Descendants 2 escrita por Meewy Wu


Capítulo 34
Was Not?




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Estamos pensando em fugir no final de semana e nos casar escondido, sabe como é, só pra manter as coisas interessantes... Depois vamos adotar um cachorro

—Gart LeGume

...

..

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19 de março

Gart parou em frente a torre de Rapunzel, estava prestes a bater na porta quando ouviu os gritos.

—Não, mãe – gritou Rebecca ela dentro, pelo tom de voz dela ela deveria ter dito aquilo uma boa quantia de vezes.

Uma mulher falou algo do lado de dentro, mas Gart não conseguiu ouvir o que era.

—Papai – Rebecca reclamou, na melhor voz de “garotinha do papai” que Gart já tinha ouvido na vida.

—Deixe ela ir, Loirinha – falou uma voz de homem mais perto da porta.

—Isso não é certo... Alice é amiga da nossa família, você deveria ir comigo e com seu pai – falou a voz de Rapunzel, agora estavam bem mais perto da porta – Aposto que Audrey vai com os pais dela.

—Eu não sou a Audrey, mãe – grunhiu Rebecca – E sabe o que mais? A Audrey provavelmente vai ir com o namorado dela, como qualquer garota normal faria!

—Uma garota normal talvez – falou Rapunzel lá dentro – Mas você perdeu esse titulo quando começou a sair com aquele garoto horrível, Rebecca. E espere ai, agora está me dizendo que ele é seu namorado?

Aquele, Gart pensou, seria um ótimo momento para apertar a campainha.

—Eu atendo! – gritou o pai de Becky lá de dentro.

—Ainda não – Rebecca falou, ainda no meio da briga – mas se dependesse de mim, já seria.

—Rebecca, volta aqui! – gritou  mãe – Rebecca!

—Sim? – perguntou o marido de Rapunzel, abrindo a porta.

—Bom dia, senhor – falou ele – Eu vim... Buscar a Becky, para o casamento.

—Ah, então você é o famoso Gart? – perguntou ele - Quais são suas intenções com a minha filha, rapaz?

Gart ficou entre rir e tremer de medo. O que ele podia dizer? Aproveitar o máximo de tempo junto a ela, por que mesmo tendo pela primeira vez provado do amor eu terei que partir em breve, quando o plano maligno no qual eu colaboro der certo? Não parecia muito produtivo. Em vez disso, ele ligou o modo automático.

—Ah, sabe como é – ele desfez com a mão – Becky e eu estamos pensando em fugir no final de semana e nos casar escondido, sabe como é, só pra manter as coisas interessantes... Depois vamos adotar um cachorro.

Ele piscou uma vez. E outra. E mais uma.

—Ta ai, gostei de você – falou ele – Becky está terminando de tomar café, eu vou chamar ela... REBECCAAAA!

—Ela esta escovando os dentes, Eugene, o que você... Ah – falou ela, encarando Gart – Você, deve ser o famoso Gart.

—Eu mesmo – ele deu seu melhor sorriso, mas a loira estremeceu e olhou para o marido.

—Eugene, convide o garoto para entrar – falou ela, calmamente – Becky vai demorar um pouco.

E dito isso ela voltou para a cozinha.

—O café da manhã geralmente não é tão animado – falou Eugene, rindo – Sente-se garoto, e não ligue para a minha esposa, ela... Teve más experiências com maus elementos no passado, entende? Péssimas experiências, diga-se de passagem...

—Eu sei, conheço a história – falou ele, sentando onde Eugene havia apontado  - Conheci a Gothel na Ilha, tínhamos aula com ela... É de dar medo, aquela mulher. Louquinha...

—E não é mesmo? Ainda me dá arrepios pensar em como ela se desintegrou na minha frente – falou Flynn, rindo.

—Aquela bruxa velha – praguejaram os dois juntos, e começaram a rir.

—Fico feliz que os dois estejam se dando bem – falou Becky, parada na porta – Mas você realmente precisa de amigos da sua idade, pai!

—O que? Aqueles reis tolos e príncipes mimados? Esse garoto é mais divertido – falou ele, dando um soco no braço de Gart – Sem falar que essa casa esta um tédio desde que sua mãe proibiu os gêmeos tagarelas de virem aqui. Não entendo por que aquela porcelana era tão importante...

—Nós nos vemos no casamento pai – falou ela, puxando Gart e lhe arrastando para fora – desculpe por isso, o quanto você ouviu?

—Vestido bonito – falou ele, sorrindo.

—Gart...

—Peguei o final – falou ele, passando o braço pelos ombros dela – Então quer dizer que por você as coisas já estariam oficializadas?

Ela corou um pouco.

