Obsessão escrita por Diéssica Nunes Sales


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Novo capítulo na área. Espero que gostem!
Por favor, deixem sua opinião nos comentários, pois só com as críticas de seus/suas leitores/as um/a escritor/a pode crescer.



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— Harry! – Hermione disse ao ver o amigo descer de seu dormitório.

— Oi, Hermione.

— Eu tive uma ideia!

— Sobre?

— Bem... A Umbridge não nos ensina nada de Defesa Contra as Artes das Trevas, mas você pode.

— Como assim?

— Vamos formar um grupo.

— E exatamente aonde vou ensinar, Hermione? Essa mulher está em todos os lugares!

— Na Sala Precisa.

— Sala o que? – Ron perguntou se pronunciando pela primeira vez.

— Sala Precisa ou Sala Vai-e-Vem.

— Onde fica essa sala? – Harry perguntou.

— Aqui, no Sétimo Andar.

— Mas e se alguém entregar a gente? – Ron perguntou. Hermione fez cara de pensativa.

— Não pensei nisso... Vou pensar em algo.

— Mas quem seria desse grupo? – Harry perguntou.

— Eu, o Ron, a Gina, o Neville, a Luna e quem mais quiser. – Ela estava entusiasmada. – Podemos começar depois do Natal. O que acham? – Harry e Ron se entreolharam.

— Acho bom. – Harry concordou.

*****

— Hermione, por que suas coisas não estão prontas? – Ron perguntou ao encontrar a amiga no Salão Principal.

— Eu não vou para casa.

— Não?

— Por quê? – Harry perguntou.

— Vou ficar estudando.

— Fala sério, Hermione! – Ron disse.

— Estou falando.

— Ninguém fica em Hogwarts no Natal. – Harry falou.

— Eu sei... Mas vou ficar aqui estudando.

— Você pode estudar quando voltar. – Ron disse.

— Mas... Eu quero ficar. – Hermione disse querendo por um fim na conversa.

Capítulo 07

Após todos os alunos irem para o Expresso de Hogwarts, Hermione saiu da Torre da Grifinória e ficou perambulando pelo Térreo. Depois de alguns minutos avistou Draco. Eles ficaram parados se olhando. Com o olhar, ela o convidou para segui-la. Ele, então, o fez, mantendo alguma distância. Ela o esperou quando chegou na entrada da Sala Comunal da Grifinória.

— Todos da Grifinória foram para suas casas? – Ele perguntou.

— Sim. – Ela respondeu após sussurrar a senha para a Mulher Gorda.

— Pensei que teríamos problemas quanto a minha entrada... – Ele comentou numa tentativa de deixar o clima mais relaxado.

— Eu também. – Ela respondeu bastante tensa.

Os quadros olhavam para os dois com espanto. “Um Sonserino aqui?” Um deles perguntou.

Draco estava parado no meio da Sala Comunal e Hermione estava na frente dele. Eles se olhavam, mas nenhum dos dois tinha coragem de tomar alguma atitude. Após quase um minuto de silêncio, Hermione se aproximou dele e eles se beijaram. Um beijo apaixonado, intenso e cheio de desejo. Hermione estava com uma das mãos nos cabelos loiros de Draco e ele tinha suas mãos na cintura dela, fazendo com que ela ficasse contra o seu corpo. Ele conduziu-a até um sofá de três lugares, deitando-se por cima dela. Ambos ignoraram a reclamação que os quadros faziam diante da cena. Draco colocou uma das mãos em baixo da blusa de Hermione, fazendo-a arrepiar. Mesmo cheia de desejo, Hermione afastou Draco.

— O que foi? – Ele perguntou sem entender. Ele apoiava um dos joelhos no sofá, enquanto um dos pés se apoiava no chão. Ela precisou tomar folego para responder.

— Não podemos. – Ela estava ofegante. – Não aqui.

— A menina é sensata. – Um dos quadros disse.

— Onde então? – Draco perguntou ignorando o quadro.

— Na Sala-Precisa.

— Onde?

— Na Sala-Precisa. Fica aqui no Sétimo Andar.

— Mas e o Filch?

— Ele não sabe como entrar lá.

Meio desconcertada, Hermione se levantou e passou a mão em seu cabelo e ajeitou sua roupa. Eles saíram juntos da Sala Comunal da Grifinória e foram até a parede em que a porta da Sala Precisa aparecia. Hermione pediu um lugar aconchegante e com uma cama. A porta se formou e eles entraram.

