Rotulados - Hiatus escrita por Pudim de Menta


Capítulo 1
Dominique - Refrigerante trouxa.


Notas iniciais do capítulo

Olá, sejam bem vindos e agradeço o pessoal do Facebook



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Dominique estava na loja de roupas mais badalada do beco diagonal, com Rose, você deve estar pensando, “Pobre Rose, Dominique a arrastou contra sua vontade.”.

Posso lhe garantir, a situação era inversa, Dominique estava com seus All star gastos e sujos, o jeans desbotados e folgados e uma blusinha branca, o cabelo loiro e longo, preso num rabo de cavalo.

Devido à beleza Veela que Dominique possuía, ela tinha todos os traços desejáveis em seu rosto, olhos grandes e azuis, sobrancelhas perfeitas e milimétricas, o rosto num ângulo perfeito, a boca mediana e carnuda.

Ela seria considerada uma deusa senão tivesse no centro de uma arara de roupas, sentada no chão e escondida, seus óculos negros teimavam em descer pelo nariz e ela estava com um livro de bolso que sempre carregava para emergências.

Rose costumava dizer que Dominique era uma sortuda com toda aquela beleza, o problema era que a garota era muito desleixada com a aparência e mal sabia passar um batom no rosto.

Ela virou mais uma página do livro e foi interrompida por um deslizar de cabides, ela continuou de rosto abaixado, tentando reunir coragem para erguer o rosto e já imaginava a chuva de broncas que levaria de uma vendedora por estar ali, mas quem a achou era pior que uma vendedora, era Rose empolgada.

―Finalmente te achei. ― exclamou Rose e estendeu a mão para a prima, Dominique observou que ela carregava muitas sacolas de compras. ― Comprei coisas pra você.

Rose estendeu três sacolas de compras em direção à prima.

―Obrigada, mas não precisava. ― Dominique tentou impedir.

―Claro que precisa. ― Rose insistiu. ― Agora vá se trocar, tem um banheiro ali nos fundos.

Ela se encaminhou para o banheiro e entrou em uma cabine, abriu a primeira sacola,tirou um vestido preto,soltinho e alcançava o joelho,havia um outro pacote, uma meia calça.

Ela trocou-se rapidamente e foi averiguar o conteúdo de outra sacola, um sapato preto e social, o calçou, ela temia o que devia ter na terceira sacola, abriu vagarosamente e se deparou com maquiagem.

Ela não fazia a mínima ideia de como passar aquilo, ela puxou nos fundos da memória, um feitiço, que sua mãe , Victorie e Rose usavam, encantavam a maquiagem e ela se passava sozinha.

Já que Dominique estava no beco diagonal não haveria problemas em realizar magia, nem ia ser descoberta.

Sacou a varinha e com um aceno toda aquela maquiagem voou daquela sacola e foi em direção ao rosto de Dominique, ela tentou se desvencilhar, mas a regra para aquele feitiço era clara, não se mexer.

Por dois Minutos inteiros Dominique desejou estar levando um crucio do que passar maquiagem assim.

―Para! ― Ela ordenou e acenou com a varinha e tudo aquilo caiu no chão, ela baixou os olhos e verificou se nada havia se quebrado, se não Rose a estrangularia e depois dançaria no tumulo dela.

Ela recolheu todos os utensílios e colocou de volta a sacola e saiu da cabine, tropeçando um pouco e se deparou com uma Rose Weasley admirando-se no espelho, estava com a maquiagem feita e usava uma saia negra, uma blusa branca social e um sapato do mesmo, o cabelo caia perfeitamente numa cascata de cachos.

Num sobressalto Dominique reparou que as roupas ainda estavam etiquetadas e Rose pagara uma fortuna.

―Rose? ― Ela chamou. ― Se você desenha e confecciona roupas, por que pagar uma fortuna nisso aqui?

―Amore. ― Ela sorriu. ― Você não conhece o poder de uma roupa de marca, seu sapato é um Sabugueiro´s e seu vestido e um “Veelachik” e sua maquiagem é da Lunnes.

Ela nunca havia ouvido falar daquelas marcas, mas Sabugueiros e “Veelachik” e Lunnes eram nomes bem idiotas para marcas de roupas.

―Aqui suas maquiagens. ― a menina estendeu a sacola em direção a Rose.

― è seu, é presente, nem ouse devolver ou jogar na lareira. ― ralhou Rose.

Dominique suspirou, e que nessa de presentes da Vic, Vó Apolline, mãe, Rose, tia Gina, Rox,a s primas Delacour, ela já tinha muita maquiagem, algumas deviam estar vencendo em sua gaveta.