—Não se ache tanto, Goulart – ela mexeu o nariz – Falei isso por que minha mãe merecia ouvir

—Então, é mentira?

—Eu não disse isso...

—Vocês garotas são tão complicadas – ele suspirou – Vou querer saber como isso começou?

—Mamãe está tentando me convencer a deixar a escola mais cedo – ela deu os ombros – eu e Will recebemos propostas de algumas universidades durante o recesso de Natal, poderíamos ter nos formado antes...

—Então por que...

—Will e eu conversamos sobre isso  nas férias, queremos acabar a escola, ter nossa festa de formatura e tudo – ela deu os ombros – Mas minha mãe está pegando no meu pé, algumas universidades seguem mandando cartas... Mas...

—Mas... – ele incentivou.

—Não quero ir para a faculdade – falou Rebecca – Estou tentando contornar isso a meses, mas vou ter que falar com ela logo. Ela vai ficar furiosa.

—Você é uma princesa, por que precisaria ir para a faculdade? – perguntou ele.

—É diferente, comigo, do que com Audrey ou até mesmo Bia e Bruno, e olha que o caso deles é complicado – falou ela, rindo – Meus pais são jovens, eu não vou assumir o  trono tão cedo quanto os outros, minha mãe é pelo menos três anos mais nova que Branca, e Bia e Bruno só vão subir ao trono em uns dez anos, quando tiverem vinte e cinco. Eu sigo a mesma linha. Mamãe quer que eu faça algo útil enquanto isso, como medicina ou arquitetura, são as paixões dela...

—Posso entender – Gart riu.

—Mas eu não quero nada disso – ela choramingou.

—E o que você quer? – perguntou Gart, e depois sorriu – Além de mim, é claro, por que eu sei que fico muito gato nesse terno, embora minha quase namorada não tenha comentado nada...

—Carente – ela riu, beijando ele.

...

—Nós precisamos mesmo ir? – perguntou Mal, entrando no escritório de Ben descalça, com um roupão, cabelo pela metade e uma xícara de café preto extra quente.

—Ao casamento? – perguntou ele, e ela assentiu – Depende... Algum motivo especial para não querer ir?

—Bem... Não, mas... – ela sentou na cadeira em frente a dele, jogando as pernas sobre o braço da cadeira e segurando a xícara com as duas mãos. Certo, agora ela precisava de uma desculpa melhor do que não ter dormido a noite inteira por causa dos pesadelos – Ah, Ben... Ficamos acordados até tarde ontem naquele jantar com a família da Cinderela, por que precisamos ir para o almoço de casamento de alguém que nem é tão importante?

—Desde quando você sabe quem é ou não importante? – brincou ele.

—Sua mãe e eu estamos trabalhado duro – ela riu – Ela e a Fada estão loucas tentando não colocar as duas coisas nos mesmos dias, mesmos horários, em fim...

—Falando na minha mãe, ela vai realmente enlouquecer se encontrar você sentada assim – falou Ben – Você não vai querer ouvir todos os trinta modos como você poderia cair e quebrar alguma parte do corpo.

—É, acho que não – ela se endireitou – Então, sobre o casamento...

—Podemos pular essa – riu Ben – O que quer dizer que temos um almoço para dois, e uma tarde livre... Quer deslizar de meias no salão de baile.

—Você não tá falando sério – ela riu – Tá?

—Desde que a gente  fique longe das armaduras... Elas tem tendência a se desmontarem!

...

Alice Kingsley entrou na igreja com um vestido enorme e um buque quase maior. Ninguém realmente estava prestando atenção, exceto talvez Alison.

De qualquer forma, Carmim poderia jurar que o número de convidados havia duplicado durante a festa. Na verdade, era um grande almoço, mesas separadas por oito convidados cada, tudo branco e azul, e uma música ruim.

—Eu sei que essa frase está ficando repetitiva – falou ela, enquanto passeava com Chris pelo salão – Mas o que você está fazendo aqui?

—Eu nunca perco uma boa festa – falou Cherry, de novo com a peruca loira sorrindo – Eles tem bolinho de peixe!

—Poupe-me dos detalhes – falou Carmim, revirando os olhos.

—Não vai me convidar para sentar com vocês? – perguntou Cherry, rindo.

—O dia que você precisar de convite para alguma coisa eu me jogo em um espinhal – falou Carmim, enquanto seguia com Chris até a mesa.

Rebecca e Gart estavam rindo quando eles chegaram, Queenie estava ao lado de Gart. Os lugares de Ally e Hugo estavam vazios, e Cherry acabou por preencher o último lugar da mesa, que deveria ser de Charlotte Red, mas esta havia furado no último minuto.

