Eu, filho de Severus Snape? Nunca! escrita por AFM


Capítulo 10
A fuga


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!!! Aqui vai mais um capítulo que eu escrevi com muito carinho para vocês, espero que gostem!!!

Quero agradecer à todos que leem a minha história. Fico muito feliz!! Mas agradeço especialmente à "srtanye", "fantasminha", "CatrinaEvans", "Vívian R", "Maylaila Black", "Taw", "Alicya stanley" e "Anne Marrie Vroengard", que comentaram o último capítulo. Fiquei muito feliz. A opinião de vocês engrandecem a história, que afinal não é só minha, é de vocês também!!!

Beijos!!!



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Harry, Rony e Hermione estavam conversando animados, planejando o que iriam fazer naquele curto e inesperado período de férias. Hermione só falava em como aquilo iria atrapalhar o andamento das aulas, mas já que não tinha jeito, que iria colocar os estudos em dia e Rony apenas fazia caretas quando a garota falava aquilo.

—Então, Harry, aonde é o seu quarto? -Hermione indagou, curiosa.

—É lá em cima. Indo direto no corredor, assim que sobe. Mas eu ainda não fui lá, o Snape só me disse isso no caminho pra cá!

—Vocês ainda estão aqui? -perguntou Snape surgindo de repente na sala de visitas.

—Olha, Hermione -começou Rony em tom baixo-, o Snape é que nem você. Parece que brota do chão.

—Gentil você, não? -disse Harry em tom de repreensão à Snape.

—Professor Snape -disse Hermione-, posso chamá-lo só de Snape?

—Não! -respondeu quase junto com a pergunta feita, com rispidez.

—Assim no seco? -indagou Hermione.

—Quer no molhado, a gente pode discutir isso na praia! Não importa se estamos na escola ou não, para a senhorita é sempre "professor" ou "senhor".

—Tá -respondeu Hermione acuada.

—A gente sempre achou que o senhor fosse sozinho no mundo -disse Rony-, sabe sempre parece tão... rígido -rony começou a falar, tentando quebrar o clima pesado.

Snape agora deixava de encarar Hermione para encarar o ruivo com um olhar penetrante e fuzilador.

—Ficamos impressionados quando descobrimos que o senhor namorou a mãe do Harry! Todo mundo na escola diz que o senhor nunca sequer beijou uma garota.

—Rony! -repreenderam, ao mesmo tempo, Harry e Hermione, em um tom quase imperceptível.

—O senhor tipo... já foi casado? -Rony continuou a perguntar.

—Tipo... não é da sua conta, Weasley! Quando é que o senhor e a senhorita Granger irão embora? -Snape perguntou parecendo impaciente.

—A casa é enorme -disse Harry-, o senhor nem vai perceber que eles estão aqui.

—Mas só o fato de saber da existência deles em minha casa, já me deixa inquieto. E os dois, aliás, os três, não vão achando que diante da situação em que nos encontramos -disse tentando não pronunciar explicitamente o fato da paternidade de Harry-, vocês vão poder me tratar com intimidade. Eu exijo que tenham os mesmos sentimentos de antes por mim! -falou chegando bem perto dos três e encarando-os com uma cara assustadora.

—De medo? -perguntou Rony engolindo seco.

—De respeito! -esbravejou o homem de longas capas pretas.

—Sim senhor! -disse Rony, repetindo várias vezes, assustado.

—E então, como estão todos nesta casa? -perguntou Tobias entrando sem se anunciar pela porta da rua, atraindo a atenção de todos na sala.

Severus ficou encarando o homem com uma expressão pálida, não se sabe se de raiva ou se aquela era a sua expressão natural.

—Oi Harry! E quem são esses? -Tobias perguntou olhando para Rony e Hermione.

—Oi. Eles são meus amigos da escola -respondeu sorrindo, feliz ao ver o homem.

