Midnight Memories - Repostada escrita por speechless soul


Capítulo 18
"Esperamos que Esteja Bem"


Notas iniciais do capítulo

OIIII! Quanto tempo gente linda. Desculpem pela demora. Este capítulo estava pronto, mas resolvi já deixar o próximo pronto. Estou estudando e agora estou de férias, e fico no dilema: videogame, séries, livros, ou escrever? E no fim fico bitolado... E durmo. Huehuehue!
Mas falando sério, eu tive uns bloqueios, e eu atualizei minha lista do que quero que aconteça, planejamentos. Atualizei minha lista de "o que já aconteceu", para me organizar.
Esse capítulo começa meio parado, mas rolam algumas coisas.
Boa Leitura!



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                Hermione queria ficar um bom tempo conversando com seus amigos, torcendo para que aquele domingo não acabasse tão cedo. Estava frio, então ficaram boa parte do tempo no dormitório da Grifinória, descendo para o Salão Principal, apenas na janta. Luna se despediu dos outros, que retornaram para o Salão Comunal.

                Quando chegou o momento do “boa-noite”, seu coração ficou aflito, não queria dormir, queria se distrair, para não voltar seus pensamentos para assuntos que queria esquecer. Ficou conversando um bom tempo com Gina, no dormitório feminino, mas depois de algumas reclamações das outras meninas, foram dormir finalmente.

                Hermione sonhou com ele, Draco. Sonhou com a primeira vez que formaram uma dupla, depois com os dias que ficavam a sós para realizar os trabalhos de Aritmância, o primeiro beijo, e por fim, como tudo acabou num piscar de olhos. Acordou no dia seguinte, indisposta, mas não queria que os outros percebessem, principalmente Harry, que diferente de Gina, desaprovava qualquer interação com Malfoy.

                Seguiram para as primeiras aulas do dia. Foi fácil para Hermione disfarçar seu desanimo, agindo como sempre nas aulas: concentrada. Sorriu com as besteiras dos amigos, na hora do almoço. De vez em quando, se pegava olhando para a mesa da Sonserina, e para seu alívio, o Loiro não se encontrava sentado com seus amigos, como sempre. Na verdade, nem estava presente.

                O alívio se tornou preocupação, por mais que Hermione quisesse evitar, quando na aula de poções em dupla com Sonserina, não havia nem sinal dele. Mal sabia que seu ex-namorado estava desesperadamente tentando consertar, contra sua vontade, um Armário Sumidouro, a mando de Voldemort. Chegou ofegante, e Hermione deu outro suspiro de alívio, dessa vez por saber que tudo estava bem. Draco estava estranho, parecia atordoado.

                Ao fim da aula, todos saíram para suas próximas aulas. Hermione, ficou na sala arrumando suas coisas, e Draco também ficou por último para receber uma leve bronca de Slughorn. Hermione fingiu estar arrumando anotações, pois estava preocupada com o garoto, e esperava que talvez ele explicasse o motivo da ausência para o professor, mas respondeu de forma rude.

                Depois de um tempo, avistou Hermione, mas apenas saiu. Ela guardou suas coisas, sentiu uma certa frustração, e também se retirou apressada da sala. Subiu as masmorras e deu de cara com Harry.

                -Onde você estava? – Ele perguntou e cruzou os braços.

                -Nas masmorras.

                -Até agora?

                -Eu estava arrumando minhas coisas.

                -Sei...

                -Por que o questionário?

                -Fiquei preocupado.

                -Sei... – Hermione em resposta, também cruzou os braços.

                -Estranhei o Malfoy ter saído e você vir logo em seguida. – Ele suspirou confessando a real preocupação.

                -Não tem motivos para você se preocupar, Harry. Malfoy não fará nada para ninguém. E eu sei lidar com ele.

                -Não confio nele.

                -Você, por um acaso, está com ciúmes? – Hermione perguntou.

                -O que?! Claro que não. Você é minha melhor amiga, eu fico preocupado em saber que você estava numa parte sombria do castelo com um garoto psicologicamente instável, que por um acaso já namorou com você e pode tentar forçar a barra! – Suspirou ao parar de falar.

                -Esse garoto nem olhou para minha cara hoje, se você quer saber. Está mais estranho do que nunca, achei que você perceberia antes de mim. Só queria saber o que fez ele chegar atrasado e nervoso. – Respirou fundo e sorriu. – Você está com ciúmes. – Hermione concluiu a conversa com sua última afirmação e seguiu para a próxima aula, ignorando qualquer protesto do amigo, que desistiu de falar e a seguiu. Rony estranhou quando ambos entraram, com expressões estranhas no rosto. Sentaram-se lado a lado: Hermione prestava atenção na aula. Rony pegava Harry olhando para ela de vez em quando. Ignorou, pois finalmente tudo estava bem, e não queria perder seus amigos de novo.

