Scorpius & Rose (vol. 2) escrita por Janne Esquivel


Capítulo 9
Capitulo 8 - Virando o tempo


Notas iniciais do capítulo

Alguém nos comentários sugeriu um Vira-Tempo! Muahahahah, vocês são tão expertos, por isso que adoro vocês! Surgiu também a pergunta de porque estou tão animada em escrever esses dias, estou de Férias seus lindos, livre!

Pois bem, segue mais um capítulo! Comentem porque o próximo já tá pronto, então só preciso ouvir um pouco de vocês pra postar!



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Scorpius & Rose

Capitulo VIII - Virando o tempo

                Estava irritado, intrigado, preocupado e, sabe-se lá por quê, com uma vontade absurda de rir. A situação toda era confusa, portanto, aberta a muitas interpretações, a maioria ele se negava a pensar, ainda que no fundo já soubesse do que se tratava e estava se odiando pela vontade de sarro crescente. Veja bem, Lara Finnigan encontrava-se ensopada de uma gosma rosa pegajosa (do cabelo até a ponta dos sapatos), sua roupa estava arruinada, completamente, sem jeito nenhum. Albus Potter sabia disso porque (a) ele já usara aquela técnica pra ferrar os amigos e os primos muitas e muitas vezes e (b) a gosma era resultado de uma mistura muito mal preparada do princípio da Poção Polissuco, o que queria dizer que o cheiro e a textura jamais descolariam de tecidos e se alguém – como naquele caso – fosse banhado por ela, estaria condenada por, no mínimo, uma semana a vagar com aquele odor desgraçado, tomasse os banhos que tomasse.

                - Quem? – foi a pergunta seguinte, a voz controlada. Al deu-se conta que inicialmente estava com vontade de rir só por lembrar de como suas vítimas ficavam, mas quando ligou a palavra vítima a Lara, seu sangue estava pulsando rapidamente. Tinha a impressão de que se dissesse uma frase, estaria gritando antes mesmo de termina-la.

                - O que diabos você está fazendo aqui? – ela perguntou em seguida, rápida, de queixo erguido, os olhos em desafio. A petulância se sobrepunha sobre toda a postura embaraçosa que ela se encontrava.

                Ela... Ela... Ela estava o distraindo?

                Severus bufou.

                - Finnigan... – ele avisou, dando um passo à frente.

                - Potter... – ela fez o mesmo, firme.

                Como ela podia enfrentá-lo e deixar que os outros a fizessem de gato e sapato? Al sabia o que ela estava fazendo, estava fazendo-o esquecer, a não sair feito um louco atrás dos culpados. Ah inferno, ela não precisava nem explicar.

                - Não importa, vou atrás desses desgraçados. Amadores do caralho, com azar ainda devem estar no corredor rindo de você!

                Lara mudou de estratégia no segundo seguinte, se ele passasse por aquela porta ela teria perdido. Então gritou antes que Albus pudesse girar a maçaneta, fazendo-o pular virando-se com urgência para ela. O que ele viu fez que todas suas armas despencassem ao seu redor.

                - Mas o que é que você está fazendo? – ele disse, quase sem voz. Lara estava diante aos espelhos sem suéter, e sem sutiã.

                E em vez de ralhar com ela por usar estratégia tão baixa com ele, Al só conseguia pensar em como, em nome dos calções perdidos de Merlin, ela tinha conseguido se livrar daquelas peças tão rápido.

                - Distraindo você – ela ergueu uma sobrancelha. A gula nos olhos dele, a estática do corpo, era tudo um placar gigantesco com letras que gritavam a vitória dela.

                - Mas... Mas... Eles merecem... – Albus tentou dizer, apontando para a porta, mas sem conseguir tirar os olhos dos dela, do corpo dela, da saudade dela.

                - Você se incomoda com o cheiro? Acho que preciso de um banho – Lara quis saber, com um ar inocente, quase choroso. Tudo, obviamente, um fingimento descarado.

                Que se dane o cheiro! Pro inferno o cheiro!

                Al engoliu em seco, esquecendo completamente o que diabos estava prestes a fazer, tudo que importava estava bem ali na sua frente, o seduzindo feito uma gatinha perigosa. Suas pupilas dilataram e os olhos afundaram nos dos dela, fazendo um sorriso maravilhoso iluminar o rosto de Lara. Devagar, ele puxou a varinha do apoio e apontou para porta, sem se desviar, com um clique a tranca fora selada com magia.

                - Se não me engano, princesa, há uma banheira enorme nesse andar.

.:x:.