Rose acenou com sua varinha e e as etiquetas caíram no chão, ela recolheu e quando Dominique percebeu a prima já tinha soltado o cabelo dela.

―Seu cabelo é lindo, para de deixar o coitado numa coleira. ― Pediu Rose analisando o cabelo liso da prima, que caia nas costas.

―Por que estamos nos aprontando? ― Questionou Dominique, Rose dissera que era só um passeio no beco diagonal, mas ela sempre soube que nada com Rose Weasley era simples.

―Conhece Melanie Greengrass? ― Rose se virou em direção ao espelho e continuou a passar as mãos pelas madeixas ruivas.

―Acho que nos cruzamos algumas vezes e no ultimo dia do ano letivo passado ela me deu um convite para a festa de aniversário dela...

―Exato ano letivo passado foi há umas semanas e te conhecendo como conheço você jogou o convite dela na lareira e a festa é hoje. ― A prima pontuou.

―Sabe que ela só esta convidando a gente por causa do nosso nome, do nosso parentesco e da nossa, digo sua, popularidade. ― Dominique cruzou os braços, era bem óbvio que ela já deduzira o rumo da conversa e que estava irritada.

―Se sabemos que a festa é boa, seria uma falta de educação não ir, se não, nós, garotas Weasleys nos passaríamos por arrogantes. ― Explicou a garota ruiva.

―Lily e Roxanne não vão. ― Dominique fez bico.

―Por isso nós vamos, para representa-las. ―Falou a garota.

―Pensei que era para você ver Scorpius. ― Dominique não fazia ideia da onde tirara coragem para dizer aquilo, ela não tinha coragem de dizer muita coisa.

Rose rapidamente se aproximou dela e tapou a boca da menina.

―Sua louca, não diga nada. ― ela sussurrou, Scorpius era a paixão de Rose há muito tempo.

―Tá. ― Dominique se desvencilhou da garota. ―Mas a minha mãe e sua mãe sabe que estamos indo numa festa, primeiro estávamos nos Potter, agora estamos no beco diagonal e vamos para uma festa,meus pais vão pirar.

―Amore. ―ela sorriu, Dominique detestava quando a prima ficava dizendo a palavra Amore. ― meu sobrenome do meio é eficiência.

―Pensei que fosse Granger. ― interrompeu.

―Modo de falar, continuando,mandei mensagem de flú para a sua mãe e não se preocupe, não vai rolar nada de bebida e drogas, os Greengrass estarão por lá e são bem rígidos, quanto a educação dos filhos e esse tipo de coisa. ― ela puxou um pouco de fôlego e soltou a próxima bomba. ― tenta ser menos Dominique Weasley, é verão, é sexta-feira e no próximo setembro estaremos ocupadas estudando, já que será o sétimo ano, aproveita.

―Me convenceu. ― ela suspirou. ― Mas, antes de ir, tenho duas perguntas.

―Diga. ― o tom de voz de Rose tinha um pouco de desanimo.

―Se você tem tantas roupas da “Veelachick”, sapatos da “Sabugueiro´s” e coisas da Lunnes e se você faz roupas,por que comprar mais? Segundo, da onde tirou tanto dinheiro?

― Primeiro, eu não tenho tantas roupas da “Veelachick” e as outras marcas, não se vai à casa de rico com roupa que se já apareceu em público e lembra quando eu trabalhei aqui no verão, quando eu tinha quatorze anos, e depois fiz estágio no ministério aos quinze? ― Perguntou Rose e Dominique meneou a cabeça num gesto de sim. ― Ainda tenho crédito na casa e dinheiro guardado, sem falar que vendo minhas confecções, até para trouxas e você também estava precisando de umas coisinhas.

―Por que não me avisou, sabe que minha mãe me da muita roupa de marca, eu ia rapidinho em casa e pegava e você não precisava gastar. ― Objetou a garota.

―Dominique! Se você fosse se vestir sozinha ia vir de vestido vermelho e meia calça laranja e aqueles seus All Star e eu sei que não ia me deixar escolher as roupas para você vestir e é só um presentinho. ― ela respondeu. ―Agora vamos.

Elas saíram da loja, a garota achou complicado andar com aqueles saltos finos, já Rose desfilava.

―Não tem aquela lojinha que abriu aqui, é uma espécie de guarda volumes. ― Falou Rose. ― Vamos lá, deixar essas sacolas.

Elas andaram pela rua de pedra e pararam numa loja que parecia mais um cubículo, assim que se abria a porta se deparava com um balcão e uma parede armários e uma plaquinha “Para seu conforto, criamos essa loja, que tal fazer compras no Beco diagonal e quando seus braços já estiverem cheios, você ter onde guardar suas coisas?”.

