Unbreakable escrita por MylleC


Capítulo 36
Capitulo 35 - Eu vou cuidar de você


Notas iniciais do capítulo

Em memória de John Diggle e Thomas Merlyn.



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Sim, eu acredito

Que um dia eu vou estar, onde eu estava

Bem ali, bem perto de você

E é difícil, os dias parecem tão escuros

A lua, as estrelas, não são nada sem você

Seu toque, sua pele, por onde eu começo?

Não há palavras para explicar

A maneira que sinto sua falta

A noite, este vazio, este buraco que eu estou

Estas lágrimas, eles contam sua própria história

Você me disse para não chorar quando você se fosse

Mas o sentimento é devastador, é muito forte

Posso deitar ao seu lado?

Perto de você, você

E me certificar que você está bem

Eu vou cuidar de você

E eu não quero estar aqui

Se eu não posso estar com você esta noite

(Lay me down – Sam Smith)

MILES

Afastei o grosso edredom de cima de mim e respirei fundo antes de me sentar na cama e logo sair dela. Olho os chinelos no chão, mas decido não calçá-los para evitar qualquer barulho que denuncie minha presença.

Agradeço mentalmente pela porta do quarto estar sempre entreaberta, por isso não faço qualquer barulho ao sair. Eu queria saber o que estava acontecendo, eu sabia que algo estava muito errado e obviamente ninguém queria me contar a verdade. Preciso saber de Licy, de Oliver e de todos os outros que não estão aqui.

Eu sei que algo está errado porque Licy nunca iria deixar que eu viajasse tão longe com outras pessoas sem ela presente. Mesmo que fossem Thea e a Sra.Queen, sem falar que ela não deu qualquer telefonema ou falou comigo sobre eu ter que ir com as duas. Elas simplesmente me acordaram no meio da noite dizendo que tínhamos que partir, percebi também que saímos com pouquíssimos pertences e não parecia que Licy iria nos encontrar tão cedo como tia Thea tinha dito. Não sei onde estávamos, mas era longe de Starling.

Sorrio vitorioso ao escutar a televisão ligada no andar de baixo, provavelmente no noticiário. Se ninguém queria me contar a verdade eu teria que descobrir. Me escondo atrás das grades do topo da escada e espio pelas frestas a televisão lá em baixo onde Thea e Moira assistiam parecendo muito aflitas.

Franzo o cenho e sinto meu coração disparar em preocupação e medo. No jornal dizia algo sobre ataque em Starling, parecia já ser o final da reportagem e as imagens eram filmadas por helicóptero. Falava algo sobre terremotos e terrorismo. Não entendo o que uma coisa tem a ver com outra. Pessoas más não podiam forçar desastres naturais, não é?

Porque Licy não fugiu também se esse era o problema? Porque mandou apenas que eu fosse e não veio junto? Será que estava em perigo? Talvez Ollie estivesse com ela, já que não estava aqui. tio Dig e tio Roy também.

Permaneço ali mais um pouco, tentando escutar algo mais claro.

—Isso é loucura, eu devia estar lá, evitando isso. – disse a Sra.Queen.

—Evitando como, mãe? O que poderíamos fazer?

—Eu não aguento Thea, não consigo ficar aqui sem saber como o meu filho está, olhando o noticiário como se eles fossem filmá-lo. Coisa que obviamente não vai acontecer.

—Eu sei, mas... – elas são interrompidas pelo celular da Sra.Queen tocando.

Ela atende e me escondo mais, com medo de que ela me veja. Observo quando ela leva uma mão a boca, chocada e Thea começa a perguntar á ela o que tinha acontecido?

—Em qual hospital? – pergunta. –Uhum, e os dois estão vivos, certo? – seja qual for a resposta ela não parecia ter ficado satisfeita, mas eu entendi, eu sabia que aquele “dois” significavam Ollie e Licy e se eu estava certo, então eles estavam machucados.

Isso não podia estar acontecendo, eu não quero ficar sozinho, não posso perdê-la também.

Não me importo mais, saio do esconderijo e corro os degraus das escadas no mesmo momento em que a Sra.Queen desliga o telefone.

—O que está acontecendo? Licy está bem? – pergunto, não dando oportunidade para tentarem me enrolar.

As duas suspiram cansadas.

—Nós temos que partir novamente querido, vamos voltar.

FELICITY

Sinto todo o meu corpo formigando, meu corpo parece relaxado, mas minha mente esta completamente agitada, apesar de me sentir completamente grogue. É como se fosse uma combinação estranha, onde eu acabava de acordar de um pesadelo e alguém fosse passar pela porta me pedindo para me acalmar e dizendo que tudo foi apenas um sonho. Mas não foi.

