You're my Downfall escrita por Another Wendy
Notas iniciais do capítulo
Heeeey lindezas, muito obrigada por todos os comentários, estou cada vez mais feliz com essa fic ♥
Espero que gostem do capítulo e não me matem!
PDV – Bella Swan
Depois de chegar em sua casa fomos para seu quarto e fiquei surpresa por ele manter tudo ali do mesmo jeito, apenas a cama havia sido trocada.
— Você ainda tem tudo isso. – Falei aproximando-me de sua estante e observando as miniaturas e quadrinhos que costumávamos ler juntos. Pude sentir a respiração dele em minha nuca e aquilo me fez arrepiar.
— Algumas coisas não mudam. – Sussurrou abraçando-me pela cintura. Sorri virando-me de frente para ele.
— Certamente que não. – Respondi colocando o colar que sempre usava para fora da camiseta. Edward ficou imóvel por alguns instantes e logo um imenso sorriso se abriu em seu rosto.
— Não acredito que ainda tem isso. – Falou colocando seu colar para fora da camiseta também. – Eu te esperei por todo esse tempo. – Sussurrou acariciando meu rosto.
— Você não teve nenhuma namoradinha? – Perguntei curiosa e ele pareceu ficar tenso. – Você teve! – Falei rindo nervosamente. Uma pontada de ciúmes atingiu-me em cheio.
— Eu sou humano, e homem, o que esperava, Bella? – Perguntou desconfortavelmente afastando-se minimamente. – Precisamos comer algo. – Falou dirigindo-se até a porta.
— Não estou mais com fome. – Respondi cruzando os braços. Edward virou-se e fechou os olhos, respirando fundo. Um som preencheu o quarto que antes estava silencioso, e minha vontade foi cavar um buraco, é claro que eu estava faminta. Edward tentou ao máximo segurar a risada, mas acabou gargalhando tão alto que me deixou ainda mais nervosa. – Já acabou? – Perguntei passando por ele e descendo as escadas.
— Não precisa ficar irritada. – Falou abrindo a geladeira e armários enquanto tirava alguns ingredientes de lá e colocava sobre a mesa.
— Elas eram tão bonitas quanto eu? – Perguntei interessada observando-o cozinhar algo.
— Com toda certeza não. – Respondeu sorrindo torto. Assenti e novamente ficamos em silêncio, mas dessa vez era algo confortável e agradável. Edward estava tão lindo enquanto cozinhava, e só então reparei no quanto ele estava diferente do menino que eu brincava quanto pequena. O cabelo permanecia bagunçado, mas estava mais escuro, com uma cor de cobre diferente e muito bonita. Suas costas eram largas e muito bem definidas, e as roupas caiam perfeitamente em seu corpo.
— O que vamos comer? – Perguntei e Edward largou o que estava mexendo, vindo até mim.
— Macarrão ao molho branco com bacon e couve flor. – Falou puxando uma cadeira e sentando-se ao meu lado. Seu celular começou a tocar e Edward ao olhar no visor e transformou totalmente. – Oi, pai. – Respondeu rígido e segurou minha mão com mais força que o normal. – Em casa... Não, não fui para o trabalho hoje... Pai não me venha com isso de novidades, ainda mais como se fosse algo bom, porque sei que não é. – Falou mais alto e assustei-me com aquilo, porque eles estavam brigando?
— Edward? O que está acontecendo? – Perguntei baixo sem entender nada. Ele colocou um dedo sobre meus lábios e olhou-me em choque.
— O quê? Estou sozinho. – Respondeu rindo nervoso. – Não, pai, eu não trouxe ninguém aqui, só vou almoçar e descansar, não estou me sentindo bem. – Falou e logo em seguida desligou.
— Meu amor, o que houve? – Perguntei vendo-o com a cabeça apoiada entre as mãos. Ele respirou fundo e olhou-me triste, tentando sorrir.
— Fique tranquila, não há nada com o que se preocupar, irei resolver isso. – Falou dando um beijo em minha testa e voltando ao fogão para desligar tudo.
Resolvi não perguntar nada, pois talvez fossem assuntos de família. Ajudei-o a colocar a mesa e assim que provei seu macarrão fiquei encantada com o talento dele.
— Meu Deus, Edward, isso está maravilhoso! – Falei comendo tudo com muita empolgação, ele ria observando-me enquanto eu me servia mais do macarrão.
— Pra onde vai tudo isso? – Perguntou olhando de mim para o meu prato. – Você tem um corpo incrível. – Falou e calou-se logo em seguida, com as bochechas coradas.
— Ah não, Edward, você está me chamando de gostosa? – Perguntei tentando provoca-lo, mas ele olhou-me sorrindo torto e qualquer vestígio de timidez sumiu na mesma hora.
