Two Faces - Interativa escrita por Duquesa Americana


Capítulo 3
Agitadíssimos e Anormais


Notas iniciais do capítulo

IMPORTANTÍSSIMO - LEIA COM ATENÇÃO

Hey! Lamento mesmo a demora em postar o capítulo, tive certa dificuldade em concluir a primeira narração e depois disso acabei enrolando um tantinho... Enfim, terminei de avaliar a maioria das fichas que me foram enviadas e estarei respondendo os comentários senão agora ao mais tardar amanhã.
Estive montando uma grade com os times de quadribol e para aqueles que futuramente pretenderem mandar fichar, faltam muitos para a Lufa-Lufa e a Corvinal. Vagas para Sonserina e Grifinória foram esgotadas.
Para aqueles que me perguntaram sobre as aparências montei um Dreamcast para a fanfic (mas ainda terei de atualizá-lo com os novos personagens). No final desta nota deixarei o link.
Darei um aviso importantíssimo nas notas finais então não se esqueçam de lê-la.
Quanto ao próximo capítulo não sei quando postarei, mas será provavelmente na semana que vem pois não pretendo mais demorar tanto. Acontece que amanhã não vou estar em casa e sábado e domingo vou estar fora da cidade e sem o notebook ¬¬ e segunda recomeçam as aulas a tarde e o curso que eu faço pela manhã. Com as noites livres tentarei escrever pelo menos um ponto de vista por dia. Qualquer erro no capítulo é só me avisar!
É isso, nos vemos por aí O-O¬

*Personagens - Dreamcast
http://twofacespersonagens.tumblr.com/



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Isabelle

Logo pela manhã, Isabelle se sentiu indisposta. Assim como todos os outros alunos, principalmente os de sua casa, a Corvinal que estava mais agitada do que nunca. Há pouco souberam do que acontecera na noite anterior na escadaria que levava a torre da Grifinória, e se viam extremamente preocupados.

Pelo que sabiam, Hillary, uma corvina do quinto ano sumira de repente. Sua capa, chapéu e varinha foram deixados para trás, onde um grifinório do sexto ano os encontrara suspeitamente, segundos depois.

– Ninguém sabe onde a garota foi parar, reviraram todo o castelo e nem sinal dela. – Patrick disse se acomodando numa das poltronas vazias do salão comunal.

Isabelle se sentou no braço da poltrona ao lado do amigo.

– Vai ser difícil se concentrar nas aulas a partir de agora. – comentou.

– Pelo menos não vai haver quem diga que esse não vai ser um ano animado.

Ele riu sem humor e após um tapa na cabeça do amigo Isabelle se acomodou mais perto encostando sua cabeça no ombro direito dele. A essa altura, os dois eram como irmãos. Sinceramente a garota não sabia como chegara a esse ponto sendo eles tão diferentes um do outro. Patrick sempre fora bastante temperamental e muitas das vezes arrogante, enquanto Isabelle era calma, delicada e geralmente reservada.

Se conheceram na biblioteca no segundo ano quando Patrick estava procurando por um livro específico sobre poções e não o encontrava em lugar algum. De fato ele nunca encontraria se Isabelle não o ouvisse resmungando e lhe contasse afinal que o livro estava com ela.

– É melhor nós irmos. – Isabelle disse – Defesa Contra as Artes das Trevas em dez minutos.

Os garotos suspiraram antes de descer para as masmorras rumo a sala do novo professor. Na expectativa de um professor legal desta vez, muitos alunos desceram excitados. Quando entraram na sala, o jovem professor estava virado de costas para eles, sua longa capa verde escura sem sequer se mexer mesmo com o vento que entrava pelas janelas.

Isabelle e Patrick se sentaram junto com uma sextanista da Lufa-Lufa (graças a Deus, dividiam essa aula com os Lufanos), e juntos com a garota começaram a murmurar sobre o desaparecimento da noite anterior. Esse era o assunto do momento que os alunos resmungavam pelo corredor e Corvinal ganhara certa fama com isso. Todos estavam interessados e procurando por qualquer pista que os alunos da Corvinal pudessem dar.