Hannah e Will não tinham sido convidados, graças a desavença entre Alice e Wendy a alguns anos, e os irmãos White dividiam uma mesa com seus pais e a família Sleeping ali perto.

—Nem acredito que eles estão mesmo pagando todo esse mico – falou Chris, tomando um gole de alguma coisa que haviam servido nas taças enquanto eles não estavam. Alice e o Chapeleiro estavam posando para fotos de todas as maneiras possíveis. - É completamente ridículo!

—Não é ridículo, eles estão apaixonados – falou Ally, se sentando em frente a eles nos dois últimos lugares vagos – As pessoas costumam a ficar um pouco abobalhadas... As vezes até inconsequentes, sabe?

—Eu que o diga – murmurou Carmim, olhando de canto de olho para Hugo – E as vezes apenas burros.

—Você precisava mesmo se vestir como se estivesse num velório? – perguntou Ally, sugestivamente – Três seguranças já pararam para me perguntar se você estava mesmo na lista de convidados!

—Ally... – Censurou Chris, aborrecido.

—Está tudo bem, pelo menos não estou pagando mico com um vestido enorme num almoço— falou Carmim, dando os ombros.

Ally encarou Chris como se dissesse “Com ela você não briga, não é?” mas ele apenas deu os ombros e voltou a se concentrar no ponche enquanto as duas voltavam a se encarar.

—E então, ninguém vai me apresentar? – perguntou Cherry, no silêncio constrangedor enquanto os olhos das duas faiscavam.

—Cherry, essa é Alison, nossa querida... Querida, amiga – falou Carmim no tom mais forçado que pode. Hugo levantou o rosto rapidamente, se enchendo de pavor ao reconhecer a garota, mas Cherry o ignorou.

—Alison – falou Cherry, se levantando e estendendo a mão – Prrrrrrazer... Nossa, você é igualzinha a sua mãe... Tirando os olhos, é claro. Ah, eu sempre quis ter olhos escuros!

—Er... Obrigada – falou Ally, um pouco desconcertada – Pode me chamar só de Ally.

—Eu sei que posso – Cherry sorriu – Sinto que vamos nos dar muito, muito bem...

Ally tremeu diante o sorriso da outra, Carmim e Chris se entreolharam enquanto o primeiro prato era servido. Aquele seria um almoço realmente... Delicioso!

...

Hannah e Will gargalhavam no meio do jardim de Auradon Prep.

—Dá para imaginar? – perguntou Will, rindo – Ally deve estar fingindo se desfazer em lágrimas a essa hora.

—E Carmim deve estar prestes a jogar algo nela – Hannah falou, também rindo.

Era verdade, dura, porém era. Era muito mais divertido ficar no castelo e imaginar as confusões que poderia acontecer no casamento de que, de fato, ir ao casamento. Primeiro por que, ambos concordavam com isso, seria uma experiência traumática ver Alice, nos seus bons quarenta e poucos anos, em um vestido de noiva... Segundo por que a comida das festas de Alice eram sempre horríveis, segundo Will. Terceiro por que era bom finalmente ter a escola só para eles, passarem um tempo como casal juntos, para variar.

—Então, no próximo final de semana, vão abrir Nevarland – falou Will, sorrindo  - A Fada Madrinha vai baixar as barreiras, sabe, para turismo. A gente podia ir lá sexta, depois da aula... Ou sábado... Domingo tem o aniversário da minha mãe, mas...

—Sábado seria ótimo – falou Hannah, sorrindo – Pode ser bem divertido, não?

—Acredite, vai ser – ele riu, beijando ela.

—Acho que a gente precisa começar a trabalhar isso – Ela brincou – Se a gente ficar se beijando, como vamos aproveitar a viagem?

—Imagine como seriam incríveis as fotos? – Perguntou ele, rindo.

Ela riu também, aquele era seu Will. Seu doce, e irreverente namorado.

Mas no fundo da mente dela, outra coisa ainda martelava. A ilha estaria aberta. Seria a hora perfeita. Ela precisava falar com os outros, logo.

Will estava de olhos fechados enquanto o sol caía sobre eles, cada vez que ela pensava em deixa-lo doía mais que a última, mas era inevitável, não era?

Não era?


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Notas finais do capítulo

Uou, acho que esse foi o cap mais divertido de escrever... E nossa, em Auradon já passou da metade de março. Só um mês para o pior dia da família que Auradon Prep. já conheceu! (nem perguntem...)
Mas antes, nosso trio irá para Neverland... Será que dessa vez eles conseguem realizar seu plano? Vamos ver... Enquanto isso, na Ilha, um assassinato aconteceu... Como será que Cherry e Victor vão lidar com isso?
É isso por hoje gente, não se esqueçam de comentar, e até mais! Bjs, Meewy!