Deadline Circus escrita por Arya


Capítulo 17
Epilogo


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Véspera de Natal, quatro da tarde.
Japão, Inazuma.

VIOLETTA

Retirou os olhos do livro que lia, olhando a hora e depois a porta da sala de reunião sendo aberta e assim entrando os caçadores do Deadline. Sentando um ao lado do outro, perto de seus grupos, Violetta fechou o livro marcando a página e o deixou de lado, puxando algumas pastas para si e se levantando.

— Desculpe os chamar aqui na véspera de Natal, mas era algo urgente. — ela pausou por um tempo. Todos ficaram em silêncio, a olhando. — Takuya mandou uma carta para mim.

As pessoas começaram a gritar na sala, se tornando uma euforia. Violetta respirou fundo e levantou a mão, fazendo todos se calarem rapidamente com medo dela bater na mesa, afinal, a mesa quebraria com um soco dela.

Qualquer um quebraria com um soco dela, na realidade.

— Ele disse que saiu do país, está em um local no mundo aonde ele irá se esconder e criar um exército de vampiros muito fortes para derrotar todos os caçadores. — disse a mesma, pegando um envelope da mesa e mostrando. — Ele também disse que Enzo estava o ajudando e não morto, se isso for de interesse em alguma pessoa.

Violetta olhou Giulia, que apenas abaixou a cabeça. O albino ao seu lado e namorado, Ivan, a abraçou e deu um beijo em sua testa.

—Ok, o que devemos fazer? Sentar e esperar que ele venha a qualquer momento e nos mate? — perguntou ironicamente um dos caçadores. — Se esse é o seu plano, então é uma estúpida.

Violetta riu e bateu na mesa, fazendo-a estalar. Todos se calaram.

— Eu tenho um plano. Mas devo dizer que não sou estúpida, porque ao contrário de você, eu sou uma caçadora reconhecida até em grupos de caçadores em outros países antes mesmo de se casar com o Ygor, sem falar que eu já lutei quando estava grávida do Ivan. — ela sorriu. — Creio que as pessoas não gostam de uma garota estúpida.

Alguns caçadores aplaudiram de leve, logo sendo fuzilados pelo o olhar para Violetta.

— Ygor tinha feito um plano de luta para situações como essa, o Plano Commedia dell’Arte. — disse Violetta, e todos pararam. — Esse plano era pegar os melhores aprendizes de caçadores que conhecemos e mandar para Macao, na China, para um treinamento de três anos. Depois desses três anos, os aprendizes retornaram ao Japão e vão ser dividido em dois grupos, o grupo Harlequin e o grupo Pierrot.

Ela respirou fundo.

— Enquanto isso, um grupo de aprendizes vai ser treinado nesses três anos aqui, como se estivessem fazendo um estágio. — disse Violetta. — Esse grupo se chamará, por fim, Colombine.

Todos se entreolharam e concordaram. Em três anos, eles iriam fazer três grupos de perfeita inteligência e força para conseguir acabar com o exército que Takuya está planejando.

— Eu já tenho os aprendizes, apenas irei ver se todos concordam comigo ou querem acrescentar mais alguém. — disse Violetta, e olhou um dos ajudantes, que distribuiu as pastas para todos. — Depois é apenas ver se todos os aprendizes irão querer fazer isso e, no meio de Janeiro, iremos os mandar para Macao.

Ela olhou o Jester quase pulando no pescoço da líder para ver quem estava na pasta e olhar as fichas.

—Pavel? — disse Yasmin surpresa.

Violetta sabia que alguém teria essa reação, por isso olharam os dois.

— É uma boa. Ele pode se tornar um Yuri da vida. — Dimitri disse a namorada, que concordou e riu ao ver o Yuri mandando o dedo do meio para o loiro.

