Ela me acompanhou até o meu quarto.

Podia ver que o modo que ela falava estava mais restrito a palavras imparciais, depois do meu pequeno flerte, mais eu podia ver pelo seu olhar de curiosidade e desejo que toda essa forma de me ignorar acabaria logo.

Se não como eu continuaria com os meus planos?

– joker? _ ela me tirou dos devaneios quando me levou até uma sala _ a equipe de segurança está toda aqui, o prédio está inteiramente trancado, você vai entrar em uma sala vazia, só com suas roupas lá dentro _ falou tirando minhas algemas enquanto contei no mínimo sete pessoas apontando armas para minha cabeça _ não quer que ninguém te troque? Ótimo. Pode entrar.

Entrei e escutei a tranca da porta.

– ótimo _ passei as mãos nos meus pulsos _ sem algemas.

A sensação de liberdade sempre que eu tinha era ótima principalmente com o meu passado conturbado.

Tirei minha cueca encharcada e vesti o uniforme estranho de cor obviamente branca, passei as mãos pelo cabelo o sentindo limpo, era uma ótima sensação, sair da caracterização. Bati na porta para que ela entendesse que já havia acabado. Abriu a porta e me levou até o meu verdadeiro “alojamento”.

A mesa de alumínio não estava mais lá só tinha agora uma cama, pia com uma escova e pasta um sanitário e uma pequena tabua embutida com mais ou menos seis livros.

– como fez isso? _ percebi que tinha trocado o jaleco, já que não estava mais sujo.

– como?

– os livros? A cama com Lençóis bons? Como?

– segredo love, segredo... _ ela balançou a cabaça como se não ligasse, mais eu sabia que ela estava se afogando em curiosidade.

Ela iria sucumbir a mim, eram todas assim, sempre foi, até mesmo quando eu não queria...

#flashback_on.

– bati!!

– merda _ Elijah jogou as cartas na mesa _ você sempre ganha com a porcaria do do coringa Klaus!

– o problema é seu que é péssimo em canastra Elijah _ Freya falou dando um beijo no topo da minha cabeça _ o Nick é o melhor.

Eu a adorava, era uma ótima irmã, mais eu com certeza achava Bekah mais fofa. Como não? Se ela era tão pequena e doce mesmo sempre fazendo birra.

– kol me devolve minha boneca!! Vou contar tudo para o papai.

– falaram meu nome _ todos nos corremos como um bando de órfãos famintos por amor paterno.

E la estava ele, com seu cabelo bem penteado, terno olhos azuis brilhando ao ver suas garotas, todos nos sabíamos que ele sempre amou mais as filhas, principalmente Freya.

– Mikael amor, pensei que chegasse só a noite _ minha mãe saiu de tras da bancada com uma bandeja de biscoitos quentes.

– vim pegar o Elijah para leva-lo ao colégio, soube no trabalho que o ônibus não passará _ Elijah era o mais velho de 15 anos, depois vinha eu de 14, em seguida Freya com 12 e no final os gêmeos Kol e Rebekah de seis. Só Elijah estudava a tarde.

– estou indo.

– na verdade, você vai com o Ansel, ele disse que poderia leva-lo _ minha mãe falou _ assim você pode ter uma folga a tarde querido _ ela o abraçou e lhe beijou a bochecha.

– boa ideia _ Elijah saiu correndo ao ouvir a bozina do nosso tio, e foi ai que decidimos brincar...

Parecíamos a típica família americana, eramos tão perfeitos na nossa aparência...

Quem me dera se essa fosse a verdade...

#flashback_off

– então joker, quando vai me contar qual é o seu nome _ ela falou não muito séria e quase cética de que eu realmente faria isso. Me aproximei o bastante para sentir seu cheiro de jasmim, o mesmo que a outra tinha...

– quando for merecedora sweet.

{...}

– amor?

– sim Hayley?

– tem certeza que se ajudarmos seu irmão as pessoas não vão descobrir? quer dizer sua eleição está chegando e... _ Elijah pois o dedo na boca dela a silenciando.

– meu amor, eu sei o que eu faço. Joker é sangue do meu sangue, não tem nada melhor do que o ajudar na sua vida, não é?

– tem razão.

Ela o beijou e os dois dormiram silenciosamente.