Lá na frente, apoiado em sua mesa o professor os encarava profundamente, calado.

Os alunos se calaram imediatamente e olharam desconcertados para qualquer lugar em que não encontrasse os profundos olhos escuros do jovem a frente.

– Sou o professor Dwermant – ele disse por fim – e estarei esse ano com vocês ensinando a arte da Defesa Contra as Artes das Trevas. Começaremos aprendendo feitiços não-verbais. Deixem os livros abertos na página nove e foquem em mim.

Ele se encaminhou para a frente da sala e parou no corredor que as filas de mesa formavam.

– Hum... Alguém gostaria de se voluntariar para uma pequena demonstração?

Ninguém pareceu realmente animado. Isabelle percebeu que Patrick estava prestes a levantar sua mão, mas o garoto não teve tempo. Do outro lado da sala outra aluna da Corvinal já havia se oferecido.

Harold

Harold se sentou com Charly na aula de Estudo dos Trouxas. Não era uma matéria que gostava muito e das amigas de Charly apenas Brooke fazia essa aula. Brooke se sentou mais a frente com um garoto da Grifinória o que, particularmente o irritara bastante. Nada contra a garota, mas confraternizar com grifinórios já era demais.

– Não é nenhum crime. – Charly ponderou.

– É como se fosse. – o garoto retrucou – Me deixa nauseado.

Charly rolou os olhos.

– Talvez você devesse acenar logo para Michelle, ela não para de sorrir e balançar a mão como uma idiota na nossa direção.

Pff. – um sorriso maroto surgira no rosto de Harold – O que eu posso fazer, elogiei-a uma vez e desde então ela não me deixa em paz. Sou irresistível.

Charly riu com gosto.

– Tá bom, garotão, agora acena logo pra poupar a coitada de tamanha vergonha. As pessoas já estão notando.

– Eu a elogiei e ela não larga do meu pé, se acenar vai querer se casar comigo, sem chance.

– Senhor Stark, pode fazer o favor de nos dizer três esportes bastante conhecidos pelos trouxas? – a professora bradou, olhando irritada para o garoto.

Harold suspirou se endireitando na cadeira. Não era bom nessa matéria, nem sabia o porquê de continuar com ela depois de seu N.O.M. Mas recebera um Excede Expectativas e por Charly resolvera continuar.

– Futebol – disse de imediato pois ouvira Cammy comentar sobre isso outro dia na sala comunal -, bôlei e vasquete? – concluiu incerto, mas de seu jeito despreocupado o que fez do outro lado da sala, Michelle acenar novamente pedindo sua atenção.

Vôlei e basquete, senhor Stark. Preste mais atenção a aula ao invés de ficar de bate-papo com a senhorita Piete! – ralhou-lhes a professora com um olhar cortante.

Ele assentiu despreocupado. Quando ela recomeçara mais uma vez a falar ele e Charly trocaram olhares conspiratórios.

– Ficou sabendo de ontem à noite? – a amiga perguntou chegando sua cadeira mais para perto de modo que não pudesse ser ouvida por ninguém além de Harold.

Ele a olhou incrédulo.

Da garota. – ela sussurrou se aproximando mais.

Ele bufou.

– Não, não. Até porquê este com certeza nem é o único assunto que essas pessoas souberam tagarelar até agora. – ironizou.

A garota deu um soco de leve em seu braço e ele girou os olhos para ela.

– É claro. – disse por fim.

– Pois então, Brooke andou estranha depois disso.

– Convenhamos, ela pode ser bem estranha quando quer. – ele disse, voltando a relaxar na carteira.

– Harry não me teste a paciência, você sabe bem o que eu quis dizer. Primeiro no jantar de boas-vindas ela teimou em dizer que estava ouvindo uns barulhos estranhos, depois, ontem à noite pouco antes de nos deitarmos ela meio que surtou.

Harold ergueu uma sobrancelha. Brooke não fazia o tipo que “surtava”.

