Você, Paixão escrita por Camila J Pereira


Capítulo 25
Capítulo 25




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Ela se sentia cansada, como se tivesse acabado de correr uma maratona. Mesmo que seu coração tivesse ficado feliz ao rever o pai, sentia que deveria manter ainda mais a sua guarda. Para piorar, Renée não havia voltado para casa desde a cena irritante da manhã.

Estavam sentados à pequena mesa da cozinha e se encaravam. Na verdade, o pai dela a observava apaixonadamente enquanto ela olhava para um ponto invisível na mesa. Charlie parecia melhor do que a filha lembrava, quando ainda se ressentia da separação da esposa. Ele aparentava estar rejuvenescido, tinha feito a barba e os cabelos pareciam bem alinhados. Bella também percebeu que ele estava bem vestido e perfumado.

— Como você está? – Bella sentia o seu olhar demorado e crítico.

— Estou bem. – Esse era o momento que deveria soar mais convincente.

— Verdade? Você parece abatida. Está doente? – Bella negou com a cabeça. – Bella, está precisando de alguma coisa?

— Não. – Charlie soltou um baixo silvo entre os lábios.

— Quando chegou?

— No início da tarde, mas fui direto para o pequeno hotel da cidade. Estava muito cansado da viagem então dormi um pouco.

— Fez bem.

— Você cresceu tanto! Uau! Nem acredito que tenho uma filha tão bonita.

— Está sendo bobo agora? – Charlie riu.

— Onde está a sua mãe? – Bella não se lembrava de Charlie ser tão observador. Por que ele a olhava daquela maneira?

— Ela deu uma saída, logo deve voltar. – Depois de levar todo o seu dinheiro pela manhã, não tinha voltado e nem ligado. Bella achava que ela daria um dos seus longos sumiços.

— Ela nunca está quando eu ligo. E quando ligo diretamente para ela, não me atende.

— Quer beber algo? – Bella levantou e abriu a geladeira. Tarde demais notou que estava praticamente vazia. Fechou a porta rapidamente e girou nos calcanhares para ficar de frente para o seu pai novamente. – Podemos pedir algo. O que vai querer? – Charlie estava com o rosto vermelho e sério demais de repente. Talvez ele falasse algo naquele momento por ter visto a geladeira vazia, talvez perguntasse o motivo. Ela não saberia o que dizer.

— Pizza! – Ele disse de repente, mas não deixando o rubor. – Amo pizza. Peça refrigerantes também.

Bella ligou imediatamente para a pizzaria de costume. E então voltou ao seu lugar à mesa. Charlie estava calado olhando em volta. Bella torcia que ele não visse nenhuma outra pista que denunciasse a forma lamentável em que vivia com a mãe.

— Eles são bem rápidos. Logo estarão entregando. – Charlie pareceu não escutar a filha e com um ar pensativo continuou a observar a casa. – Pai?

— Sim? – Ele acordou para a conversa novamente. – O que dizia?

— Pai, você está namorando? – Bella tentou focar nele, mas também estava curiosa. Charlie corou e desviou o olhar da filha com um sorriso envergonhado. – Ah meu Deus! Você está namorando.

— Quero que a conheça. Ela é uma boa mulher.

— Está caidinho. – Bella ria com o pai.

— Ela enviuvou cedo, tem dois garotos. O nome dela é Sarah.

— Eu tenho dois irmãos agora?

— Paul de 10 anos e Seth de 8.

— Está feliz, pai? – Bella sentiu vontade de pertencer aquela família. De ser parte de algo normal. Será que um dia ela poderia?

— Sim. E você, filha? – Se falasse a verdade, como estava naquele momento o seu estado de espirito e a sua cabeça, estragaria a felicidade do pai. E ele estava tão bem... Vendo que a vida amorosa do pai estava finalmente indo para a frente, optou por omitir a verdade. Engoliu o nó na garganta e sorriu tremula.

— Sim.

Bella foi interrogada, desviava do assunto na maioria das vezes quando a sua resposta poderia revelar mais da sua vida caótica do que queria para o pai. Foi assim que ela mesma descobriu que faltava apenas dois dias para a sua formatura e que não tinha nenhuma roupa apropriada. Na verdade, estava considerando não ir, mas o pai insistiu que ela deveria. A pizza chegou, mas ela ainda estava satisfeita com o que tinha comido. Charlie empurrou mesmo assim duas fatias para ela que comeu lentamente. Ficou tarde e nada de Renée aparecer.