Sentia minha boca seca e não parecia que eu tinha falado qualquer coisa uma vez que meus lábios pareciam grudados um no outro, eu não estava gritando durante o pesadelo. Talvez por isso ninguém veio.

Ou talvez eu esteja morta.

Porque simplesmente tirei a conclusão de que estou dormindo? Porque depois de tudo minha mente me obrigou a imaginar um cenário onde estou bem, quando claramente não é o que mereço? Mas não tem como, eu sei que estou viva. A dor em meu peito me da essa certeza e as imagens do pesadelo dançam em minha mente.

John...

Ah John... Eu sinto tanto.

Forço meus olhos a se abrirem e as paredes brancas do lugar, juntamente com o cheiro me dão a certeza de que estou em um hospital. Viro a cabeça ainda sentindo todo o meu corpo completamente dormente. Não ha ninguém no quarto comigo, sou apenas eu. Oliver não está ali.

Oliver!

Meu Deus, Oliver. Será que estava vivo? Será que estava bem? Se estivesse bem ele estaria comigo, se não esta então ele não esta bem. Preciso vê-lo, preciso saber dele.

Um barulho rítmico e irritantemente insistente ao meu lado começa a se tornar mais alto. Sinto minha pulsação aumentar e pela primeira vez avalio a mim mesma. Existem muitas coisas ligadas em mim, soro em minha veia, fios em meu peito e dedo e também alguns curativos.

A porta do quarto se abre, mas é apenas uma enfermeira, estava um pouco ofegante, deve ter vindo correndo e aparentemente se acalma ao me ver.

—Olá Srta.Smoak. – fecha a porta atrás de si e anota algo na prancheta que trás consigo.

—Oliver... - minha voz não passa de um murmúrio e minha garganta dói com as palavras que mal saíram. As lágrimas começam a embaçar minha visão.

—O que?

—O-Oliver...

Ela parece me compreender enfim, mas ignora completamente.

—Você é forte, lutou muito pela vida Srta.Smoak. Deve descansar.

Por quê? Por que ela evitou o assunto? Porque não quer me dar a informação? Oliver não estava bem?

—Não... Pre-Preciso saber... Oliver...

—Oliver Queen?

Aceno positivamente com a cabeça.

—Ele está... - minha voz falha e isso me atormenta, odeio me sentir tão incapaz de sequer falar direito  -Vivo?

—Sim. – sorri docemente. - Está vivo, está no andar de cima no segundo quarto.

—John... – murmuro. Talvez... Talvez eles conseguiram salva-lo, talvez... Quem sabe houve uma chance.

Sinto meus olhos se encherem de lágrimas e o aperto em meu peito aumenta quando observo a expressão condescendente da enfermeira.

—Deve mesmo descansar Srta.Smoak. Deve estar sentindo seu corpo mole por causa dos medicamentos, mas logo vai passar.

—Eu quero... vê-lo. Oliver...

—Sinto muito, não pode sair daqui.

—Por favor, por favor...

Ela parece se preocupar com minha agitação e caminha para mais perto de mim.

—Calma, precisa se acalmar ou terei que sedá-la novamente.

Não atendo seu pedido exatamente, mas não quero dormir outra vez então paro de me mexer deixando o ar sair de meus pulmões, tentando regularizar minha respiração.

—Isso... Muito bem. - incentivou, terminando de checar todas as coisas ligadas a mim. - preciso atender outro paciente, mas voltarei logo para checar você, durma um pouco.

Observei ela sair da sala e percebi que não consegui perguntar se não tinha ninguém esperando para me ver ou quantos dias já haviam que eu estava ali.

Como estaria Roy e os outros? E...Oliver, eu precisava tanto vê-lo, era uma necessidade que pulsava em minhas veias, quase me fazendo ter um ataque de pânico. Eu precisava dele, precisava de seus braços acolhedores, precisava ouvir dele que tudo ficaria bem, precisava sentir seus lábios nos meus, sentir seu amor. Precisava dessa familiaridade.

Eu estava me sentindo sozinha, como nunca antes. Eu perdi minha mãe, meu pai e Dig, aquele que foi um irmão mais velho para mim, quem me ajudou quando eu mais precisei e quem eu não pude ajudar quando precisou de mim.

Eu tinha que ir até Oliver, ver se estava realmente bem.

Andar de cima...

Era loucura, uma idéia completamente louca, eu não sabia nem se conseguiria me manter em pé, muito menos ir ate o andar de cima.

Continuei deitada, olhando para o teto voltando pouco a pouco a sentir meus membros propriamente, sem todo o torpor de antes.