—Você se incomoda de vir aqui só um instantinho? -perguntou Severus ao pai.- Vem cá, só um pouquinho, queria lhe apresentar à alguém! -disse andando em direção à porta, sendo acompanhado por Tobias.

—O que foi? -Tobias perguntou sem entender muito bem o que o filho queria fazer.

—Tá vendo isso daqui? -Severus disse apontando para uma caixa azul do lado de fora da porta.- O nome dela é campainha, também conhecida como caixinha de sinos, fica à seu critério como chamá-la. Eu prefiro campainha. Campainha, Tobias. Tobias, Campainha -disse apontando para um e para outro, em gesto de apresentação. Ela adora ser tocada! -disse apertando, como em uma demonstração.

—Se ele age assim com o pai, não temos esperança de ser tratados melhor um dia! -disse Rony.

—Eu vou para meu escritório, lá pelo menos eu não vou ter que aturar essa invasão em minha casa -disse voltando para o fim do corredor.

—Hoje ele está mais estressado do que o normal! -observou Tobias.

—Ele tá agindo como se só ele estivesse sofrendo com essa situação -disse Rony.- O Harry também está e nem por isso está por aí soltando fogo pelas ventas.

—Esses são Hermione e Rony -disse Harry apresentando os amigos ao avô.- Pessoal, esse aqui é o Tobias!

Os três se cumprimentaram.

—Então, vocês são da mesma sala? São daqueles tipos de amigos inseparáveis?

—Somos sim! -respondeu Hermione com um grande sorriso no rosto.

—A gente faz tudo junto, até enfrentamos um trasgo gigante um ao lado do outro -disse Rony.

Tobias olhou assutado ao ouvir a informação de Rony.

—É nessas horas que eu lembro como é bom ser um trouxa! Nós não costumamos encontrar um trasgo na esquina.

—Ah, não, senhor, nós não encontramos ele na esquina, foi no banheiro -corrigiu Hermione.

—Oh, bem melhor. Completamente normal! Bom, eu estou faminto, vou ver se a Winky já preparou o almoço -disse saindo da sala.

—Quem é Winky? -perguntou Hermione.

—É a empregada daqui. Foi ela que abriu a porta pra gente entrar -informou Rony.

—Tá mais para escrava -disse Harry.- Sabe, ela é que nem o Dobby era. Bom, não sofre os mesmos maus-tratos que o Dobby sofria, mas teve sua escolha tirada antes mesmo de nascer.

—É a sina dos elfos domésticos -disse Hermione.

—Eu queria que tivesse um jeito de libertá-la, mas só o dono pode fazer isso e o Snape não quis conversar muito sobre o assunto.

—E mesmo que quisesse, elfos domésticos não querem ser libertos.

—Não é que eles não queiram. Eles apenas foram levados à acreditar nisso. Eu não engulo essa de que eles gostam de ser tratados como escravos, afinal, quem é feliz ao nascer rotulado? -disse Harry.- Sabe, eu tava pensando em buscar o Dobby pra que ele pudesse falar com a Winky.

—E você sabe aonde ele está? -perguntou Hermione.

—Não. Só saberia se perguntasse à alguém da casa dos Malfoy. Uma vez ele me disse que não era o único elfo na casa, talvez os outros saibam onde ele esteja.

—A gente está com um período vago, Harry -disse Rony-, podemos ir até à casa dos Malfoy -sugeriu Rony.

—Não acho que o Draco ou o Lúcio Malfoy iriam nos deixar falar com os empregados. Há uma grande possibilidade deles sequer nos deixar entrar -disse Hermione.

—Mas eu não disse nada sobre entrar na casa do modo tradicional -disse Rony.

—Olhando para o fato de que vocês invadiram a minha casa -disse Tobia chegando de repente, assustando os três garotos-, eu diria que o modo tradicional de vocês de entrar na casa dos outros, é arrombando mesmo! Posso ir com vocês? A minha vida não está muito movimentada. A mais emocionante coisa que me aconteceu foi dizer umas certas coisas à Severus. Foram longos minutos sem saber se eu iria viver ou morrer.

