Capitulo 1 -Sobre como vou sofrer um infarto

Trame, planeje, calcule, postule o quanto quiser. Sempre existirão surpresas a sua frente. Conte com isso!
¬-Já acordei! –Gritei para minha mãe, quando ela me chamou pela quinta vez.

Levantei resmungando sobre como mães acabam com nosso sono e tomei um banho vestindo uma blusa roxa de magas longas, uma calça jeans preta e eu tênis cano longo, com minha velha touca cinza. Quando minha cara ficou bem mais apresentável, peguei minha bolsa descendo as escadas mais lenta do eu uma tartaruga. Literalmente.

–Anda logo, menina. Estou atrasada para o trabalho. –Mamãe reclamou ao me ver tão lenta.

Peguei uma simples maçã e sai de casa com mamãe no meu enlaço. Ela sempre me esperava pegar o ônibus pra poder ir trabalhar.

–Que horas você volta hoje? –Ela perguntou assim que sentamos no banco da pracinha perto do ponto.

–12:40. Tenho seis aulas. –Falei mordendo um pedaço da maçã.

–Tente volta cedo hoje. Tenho reunião no trabalho e você sabe que não pode mais deixar a casa sozinha neste Brasil. –Ela falou.

–Eu sei. Tentarei voltar o mais rápido possível. –Falei assim que avistei um ônibus dobrar na esquina em nossa direção.

–Beijo. –Mamãe me abraçou e então acenei para o ônibus parar, logo depois entrando e encontrando Ash e Emi atrás me esperando para passar na catraca. Sério, o ônibus passa de frente a casa delas então é moleza vir para a escola. Somos amigas desde sétimo ano.

–Hey pessoas. –Falei acenando para elas e sorrindo.

–Demorou em? –Ashley reclamou com seu mau-humor matinal.

–Querida, esse ponto é de frente a minha casa. Então foi vocês que demoraram! –Reclamei risonha para Ashley que apenas resmungou algo inaudível.

–Parem com isso! –Emile fala rindo e dando um tapa em minha cabeça.

–Ei. –Falei esfregando o local.

–Estamos chegando? –Ashley pergunta olhando pela janela.

–Sim. Falta um quarteirão! –Emile falou.

Quando o ônibus parou descemos do ônibus nos deparando com nossa linda e maravilhosa escola. Só que não! Fomos andando até nossa sala, como a maioria dos alunos descentes, já que os idiotas iam fazer sei lá o que ainda. Nossa sala era grande tinha uns 16 alunos bagunceiros. O professor ainda não havia chegado, então sentamos atrás como sempre.
A aula foi: Chata.
O professor parecia querer nos dar um banho toda vez que falava. Mas, eu odeio Química mesmo, que se dane. A próxima foi de História com a professora Lana, que tinha um caso com o diretor (Tipo, de verdade.), uma matéria que eu odeio e tiro boa nota. Meu dia foi praticamente assim Ashley estava de mau-humor, Emile não parava de mandar a gente parar de discutir, e eu brigando com elas.

Hoje eu estou com a macaca. Odeio essa expressão. Então na hora de voltar para casa acabamos PEGANDO O ÔNIBUS ERRADO!

–Foi tudo culpa sua. –Ashley resmungou para mim de braços cruzados.

–Culpa minha? –Virei indignada para ela. –Culpa minha nada você é que está atacada hoje.

–Olha aqui... –Ela começou com as mãos na cintura.

–Olha aqui nada, vamos logo pegar um ônibus ou até um avião para ir para casa. –Emile falou assustando nós duas.

–É, vamos logo. –Falei recomeçando a andar.

Avistamos um ônibus vindo então fizemos sinal para ele parar, o que não foi uma coisa mais inteligente a se fazer quando se tem uma poça de lama na nossa frente. Pois é, uma poça de lama. Então nos começamos a correr para não ser acertada pela lama e acabamos perdendo o ônibus de vista. Gente, eu tenho uma sorte tão grande que vocês nem imaginam. Então começamos a perguntar onde ficava meu bairro, uma velinha disse que era só seguir em frente.

Abençoei a velinha até a quinta geração e então andamos em silencio até lá em minha casa, onde eu fiquei e dei tchau para as garotas desejando a elas uma boa caminhada no sol quente (Eu sou má).

–Mãe, cheguei. –Falei entrando em casa. Então me lembrei: Chegue cedo em casa por que tenho uma reunião. Oh, estou ferrada. Mas, o que mamãe não ver, meus coros não sentem. Então fui andando até a cozinha para comer algo e encontrei mamãe sentada na mesa da cozinha com um envelope a mão. OH, EU ESTOU MAIS FERRADA AINDA.

–Filha, por que demorou? –Ela perguntou na maior calma do mundo? Whatever.

–Pequei o ônibus errado. –Por causa da Ashley. Completei mentalmente.

–É uma carta da Star Gold. –Ela falou me mostrando o envelope amarelado com o selo Californiano na frente.

–De onde? –Perguntei estática. Star Gold é o melhor internato da Califórnia. Fiz um concurso para entrar ano passado, mas eles devem ter mandado a carta dizendo que eu não entrei. Com as mãos tremulas e a respiração descompassada, abri o envelope com muito cuidado.
Prezada Srta. Work,
Temos o prazer de lhe informar que você ganhou uma bolsa escolar no internato Star Gold. No momento, estamos em parceria com a empresa de intercambio High Scholl Vilever, que é brasileira, e desejamos que a senhorita venha aos Estados Unidos com este programa, apesar de ser apenas dez meses de intercambio High Scholl, propusemos empresa que estendesse a dois anos, e nossa proposta foi aceita. Peçamos que você acerte todos os detalhes com sua agencia Vilever.
Sua nota foi um a melhor entre as outras, então não poderíamos perder está oportunidade de tê-la conosco nos dois últimos anos de ensino médio. O ano letivo começará no dia 1 de agosto e terminará dia 30 de Junho, seus livros escolares já estão disponibilizados na escola junto com seu uniforme.

Esperando sua resposta,
Subdiretora Margo.

Terminei de ler a carta em voz alta, quase tendo um treco. Sentei na cadeira e apoiei minha cabeça na mesa. As palavras Aprovada e melhor nota rodavam pela minha cabeça ecoando alto demais.

–Eu fui aceita! Eu vou sofrer um infarto. Meu Deus.–Gritei me levantando e abraçando minha mãe.

–A carta chegou para Ashley e Emile também. –Minha mãe falou me surpreendendo. –Mas, elas só iriam se você fosse.

–Por isso Ashley estava de mau-humor, ela estava confusa. –Assenti. –Eu fui aceita. Oh Deus, eu fui aceita.

Então eu comecei chorar. Sério. Tipo, não sei por que eu estava chorando. Minha mãe me abraçou com lágrimas nos olhos.

–Conte as novidades para as garotas. –Ela disse e empurrando escada acima