Já vestida para a batalha, Annabeth dá as últimas ordens para os cavaleiros.

— Annie querida - Atena diz seu nome seu nome — Não se esqueça de usar toda a sua raiva para ganharmos. Mas com cuidado

— Certo mãe - a rainha dá um beijo em sua testa e sai.

Chase vai para fora do castelo e ao chegar no meio da praça central voa o mais alto possível. Assim que fica longe o bastante da batalha ela olha ao redor e vê o Sol brilhando através das nuvens como se fosse um dia de alegria porém felicidade era a última coisa que alguém sentia naquele momento. Annie se concentra em tudo que mais lhe dá raiva.

O casamento. A guerra. Percy Jackson. Cronos. A maldita lenda. A traição de seu pai. A maldição. Viver com Percy. A batalha que estava acontecendo naquele exato momento.

A última lembrança a fez se despertar de seu transe.

Ela abriu seus olhos, que agora estavam dourados, e olhou para baixo procurando o local de onde estava vindo a exército inimigo e viu uma garota em cima de um morro dando ordens, Annabeth foi até lá. Ao chegar mais perto ela reconheceu a líder, era Quione.

Empunhou sua espada que estava presa ao seu corpo e avançou contra a garota de cabelos brancos atacando-a de surpresa. Quione não deixou barato, pegou sua espada e contra-atacou acertando o braço da princesa que instantaneamente cortou e congelou no local.

— Mas o que... - Annabeth se espanta

— Gostou? Esta espada foi forjada na Caverna de Gelo. Demorou um pouco, mas valeu a pena - Quione ergue a espada pronta para atacar novamente, porém a loira desviou e acertou a panturrilha da inimiga fazendo-a cair no chão.

— Você está entrando em fogo cruzado, Chase. Será que você não percebeu que está em território inimigo? Só tem uma de você. Guardas! - Quione grita por ajuda.

— A única coisa que eu percebi é que você além de não me conhecer é estúpida. - Annabeth debocha.

Um dos capangas chega por trás e ela dá uma rasteira nele, outro vem pelo lado e ela enfia a espada em seu peito, mais guerreiros vêm chegando e ela vê que é a hora.

Annabeth se concentra e seu ódio aumenta mais do que o normal fazendo com que todos os soldados caiam inconscientes no chão.

— Se você acha que é a única que tem uma arma secreta - a voz de Quione é ouvida diante de todo aquele silêncio — Está redondamente enganada - ela dá um sorriso malicioso e ataca Annabeth, o golpe teria sido fatal, mas não a ponto de matar, ela ainda queria se divertir um pouco.

— Este é o seu grande erro Quione. Vocês adoram um grand finale. - a loira diz antes de jogar sua adaga no coração da inimiga.

Assim que a adaga entra em contato com seu corpo começam a crescer grandes buracos em sua pele, fazendo com que escorra sangue por todo lado ao mesmo tempo em que seu rosto entra em chamas deformando-o por inteiro para logo depois seu corpo sem vida cair no chão.

Chase se levanta bate a mão na sua roupa para tirar a sujeira, em vão pois a armadura tinha resquícios do sangue de Quione, e vai em direção ao corpo e retira sua adaga colocando-a de volta em sua perna, pegando também a espada de Quione que estava intacta, Annabeth sempre faz isso; pega a arma daquele que ela matou. Ela olha ao redor e vê os soldados ainda desmaiados e a líder deles morta.

Quione podia ter morrido mas a batalha continuava. A única coisa a fazer era intervir, e assim foi feito.

Ela levantou voo e foi para o meio da batalha. Ao chegar lá gritou para os inimigos.

— Sua comandante está morta! - todos param de fazer o que estavam fazendo e olham para ela assustados — Se alguém ainda quiser fazer jus ao seu nome e ficar lutando, continuem, pois vocês irão morrer do mesmo jeito e se encontrar com ela no inferno!

Ao ouvirem as ameaças de morte feitas por Annabeth, todos recuaram. Afinal, eles ainda prezavam por suas vidas.

A princesa foi e direção ao castelo e assim que chegou lá, desmaiou.

Ψ Ψ Ψ Ψ Ψ

"Tudo havia rompido em chamas, uma pobre mulher chorava com a cabeça no peito de homem completamente ensanguentado, fazendo promessas ao vento.

— Por quê?! Não! Isto não pode estar acontecendo! Eu juro que irei acabar com esta guerra de uma vez por todas! E se mais alguém que eu amo morrer por culpa sua eu irei reunir toda força e popder que eu tenho para matá-lo! Maldito Cronos!"

Annabeth acorda sobressaltada e pingando de suor. Já faziam dias que ela estava tendo esse mesmo pesadelo, deixando-a assustada e confusa.

Onde era aquilo? Quando aconteceu? Quem eram aquelas duas pessoa? E o que mais estava atormentando-a: Foi real?

— Não se preocupe. Foi apenas um pesadelo. - uma voz fria e arrastada irrompe a escuridão de seu quarto.

Chase procura desesperadamente por sua adaga, mas nada.

— Ah não... Você não vai quere me matar. Ou vai? - um rapaz de um metro e meio de altura surge da escuridão. E Annabeth imediatamente se põe de pé.

— Nico Di Ângelo, o que te traz aqui?

— É bom ver que se lembra de mim Annie. Por um momento achei que tivesse se esquecido quem eu era.

— Como vou esquecer do meu amigo que adora entradas triunfais e que é perdidamente apaixonada pela Grace? - ela dá um sorriso de canto e arqueia uma sobrancelha — Agora me conte o que aconteceu.

— Antes ou depois do desmaio?

— Eu desmaiei? - a garota pergunta confusa

— Sim, e ainda levou uma queda bem feia.

— Puta merda... - ela se senta na cama e coloca as mãos na cabeça.

Com Nico ela se sentia normal, comum. Sem essa história de reinos, com ele e apenas com ele, nem mesmo com Thalia, ela se sentia bem. Pois desde que nasceu ele lá convive com Nico e como sendo do lado negro da família ele sabe como Annabeth se sente. Ela pode ser ela mesma com o garoto, pode rir, pode ficar com raiva, pode chorar, que ela sabe que ele sempre estará ali confortá-la.

Nico se senta ao lado dela e a abraça pelos ombros.

— Você sabe como eu odeio parecer fraca na frente dos outros.

— Pior que eu sei, e um dia você irá se arrepender por causa disso.

Annabeth se afasta dele e o olha com deboche.

— Ah é, Sr. Livro Aberto? E Thalia?

Nico cora.

— São situações completamente diferentes. - ele aponta

— Não são não. Eu não gosto de admitir que tenho sentimentos na frente das pessoas e você não quer admitir os seus para Thalia. Está vendo? Não tem diferença nenhuma. - Annie acusa e cruza os braços.

Nico suspira e se apoia na cama para se levantar.

— Certo, mas é melhor você ir dormir, já aconteceu coisa demais por hoje.

— Você tem onde dormir? - Annie pergunta.

— Sim, eu tenho. Sua mãe já pegou o mesmo quarto de sempre para mim. - Nico se aproxima da garota, que agora estava deitada, e da um beijo em sua testa.

— Boa noite, Annie.

— Boa noite, Nico.

Assim Annabeth volta a dormir, mas dessa vez sem pesadelos.