Harry, Rony e Hermione se entreolharam.

—Por favor? -pediu Tobias.

—Tudo bem -disse Harry.

—Tudo bem nada! -repreendeu Hermione.- Nem ele nem nós vamos nos meter nessa enrascada.

—Hermione, você gosta que te chamem de sangue-ruim só porque você não nasceu em uma família de bruxos? -Harry perguntou, olhando para a amiga.

—Não.

—É a mesma coisa com a Winky e com os outros. Eles são julgados pelo tipo de família que nasceram. Quando eu consegui achar um jeito de libertar o Dobby, foi um dos momentos mais gratificantes pra mim e eu queria poder sentir isso outra vez!

Hermione ficou encarando os verdes e meigos olhos do amigo por alguns instantes e por fim respondeu:

—Tudo bem. Vamos lá! -disse conseguindo um enorme sorriso dos outros.

—Mas antes você tem que falar com o Severus, Harry, senão ele vai ficar louco procurando por você -Tobias lembrou ao neto.

—Tá -disse virando para ir ao escritório, mas notou que Snape já estava vindo em sua direção.

Severus entrou na sala e encontrou quatro pares de olhos pedintes.

—Não! -Snape proferiu.

—Tá doido, meu filho? -perguntou Tobias.- Ninguém disse nada ainda!

—Mas iam dizer, aliás, pelo olhar de cachorro que caiu do caminhão de mudança, iam pedir alguma coisa e a resposta é não.

—Eu só queria... -Harry tentou dizer.

—Não!

—Severus, a compreensão faz parte de ser pai -disse Tobias.

—Desculpe. Diga Harry.

—Eu posso ir...

—Não!

—Você fez de novo! -repreendeu Tobias.

—Pelo começo da frase, já sei ele vai querer ir para algum lugar e eu não quero que ele saia daqui.

—Mas eu irei com ele! -Tobias tentou argumentar com o filho.

—Eu não confiaria nem uma banana à você, quanto mais uma criança. Agora, se vocês nos dão licença -disse olhando para Rony e Hermione e indicando o caminho da porta-, eu queria um pouco de privacidade na minha casa.

—Que falta de educação, meu filho -disse Tobias.

Hermione e Rony foram acompanhados até a porta por Harry, mas antes de irem embora, Hermione avisou à Harry que ela e Rony o esperariam do lado de fora da janela, tendo uma resposta positiva e animada do garoto, que logo tentou esconder a empolgação para que o pai não percebesse.

—Só para não garantir qualquer escapatória, que vindo de você é perfeitamente normal -disse olhando para Harry-, Winky ficará de vigia na porta, caso o senhor queira desobedecer às minhas ordens. E não dê uma de espertinho! Os elfos domésticos, apesar de serem apenas empregados, são muito sensitivos. Winky perceberia de longe se o senhor tentasse passar pela porta.

Snape voltou ao seu escritório, sendo seguido pelo pai. O homem rígido, sentou-se em sua cadeira, no escritório, e começou a revirar alguns papéis, quando percebeu que Tobias estava em pé parado, olhando para ele.

—Você ainda está aqui? -perguntou Severus.

—E você ainda é um mané?

—O senhor não tem vergonha na cara? Na sua idade, falando gíria de adolescentes?

—A idade exterior não importa e sim a interior e a sua é de um homem de mil anos.

—Pense o que quiser! -disse fazendo um sinal com a mão para que o homem saísse.

Tobias saiu da sala entristecido.

—Ei, vamos logo! -chamou Harry cochichando.

—Pra onde?

—O senhor ainda vai aprender algumas coisas sobre mim e uma delas é que no dia em que eu obedecer uma regra, pode ter certeza que eu fui abduzido! Eu poderia passar o resto da tarde, quem sabe dias, lhe falando o montante de regras e ordens que eu já infringi, mas Rony e Hermione estão nos esperando de fora da janela do meu quarto.