                Enquanto isso, Malfoy se encontrava na Sala Precisa, completamente concentrado em consertar o Armário. Pensou no quão rude foi com Hermione a alguns instantes, quando nem ao menos um simples “oi” saiu de sua boca. Socou a porta do Armário com força suficiente para sentir dor, mas ignorou. Doeu mais saber que ignorou a garota que tanto gosta, e que finalmente aparentava interesse em uma conversa com ele.

                Ao terminar a nova tentativa frustrada de consertar o armário, foi ao Grande Salão, pela primeira vez naquele dia, na hora da janta. Sentou-se ao lado de Blásio. Uma coruja, que reconheceu como sendo de sua mãe, chegou e deixou uma carta em sua frente.

                Caro, Draco...

                Gostaria de saber, como anda o progresso de sua tarefa. Visitei seu pai, e ele não fala em mais nada que não seja a tarefa, disse que se necessário, você deverá faltar aulas para concluir o quanto antes. O futuro que nos aguarda lhe dará melhores oportunidades para ser bem-sucedido. Hogwarts será um ambiente mais agradável de estudos, quando todos os SangueRuins forem expurgados de uma vez por todas.

                O futuro da comunidade bruxa está em suas mãos, Draco. Queria que fosse diferente, que você não estivesse envolvido nisso, mas por enquanto, não há nada a fazer.

 

Esperamos que esteja bem,

De sua amada mãe, Narcisa.

                -“Bem-sucedido... ” – resmungou ao terminar de ler, e logo amassou a carta.

                -Está tudo bem, amigo? – Blásio batendo em suas costas como cumprimento.

                -Sim. Era a minha mãe, dando boas notícias. – Blásio olhou esperando algo a mais. – Mas eu estou bem, não se preocupe.

                -Tem certeza? Você faltou a duas aulas hoje.

                -Eu sempre falto quando quero.

                -Mas nem no almoço você deu sinal de vida. Se você precisa de ajuda, é só...

                -Estou bem, Blásio! – Aumentou o tom de voz.

                -Sei. Quando quiser desabafar eu estarei aqui.

                Draco se serviu de poucos alimentos, mastigava devagar, além de fazer uma grande pausa entre garfadas. Pansy e Goyle sentaram-se juntos, fazendo Draco expressar certo desgosto em relação a presença do casal.

                -Ei, vocês notaram que o Potter e a Sangue-Ruim... — Draco segurou a faca com força ao ouvir a expressão sair da boca de Goyle. – ...Estão estranhos ultimamente? – Draco olhou para a porta, e viu os Weasleys saindo na frente, enquanto Potter e Hermione saiam aparentemente cochichando logo atrás. – Sempre achei que ela preferisse o cabeça de cenoura. Mas é claro que uma obsoleta como ela iria querer a fama, e por isso prefere o “Eleito”. – Alguns alunos próximos riram do comentário. Blásio permaneceu em silêncio, e Draco começou a corar de raiva.

                -Obsoleta? – Draco perguntou. – Você acha ela obsoleta?

                -Sim, achamos. – Pansy respondeu antes do namorado.

                -Eu sinceramente acho que a popularidade dela com a inteligência, provam o contrário. Será que ela é a obsoleta? Diferente de certas pessoas, não precisa ficar com vários garotos em Hogwarts para chamar atenção. E ela não precisa do Potter para ser conhecida. “Eleito”... “Eleito” para quê? Rei dos Patetas? – Mais risadas.

                -Ainda com ciúmes, Draco?

                -De você? Já disse que acho você uma sem-futuro, e desejo boa sorte a Goyle.

                -Não estou falando de mim, querido! – Ela sorriu. – Ouvi dizer que você roubou a Sabe-Tudo do Weasley, antes do Testa Rachada roubá-la de você. Está com ciúmes de sua ex?

                -Ouviu de suas fontes confiáveis? Você transou com algum monitor? Andou traindo esse babaca? – Goyle levantou estalando os punhos.

                -Se você continuar falando assim com ela, eu juro que... – Malfoy apontou a varinha para o garoto.

                -Se você realmente fosse tão corajoso, já teria me espancado. Claro que eu não permitiria. E diferente da minha “Ex”, eu não costumo usar meus punhos. Acho que meu conhecimento de maldições, que as mentes inferiores de vocês dois nunca ouviram falar, é capaz de causar mais estragos do que um soco.

                Draco saiu da mesa, depois de derrubar com um feitiço, os pratos e cálices de Goyle e Parkinson, sujando ambos, que praguejaram contra ele.

