Eu, filho de Severus Snape? Nunca! escrita por AFM


Capítulo 23
A verdade por trás do carinho


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, aqui vai mais um capítulo que escrevi. Acho que ficou bom, mas vocês é que irão me dizer.
Obrigada à todos que leem, acompanham ou que comentam, principalmente aos que comentaram o último capítulo: "Maylaila Black", "Bella Solace", "sakurita1544", "paz Salvatore Mikaeson", "CatrinaEvans", "haynny", "Hermione Potter 112", "fantasminha". Beijos!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/646084/chapter/23

Harry encarava Snape bufando de raiva. Em sua cabeça passava todos os momentos bons que passara com o pai e que ele fora idiota o suficiente por achar que o homem poderia ter mudado.

–O que o senhor pensa que está fazendo? -disse Harry.

–O que dá direito ao senhor de entrar em minha sala sem se anunciar e faltando derrubar a porta? -disse Snape levantando de sua cadeira e se aproximando de Harry.

–Por que fez aquilo? Vai fazer Grifinória perder mais um ano!

–Eu não, vocês integrantes da casa que vão. Não tenho culpa se Grifinória só tem alunos perdedores.

–Mentiroso! O senhor está tirando pontos sem motivos reais só para que a sua casa vença. Não passa de um trapaceiro! -disse Harry berrando.

–Retire o que disse! -disse Snape encarando o garoto com ódio por ele ter colocado em questão a sua índole.

–Ou o quê? O senhor vai me bater? Vai me colocar de castigo? À vontade, nada vai mudar o fato de que é um trapaceiro.

–Saia da minha sala agora!

–Não sem antes saber o porquê disso tudo! À pouco estava tudo bem, e agora está passando por cima de todos que passam pela frente. Cinquenta pontos à menos por covardia, sério? Essa regra nem existe!

–Saia!

–Não! Me diga o porquê do senhor estar agindo dessa maneira, então eu saio.

–Não tem motivo algum, garoto insolente! Se o senhor não notou, eu sempre fui assim.

–Mas depois que descobriu que eu sou seu filho, o senhor ficou menos rancoroso e injusto.

–Como se você se importasse com o fato de eu ser seu pai.

–Por que fala isso? Eu me importo sim, senão por que teria passado as últimas semanas só com o senhor?

–Por interesse, nada mais nada menos que isso!

–Olhe, -disse Harry levantando o dedo indicador com raiva da insinuação feita- o senhor me chame do que quiser, mas de interesseiro jamais!

–Claro que é! Você nunca me aceitou de verdade como pai, só estava fingindo que sim porque estava querendo algo.

–De onde o senhor tirou isso?

–Não se faça de tolo! O senhor sabe muito bem do que estou falando.

–Não, não sei. E mesmo que eu tenha feito o que o senhor acha que fiz, isso não lhe dá o direito de interferir em seu trabalho como professor! Não pode descontar sua frustração nos alunos por causa de problemas pessoais!

–Eu posso fazer o que eu quiser!

–Não, não pode! Mas agora eu quero que me diga o que foi eu fiz.

–Você sabe muito bem o que fez.

–Garanto que se soubesse não estaria aqui perguntando. Seja o que for me diga e eu sei que o senhor deve ter interpretado errado.

–Mesmo? Eu interpretei errado? Eu me enganei quando ouvi você dizendo ao meu pai que só aceitou repentinamente colocar o meu sobrenome em sua certidão porque assim seria dono de tudo que é meu também, inclusive da Winky, a qual o senhor estava querendo libertar e se tornando um Snape poderia? Eu me enganei quando ouvi você dizendo que jamais me aceitaria ou me chamaria de pai? Eu me enganei? -disse Snape aos berros olhando para o garoto que estava assustado.

Harry apenas olhava para o homem que estava com ódio misturado com mágoa e nada conseguia dizer.

–Mas que gritaria é essa? -disse Dumbledore entrando na sala atordoado ao ouvir os berros de sua sala.

–Me diga -disse Snape continuando à berrar, sem se importar com a presença do diretor-, eu me enganei quando ouvi o senhor dizer todas àquelas coisas? Hum? Que nunca me aceitaria como pai e só estava fingindo aceitar por puro interesse?

–Severo! -disse Dumbledore também gritando.- Já chega, a escola toda está ouvindo. Harry nunca seria capaz disso.

–O que iria fazer depois que eu descobrisse ou o senhor pretendia levar essa mentira para o resto da vida? -disse Snape, agora mais calmo, encarando o filho.- O que o senhor esperava disso tudo?

–Eu... -começou Harry um pouco nervoso-, bom eu espera que o senhor nunca descobrisse sobre isso.

–Harry -disse Dumbledore surpreso em ouvir aquela confissão do garoto.- Isso é verdade?

–Sim -disse Harry com os olhos para o chão.- Mas isso não dá o direito ao senhor em tirar pontos da minha casa só porque tem um problema pessoal comigo.

–Isso é verdade, Severo?

–Não interessa! -disse Snape saindo de perto de sua mesa e caminhando em direção à porta.- Você é igual à sua mãe -disse encarando os olhos de Harry.- Vocês me fizeram acreditar que gostavam de mim, me deram esperança e quando finalmente me abri, me abandonaram por Tiago. Mas o que eu posso fazer? A escolha é de cada um, não posso forçá-lo à gostar de mim. Esteja à vontade para voltar à dizer que quer Tiago como seu pai -disse parando de encarar Harry e saindo pela porta, deixando o garoto com um olhar de enorme arrependimento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem e deixem suas opiniões nos comentários, OK?