– Quando subimos para o dormitório encontramos ela alisando as paredes e dando alguns socos, garantia estar ouvindo coisas novamente, mas desta vez se arrastando como que por um cano. Dá pra acreditar?! – Charly mexia as mãos avidamente aparentemente incrédula – Mas não estava fazendo barulho algum Harry, estava tão silencioso quanto poderia estar, e ela colocava as mãos nos ouvidos também, tapando-os... Ei, você está bem?

Ele assentiu. Mas antes que Charly exigisse uma resposta ele apontou para o quadro e começou a fazer suas anotações.

Não queria em momento algum admitir para ela que Brooke não era a única a ter ouvido esse barulho.

Nice

Quando se adiantou para o fim do corredor que as filas de mesas formavam na sala, Nice não tinha exatamente certeza do que estava fazendo. Sempre se dera bem com essa matéria e em sua mente não tinha o porquê se preocupar. Além do quê, estava bastante curiosa quanto ao prof. Dwermant.

– Senhorita...

– Nicole Wright. – completou depressa.

– Wright. – ele repetiu com um pequeno sorriso no rosto - Já participou de um Duelo?

A garota negou com a cabeça. Encarando um pouco curvado o professor não demonstrou nada quanto a resposta para a sua pergunta. Por um segundo a garota pensou que ele a mandaria sentar para dar lugar a alguém que realmente soubesse o que estava fazendo e sentiu um pequeno indício de raiva por isso, afinal não era sua culpa. Mas ela não fora mandada de volta ao seu lugar.

– Façamos assim então, quando perceber que estou prestes a atacá-la a senhorita tentará me desarmar ou me atingir com um algum feitiço defensivo. Não pense, não hesite, seja cautelosa.

E dizendo assim a garota puxou sua varinha pronta para atacar. Não tinha certeza de quando exatamente deveria ir, o professor não fazia qualquer movimento. Pensou se esse seria o momento ideal, não dá-lo mais tempo e já ir desarmando-o. Mas antes mesmo que fizesse o menor movimento, sua varinha já estava voando para a frente da sala parando na mão desocupada de Dwermant.

Ela o encarou. Não o vira fazer nada, ele mal mexera sua varinha! Bem, era óbvio, não se chamava feitiço não-verbal atoa.

– Não pense senhorita Wright. Foi o que lhe disse enquanto explicava. – ele estava sério, de cara amarrada – Vamos mais uma vez.

Determinada e impaciente, a garota sequer assentiu. Antes de qualquer sinal que Dwermant pudesse dar ela já começava a atacar.

– Expel...

Mas sua varinha saíra voando novamente e desta vez caíra no chão perto do professor.

– Aqui. – ele disse aproximando-se e entregando-a a ela – Pode se sentar. Após a demonstração, alguém pode me dizer uma das vantagens para o uso de um feitiço não-verbal?

Isabelle, Nice reconheceu, levantou sua mão juntamente com outras cinco. Dwermant, sério, apontou para ela com seu longo e fino dedo indicador.

– O oponente não pode prever quando e o tipo de feitiço que será usado o que lhe permite segundos de vantagem e – ela acrescentou fazendo uma pequena pausa – o elemento surpresa.

– Correto, cinco pontos para a Corvinal, senhorita...

– Blanchard.

O professor se encaminhou novamente para sua mesa e se apoiou em pé nela.

– Feitiços não-verbais são encantamentos produzidos pela varinha sem o uso de fórmulas mágicas. Ou seja, o bruxo é capaz de conjurar feitiços sem precisar proferir nenhuma palavra de apoio. Exige máxima concentração e poder mental que alguns não possuem. – ele enfatizou lentamente o final da frase encarando toda a turma.

– Vamos praticar agora então – ele continuou – em pares. – com um aceno de varinha, o professor afasta as cadeiras e mesas da sala para um canto enquanto os alunos se organizam pela sala.

Nice acabou formando dupla com uma garota da Lufa-Lufa que ela logo reconhecera do quadribol.

– Vamos começar com a prática de feitiços não-verbais mais simples, como aqueles que foram aprendidos no primeiro ano. Quero que pratiquem com os feitiços Expelliarmus e Protego porém, sem a sua fórmula mágica.

Nice empunhou sua varinha concentrada enquanto ela e a garota se encaravam.