                -Tem alguma coisa errada com Draco. – Crabbe se manifestou. – Ele acabou de defender a Sangue-Ruim.

                -Acho que não se tratou de defender a Granger ou não, e sim demonstrar que o casal “preciso de atenção”, está errado.

                -Até você, Blásio? – Pansy perguntou indignada.

                -Eu não tenho mais nada a declarar em relação a isso... – Levantou-se. – Agora em relação a essa bagunça: Tem um feitiço que limpa sujeira, sabe? Usar guardanapos deixa a situação mais patética do que já é. – Deu um sorrisinho e saiu. Alguns Sonserinos ficaram surpresos, e alguns até riram da situação.

                Avistou Draco subindo as escadas e começou a segui-lo. No quarto andar, as escadas mudaram, deixando Blásio para trás. Conseguiu ver o Loiro entrando no sétimo andar e tentou usar o caminho mais curto, para ir até lá. Ficou procurando pelos corredores, e avistou Draco entrando em uma porta grande, que pelo que lembrava, nunca havia visto lá. Se aproximou e olhou para os lados para ver se havia alguém por perto, e para sua surpresa, a porta desapareceu. Lembrou que Draco comentou no ano anterior, quando participava da Brigada Inquisitorial, que havia uma “sala oculta” em que a Armada de Dumbledore, realizava encontros. Só não se lembrava de como encontrá-la.

                “Preciso ver o Draco” – pensou – “Ele está estranho, e eu preciso descobrir o porquê”.

                De repente a porta apareceu novamente. Hesitou por um instante, mas em seguida entrou rapidamente dentro da sala. Estava completamente cheia de coisas que aos olhos de Blásio, eram tralhas amontoadas sem sentido.

                Começou a ouvir um sussurro. Alguém repetia, seguidas vezes, o que parecia ser um feitiço que nunca havia ouvido antes:

                “Harmonia Nectere Passus” – Ouviu. – “Harmonia Nectere Passus” – Aumentava cada vez mais.

                -Droga! – Finalmente ouviu a voz de Draco, e em seguida um estrondo: Seu amigo havia chutado o que aparentava ser um armário, grande e fino.

                -O que é isso? – Perguntou pegando o amigo de surpresa.

                -Não é nada.

                -Por isso você anda tão doido? Por causa de um armário velho? – Ficou em silêncio. – Essa é a tarefa? Enfeitiçar um armário? – Draco ficou surpreso.

                -Como sabe...?

                -Meus pais também são... Você sabe. – Sussurrou – Um dia ouvi pela porta, os dois comentando sobre a tarefa que Você-Sabe-Quem, ordenou que o “menino Malfoy” completasse.

                -Você queria estar no meu lugar?

                -Claro que não! – Blásio.

                -Bom saber que alguém pensa como eu. Você deveria ir. Ninguém além de mim deveria saber.

                -Você e Snape, não é?

                -Blásio. Eu confio em você. Mas como seu amigo, peço para sair daqui. Se Você-Sabe-Quem, imaginar por um instante que você esteve aqui...

                -Que fofinho, “Draquinho”! – Imitou Pansy, fazendo o loiro soltar um pequeno sorriso pela primeira vez naquele dia. – Que bom que você não me trocou pela Sabe-Tudo também. – Draco fechou o sorriso, e continuou a mexer no armário. – Você não acha que deve abrir o jogo?

                -Por que? Não tenho nada a declarar.

                -Não me venha com essa. Você e a Granger guardam algum segredo. Você não confia em mim? Eu não tenho nada contra ela. Na verdade vocês formam um casal bonito e...

                -Ok, Blásio. Chega. Eu falo, está bem?! – Ele falou alto. – Se não contar, vou explodir, e não vejo ninguém mais confiável que você.

                -O que faz você pensar que eu não vou correndo escrever uma carta para o Lorde das Treva e roubar seu lugar, colocando a vida de Hermione em risco?

                -Primeiro: eu saberia que foi você, e te mataria logo em seguida, pois eu não teria nada a perder, pois o sem-nariz me mataria. E segundo: Você disse “Hermione”. Nem “Sabe-Tudo”, nem “Sangue-...”, você sabe. Não é grande coisa, mas já prova que está falando a verdade, e que como eu, não tem nada contra nascidos-trouxas.

                -Ok, passei no teste de confiança, agora começa de uma vez!


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Draco vai contar tudo para Blásio, mas será que realmente é seguro abrir o jogo? E a discussão com o casal "preciso de atenção"? Sem spoilers, mas o Goyle não vai deixar barato.
Comentem, e quem sabe eu poste o próximo em poucos dias. Beijinhos!



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