— Irene, claro. — disse Savannah. — Eu tenho uma cicatriz na nuca por causa dela. — a morena disse, fazendo todos rirem. — Por mais que eu acho que ela tenha que melhorar em algumas partes, como escolher logo o modo de luta e conseguir controlar a força.

— Exato. E eu tenho uma cicatriz na perna por causa dela. — disse Yasmin.

— Eu tenho uma cicatriz na barriga por ter dado a luz a ela. Querem competir? — Violetta disse, falando sobre a cesariana ter deixado uma leve cicatriz na barriga no local onde foi aberto.

Por conta de Irene, Pavel quase morreu quando era bebê, tendo que fazer um parto aos oito meses de gestação. Por sorte ele sobreviveu e hoje é uma pessoa saudável, por mais que fosse um pouco lesada.

— Souji. — Yuri parou e releu. — SOUJI?

— Ele me obrigou a colocar a ficha dele, e o Michael também. — disse ao filho, que passou a mão na cabeça se descabelando. — Sem falar que esses gêmeos são ótimos em vários pontos.

Lorelai riu.

— Souji e Michael estão na ficha. Eles vão aprontar muito se forem. — Lorelai comentou.

Depois de um tempo folheando todas as fichas que tinham, todos viram a mesma coisa e se assustaram com a escolha da líder. Violetta tombou a cabeça para trás, provavelmente sabendo quem eles tinham acabado de ver.

— Benjamin é um ótimo caçador e ele vai ser liberado no final desse ano. — disse Violetta a todos. — Apenas porque ele tem uma história longa e frustrante para alguns, não deixem que isso o deixe de ser aceito.

— Ele nunca vai ser o Victor. — disse uma voz no fundo, era Yuume. A azulada olhou a rosada e deu um sorriso.

— Eu nunca disse ele seria o Victor. Na realidade, o que eu quero é que ele seja apenas o Benjamin. — disse a mulher à garota, que ficou a olhando por um tempo e pediu desculpas, se sentando ao perceber que Benjamin e Victor eram diferentes mesmo sendo irmãos gêmeos.

— Benjamin é um dos melhores aprendizes que eu já vi. Ele é inteligente e usa a força, por mais que seja realmente muito agressivo. — disse o albino e Ivan o olhou, meio confuso.

— Não é bom ele ser agressivo?

— Ao entregar uma arma a ele, é como se tivesse dando uma faca ao Norman Bates¹. — disse Yuri a Ivan, que ficou confuso.

— Mas o Norman não é bonzinho? — disse Ivan. —Não era a mãe dele que matou a Mary Crane²?

— Ok, amor, cale a boca. — disse Giulia, tampando a boca dele.

Após um longo tempo analisando as fichas e todos concordando e comentando sobre alguns, principalmente Yuri, que soltava um comentário de todos sempre. O ajudante recolheu as pastas, dando-as novamente a Violetta, no qual colocou num canto da mesa.

— Eu queria também perguntar se alguém se candidata para uma vaga de professores desses alunos. Afinal, não adianta apenas mandar os caçadores que são professores. —ela viu a expressão de surpresa de alguns caçadores.

— Eu quero. — Yuri disse. — Afinal, eu preciso ensinar aos outros a lógica de não serem suicidas, se é que vocês entendem de quem eu estou falando. — ele falou, se referindo a Pavel.

— Eu também. — disse um menino no fundo levantando a mão, Okita Jun se não falha a memória. — Afinal, todos precisam do professor mais odiado.

— Concordo. — disse Yuri, fazendo Okita mandar língua para ele.

— E o Yuri é uma boa, precisamos de um professor que pega alunos.

Yuri sorriu e se virou ao mesmo.

— Pelo menos eu “pego” alguém. — disse o mesmo, fazendo aspas. — Na realidade, eu não pego. Eu namoro.

Violetta pode sentir de longe a rivalidade dos dois e anotou os nomes.

— Quem quiser pensar sobre o assunto, podem me avisar depois se querem. — disse, e se levantou. — Liberados. E bom Natal.