— Você é genial. – Draco disse após entrar na Sala Precisa.

— Eu sei. – Ela tinha um sorriso no rosto. A porta da Sala se fechou atrás deles, enquanto se olhavam timidamente.

Sem falar nada, Draco foi até ela e a beijou fervorosamente. Hermione, que não entendia nada do que estava sentindo, deixou que Draco a conduzisse até a cama de casal que estava no meio da sala. Já desnudos, Draco acariciava a pele branca de Hermione com seus dedos frios. Não haviam falado nada desde a entrada na sala, mas se comunicavam pelo olhar. Hermione, sem saber como, tinha certeza de que não iria se arrepender. Nunca percebera como Draco tinha olhos tão lindos e nunca imaginara que ele poderia olhar para alguém da forma que olhava para ela naquele momento. Após os momentos de prazer, Hermione deitou sua cabeça no ombro de Draco e ele começou a acariciar seu cabelo. Ambos ainda estavam calados. Hermione fechou os olhos e respirou fundo para sentir o cheiro de Draco.

*****

Hermione e Draco se encontraram todos os dias na Sala Precisa. Não trocavam palavras, apenas olhares. Era mais fácil para eles dizer tudo com o olhar do que colocar tudo em palavras. Tudo era um grande desafio para ambos. Hermione se deixava envolver cada vez mais por Draco, apesar de não admitir isso nem para si. E com ele, acontecia o mesmo. Porém, ele tinha medo que seus encontros com ela fossem descobertos e que chegasse aos ouvidos de seu pai. Mesmo no último dia do recesso eles não conversaram. Saíram da Sala Precisa e foram para suas respectivas Salas Comunais esperar seus companheiros de Casa.

Hermione, então, começou a pensar numa estratégia para que ninguém que se juntasse ao grupo de Harry para aprender Defesa Contra as Artes das Trevas pudessem entregá-los. Então, enfeitiçou uma pena, para que todos que assinassem com aquela pena o pergaminho, assim caso alguém entregasse o grupo, este seria marcado e todos saberiam quem era o traidor. Quando Harry e Ron chegaram, ouviram a ideia de Hermione e adoraram. Logo falaram com Dino, Neville, Gina e Luna.

Durante as semanas seguintes o grupo foi crescendo, vários alunos da Grifinória, Corvinal e Lufa-Lufa estavam nele.

Após algumas semanas da formação do grupo, Draco procurou Hermione. Ela estava saindo da biblioteca num dia à noite, numa hora em que quase todos os alunos já estavam nas Torres de suas respectivas Casas, quando foi surpreendida por Malfoy.

— Que susto. – Ela falou deixando os livros caírem no chão.

— O que o Potter está aprontando agora? – Ele perguntou. Hermione sentiu-se mal. Apesar de ainda conseguir ver a doçura nos olhos de Draco, percebia que ele tentava soterrá-la. Não falara com ele desde o Ano Novo e por vários momentos se pegou pensando nos momentos que passaram juntos durante o recesso.

— Não é da sua conta. – Ela disse engolindo em seco. Hermione deu um passo à frente para ir embora, mas Draco a segurou pelo braço.

— Não vá, Granger.

— Me solta. – Ela o encarava.

— Não. – Ele também a encarava.

Se não fosse tão controlada, Hermione o teria beijado naquele momento. Sentia seu corpo estremecer com o toque daqueles dedos frios e firmes. Ambos fecharam os olhos, entregando-se as sensações que a proximidade causava, mas foram interrompidos por Harry.

— O que é isso? – Harry perguntou ao ver Hermione e Draco tão próximos como se fossem se beijar.

— Nada, Harry. – Hermione apressou-se em dizer, deixando uma lágrima escapar. Ela olhou para Draco pedindo que ele fosse embora; Harry ficou estarrecido olhando para os dois. Após a saída de Draco, o amigo pedia uma explicação com o olhar. – Não foi nada, Harry. – Ela limpou uma lágrima, enquanto se abaixava para pegar os livros.

— Não foi isso que eu vi, Hermione.

— Você nem sabe o que viu, Harry. – Ela deu alguns passos para ir embora.

— Eu sou seu amigo, Hermione. – Ela parou.

— Eu sei. – Ela virou para trás.

— Por que não quer dividir comigo?

Segurando o choro, Hermione disse:

— Encontre-me na Sala Comunal da Grifinória, às duas da manhã. – Ele assentiu e ela foi para a Torre da Grifinória.


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