Elas observaram melhor o ambiente, o balcão era branco, os armários marrons e tinha um adolescente espinhento atrás do balcão e usava uns óculos de aro tartaruga.

―Olá. ― ele gaguejou. ― Querem um armário grande ou pequeno?

―Grande ― Rose falou, enquanto analisava as unhas e o menino sorriu em direção as duas, ele logo entregou uma chave nas mãos de Rose com um chaveiro com o número 7, e a garota entregou um galeão em direção ao jovem.

As meninas guardaram suas coisas e saíram da lojinha.

―Ele gamou em você. ― Expos Rose, assim que estavam longe do cubículo.

―Quem? ― Ela arqueou uma sobrancelha, ela sabia exatamente de quem se tratava, mas decidiu se fazer de burra.

―O menino-espinha da loja. ― a prima sorriu.

―Foi em você que ele gamou. ― disse a garota.

―Eu não tenho charme veela, não tenho rosto simétrico, sinceramente garota, toda vez que aparecer um gatinho eu vou te cobrir com um pano, por que se não eu perco. ―Postergou Rose. ― Mas não faço questão do menino-espinha.

Ela tinha noção que seu charme Veela era bem poderoso, sua avó Apolline disse, ela mesma falou que se Dominique quisesse podia fazer um exercito de garotos que babariam por ela e dominar a Europa (Para o desespero de Bill).

― Vamos logo. ― a menina tratou de encerrar o assunto e marchou em direção ao caldeirão furado e foram usar a rede de flú.

Rose foi primeiro, assim que entrou na lareira já disse “Salão de Festas Greengrass”

Dominique foi logo em seguida e repetiu o mesmo processo, assim que saiu da lareira, estava numa antessala, quadrada e branca, com um homem elegante controlando a entrada na porta que estava atrás dele.

―Nomes? ― ele perguntou.

―Rose e Dominique Weasley. ― a garota disse e o homem foi verificar os nomes no grande livro.

―Ok. ― Ele sorriu. ― Liberadas.

A porta foi aberta e Rose foi à frente, Dominique se encolheu e vislumbrou todo o ambiente, era um salão de festas bem chiques e tinha decoração de aniversário de patricinha.

A aniversariante se encontrava no meio do salão, tinha a pele bronzeada, os cabelos castanhos brilhantes e olhos verdes, suas roupas eram um volumoso vestido verde, com mangas até os pulsos e uma tiara de brilhantes adornava seu cabelo.

Assim que viu as meninas Weasleys andou rapidamente em direção as duas.

―Olá Weasleys, é um prazer tê-las aqui conosco. ― salientou a Greengrass.

―Olá Melanie. ― cumprimentou Dominique, fingindo cordialidade, ela sabia que a garota só estava a convidando pelo Status.

― Cadê a Potter? ― Ela perguntou fingindo doçura.

―Lily está indisposta. ― Justificou Rose.

―Ok, fiquem a vontade, irei receber mais convidados.

Elas trocaram cumprimentos e Rose foi simpatizar com Astória, já que a mãe dela era muito amiga de Astória, Dominique tomou outro caminho e sentou-se em uma mesa.

Ela cuidava as horas em seu relógio discreto de pulso, mas cinco minutos pareciam três horas, ela se levantou completamente acanhada, andou até a mesa de aperitivos, pegou uma tortinha e se dirigiu para a mesa das bebidas, todas estavam em taças vítreas e eram elegantes, sem álcool, ela reconhecia algumas, já que sua avó as adorava.

Só que hoje ela queria algo diferente e menos elegante, ela sabia que seria impossível naquela festa, ela esquadrinhou a mesa de modo mais atento e viu uma latinha vermelha, ela sabia que era um refrigerante trouxa.

Agarrou a lata gelada e no canto da mesa viu taças, ela sabia que tinha que ser elegante, pegou a taça e foi para a mesa.

Ela ficaria em perfeita paz, se Walter Zabine não aparecesse.

Walter era um garoto robusto, com a pele bronzeada, o rosto quadrado e nariz achatado, seus cabelos eram certinhos e suas roupas desleixadas.

―Olá Nique. ― Ele pronunciou com a voz terrivelmente doce.

― Senhorita Weasley. ― Ela baixou a cabeça, tinha horas que ela queria controlar o efeito Veela. ―Sai da...

Ela ia usar o charme Veela e manda-lo ir embora,mas seu trabalho foi poupado por um garoto, ele não era muito magro, nem muito musculoso, o cabelo dele era meio despenteado e castanho claro, a pele era pálida e os olhos muito verdes e trajava um paletó elegante.