— Bem, se eu não te respeitasse tanto, faria um comentário muito maldoso agora. – Falou limpando algo no canto da minha boca. Na mesma hora eu me engasguei, tossindo sem parar e Edward rapidamente me deu um copo d’agua, batendo em minhas costas. Quando finalmente me senti melhor não sabia onde enfiar a cara.
— Idiota. – Sussurrei recolhendo nossos pratos e levando para a pia, logo começando a lavá-los. Edward protestou contra, sem sucesso.
— Perdão, eu não quis te deixar sem graça. – Falou com um sorriso debochado brincando em seus lábios.
— Você quis, sim! – Falei rindo. Assim que acabei ele levou-me para a sala e colocou um filme que adorávamos. – Harry Potter e o prisioneiro de Askaban. – Falei baixinho jogando-me no sofá. Ele sentou-se ao meu lado e puxou-me para seu peito. “Ah não, adeus filme...”
Eu sentia seus lábios brincando em meus cabelos e as coisas só pioraram quando ele começou a distribuir beijos por toda a minha nuca. De repente a televisão desligou, deixando-me confusa.
— Dane-se o filme. – Ele falou próximo a minha orelha, e logo que virei-me para ele, o mesmo empurrou-me delicadamente de costas para o sofá, deitando sobre mim e atacando meus lábios com uma vontade devastadoramente deliciosa. Minhas mãos percorreram suas costas, entrando por sua camiseta. Suas mãos desceram por minha cintura agarrando minhas coxas e subindo-as, colocando-as em volta de seu quadril e fazendo-me sentir um volume entre minhas pernas. Edward foi subindo as mãos pelas minhas coxas e levantando meu vestido lentamente, e só então me dei conta do quão longe estávamos indo e parei suas mãos rapidamente.
— Edward... – Sussurrei e ele não deu atenção, voltando a beijar meu pescoço e deixando tudo mais difícil.
— Puta merda, Bella. – Murmurou olhando-me nos olhos. Vê-lo tão entregue desarmou-me, e só conseguimos parar porque um barulho se fez em frente à casa, fazendo-me empurrá-lo rapidamente, o que o fez cair no chão e gemer de dor, alisando a testa. Levantei-me e ajeitei meu vestido, no mesmo tempo em que ele levantou puxando-me pela mão em direção à cozinha, tarde demais.
— Edward? – Carlisle perguntou e paramos onde estávamos. Edward olhou-me em pânico e fiquei com medo por conta daquilo. Ele puxou-me para mais perto, virando-nos. Carlisle, Esme e uma garota loira com algumas mechas coloridas no cabelo, estavam parados em frente à porta olhando-nos com atenção.
— Olá! – Falei sorrindo para eles. Esme e o marido se entreolharam e a loira parecia confusa olhando de mim para Edward.
— I- Isabella? – Carlisle perguntou e olhou-me surpreso. Qual era o problema afinal?
— Sim... Sou eu, estou de volta. – Falei rindo e olhando com expectativa para Esme que correu até mim, abraçando-me tão apertado que ficou difícil respirar. Edward sorriu e soltou-me nos dando espaço e indo até seu pai, que o olhou parecendo decepcionado.
— Minha menina, sentimos tanto sua falta. – Esme murmurou segurando meu rosto com suas duas mãos enquanto avaliava-me. – Você tem estado bem? – Perguntou virando meu rosto de um lado para o outro.
— Querida, pare. – Carlisle falou olhando-nos seriamente. Ela ficou tensa e sorriu tristemente para mim antes de voltar para o lado do esposo. – Pensei que estivesse sozinho. – Falou para o filho, que vinha em minha direção.
— Já estávamos de saída. – Edward respondeu segurando minha mão e puxando-me em direção à porta.
— Edward! – A loira chamou-o segurando seu braço. Mas que merda era aquela?
— Kate, solte-me. – Ele pediu tentando afastar as mãos dela, que sorriu olhando-me.
— Quem é ela? Achei que ficaria feliz em me ver. Irina me falou que conversaram... – Ela prosseguiu e olhei para ele em expectativa.
— Filho, leve a Bella para casa e depois volte, temos assuntos a tratar. – Esme pediu e Carlisle veio até nós, entrando entre Edward e eu.
— Antes, deixe-me apresenta-las, certo? – Perguntou-me e assenti, sorrindo forçadamente.
— Não, isso não tem nada a ver com ela. – Edward falou quase rosnando e tentando alcançar-me, mas o pai o deteve.
— Essa é Bella, uma amiga de infância de Edward, vocês estudaram juntas por um tempo, lembram-se? Essa é Kate. – Carlisle disse apontando-nos. Se eu já não estava gostando daquela confusão, agora então tudo havia piorado. Kate? A que ficava se oferecendo para o meu Edward o tempo todo na escola? Fala sério.