Meus olhos se fecharam algumas vezes, poucos momentos onde minha mente viajava para os acontecimentos anteriores, onde eu via Tommy e John morrerem na minha frente, onde eu sentia as mãos gélidas de James me segurando, onde eu ouvia o tiro contra mim e assistia Damien prestes a puxar o gatilho para um Oliver desacordado. E então... Eu sempre acordava no momento em que sentia o corpo de Oliver junto ao meu, o braço inerte, mas ainda quente envolver meu corpo enquanto eu própria acolhia a inconsciência.

E era isso, eu realmente precisava dele. Eu não sabia o porque de ninguém ainda ter aparecido no meu quarto, eu não sabia quanto tempo tinha se passado ou se Miles e os outros sabiam que tudo havia acabado, eu sabia que eu precisava sair dali, que eu precisava ver Oliver e sentir por mais um momento que ele estava ali comigo.

Meu coração batia rápido e o aparelho ao meu lado voltava a fazer o barulho de antes, tiro com cuidado a agulha do soro do meu braço e puxo os fios de mim.

Respiro por um momento antes de me levantar. Tudo a minha volta girava horrivelmente e minhas pernas tremeram apesar de eu conseguir ficar de pé. Senti os pontos em minhas costelas repuxarem e precisei de um momento, onde eu caminhei ate a porta cambaleando, para que as coisas enfim parassem de girar. Eu sabia que alguém ia aparecer ali novamente quando vissem que o aparelho não captava mais meus batimentos cardíacos e por isso eu tinha que me apressar, pois eles tentariam me impedir.

 Ao sair pela porta observei o corredor e não havia ninguém ainda, caminhei por ele, me escorando palpando a parede e mirando no elevador logo à frente.

Apertei o botão e a porta sem demora se abriu, escutei o barulho atrás de mim, no fim do corredor o outro elevador se abrir e eu sabia que os médicos estavam saindo dali rumo ao meu quarto.

Me apoiei na parede do elevador enquanto as portas a minha frente se fechavam e eu sabia que tinham me visto, mas com sorte eu chegaria ate Oliver antes deles. Minha visão estava embaçada e talvez parte fosse por eu estar sem óculos ou lentes. A ânsia subia por minha garganta e eu sentia necessidade de deitar e dormir, mas eu só o faria quando eu estivesse novamente segura os braços de Oliver.

O bom de elevador de hospitais é que eles são realmente rápidos. Não demorou muito ate as portas se abrirem no andar acima do meu e eu imediatamente mirei na segunda porta do corredor. Percebo que também não havia ninguém esperando para entrar no quarto de Oliver. Nem Thea ou a Sra.Queen.

 Minhas pernas tremem, mas me mantenho firme enquanto me escoro pelas paredes e suspiro aliviada quando enfim chego ate a porta. Giro a maçaneta e as lagrimas rolam quentes por minhas bochechas quando enxergo Oliver deitado na cama. A respiração era calma, mas eu não podia ter certeza se o sonho era calmo ou agitado.

Fecho a porta atrás de mim e me surpreendo completamente ao ver ele virar a cabeça na minha direção.

—Felicity? - sua voz era rouca e completamente surpresa. Ele parecia bem.

O primeiro soluço rompe de meus lábios e ele se senta na cama levemente inclinada.

—O que esta fazendo aqui, amor? Os médicos... Eles disseram que demoraria ate você poder sair por ai e.... - só então ele parecia me avaliar realmente. -Felicity você fugiu do seu quarto?

Caminho ate ele, incapaz de dizer qualquer coisa e o choro parecia que só aumentava. Eu sentia como se o mundo estivesse saindo das minhas costas em forma de lágrimas. Eu não podia acreditar que o pesadelo tinha acabado ao mesmo tempo em que eu me negava a ficar feliz, pois perdemos pessoas importantes.

—Hey... -ouço sua voz doce enquanto ele abre espaço para que eu me deite ao seu lado e eu o faço, enfim sentindo que eu teria um pouco de paz.

Minha cabeça latejava horrivelmente e a tontura era demais, por isso assim que deitei fechei os olhos, enterrando a cabeça em seu peito,inalando seu cheio em busca de conforto.

Como imaginado os braços de Oliver me envolveram, os lábios pairaram sobre o topo de minha cabeça e a porta se abriu enquanto ele sussurrava que tudo estava bem.

Entreabri um pouco os olhos e vi Thea parada na porta, surpresa e com um copo de café na mão.

O movimento aumentou quando alguns médicos apareceram ofegantes, junto com dois seguranças e todos eles pararam atrás de Thea. Me encontraram.