O homem abriu um grande sorriso no rosto, enquanto Harry o puxava pela mão para o andar de cima. Harry se impressionou ao entrar em seu quarto pela primeira vez, que era bastante espaçoso e de cor azul clara, mas não teve muito tempo para pensar nisso, pois seus amigos o estavam esperando. O garoto olhou para baixo e perguntou:

—Como é que nós vamos descer? Não tem uma escada por aí?

Hermione e Rony olharam para os lados, mas nada encontraram.

—E agora? É muito alto para pular! -disse Harry com a cabeça para fora da janela.

—Vamos de Teresa! -sugeriu Tobias, colocando sua cabeça também para fora da janela.

Os três garotos olharam para o homem sem entender o que ele quis dizer com aquilo.

—Teresa, aquela dos livros? -perguntou Rony.

—Não, Teresa aquela das cordas!

—Os três novamente olharam com cara de interrogação para o homem mais velho.

—É uma expressão! Vocês não conhecem? Na minha época, quando as crianças ficavam de castigo no quarto, elas pegavam vários lençóis e amarravam uns nos outros para poder usar como corda e descer pela janela!

—Ahhh! -disseram os três meninos ao mesmo tempo.

—Deve ser uma época bem distante da nossa! -disse Rony.

—O que você quer dizer com isso? Eu ainda sou um garoto! -disse com raiva da insinuação.

—Mas por que o nome Teresa? -indagou Hermione parecendo muito interessada na história.

—Aí você já está querendo saber de mais! Eu não sei, deve ser o nome da criança que inventou isso! Anda Harry, me ajuda!

—Depois pesquisarei o porquê no livro! -disse Hermione obtendo um olhar enjoado de Rony.

Harry e Tobias pegaram alguns lençóis do armário, não muitos, pois a altura da janela para o chão não era tão grande, apenas o suficiente para não poder pular, e começaram a amarrar uns nos outros.

—Tudo bem Harry, eu vou primeiro! Se não der certo, pelo menos eu que irei morrer -disse jogando os lençóis para fora da janela.- Lá vou eu!

Tobias desceu pela Teresa, mas na metade do caminho, os lençóis se partiram e ele tombou no chão fazendo um estardalhaço. Rony e Hermione pularam para trás, para não serem atingidos pelo corpo do homem, e esta, por sua vez, levou as mãos aos olhos, com medo.

—Será que ele está vivo? -perguntou Rony olhando para o homem caído.

—Vivo estou -disse Tobias levantando o polegar para sinalizar vida-, mas inteiro, eu não posso garantir.

Harry olhava aliviado ao ver que o avô estava bem, mas logo voltou sua atenção para porta que fez um barulho enorme de batida.

—É o Snape! -avisou Harry.- Se escondam!

Harry jogou o amontoado de lençóis para Hermione, que logo os recolheu, enquanto se escondia com os outros. Snape continuava à bater insistentemente e com força na porta.

—O que foi? -Harry perguntou ao abrir a porta com a cara mais lavada do mundo.

—Que barulho foi esse?

—Foi você! -disse apontando para o homem.- Faltou derrubar a porta!

—Não se faça de engraçadinho -disse adentrando no quarto com as suas esvoaçantes e longa capa preta à procura de algo errado.- Por que trancou a porta?

—Se não queria que eu trancasse, não tivesse deixado a chave na porta.

—Eu não estou de brincadeira! -disse segurando o braço de Harry com força e encarando-o olhos nos olhos.- Eu quero saber que barulho foi esse e não ouse mentir para mim!

Enquanto isso, Hermione, Rony e Tobias esperavam escondidos. Hermione quis dar uma espiada para ver se Harry estava vindo, mas ficou receosa de dar de cara com Snape.


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Notas finais do capítulo

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