                A reunião tinha sido interrompida por um tumulto que o pessoal do último ano havia aprontado no corredor da enfermaria. Minerva precisou ausentar-se para resolver e o restante fora dispensado. Teddy sentiu falta de Albus quando estavam atravessando os jardins da frente para a partida deles, Rose logo alegara que ele precisou ir ao banheiro, mas já estaria de volta. Ela não estava mentido, ele realmente precisou ir ao banheiro, e como Teddy não quis saber por mais, ela não estava quebrando os juramentos de lealdade – nem o que fez ao Quartel, nem o que fez a Albus.

                O pequeno grupo (Rose, Scorpius, Olívia, Teddy e Ron) tinha se dispersado em volta das margens do lago negro, cada um perdido nos próprios pensamentos.

                Os braços de Scorpius enlaçaram-se na cintura de Rose; automaticamente, a cabeça dela descansou em seu ombro. Ambos fitando as águas calmas do lado.

                - Eu queria nunca ter saído daqui – Ela disse, serena.

                - O que quer dizer? – Ele quis saber, o queixo apoiado na cabeça dela.

                - Lembro-me de me sentir segura aqui dentro de um modo que eu nunca me senti em nenhum outro lugar, como se o que acontecesse lá fora jamais fosse me afetar. Como se Hogwarts estivesse numa bolha de magia fora do espaço tempo...

                Ronald Weasley, com as mãos nos bolsos, observava a filha e o namorado de longe, bem mais próximo do ponto de aparatação do que os demais. Ele iria embora sem esperar por ninguém, mas de algum modo os dois mais à frente o interessou. Rony gostava de Scorpius – ainda que ele jamais fosse admitir isso em voz alta – confiava nele com sua menina, mas isso não queria dizer que ele se sentisse confortável quando os dois estavam carinhosamente próximos – uma reação totalmente comum para pais como ele. No entanto, ali, naquele momento, um sorriso tranquilo elevou os lábios de Ron com suavidade. Ele tinha completa consciência de que sua filha podia se proteger muito bem sozinha desde os 7 anos de idade, quando ela mostrara seus primeiros sinais de magia. Como ele, ela era determinada e cabeça dura, nada a deixaria calada ou parada diante do que achasse certo. Era forte e durona, e extremamente inteligente. Mas, se precisasse, ele sabia com quem contar para protege-la, para mantê-la sempre sã, para conservá-la como sua doce e forte Rose. Ainda era difícil admitir para si mesmo, mas ele aprovava Scorpius Malfoy e, acima de tudo, gostava do garoto.

                - Sabe do que eu me lembro, exatamente agora? – Scorpius tornou a dizer, próximo ao ouvido de Rose – Lembro-me do jeito que você me acalmou, bem aqui nessas margens, quando eu estava pirando pela saúde da minha avó.

                - Aquilo foi diferente...

                - O que eu sei Rose é que guerras são guerras, elas deixam marcas. Foi isso o que você me disse naquele dia. Algumas são mais profundas, permanentes, mas sempre, sempre cicatrizam. E nos é dado uma nova chance, de corrigir e de vencer.

                O vento silenciou, Rose manteve-se ainda mais no abraço que a envolvia. Ignorando um Teddy bastante irritado pela demora de Albus.

                - Onde aquele idiota se meteu? – perguntou ele, perdendo a paciência.

                - Estou aqui! – Al anunciou surgindo do nada. O cabelo negro estava curiosamente molhado, mas só quem estivesse bastante atento perceberia o diferença, porém, o rosto quente e as roupas amarrotadas eram, no mínimo, suspeitas e denunciavam todo resto facilmente (quer dizer, seja lá o que elas denunciassem).

                - O que diabos você estava fazendo no banheiro numa hora dessas? – Teddy ralhou. – Nós temos que ir!

                - Ué, eu estava com calor – o moreno respondeu, descaradamente. Ele também não mentia.

                - Que seja! Vamos logo! Crianças mimadas conseguem ser mais coerentes do que vocês.

                Teddy, com os cabelos amarelo fogo, caminhou impaciente para o ponto de aparatação, estava preocupado com a possibilidade de que eles já pudessem ter sido vistos àquela altura por qualquer um do castelo. Ronald, seja lá para onde e quando, já tinha sumido. Olívia o seguiu nervosa e antes que o restante fizesse o mesmo, Al correu até a prima feito uma criança que ganhara a vassoura mais potente do mercado, jogando para ela o seu Vira-Tempo e sussurrando um obrigada satisfeito e cheio de dentes.


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Notas finais do capítulo

E então! Me digam logo o que ceis acham! E olha, o próximo é bem quente e já ta prontinho, fumaçando!



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