Fecho os olhos com força enquanto não consigo evitar as lagrimas, fecho minhas mãos no tecido da roupa hospitalar de Oliver e prendo a respiração por um instante. Eu não podia, eu não conseguia sair dali no momento, eu precisava ficar perto dele.

Podia ouvir as vozes abafadas de Oliver entre os médicos e não me importei com o que falavam, eu só precisava ficar ali até sentir um pouco mais de alivio, até conseguir respirar, até conseguir descansar a minha mente e não só o meu corpo.

Aos poucos as vozes pararam e pude ouvir a porta do quarto se fechar. Enfim pude relaxar um pouco, minha respiração se normalizou e consegui conter o choro, agora as lagrimas apenas desciam silenciosas.

—Hey... Tudo vai ficar bem. - ouvi a voz suave de Oliver. -Tudo bem.

—Desculpe... Eu só... Estava tão sozinha lá no meu quarto e... Eu ficava pensando e-em Tommy e Di-Dig e...

—Xi... Não precisa explicar nada pra mim. - o senti beijar o topo da minha cabeça e isso passou uma alta tranquilidade para mim. -Não esta sozinha, eu estou aqui. Você fez um ótimo trabalho atirando em Damien, você salvou minha vida mais uma vez. Dig teria orgulho de você.

As lagrimas desceram um pouco mais com a menção á Dig, ainda era inacreditável para mim pensar que eu não o tinha mais ao meu lado.

Aos poucos percebi meu corpo relaxar mais e mais, presa na bolha de emoção que era estar com Oliver, conforto. Peguei no sono dentro de alguns minutos.

 Quando acordei eu novamente vi o teto branco. Senti um certo frio e percebi que eu estava novamente ligada á aparelhos. Porem, diferente da ultima vez eu não estava sozinha no quarto. Imediatamente Roy entrou em meu campo de visão.

—Roy!

—Hey Felicity.

—Como você esta? O que aconteceu com você? Onde esteve?

—Fiquei desmaiado o tempo todo, uma pedra grande bateu na minha cabeça. - eu podia ver o curativo em sua testa. - Quando me acharam levei pontos, recebi oxigênio e passei ate o outro dia em observação. Estou bem.

Sorrio e seguro sua mão.

—Que bom. Fico feliz.

Olho em volta, incomodada que mesmo depois de tanto esforço eles me separaram de Oliver.

—Oh sim, fiquei sabendo que a senhorita fugiu de seu quarto para ver Oliver.

Abaixo a cabeça, envergonhada.

—É...

—Não se preocupe, ele esta no quarto ao lado agora. Você esta a dois passos dele e não cem.

Me sinto bem mais aliviada, mas Roy não parecia ter acabado com a bronca.

—Você levou um tiro, Smoak. Não saia novamente dessa cama até disserem que você pode.

Assinto, observando nossos dedos entrelaçados suavemente. Meus olhos marejaram novamente.

—Me desculpe Roy... Eu sei que Dig era tão importante para você quanto para mim e eu... Nã-Não pude fazer nada para ajudá-lo, eu... – não fui capaz de terminar, puxei o ar com força e senti a fina lágrima escorrer por minha bochecha.

Roy me olhou entristecido.

—Está tudo bem. Você não poderia fazer nada e eu me sinto tão responsável quanto você, enquanto tudo acontecia eu estava... Desacordado. Assim como eu não pude fazer nada, você também não pode, não se culpe. Vamos sentir falta dele, mas ele morreu como o herói que era, é nisso que devemos pensar.

Respiro fundo e assinto, dando a razão a ele.

Roy abre um sorriso e fico confusa com isso.

—Tem alguém muito ansioso para te ver. – diz enquanto se levanta. –O poupamos de te ver antes por que... Hum, sem ofender, mas sua aparência não passava muito conforto, mas parece melhor agora que descansou. –Ele se levanta e caminha até a porta, parando do lado de fora dela e acenando para alguém que eu sabia quem era.

Abro meu primeiro sorriso sincero quando vejo Miles surgir pela porta. Os olhinhos me olhando preocupados e ansiosos, estava bem vestido e de cabelos penteados, parecia bem. Meu coração bombeou fortemente em meu peito quando ele retribuiu o sorriso, os olhos marejando assim como os meus. Estendi um braço para ele e então ele enfim correu até mim, os braços envolveram meu corpo com cuidado, como se tivesse sido instruído a tê-lo. O abracei de volta, sentindo o conforto que era aquele abraço, era uma to que falava mais do que mil palavras, o símbolo que eu precisava para enxergar... Esperança.