— Será que ela vai demorar mais? – Bella balbuciou qualquer coisa. O que poderia dizer? – É sempre assim? Ela simplesmente te deixa até tarde?

— Ora pai, sou bem crescidinha, sei me cuidar.

— Não perguntei se está crescida e nem se sabe se cuidar. – Novamente Bella viu o ar extremamente sério de sua expressão. Ele corava dependendo do grau de suas emoções. Agora sabia de quem tinha herdado aquilo. – Sabe quantas respostas vagas me deu durante a noite? Tem ideia de quantas vezes mudou de assunto para não me responder alguma pergunta? Isso revela muito mais do que imagina.

— Porque está ficando tão sério? – Bella começou a se preocupar.

— Ela não chegará agora, vamos caminhar. Uau! Preciso de ar. – Charlie levantou em um pulo. Bella teve que acompanha-lo. Depois de um tempo caminhando pela vizinhança, ele voltou a falar. – Eu não vou pedir, nem a você muito menos a ela. Eu simplesmente quero que me obedeça. Sei que é legalmente adulta, mas quero que me obedeça apenas essa vez. – Um alarme interno foi acionado, Bella sabia que o que quer que fosse que seu pai lhe mandasse fazer, mudaria a sua vida.

— O seu tom sério me assusta.

— Isso é porque não está acostumada com isso. Se eu estivesse perto de você durante esse tempo, talvez não te assustasse. Eu demorei demais, tento culpar a minha vida lamentável depois da separação. Mas a verdade é que não há desculpa, eu deveria ser o ponto forte. Porém, a única coisa que eu fiz foi deixa-la te levar. – Caminharam bastante em silêncio. Estavam bem longe de casa, Bella começava a lembrar das vezes que havia passado naquelas ruas com Edward.

— No que tenho que te obedecer? – Ele parou e ela ao seu lado. Ambos viraram e se encararam.

— Não sou cego, Bella. Sei exatamente o que está acontecendo aqui. – Charlie esperou que a filha replicasse o que ele dissera ou simplesmente falasse qualquer coisa, mas ela não o fez. Isso apenas confirmou o que ele já sabia, mesmo não sendo necessário. – Eu quero que volte comigo.

— Quer que eu volte com você? – O coração dela pulsou forte. - Pai, a mamãe precisa de mim...

— Renée deve se cuidar. Não precisei de uma hora para saber sobre a reputação dela aqui. Na verdade, eu não esperava que ela tivesse mudado. Apenas nas breves ligações que eu te fazia, eu percebia.

— Pai...

— Lembre-se dos seus planos. Você se esforçou nos estudos nesses últimos anos. Até o início do ano tinha me pedido para morar comigo eu disse que sim, então mudou de ideia. Eu agora estou dizendo que depois da sua formatura, deixará a sua mãe. Sua inscrição está feita na universidade, arrumei o seu quarto na casa nova.

— Fez isso?

— Vamos cuidar da Renée sem nos desgastar. Ela será internada, podemos fazer isso. Antes de vir, fui até a clínica e organizei quase tudo. Só precisamos pegar um laudo que comprove que ela não está em condições... – Foi a primeira vez que Charlie demonstrou estar triste. - Ela só precisa estar em casa amanhã.

— Eu... – Ela não sabia o que dizer. Apenas tinha sido cuidada assim por Edward, sentia-se emocionada.

— Não interessa o que você acha, o que lhe faz querer estar longe de mim. Isso acaba agora, Isabella. Eu me arrependo de quando não lutei para ficar com você, me arrependo de não ter insistido que ficasse. Você acha que eu não percebo? Você está por um fio. E eu não permitirei... – Charlie estava mesmo com a voz embargada e os olhos úmidos?

Bella notou uma movimentação por perto e ao olhar viu que era Edward. Ele tinha parado a alguns passos e uma expressão muito parecida com a que o viu pela manhã depois de ter se despedido de John voltava ao rosto dele.

— Pelo amor de Deus... – Ele soltou antes de passar por entre eles emanando raiva.

— Mas o que foi isso? – Charlie perguntou. – Conhece esse rapaz?

“Ele costumava ser meu apaixonado namorado”, pensou. Para Edward ela era agora a vadia que todos diziam. Todo o homem que ele visse ao seu lado seria um amante.

— De repente me sinto cansada. Podemos voltar?

