Anteriormente em “Caminho do Sucesso”...

Depois que terminei de me trocar, fui para a sala, avistei o meu pai com seu violão, com uma xícara de café e um caderninho com a sua música.

– Bom dia pai! – Falei dando um beijo em sua bochecha.

– Bom dia, filha? – Perguntou ele com sarcasmo, afinal já eram 12:30 no mínimo.

...

Quando cheguei ao meu quarto a Leko estava no escuro, sozinha e chorando.

– Me desculpaaaa. – Falei e ela apenas me ignorou. – Leko, por favor, fala comigo!

...

Fomos todos para a sala de jantar, enquanto ele atendia ao telefone. Quando eu, finalmente, ia sentar...

– Luka! Telefone para você! – Fui interrompida pelo meu pai, que disse alto suficiente para eu ouvir.

...

– Arruma as malas, amiga! Partiu Califórnia! – Ela disse.

...

– Quem era filha? – Perguntou a minha mãe.

– Era a Miku mãe. – Eu disse me servindo.

– O que ela queria? – Perguntou o meu pai.

– Ela vai se mudar. – Eu disse cortando um bife. – E eu vou ficar sozinha aqui...

– Nossa filha... – Minha mãe ia começar um dos seus discursos de desculpa, mas eu a interrompi.

– Então, será que eu podia me mudar com ela para a Califórnia? – Eu falei percebendo que houve uma troca de olhares entre meu pai e minha mãe.

Agora...

Pov’s Miku On

– Ok então, meu pai está me chamando para almoçar, tenho que ir. E conta logo para seus pais! – Eu disse a bronqueando e depois desliguei.

– Ela esqueceu, não foi? – Perguntou Hachune com um alho poro na mão.

– Não, ela apenas “não tinha certeza”, pelo menos foi isso que eu entendi. – Respondi coçando a nuca.

– Acho que ela não tinha certeza de que você já tinha certeza. – Ela disse.

– Hã? – Whatahell? Não entendi nada, mas não queria escutar explicações agora. – Ah, ok! Vamos comer estou com fome.

Eu e a Mikuzinha fomos para a cozinha e encontramos com meu pai preparando um Steak House. Esse prato é, com certeza, uma das sete maravilhas do mundo!

– Tá pronto? – Perguntei com os olhos brilhando.

– Calma Miku, ainda mais uns cinco minutos, quero isso bem passado. – Ele disse fritando o filé mignon.

– Ok, vou arrumar a mesa. – Disse cabisbaixa. – E você vem comigo! – Peguei a Hachune e levei ela comigo para a sala de jantar.

Quando eu a peguei, ela deixou sua guloseima cair no chão e depois começou a se mexer desesperadamente.

– Ah nããão! – Ela resmungava tentando se soltar. – Quero saborear meu alho poro!

– Calma cara! No almoço você faz isso! Para de se mexer! – Eu disse tentando controlá-la.

(Imagem nas notas finais)

Chegamos na sala de jantar, com MUITO esforço, e arrumamos a mesa depois que a Mikuzinha resolveu parar de fazer birra. Logo depois meu pai chegou com a comida.

– Cara, eu adoro tanto Steak House! – Eu disse comemorando, enquanto ele colocava o prato na mesa.

– Sou mais meu alho poro. – Hachune disse comendo uma parte do seu alho poro.

– Você só come isso, nunca experimentou nada mais do que isso, então sua opinião não conta, xiu! – Eu disse vitoriosa cruzando os braços.

– Blá, blá, blá, blá... – Ela murmurou fazendo caretas e eu apenas revirei os olhos.

– Enfim meninas... Vamos comer! – Meu pai disse com a boca aguada.

– Onde está o Taylor? – Perguntei cortando um pedaço do filé. Taylor é o pixel do meu pai.

– Ele ficou no meu no quarto, responsável por organizar as coisas que não podem faltar no meu novo laboratório.

– Entendi. – Assenti. – Quando nós vamos para Califórnia?

– Se você for rápida vamos viajar amanhã e se você demorar, te deixo aqui. – Ele sorriu.

– Ou seja... – Apenas ignorei. – Vamos amanhã. - Dei uma pausa para mastigar a comida e depois arregalei os olhos. - ESPERA! VAMOS AMANHÃ!

– E...? - Meu pai perguntou levantando uma sobrancelha e me olhando de um jeito tipo "Essa menina é louca!".

– TENHO QUE ARRUMAR MINHAS COISAS! E não posso esquecer nada! Nadica de nada! - Falei e continuei a comer o mais rápido possível.

– Eu hein... - Murmurou o Sr. Fuguki.

