, só triste pelo fato que perdi um amigo, por causa do Steve, é sempre por causa dele! E novamente, por causa disso, decido ir para Malibu, onde terei o apoio da Pepper, o carinho do meu pai e os abraços apertados do Howard.

Mas antes de pegar a autoestrada que me levará para Malibu, decido ir até a escola da Brianna, ela precisa saber, e foi uma das primeiras coisas que pensei quando peguei o carro, as minhas meninas. Hannah ficará arrasada, ela gosta muito do pai, mas sei que no fundo irá ficar do meu lado, somos muito próximas. Porém, Brianna é parecido, mas ao mesmo tempo diferente. Irá chorar, muito, ou talvez não, mesmo assim, tentará me convencer que Steve precisa de outra chance, ou de algo para se redimir, e não posso deixar isso acontecer.

Agora, outra pergunta, de muitas dentro da minha cabeça. Onde Brianna ficará? Hannah já tem a faculdade, e ainda faltam muitos anos para ela terminar, mas Brianna não, ela volta para casa todo final de semana. Deixo ela com o pai ou levo? Levar está fora de cogitação, fazer ela perder aula só por causa dessa minha necessidade de um tempo para mim mesma? Claro que não, isso seria de muita irresponsabilidade minha.

Aproveito o sinal vermelho e mandei uma mensagem para a Hannah preparar o Skype em vinte minutos, ela pergunta o porquê, mas apenas respondo que tenho algo para falar, e muito importante, e aposto que ela logo pensa em algo de perigoso, pois faz uns dois anos desde que ela soube que Steve é o Capitão América, e Brianna faz um ano e meio, mas a loira é bem mais precavida e preocupada do que a mais nova.

Chego a escola em vinte minutos certinho, pois o trânsito de noite no meio da semana é bem mais livre. Os rapazes responsáveis pelo portão me reconhecem e me deixam entrar. Estaciono o carro com cuidado e vou andando pela pequena estrada de cascalhos. Isso me lembra de quando vim aqui pela primeira vez, Brianna pequena, Hannah quase da minha altura, e Steve do meu lado, me dando confiança para encarar o que tivesse por vir. Não deixo de pensar que talvez aquilo também fosse mentira, mas fazem anos, talvez não fosse mentira.

Ando pelos corredores ouvindo crianças correndo e gritando por aí, pessoas conversando, e até cumprimento alguns professores, e até passo pelo Rafael, agora bem mais crescido e com as asas batendo no chão quando anda, que não deixa de perguntar por Hannah, lhe digo que ela está bem. Aquele garoto ainda não havia esquecido minha filha, e não posso deixar de sorrir com aquilo. Desde que ela foi embora, e deixou Rafael deprimido, soube que ele ainda não havia desistido da loira, ela havia me contado tudo, disse que ele prometeu ir visita-la, e perguntado como iria, respondeu voando, literalmente.

Bato na porta pesada feita de madeira de carvalho, e uma garota quase da minha altura abre, sorri para mim e me abraça com força se jogando nos meus braços, a acolho com carinho acariciando seus cabelos.

—Oi mãe – ela me cumprimenta e sorrio.

—Oi Brianna – digo feliz por vê-la. Ela desfaz o abraço e olha nos meus olhos, brilhando, mas então, o seu sorriso murcha e assume um olhar preocupado.

—O que aconteceu? – ela pergunta preocupada tocando os meus ombros.

—É sobre isso que eu vim aqui, sua irmã está esperando para falar com a gente pelo Skype – digo e ela me dá espaço para entrar no seu quarto. Ela dividia com outras três garotas, e por sorte, todas elas estavam fora, e assim que entro, ela fecha e tranca a porta por dentro. Me sento em sua cama bagunçada. Me lembro que Jean Grey passa em todos os quartos todos os dias para ver se alguém não arrumou a cama, e sempre esse alguém é Brianna, não deixo de sorrir com o pensamento.

A morena se senta ao meu lado e pega na minha mão sorrindo modestamente para mim, e depois me abraça novamente, dessa vez mais acolhedora, e fecho os olhos aproveitando o carinho. E quando o meu celular treme da minha mão, é Hannah, nos chamando pelo Skype. Atendo a ligação erguendo o celular para aparecer nós duas.

Oi mãe, oi Brianna. O que houve? Você me deixou preocupada, mãe – ela conta e suspiro.

—Eu também quero saber – diz a morena.

—Calma, eu vou contar, mas espero que vocês compreendam que isso é uma decisão minha, não de vocês – digo calma e sinto o meu coração martelar de tão forte que está dentro do meu peito – O pai de vocês e eu vamos nos separar – anuncio com as minhas mãos suando. Olho rapidamente para as duas, preocupada com as suas reações.

—Mas porque? – pergunta chorosa Brianna, e aquilo me corta o coração, como sempre faz quando a vejo chorar, a loira é a mesma coisa. Sua boca está formando um biquinho, da mesma forma quando ela ainda tinha apenas meses de idade.

Discutiram de novo? – pergunta Hannah, e sei que ela está tentando ficar forte. Não lhe respondo, apenas sorrio de maneira bem fraca, mas ela consente com a cabeça olhando para qualquer outra parte do quarto.

Brianna tampa o rosto com as mãos, e lhe acolho com o meu braço livre, e beijo o topo da sua cabeça me segurando para não chorar também.

—Vamos dizer que nós não somos mais um casal de verdade, quando não há mais confiança, não há amor de verdade – digo com a voz um pouco trêmula, e Brianna me abraça mais forte, e era aquilo que eu precisava.

