Quem diria! escrita por NathyWho221B


Capítulo 6
Eu a deixaria ir no momento em que me dissesse


Notas iniciais do capítulo

Hey! Novo capítulo e o último! Não chorem, tudo acaba um dia , como disse o Ood uma vez em Doctro Who, " a canção está acabando, mas a história nunca termina" ( sdds do Allons-y T-T)
Enfim, boa leitura á todos!!!



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No dia seguinte ao que Sherlock fora enxotado do apartamento de Molly, ele estava de volta ao Barts, mas não era porque ele estava entediado. Tubo bem, talvez em parte seja, mas o outro motivo é que ele queria conversar com Molly para saber se ela estava bem depois do que aconteceu ontem.
Durante todo o dia Molly ignorou-o e nem ao menos olhou para ele. Toda vez que Sherlock iria começar a falar ela desconversava ou até mesmo saia da sala sem dizer nada. Estava bem claro para ele que ela estava chateada.
Hoje Lestrade visitou Molly no Laboratório. Não estranhou Sherlock lá ao encontra-lo, até cumprimentou-o. Greg não era uma pessoa que guardava ressentimentos. Sherlock não sabia por que, mas estava achando muito desconfortável presenciar eles trocando carinhos e flertes. Principalmente Molly, mesmo sendo discreta e tímida, Sherlock percebera que ela estava flertando com Greg de propósito. Ficou enjoado e decidiu ir tomar um ar. Quando voltou, eles não estavam mais no laboratório. Provavelmente tinham saído para almoçar, deduziu Sherlock.
Como ainda estava um pouco enjoado e sabia que os veria de novo, juntos, decidiu não comer nada, para não correr o risco de botar tudo para fora mais tarde. E foi isso o que aconteceu. A única coisa boa foi que Lestrade não ficou muito tempo. Depois de alguns segundos que Lestrade saiu, tentou novamente falar com Molly.
– Molly, eu sei que está me ignorando.
–...
– Precisamos conversar.
– Não precisamos.
– Sim, precisamos. Sei que está chateada por ontem á noite...
– Não estou e você não precisa se desculpar.
– Não estou me desculpando. – isso soou um pouco rude, até mesmo para Sherlock. Tentou arrumar isso. – Me desculpe.
Ela riu sarcasticamente. Ele entendeu o porquê e sorriu. Assim que ela viu seu sorriso, retomou sua postura e voltou a ficar séria. Sherlock murchou.
– Molly...
Ela continuava calada. Num impulso meio que sem pensar e cansado de ser ignorado, Sherlock agarra com força o braço dela e a puxa para si em um único movimento, colando seus lábios. Ela fica tão surpresa que nem fecha os olhos inicialmente. Tenta empurrá-lo, mas ele continua segurando seus braços. Também tenta abrir a boca para dizer algo, mas ela é invadida pela língua dele. Vencida, tanto por não ter mais o que fazer e também pelo desejo, se entrega ao beijo. Sherlock percebe que ela parou de resistir e aprofunda o beijo, deixando-o mais intenso.
Ela agarra seus cabelos encaracolados e ele estremece. Estava ficando impossível parar... Todo o amor que ela sempre sentiu por ele era verdadeiro e ele estava sentindo-o agora, através de sua pele, sua boca, as rápidas e fortes batidas de seu coração, diziam o seu nome. E ele também, mesmo que sem saber, ele gostava dela e mais do que somente um amigo. Isso o fez se afastar e encarar seus olhos amendoados e dilatados de paixão. Será que ele sentia o mesmo? Sherlock não sabia, mas Molly que também o encarava, via agora seus olhos dilatados também. Ela estava tão feliz que nem viu quando Lestrade abriu as portas do laboratório á procura de sua blusa de frio que tinha esquecido.
Desta vez Lestrade não conseguiu aguentar, já era a segunda vez que os encontravam tão próximos. Porque os lábios dela estavam tão inchados? Não pode ser que... Ela não faria, faria?
– Molly... O que está acontecendo? – Lestrade quase não tinha voz.
Molly empurra Sherlock para o lado para assim poder ver Greg. Sente vontade de chorar ao ver sua expressão. Ele parecia muito chocado e triste, talvez até com um pouco de raiva. Sherlock olha Lestrade e vê as mesmas coisas que Molly. Sentiu um peso na consciência, mas balançou a cabeça espantando isso. Ele não tinha visto o beijo, então não seria nada de mais, mas mesmo assim ele devia se desculpar com Molly por ter feito-a traí-lo. Não. Não deveria.
– Greg eu posso-
– Pode explicar? Isso é meio clichê, não acha?
– A culpa não foi dela. – diz Sherlock indiferente.