Eram os sentimentos que cresceram em meu peito: Esperança e amor. Tudo ficaria bem na medida do possível dali para frente e por amor a ele eu faria o impossível para fazê-lo feliz, para dar a paz e a estabilidade que ele precisava para crescer bem. Aquilo era possível agora que tudo estava acabado.

—Estou bem. – sussurro para ele. –Tudo está bem agora.

—De verdade? – me pergunta, se afastando apenas o suficiente para me olhar nos olhos.

—De verdade. – confirmo, tocando com o dedo a ponta de seu nariz. –Nada mais vai nos fazer mau.

Ele sorri e eu vi algo naquele sorriso, algo que eu não vi nos outros sorrisos. Era como se a esperança fosse renovada nele também, a esperança de um novo começo.

(...)

—Você acha que consegue? – Oliver sussurrou para mim mais tarde naquele dia. Ele havia recebido alta, Miles dormia encolhido ao meu lado na cama e Oliver estava sentado ao meu lado da cama, segurando minha mãe quanto nós conversávamos sobre a loucura que a imprensa estava lá fora. Parece que a noticia de que eu havia “fugido” do meu quarto para ir até Oliver havia vazado misteriosamente e estranhamente as pessoas pareciam gostar mesmo de saber todos os passos da familia Queen, mesmo depois do caos em que a cidade passou. Oliver me contou que já haviam se passado cinco dias e estavam reconstruindo aos poucos a cidade. Enquanto eu dormia Thea e Roy se revezavam em me ver e dar noticias para Oliver que não podia sair de seu quarto. Foi um desencontro eu ter acordado justo no momento em que não havia ninguém comigo. –É um pouco incomodo.

—Acho que algo que me da tranqüilidade é ter apenas a imprensa para me “preocupar” no momento. – sussurro de volta, sorrindo em conforto para ele. Ele parecia preocupado de eu surtar com todo o assédio. –Relaxa Oliver, não estou preocupada com isso.

—Mesmo?

—Uhum. – assinto. –Quer saber o que me preocupa realmente?

—O que?

—Saber que Damien não está morto. Não tenho certeza se é algo ruim de se dizer, mas eu estaria muito mais tranquila se ele...

—Eu sei, mas... –seus dedos deslizam suavemente por meu cabelo. -Eu garanto a você que ele nunca mais vera a luz do dia fora da prisão da A.R.G.U.S. e além disso... Você não iria querer isso, Felicity. Ter... Sangue em suas mãos, sei que ele merece tudo de ruim que a vida pode oferecer a ele, até mesmo a morte, mas não por suas mãos okay? Você tem um coração bom demais para não se importar caso algo desse tipo acontecesse, ter tirado a vida de alguém, por mais que ele merecesse.

Assinto, compreendendo. Ele tem razão. Além de tudo eu definitivamente não queria ter mais esse tipo de peso na minha consciência. Só queria que agora tudo ficasse bem, queria seguir a minha vida finalmente e paz.


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Notas finais do capítulo

Eaeeeeee gente. Espero que tenham gostado do capitulo, tenham superado um pouquinho a tragédia do capitulo passado kkkk acho que não né. Apesar de muita gente ter dito que estavam na depressão, também falaram que gostaram, então estou realmente muito feliz.
MAIS FELIZ AINDA POOOOORRRR: Ka Duarte fez a quarta recomendação á Fic. Fiquei tão feliz, obrigada amore, de verdade, não esperava ganhar mais recomendações estando tão na reta final da fic, muito obrigada mesmo.
GENTE, Descupa a demora para postar os capitulos, o tempo ta meio dificil, semana passada eu mal cheguei perto do computador, sexta foi meu aniversário e precisei organizar algumas coisas. Maaaas essa semana é a minha ultima semana de aula, então acredito que com as férias os capitulos (que ja não restam muitos) serão mais frequentes.
Espero que tenham gostado desse capitulo,não teve muitos acontecimentos,pois estava ficando muito grande e se eu colocasse a cena seguinte nele eu teria que cortá-la no meio e eu ja estava atrasada para postar, então resolvi que ela ficará completa no próximo capitulo, espero que nãos e importem.
É isso, continuem comentando, adoro e respondo todos os comentários,são importantes.
Podem voltar para me xingar por Damien não ter morrido de fato kkkk eu deixo, pois ja me xinguei por isso, mas eu não queria jogar esse tipo de responsabilidade nas costas de Felicity depois de tudo. Matar uma pessoa, não importa a situação, acredito que mexe muito com uma pessoa. Quis poupá-la de mais essa.
Até o próximo capitulo.
#RIPDIG
#RIPTOMMY