— Gostaria que deixasse imediatamente aquela casa. Mas entendo que não queira agora. Comece a empacotar as coisas. Amanhã pela manhã, estarei lá para irmos ao hospital e pegarmos o laudo. Conversaremos com um médico, mas de qualquer forma já havia contatado a clínica. Tudo acontecerá amanhã, sem atrasos.

— Sim, pai.

Eles voltaram para casa. Bella entrou e se sentiu entorpecida depois de tudo aquilo. Não havia jeito, estava feito. E Edward agora fazia a pior ideia sobre ela. Teria apenas que arrumar uma maneira de falar sobre a sua gravidez com o pai. Tinha que deixar Charlie fazer aquilo, ela mesma não estava conseguindo. Renée teria que ficar bem.

Pela manhã alguém chamou na companhia. Pensou que fosse o pai, mas era Jasper. Estava com um ar preocupado. Entraram e sentaram juntos no sofá.

— Edward sumiu o dia todo ontem. Meu pai foi até a casa onde ele está trabalhando, descobriu que ele passou todo o dia se matando sozinho. Ele mal está falando, mas meu pai descobriu que vocês brigaram.

— Sim. – Jasper suspirou.

— O que aconteceu?

— Resumindo: Sou uma idiota.

— É, eu sei. Então apenas peça desculpa e tente concertar a idiotice.

— Não posso. E de qualquer forma, logo após a formatura vou embora com o meu pai. Ele está aqui na cidade.

— Foi por isso que brigaram?

— Não. Decidi isso ontem à noite. – Jasper não falou nada por alguns segundos, mas estava muito inquieto.

— Está tão magoada que vai embora mais cedo?

— Meu pai está exigindo que eu vá com ele. Vamos internar a Renée. – Bella sorriu amargurada. – Mas isso não é uma dádiva pelas circunstâncias? Sinto que estou sendo presenteada. Como poderia ficar aqui por mais tempo?

— Vocês se gostam demais. Só precisam deixar passar um pouco.

— Jasper Cullen apoiando o namoro da sua pervertida amiga, Bella Swan, com o seu irmão? – Jasper estalou a língua.

— Pare com isso, você não pode ser mais óbvia no seu sofrimento. Por acaso dormiu? Parece um urso panda. Não pode ir antes de resolver as coisas com o meu irmão. Bella, você poderá se arrepender.

— Jasper, acabou. – Bella não queria, mas chorou. Jasper a consolou até que se acalmasse.

— O que aconteceu, droga?

— Ele viu o John saindo bem cedo daqui depois de ter dormido.

— O que?! – Jasper sobressaltou-se por um momento, depois cerrou os olhos brevemente e tentou clarear seus pensamentos. – Você não dormiu com o John. Você sempre fala dos seus alvos. Você os persegue antes como um gato perseguindo um rato. E você está apaixonada pelo Edward.

— Você tem tanta fé em mim... – E isso quase a fez chorar novamente.

— Diga que não dormiu com o John.

— Jasper, eu não farei isso.

— Droga, Bella! Diga para o Edward que não fez isso. O que o John estava fazendo aqui? – Bella ficou em silencio. – É assim que quer terminar com meu irmão? Você não é adepta aos términos limpos e honestos? Não está sendo honesta com único cara que amou.

— Jasper, acabou e está bem assim. – Bella levantou do sofá decidida a dar um fim naquela conversa. – Pare de ser um pé no saco pelo menos agora.

— Sua cretina, estou tentando te ajudar. Acha que estou bem vendo os dois infelizes?

— Tenho que empacotar as minhas coisas. Por favor, Jasper, falamos depois. – Jasper levantou visivelmente chateado e saiu da casa batendo forte a porta.

Bella subiu e começou a empacotar alguns objetos, mas não demorou muito o seu pai chegou e foram para o hospital. Conseguiram o laudo, foi fácil pelo fato de Renée já ter aparecido algumas vezes lá e pelo médico já saber do que se tratava.

Na volta para casa, Charlie e Bella passaram no mercado. Compraram grande variedade de alimentos. Fizeram um belo almoço quando chegaram em casa.

— Como está o trabalho? – Bella parou de comer depois da pergunta.

— Nem sei se ainda tenho um. Eu estou faltando.

— Porque? Você é tão comprometida.

— Não estava muito bem esses últimos dias. – Charlie imaginou que era relacionado apenas a mãe de sua filha, não sabia que também sofria por um homem.

— Onde ela está?