– O segredo – continuou o professor rondando os alunos – para tanto, é se concentrar bastante e ter suas intenções bem definidas para que sua varinha obedeça-o da maneira correta. Enquanto estiverem treinando, sugiro que pronunciem as fórmulas mentalmente. Os alunos da direita executarão o feitiço Expelliarmus e os da esquerda o feitiço Protego. Inverteremos daqui a cinco minutos. Comecem.

Imediatamente os alunos começaram a praticar. Nice se concentrou o máximo que pôde e repetiu em sua mente várias vezes o feitiço escudo, mas tanto vindo dela quando da garota a sua frente nada aconteceu.

A garota bufou e Nice ergueu uma sobrancelha para ela.

– Não é tão fácil quanto parece, não é? – ela disse – A propósito, sou Juliana.

– Nicole. – ela respondeu e voltou com toda a sua força a se concentrar.

Juliana pareceu entender a deixa e fez o mesmo. Sua testa se vincou, mas continuou acenando inutilmente a varinha para frente. Às vezes, deixava escapar sem querer a fórmula mágica e Nice aproveitava para se defender muda, sem sucesso.

Os alunos ao redor também não estavam tendo muito progresso. Porém um pouco mais ao longe, Patrick parecia estar se dando bem. Conseguira desarmar a colega por fim, sem pronunciar o feitiço.

Nice ficou impaciente, estava se distraindo muito fácil e essa costumava ser sua matéria mais fácil. Sentindo-se determinada, ela se concentrou. Focou em sua mente a fórmula e encarou Juliana que novamente sacudia a varinha. Mais uma vez, agora já se irritando, a lufana pronunciara sem querer o feitiço de desarme e desta vez, para a surpresa da garota ele ricocheteou e se voltou para ela.

Logo um sorriso se formara em seu rosto dirigido a Nice que se sentiu automaticamente satisfeita. O professor que passava pela sala não fez menção de ter percebido o seu progresso enquanto dera a Patrick por seu desempenho mais cinco pontos para a Corvinal.

Apesar disso relaxou, ao contrário de todos os outros alunos, com a exceção de Patrick, conseguira uma base e realizara o feitiço diversas vezes desarmando Juliana quando seus papéis foram trocados. A lufana também conseguira algum desempenho, mas ao final da aula muitos alunos receberam como dever praticar. Quando tocou a sineta se sentiu deliberadamente cansada, por algum motivo. Olhou para o professor uma última vez, mas como sempre este não a havia notado, ou sequer notado seu desempenho. Então, já sem hesitar, ela se retirou com um breve aceno para Juliana.


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Notas finais do capítulo

*Importante*
Como vocês já sabem no quinto ano os alunos prestam os exames de N.O.M. Acontece que é um exame decisivo para saber quais matérias você continuará fazendo. Então preciso que por favor, me mandem por COMENTÁRIO (é importante pois tenho facilidade para perder e dificuldade em encontrar mensagens) suas notas no N.O.M das matérias que resolveram continuar a seguir.
Quero pedir que por favor, não saiam enchendo de Excelente, vamos ser mais "reais" e não colocar seus personagens como "inteligentíssimos e fodões", mas também não estou pedindo para serem burros. Então coloquem abaixo as matérias que eles ainda praticam e suas notas podendo ser:
B Brilhante
O Ótimo
E Excede Expectativas
A Aceitável
P Péssimo
D Deplorável
T Trasgo

*Eu acrescentei a primeira nota, não tenho certeza se existe nos livros pois faz bastante tempo que li. (está substituindo excelente)
*Vale lembrar que Voo é uma matéria obrigatória apenas para o primeiro ano e que continuam nela apenas bruxos que querem se aprofundar na mesma e ela é considerada extra-curricular.
*Também vale lembrar que para as aulas de Transfiguração, poções e D.C.A.T é preciso ter no mínimo um excede expectativas.

As matérias são:
D.C.A.T, Transfiguração, Herbologia, Poções, Aritmância, Estudo dos trouxas, Feitiços, Runas antigas, adivinhação, trato das criaturas mágicas, história da magia, astronomia, voo.