O que foi que ele fez, mãe? – pergunta Hannah preocupada, mas nego com a cabeça. Não posso deixa que elas tenham raiva dele, isso não é justo, e apesar do que ele me causou, não deixarei que isso aconteça, que seja a última coisa que faço por ele.

—Não é o que ele fez, Hannah, é o que aconteceu – lhe respondo, e aquilo é verdade. Mas sei que elas merecem a verdade, pura, e não escondida, mas não posso fazer isso agora, isso se chama protege-las da verdade dolorosa.

Tem que ter uma justificativa mais convincente do que essa – ela diz e suspiro abaixando a cabeça, enquanto Brianna engasgava de tanto chorar no meu colo – Vocês discutem a anos, e sempre os vi abraçados, juntos. Alguma coisa aconteceu de grave, e você não quer nos falar – ela insistiu cruzando os braços por cima da mesa.

—Ele me traiu, ok? – solto antes que eu pudesse conter, e me arrependo no exato momento em que Brianna parou de chorar e olhou para mim, enxugou as lágrimas e foi até o seu armário retirando um pasta – Brianna... – lhe chamo suspirando, e logo em seguida, ela rasga todos os papeis dentro da pasta, eram partituras, de músicas que Steve fez para ela quando ela estava aprendendo violão, graças ao loiro, que a ensinou.

E quando ela tira o violão do armário, corro soltando o telefone em cima da cama e pegando em seus braços antes que ela batesse ele contra o chão, o quebrando com facilidade. Abraço seu corpo deixando o instrumento no chão com cuidado, e a acolhendo novamente quando ela começou a soluçar várias vezes. Ouvi também Hannah chorar pelo telefone. Parecia que a minha dor estava sendo compartilhada entre as duas, e aquilo foi pior do que deixar tudo para mim. Consegui pegar o celular, e enxuguei as minhas lágrimas com rapidez, e olhei para a loira que escondia o rosto com as mãos e os cabelos loiros estavam caídos para frente.

—Escutem – peço engolindo em seco, e Brianna não parou de chorar, e nem Hannah – Calma meninas, me escutem por favor – peço e acaricio o ombro da morena que olhou para mim com o lápis de olho preto escorrendo pelo rosto, limpo aquela maquiagem borrada. A loira olha para mim e vejo os seus olhos azuis brilhando por causa das lágrimas – Não sintam raiva do seu pai, ele não merece. Isso é entre mim e ele. Eu nunca me perdoaria se vocês sentirem raiva dele – digo calmamente e olhando para as duas.

Mas ele fez você ficar assim! – argumenta enraivecida Hannah, e suspiro triste, não era assim que eu deveria contar, isso se eu fosse contar, pois escapuliu, eu não deveria deixar isso acontecer nunca.

—Ele esqueceu que tinha família? – perguntou também com raiva Brianna, e percebi que fracassei totalmente.

—Não, não esqueceu, e aposto que ele deve estar vindo para cá agora, e tentando ligar para você Hannah – respondo com firmeza, mas tem algo dentro de mim que não deixou eu ficar firme o suficiente, e assim, não saí o convincente o suficiente, pois Brianna me devolve um olhar desconfiado e incrédulo.

—Sei... – ela diz cruzando os braços e com ironia na voz, e parece tanto com o meu pai, que meu coração dói de saudade dentro do peito. E me lembro do que tenho que falar.

—Outra coisa, e isso é para você Brianna – digo olhando para a morena que me olhou confusa – E você fica livre disso, pois está na faculdade, e nada de pegar um avião e vir para cá, estamos entendidas? – pergunto autoritária, a loira assente com a cabeça.

Não prometo nada – responde teimosa, e reviro os olhos.

—Estou indo para Malibu, aproveitarei as férias do trabalho, já que trabalhei dois anos seguidos sem parar, isso me dará uns seis meses de férias, e por isso, tem como você ficar aqui nos finais de semana também? – pergunto para a morena que negou com a cabeça, suspiro.

—Quero ir com você – diz e olho incrédula para ela.

—Você tem escola, está na hora de amadurecer, Bri, é a sua responsabilidade, não se esqueça disso – lembro olhando nos seus olhos.

—Estou perto das férias – responde e nego com a cabeça.

—Só se for das férias que terminaram, são mais sete meses de escola ainda – digo e ela bufa com raiva e cruzando os braços.

Vai ficar com o vovô? – pergunta Hannah e assinto com a cabeça.

—Seis meses, ainda não liguei para ele, mas sei que ele irá me aceitar, e Howard deve estar morrendo de saudades minhas – digo convencida tentando faze-las rir, mas elas não demonstram nada além de tristeza, abaixam os olhares olhando para qualquer outra parte do quarto.

Isso é uma despedida, mãe? – pergunta séria Hannah, e assinto com a cabeça.

—Mas posso falar com vocês pelo Skype – argumento tentando aliviar um pouco a tensão que ficou, mas nada funciona.

Tem certeza que é isso que você precisa? – pergunta Hannah e assinto com a cabeça imediatamente. Mas a sua pergunta crava na minha mente.

—Pode ser que sim, pode ser que não, só tentando que posso saber – digo sincera e ela assente com a cabeça.


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Notas finais do capítulo

Gostaram minha gente? Espero que tenham curtido tanto quanto eu! Comentem bastante e façam uma autora feliz, porque agora, próximo capítulo só ano que vem! (piadinha ruim, eu sei, KKKK).

Beijos e até ano que vem!! KKK (pronto, parei! ;) )



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