— Ela não deve demorar agora. – Uma preocupação atingiu Bella. – Pai, e se ela não quiser ficar quando ver você? E se ela for antes que eles venham busca-la?

— Farei de tudo para que fique.

— E se ela não voltar?

— Está duvidando agora que ela volte? – Nesse momento a porta da frente abriu. Os dois levantaram e foram até a sala.

Renée paralisou ao ver o seu ex-marido diante dela no meio da sua sala. A vergonha atingiu imediatamente. Estava desgrenhada como sempre e com roupas rasgadas. Charlie mal a reconheceu e lamentou mais uma vez por ter deixado a filha com a mãe tão desequilibrada.

— O que faz aqui?

— Vim para a formatura da nossa filha. – Charlie respondeu e notou que Renée tinha esquecido da formatura da própria filha.

— Já é hoje?

— Por Deus, Renée! É amanhã, amanhã! Mas estou aqui desde ontem. Mas onde estava você?

— Não interessa a você. – Renée começou a ficar na defensiva.

— Se veio para a formatura, ótimo. Bella é a sua filha, mas eu não sou nada sua, então não se meta na minha vida.

— Eu tenho que me meter se isso influencia a Bella.

— E onde você estava todos esses anos?

— Você sabe bem onde eu estava. Não fui tão presente, admito, mas foi você que foi embora. Não me culpe apenas, cada um tem a sua parcela nessa história. – Renée ficou boquiaberta. Não lembrava de Charlie bater de frente com ela daquela maneira.

— Você parece que mudou.

— E você infelizmente não mudou.

— Não me ofenda em minha casa. – Renée avançou e por um momento Bella pensou que ela esganaria o seu pai, mas ela parou antes de alcança-lo.

— Só estou falando a verdade, lamento se isso pareceu uma ofensa. – Charlie continuava calmo. - Bella vai embora comigo depois da formatura.

— Acha que é tão fácil assim? Só precisa decidir e ir?

— Estou te avisando agora.

— Me avisando? Você que ir? – Renée perguntou a Bella.

— Sim. – Renée pareceu não acreditar. – Ok, então vá! Já mandei você ir embora mesmo. Você que insiste em ficar.

— Não fale assim com ela.

— Vai ser melhor, mãe. – Bella tentou acalmá-la. Novamente alguém estava na porta. Bella foi atender, viu que eram as pessoas da clínica, ela pediu entrassem.

— Quem são essas pessoas? – Renée pareceu desconfiada.

— Renée, estas pessoas irão te levar para uma clínica na cidade vizinha. Irão cuidar de você, estará sóbria em breve. – Charlie começou a explicar.

— Como ousa? Como ousa! – Ela gritou para o ex-marido. – Não vou a lugar algum! – E nesse momento ela o atingiu com vários tapas, ele apenas tentava contê-la. Os profissionais a seguraram com segurança e a levaram entre seus gritos. Bella entregou os documentos de sua mãe para eles antes que se fossem.

***

Jasper tentou falar com o irmão sobre a verdade, mas Edward gritou com ele mandando-o calar a boca.

— Vocês dois... – Jasper balbuciou. – Dois idiotas! – Jasper gritou de volta e voltou para a sua casa.

— Sou mesmo um idiota, ela andou saindo com outros e ainda quero abraça-la. – Edward jogou o lápis com que estava trabalhando no projeto na parede a frente. – Ela merece uns tapas também. – Aquilo era irritante. Não sabia o que estava sentindo.

Considerou não ir a formatura do irmão. Mas quem seria o adolescente imaturo então? Não sabia o que aconteceria se voltasse a olhá-la. Queria ter gritado mais com ela. E se gritasse lá no meio de todos? Tinha que clarear a mente, mas não dava tempo, quando notou já estava vestindo-se para acompanhar seus pais e irmã. Jasper já estava na escola.

Aquela algazarra o fez lembrar da sua época. Emmet apareceu, parecia que o namoro com a Rosie estava cada vez mais sério. O amigo sabia da sua versão de história, foi o único para quem contou ter visto Bella com o John e log em seguida com o homem muito mais velho do que ela. Recordou o que ele falou quando tinha acabado de desabafar.

“- Bella? Não cara, alguma coisa está muito estranha nisso tudo.”

“- O que você acha que está estranho? Ela queria terminar comigo, ela sempre mostrou que era passageiro, eu que insisti. Eu não era o que ela queria.”

“- Bella fez coisas com você que não fez com ninguém. Ela fez coisas de casal. Até viajou com você e sua família.”