Os caçadores começaram a sair da sala, e Violetta disse que já ia com os filhos, apenas ia arrumar as coisas. Liberou o ajudante, no qual saiu rapidamente e Violetta pegou uma das pastas, olhando as fichas uma por uma antes de colocar todas elas dentro de uma caixa e colocar abaixo da mesa que ia até o chão, impossibilitando a vista da caixa.

—Takuya. — ela sussurrou. —Eu irei acabar com você, não importa onde você esteja.

Logo alguém bateu na porta, era Yuri. Ele entrou correndo e foi até a mãe, segurando as mãos dela.

— Hoje foram abrir o caixão do Tio Jordan para recolher os restos do corpo e queimarem. — disse Yuri. — A tia Lara acabou de chegar do cemitério, aparentemente o corpo sumiu. O caixão estava vazio e intacto, como se ninguém estivesse ali por bastante tempo.

Violetta piscou os olhos, fazendo carinho nas mãos do filho meio tenso.

— Como assim? Nós fomos ao enterro dele quando ele morreu há dois anos. — disse Violetta e Yuri respirou fundo. — Filho, nós estávamos lá, você até mesmo teve que consolar o seu primo e ele dormiu por uma semana na nossa casa porque não queria se desgrudar de você.

— Mãe, me escute. O caixão estava fechado no enterro, era um túmulo vazio. — disse Yuri. — De alguma maneira, o tio Jordan nunca foi enterrado.

***

Véspera de Natal, quatro horas da manhã.
Estados Unidos, Alasca.

TAKUYA

Ele sorriu de leve olhando os sete vampiros de rostos tampados sentados em suas cadeiras a sua frente, analisando a todos enquanto eles conversavam sobre, estranhamente, comida. Takuya se limitou a rir por querer parecer alguém sério mesmo com a aparência infantil.

Ele tinha sido transformado aos seus catorze anos, e assim ele sempre teria essa idade. Se fosse humano ele estaria com seus oitenta e nove anos, se é que não perdeu a conta.

— Então, Takuya, não irá nos apresentar? — disse uma voz feminina.

O garoto se levantou, sorrindo.

— Podem tirar as máscaras. — disse Takuya, e assim fizeram.

Ele se levantou e sorriu a todos, caminhando a uma das cadeiras onde estava.

— Eu sou Takuya, o líder de vocês. Não subestimem a minha aparência, saibam que eu era o mais bonito da minha turma. — disse o garoto, fazendo alguns rirem de canto. — Podem se apresentar.

Ele olhou a Enzo sentado em uma das cadeiras, com os olhos vermelhos rubi sendo disfarçados e voltando a cor de sempre.

— Eu sou Pride, o vampiro do orgulho. Meu nome verdadeiro é Enzo Santiago. — disse o mesmo, ainda sentado.

Do lado de Enzo, tinha um homem bonito, portanto as suas roupas estavam amarrotadas e usava uma máscara no rosto, assim podendo apenas ver os cabelos pretos desarrumados e os olhos negros, no qual apenas um estava aberto por educação. Estava quase dormindo, e por isso ninguém escutava a voz dele até o momento. A voz arrastada, rouca e baixa, como se a pessoa não quisesse fazer esforço.

— Eu sou Sloth, o vampiro da preguiça. — disse o homem e bocejou. — Eu não sei o meu nome verdadeiro, perdi as memórias quando me transformei.

Na frente de Sloth tinha uma garota loira e baixa, de pernas cruzadas e estalando os dedos. Estava com um sorriso um tanto maligno no rosto e parecia uma adolescente irritada por sua aparência.

— Sou Wrath, a vampira da ira. Meu nome verdadeiro é Alice Martin. — disse a mesma, ainda estalando os dedos. — Ao meu lado está o meu irmão gêmeo, ele é mudo desde que nasceu, por isso irei o apresentar.