Depois de comer tudo na maior pressa, e consequentemente, ficando com soluço, subi as escadas correndo e cheguei no meu quartinho querido.

– Cara! Onde eu vou colocar tudo isso?! - Perguntei pra mim mesma.

– Tem umas caixas grandes lá em baixo, acho que seu pai comprou pra colocar os móveis e outras coisas... - Disse Hachune entrando no quarto.

– Isso! Valeu! Já volto! - Eu sai do quarto correndo e desci as escadas escorregando pelo corrimão, claro.

Cheguei lá em baixo e fui para os fundos da casa. Avistei as caixas na porta do laboratório do meu pai e peguei várias. Melhor sobrar do que faltar, certo?

– Hey! Vou usar isso. - Escutei Taylor falar, mas já era tarde, eu já havia saído correndo de novo.

– Desculpinha! - Gritei antes de perde-lo de vista.

Cheguei no meu quarto, joguei as caixas no chão e tranquei a porta.

– Pra que toda essa exaltação, fera? - Perguntou Hachune. - Nem parece que você estava desanimada pra se mudar.

– É, também não sei o que aconteceu comigo... - Disse ofegante. - Mas me deu uma animação, além do mais, tenho muita coisa pra decidir se eu vou levar, ou vou jogar fora.

– Realmente, você tem muita coisa pra fazer... - Ela falou olhando ao redor.

– Eu não, NÓS temos muita coisa pra fazer! - Eu disse e ela fez uma breve careta.

Começamos com as roupas. Fomos tirando uma por uma do meu guarda-roupa, das minhas gavetas e das minhas cômodas. Nem parecia que eu tinha tanta roupa, mas mudei de ideia depois do tempo que demoramos para encaixotar todas. Fizemos o mesmo com os meus sapatos e alguns acessórios. Depois de um tempinho (lê-se: tempão), finalmente chegou na parte dos meus bebês! Quero dizer... meus videogames. Eles são relíquias! As coisas mais importantes da minha vida! E EU NÃO TO EXAGERANDO! Eu não posso deixá-los pra trás! Never! Entrei na minha sala secreta atrás da estante, que não é tão secreta assim, afinal, a Luka e meu pai sabem disso, e a Hachune também... E a Leko -_- ... Ok! Não é secreta, mas enfim! É onde eu guardo meus amores da minha vida, todos os jogos e videogames que eu já tive estão aqui. Essa sala, no começo, era pra ser um closet, maaas... Como eu não sou muito de ligar para roupas (quase nem perco tempo me trocando, afinal minha querida pixel faz isso por mim), fiz dessa salinha, meu templo, onde posso ficar sozinha e relaxar (dependendo do jogo, é claro, porque tem uns né... que PELAMOR! IRRITA PRA CARALHO!). Conforme eu ia pegando os jogos e videogames para guardar, eu perdia no mínimo 50 minutos em cada jogo, ou falando sobre experiências que já tive nele, ou jogando.

– Miku, se você continuar desse jeito, a gente nunca vai terminar de encaixotar seus jogos preciosos... - Disse Hachune bocejando.

Olhei para cima, e ela estava quase cochilando no ar.

(Imagem nas notas finais)

– Ok, relaxa. E NÃO DORME! - Gritei e ela se assustou caindo no chão. - Preciso de você para, me ajudar a arrumar tudo isso.

– Meu Deus, que interesseira! - Ela reclamou esfregando o bumbum e depois mostrou a língua para mim.

– Será que eu guardo meu NeverGear? - Perguntei indecisa.

– A menos que você queira jogar no jatinho... - Ela respondeu enquanto colocava os jogos na caixa.

– Ah, acho que não vou jogar lá não, vou passar a viagem conversando com a Luka, e se eu levar ela vai me chamar de viciada.

– Porque você É! - Ela disse e eu revirei os olhos.

– Dane-se! - Eu respondi abraçando meu PS4. Pois é, isso ainda existe. E eu tenho! - My pressious... - Sussurrei ainda abraçada com ele.

– Enfim, ataques de loucura everywhere... - Ela revirou os olhos e eu ri.

– Vamos acabar com isso logo. Quero dormir.

Depois de o que parecia uma eternidade, conseguimos arrumar tudo. Só deixamos os móveis é claro, mas fora isso, guardamos tudinho!

– Boa noite, Mikuzinha! Valeu pela ajuda. - Eu disse me deitando na cama.

– Awn, eu sei, sem mim você não seria nada! - Ela disse rindo.

– Quero dizer... Não fez mais que sua obrigação! - Mostrei a língua e fui retribuída. Depois rimos e fomos dormir.