O garoto agarrou Zabine pelo colarinho.

―F-O-R-A. ― Ele soletrou e Walter deu no pé, a menina analisou o garoto parado ali, tinha no máximo dezessete anos, ela o reconheceu, Anthony, ela não sabia o sobrenome dele, era um dos poucos garotos de Hogwarts que valia a pena observar, obviamente, não romanticamente.

―Por favor, pode me deixar sozinha! ― Ela ordenou com confiança, usando um pouco do charme Veela.

―Senhorita Weasley, sabia que eu sou um Anteveela? ― Ele exibiu um sorriso sarcástico, Anteveela era uma espécie de bruxo, homens, por questões psicológicas não podia cair na das Veelas, não representavam nenhuma ameaça e não eram dotados de nenhuma espécie de poderes extraordinários, só podiam resistir.

― Não. ― Ela tentou engolir a vergonha, mas sentia suas bochechas corando.

―Ok. ― Ele assumiu uma pose diplomata. ― Vamos começar de novo, Anthony Greengrass.

―Dominique Weasley. ― Ela respondeu. ― é primo da Melanie?

― Não. ― Ele revelou. ― Sou irmão, gêmeo, para ser mais preciso.

Ela quase caiu da cadeira e ele produziu um riso fraco.

―Todo mundo se espanta. ― Ele disse despreocupado.

―Então se são gêmeos... Feliz Aniversário.

―Obrigado.

―Posso ser indiscreta. ― Pediu Dominique.

―Seja!

―Por que não esta comemorando junto com a sua irmã?

― Ela quis exclusividade e não sou de festas, comemorei com uns amigos e só quis que tivesse Coca-Cola na festa. ― Ele explicou, e Dominique arqueou a sobrancelha com o uso da palavra “Coca-cola.”.

―Essa bebida trouxa que está nessa lata. ― Ele tirou a dúvida dela. ― Beba!

Ela abriu a lata de forma lenta e despejou com cuidado na taça e antes de levar o liquido aos lábios, cheirou.

― Não se preocupa, não é alcoólico. ―

Ela tomou tudo num gole só.

― è bom.

― Eu amo esse refrigerante, os trouxas tem umas coisas loucas, porém boas. ― Admirou-se Anthony.

― Você é de que casa em Hogwarts? ― Dominique mudou de assunto.

― Corvinal. ― Contou. ― e Você?

―Também. ― Ela abriu um sorriso largo.

Eles engataram numa conversa, as horas de Dominique se transformaram em minutos, lá no ponto alto da festa uma música alta começou a tocar.

― Vai querer dançar. ― Propôs Anthony.

― Não. ― Admitiu Dominique.

―Que sorte, por que eu odeio dançar. ― Ele aumentou sua voz em dois tons, para que a garota o ouvisse.

―Então por que me convidou? ― Dominique lembrou.

―Queria ficar de consciência limpa, sabe né, eu sou irresistível, imagina se você está querendo dançar comigo, depois você fica se remoendo por causa disso.

Ela revirou os olhos, diante de tal comentário.

―Quer saber, aqui está muito barulho, que ir a minha biblioteca? ― Ele propôs.

―Como eu vou saber que você não é um psicopata e está me enganando e vai me matar lá na biblioteca?

― Você está comigo há duas horas, é inteligente, já teria percebido e se afastado. ― Anthony argumentou.

―Ok. ― ela concordou aos risos e discretamente os dois saíram do salão e passaram por uma porta discreta, não antes de pegar algumas latas de Coca-Cola.

A porta dava acesso a um jardim, era verdejante e bem iluminado e no centro havia uma fonte.

― Lindo. ― Exclamou a garota e seus olhos brilhavam.

―Venha. ―

Os dois atravessaram o jardim e foram parar na frente de uma mansão estilo vitoriano, Anthony abriu a porta,quando Dominique percebeu, já estavam atravessando as portas duplas da biblioteca do garoto.

A biblioteca era bem espaçosa, tinha muitos tapetes e dois sofás e todas as paredes eram repletas de instantes que transbordavam os mais diversos livros.

Eles entraram em outra conversa, acompanhada de Coca-Cola, para ela aquelas horas foram menos de dez minutos.

Até uma criatura ruiva aparecer, Rose Weasley.

― Finalmente te achei, vamos, são duas da manhã, a mamãe deve estar pirando.

Ela puxou Dominique pelo braço e correu porta a fora pela biblioteca.


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Notas finais do capítulo

Beijos



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