“- Ela só se sentiu pressionada, já que eu insistia.”

“- Cara, fale com ela mais uma vez.”

E se ele falasse hoje? Algo poderia mudar? Ela poderia dizer que foi tudo um engano? Edward parou de procura-la em volta. Provavelmente estava tentando se enganar. Sabia exatamente o que tinha visto. E ela, apenas ficou calada. Era o mesmo que confirmar.

Seu coração disparou quando a viu sendo chamada. Mesmo aquela distancia notou que ela parecia diferente. Novamente estava imaginando coisas. Bella ainda era a mesma, nada tinha mudado. E aquela noite de festa, era certo que estaria com alguém. Aquele pensamento fez o seu sangue ferver.

A cerimonia acabou, todos foram se reunir aos seus familiares, ainda estava irritadiço pelo pensamento. Edward demorou um instante até se mover. Teria que procurar a sua família agora. Foi caminhando devagar no meio de toda aquela gente, havia só felicidade o que o deixava ainda pior. Não queria ofuscar a alegria de ninguém, deixaria o carro com a Rosie e o Jasper e iria para casa a pé.

De repente, ele viu o rosto de Bella no meio de tantos outros. Ela estava um pouco mais perto daquela vez e ele pôde ver que ela parecia pálida. Estaria sofrendo com a separação assim como ele? Quando pararia de imaginar tantas besteiras? Porém, sentiu seu corpo indo em sua direção, mas foi detido.

— Estávamos te procurando. – Jasper apareceu em sua frente e de repente se viu entre toda a sua família.

— Vamos tirar foto. – Esme o agarrou animada. Ele foi puxado para uma área aberta onde estava um pouco mais vazio. Sua mãe o fez pousar por vários minutos junto a família. Rosie era a mais empolgada.

— Que tal irmos para a festa agora? – Rosie abraçou o Emmet ao seu lado. – Você vem também, não é Ed?

— Não, deixarei a chave do carro com vocês. Vou caminhar um pouco.

— O pai da Bella estava aqui com ela. Tiramos algumas fotos antes de você aparecer. – Jasper começou antes que ele o mandasse calar.

— Eu não quero saber.

— Ela vai embora amanhã. – Aquela informação não deveria atingi-lo tão forte, mas foi como receber um soco no estômago. Engoliu em seco e tentou afastar aquele sentimento.

— Eu não quero saber sobre ela. – Ele sentiu os olhares da família sobre ele.

— Então não quer saber que o John e a Bella não dormiram juntos aquela noite? – Ele precisou de alguns segundos para não acreditar naquilo. Afinal, ele tinha visto.

— Eu sei o que vi.

— Então veja isso. – Jasper pegou o seu celular do bolso com fones conectados. Ele procurou o que queria mostrar ao irmão e quando achou ofereceu os fones. Edward relutante pôs os fones nos ouvidos. Jasper deu o play no vídeo e entregou para Edward.

“Vamos gravar isso, já que será difícil leva-lo diretamente ao meu irmão, ele anda um pouco irritado com tudo isso.” – Era a voz de Jasper e o vídeo mostrava John sentado em alguma cadeira com a farda da loja em que trabalhava com a Bella. Ele parecia sem graça, mas encarou a câmera.

“Bem, Edward. Soube pelo seu irmão que está irritado com a Bella porque me viu saindo bem cedo da casa dela. – Ele riu e abaixou a cabeça ao mesmo tempo em que passou a mão na nuca parecendo desconfortável. Então ele ergueu novamente o olhar para a câmera. – “A verdade é que na noite anterior eu fiquei completamente bêbado. Bella me viu cambaleando pela rua, estava longe de casa e era tarde. Ela apenas me ofereceu o sofá para passar a noite. Pode ter certeza que não aconteceu nada. Bella naquele amanhã em que nos viu juntos, havia dito que amava você.” – Ele sorriu novamente. – “Porque que eu falei essa parte? Fala sério, cara, é melhor você segurar essa garota.” Edward tirou os fones e os devolveu para o irmão.

— Parece que eu tive que agir nessa história. Dois idiotas, não é mesmo? – Jasper segurou os ombros do irmão.

— Porque...?

— Isso você terá que perguntar a ela. Bella foi para casa. – Jasper se afastou dele e então Edward olhou para todos.

— O que você está esperando, filho? – Esme sorriu encorajando-o.

Não precisou de mais nada, ele realmente foi correndo na direção da casa dela.


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