Ela olhou o garoto de cabelos loiros e da mesma altura. Ele sorriu e acenou a todos de modo inocente, fazendo Takuya rir. Dentre todos ele era o mais enganador, um ótimo ator.

— Ele é o Greed, o vampiro da avareza ou ganância. — disse parando de estalar os dedos. — Seu nome verdadeiro é Alouis Martin.

Ele acenou e fez língua de sinal, onde apenas Alice e Takuya entenderam. Os outros o olharam e acenaram, sem saber exatamente o que fazer e assim olharam a que estava ao seu lado. Uma bela mulher de cabelo longo que ia até o final de suas costas e morenos com olhos num tom de caramelo sorriu a eles.

— Sou Lust, a vampira da luxúria. — disse uma bela mulher. — Meu nome verdadeiro é Wu Jia-Li.

Do lado dela estava um homem de cabelo loiro irritado e mexendo os braços, falando algo em francês baixo. Logo ele parou quando percebeu que todos estavam o olhando. Ele era o mais alto, e se não fosse pela a forma de vampiro, na mente de Takuya ele já estaria acima do peso.

— Sou Gluttony, o vampiro da gula. E eu estou morrendo de fome, como sempre. —disse, fazendo Alice reclamar algo sobre ele provavelmente ter roubado a bala que tinham a dado. — Meu nome verdadeiro é Tobias Bourret.

Ao terminar, ficou um silêncio. Aparentemente a última pessoa não queria se pronunciar por isso Takuya respirou fundo, começando a apresentar o que restava por Alice quase estar o batendo para falar logo.

— Esse é... — ele foi interrompido.

O homem se levantou, arrastando a cadeira de leve para um canto mais iluminado daquele local no meio do Alasca. Seus cabelos são brancos e é muito alto e pálido. Por se sentar de olhos fechados, não poderia ver os olhos do mesmo.

— Eu sou Envy, o vampiro da inveja. — disse o homem, sorrindo. — Meu nome verdadeiro é Jordan, Jordan Morozov.

Todos se calaram ao escutar o Morozov. Takuya sabia que isso ia acontecer, mas sorriu com a cara que todos fizeram, feliz com a surpresa deles de algum modo.

— Morri há dois anos por uma mordida de vampiro, provavelmente sou um dos vampiros mais novos entre vocês quando se trata de quando foram transformados. Ela fez efeito uma hora antes do meu enterro, então eu fugi e tranquei o caixão para eles acharem que eu estava ali dentro e não mexerem mais. — disse o homem. — Não quero que me tratem mal por ter sido da família Morozov.

Ao terminar, Takuya sorriu.

— Vocês são aliados agora, nós somos um grupo que iremos fazer um grande exército de vampiros e acabar com a raça humana. — disse o mesmo. Todos sorriram de canto, por mais que Gluttony aplaudia de modo distraído, no qual fez Alice se levantar, o pegar pela a gola e o bater até calar, assim voltando e sorrir a Takuya. — Então, estão prontos para começar?

Todos se levantaram ao mesmo tempo, menos Sloth, que reclamou e se levantou de modo preguiçoso. Takuya passou a mão de leve na cabeça e pegou o sobretudo parecido com os dos outros vampiros.

Espero que esteja se cuidando direito, Deadline Circus. — pensou Takuya.

Olhou para trás, fechando a porta do local onde estavam e foi andando junto aos outros para qualquer lugar para começar a Véspera de Natal sangrenta no Alasca para todos.

Afinal, todos tem que ter a sorte de morrerem nas nãos do pequeno e malvado vilão e seus sete pecados.


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Notas finais do capítulo

Bom, DLC fica por aqui. T.T
E vou aqui chorar, mas em janeiro tem a segunda temporada... Mas eu to sentimental hj, por isso...
Até a próxima temporada e os comentários. Pra quem lê T10, até o cap 6.
XOXO



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