— Oh sim, então você é a Bella! – Ela falou sorrindo e vindo abraçar-me. – Você ficou linda, ainda mais linda na verdade. –
— E o que você faz aqui? – Perguntei estranhando toda aquela simpatia. Ela pareceu perceber e afastou-se, olhando para Carlisle que ainda segurava Edward, e esse ultimo não me olhava por um segundo sequer.
— Kate é noiva de Edward! – O pai falou sorrindo grandemente e só então soltou o filho, que dessa vez deu um passo para trás. Aquilo só podia ser brincadeira.
— Desculpe-me. O quê? – Perguntei olhando para Esme dessa vez, e ela estava tão aflita quanto o filho. Kate parecia hesitante olhando-me, e até preocupada.
— Sinto muito, querida. – Esme falou acariciando um de meus braços. Olhei para Edward e ele continuava ao lado do pai, sem reação alguma. Ele não tinha feito Aquilo comigo.
— Eu... Vou embora. – Falei virando-me para sair dali, mas antes pude ouvir a voz de Carlisle.
— Eu te avisei que seria assim, ela não serve para você. –
— Carlisle! – Esme repreendeu-o e ele revirou os olhos, falando algo para Kate que parecia assustada com a situação.
— Bella, não é assim, me deixe explicar, por favor. – Edward falou vindo até mim e tentando segurar minhas mãos. Desvencilhei-me dele e saí dali com raiva, ouvindo-o chamar-me e correr até mim.
— Me deixe em paz, Edward. – Pedi com a voz embargada e logo ouvi o barulho de um trovão, ótimo, agora mais essa.
— Espere. – Falou segurando-me pelo braço e fazendo-me virar para encará-lo. – Eu não menti, Bella, tudo o que eu sinto por você é verdadeiro, meu pai foi quem arrumou tudo isso. – Falou parecendo aflito. Respirei fundo olhando para meus pés.
— E quando você pretendia me contar? – Perguntei e ele aproximou-se, tentando abraçar-me.
— Eu... Não sei, eu... – Começou a gaguejar e se embolar nas próprias falas. Ri de mim mesma naquela hora e ele agarrou-me, pressionando nossos lábios. Apesar da raiva, eu ainda sabia o quanto o amava e aquilo doía, muito. Afastei-o com dificuldade e os soluços escaparam pela minha garganta, depois de tudo o que passei por ele, depois de tudo o que lhe contei, ele não podia ter escondido aquilo de mim.
— Suma da minha vida. – Pedi e percebi que ele também chorava enquanto eu o afastava cada vez mais.
— Bella, não vá, por favor. – Pediu tentando me segurar ali. – Eu amo você. – Gritou assustando-me e fazendo meu coração falhar uma batida. – Eu te amo, por favor, acredite em mim, vamos fugir daqui e deixar tudo isso para trás, eu sei que também me ama, podemos ser felizes juntos e –
Quando dei por mim já havia feito. Edward encarava o nada com a mão sobre o rosto agora vermelho.
— Nunca mais fale comigo, você é um canalha, Edward, volte para a sua noiva e nunca mais apareça na minha frente. Não importa se foi o seu pai quem arrumou isso, você tem um compromisso e deve respeitá-la. Você não é o homem que eu pensei que fosse. – Falei correndo dali, e dessa vez ele não me seguiu. Corri até onde consegui e parei em frente a uma cafeteria pequena, sentando-me em um banco do lado de fora, enquanto observava a chuva parar
— Com licença... Está tudo bem? – Um rapaz perguntou-me e ignorei-o por completo, provavelmente ele trabalhasse no local. Queria ligar para alguém, ou mandar um simples sms, mas não conseguia me mexer, sentia-me esgotada de uma forma anormal, e a saudade de minha mãe me acertou em cheio, fazendo-me chorar compulsivamente, de um jeito que nunca fiz antes. O moço assustou-se olhando para todos os lados e pegou minha bolsa, retirando meu celular e ligando para alguém. – Ei, vai ficar tudo bem. – Ele falou sentando-se ao meu lado e apoiando uma das mãos em meu ombro. Quando finalmente fiquei mais calma ele sorriu e voltou para dentro. Minutos depois Jacob chegou em seu carro e veio correndo até mim, abaixando em minha frente com uma grande preocupação em seu rosto.
— Bella, o que aconteceu com você? – Perguntou medindo-me de cima abaixo. Sorri fraco para ele tentando passar confiança e ele bufou, tirando seu casaco e colocando sobre meus ombros. – Vamos, vou te levar pra casa. – Falou pegando-me no colo e levando-me até o carro.
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