– Não quero saber de quem é a culpa, só quero saber o que aconteceu. Não quero que mintam para mim e nem escondam nada.
Molly abriu a boca, mas não conseguiu dizer nada, ela estava tão envergonhada que não conseguia nem olhar nos olhos dele. Ela sabia que estava errada. Sherlock percebeu que ela não conseguiria falar nada e decidiu contar o que aconteceu.
– Bom, ontem eu a acompanhei até em casa e ela disse que me amava, eu não disse nada e por esse motivo ela me enxotou do apartamento e bateu a porta na minha cara.
– Tudo bem... Até agora eu não vejo nada de errado, continue. – Lestrade não ficou bravo por saber que Molly tinha finalmente dito á Sherlock que o amava, isso era tão óbvio que ele não se importou. Ele imaginou que até seria engraçado ver Molly batendo a porta na cara de sonso do Sherlock. Riu em pensamento. Sherlock respirou fundo antes de continuar.
– Então hoje eu vim para tentar conversar, mas ela me ignorou o dia inteiro. Depois do almoço, assim que você saiu, eu tentei falar com ela novamente. E adivinha, ela ainda não queria conversar, então eu simplesmente a puxei para mim e a beijei.
Lestrade acabara de confirmar o que já sabia. Respirou fundo tentando não perder a cabeça.
– Acho que devemos acabar logo com isso, não? – ele olhou para Molly que agora o encarava.
– Desculpe, eu...
– Você o ama, e todo mundo já sabe... E agora vão saber que Sherlock também.
– O que?! Eu... – Sherlock olha para Molly e pensa um pouco. Ela é bonita, ele sempre a achou bonita, desde que a viu pela primeira vez. E ela não era nem um pouco parecida com a Mulher. Irene era toda extrovertida e má, ao seu modo, já Molly era tão tímida, boa e reservada... Sherlock nunca pensou que teria dois tipos de gostos para mulher. Na verdade ele nunca imaginou que um dia iria se apaixonar por alguma mulher. Ele se considerava assexuado. Não podia mais dizer isso. Não depois de ter dormido com a Mulher, e não agora, depois de ter beijado Molly, sem querer nada em troca. – Tudo bem, talvez eu... – Ele engole seco antes de dizer. – Goste.
Molly não sabia o que sentia, parecia que Lestrade estava até incentivando que eles ficassem juntos. Greg se aproxima de Molly.
–Querida, você só precisava ter me contado. Eu a deixaria ir no momento em que me dissesse. Antes de tudo você é minha amiga. – ele diz com carinho e ela deixa escapar uma lágrima antes de abraça-lo.
Sherlock estava odiando todo aquele clima de reconciliações, talvez se Lestrade tivesse socado seu nariz ou iniciado uma briga, seria mais emocionante. Sherlock sempre gostou da emoção de uma briga, de ter o sangue bombeando nas suas veias...
– Bom, acho melhor eu voltar para Scotland Yard. – diz Lestrade, interrompendo os pensamentos de Sherlock, pegando sua blusa de frio que tinha esquecido em cima de um dos balcões do laboratório.
– Se você quiser ajuda com o caso, eu estou livre.
– Não, não está. Você e Molly precisam resolver algumas coisas.
– Precisamos? – pergunta Sherlock.
– Precisam. – Lestrade o responde, antes de sair abrindo as grandes portas do laboratório, deixando os dois sozinhos.
Sherlock e Molly ficam olhando para todos os lados, menos nos olhos um do outro. Eles não sabiam o que dizer o que fazer.
–Então... – Sherlock começa.
– Então... – continua Molly.
– Você gostaria de...
–Sim?
– De... – Sherlock coça a cabeça franzindo o cenho, meio constrangido. – De namorar?
– Você disse namorar?
–Sim.
– Com você? – ela pergunta surpresa.
– Mas é claro que é comigo, está vendo outro Sherlock por aqui?
–Não, eu só... Sherlock você está bem? - ela aproxima-se e passa a mão em sua testa. Ele se afasta.
– Olha... Se não quiser, diga logo.
– É claro que eu quero. Eu só nunca imaginei que você pediria.
– Surpresa! – ele faz uma reverência indiferente. Molly ri baixo.
Eles ficam se encarando, ambos constrangidos pela situação. Sherlock nem sabia como se comportar em um namoro. Tudo bem que ele já havia feito isso uma vez, com Janine, mas foi por fingimento, agora era verdadeiro e ele não sabia o porquê, mas lhe faltavam palavras. Isso nunca tinha acontecido antes.
Ela sorriu timidamente para ele, que entendeu isso como uma deixa para dizer algo. O que os namorados dizem para as namoradas? Pensou Sherlock. Ah, sim.
– Molly, quer ir para o meu apartamento depois do seu expediente?
– Ah... Claro.
– Ótimo. Te vejo mais tarde.
Na verdade, Sherlock só a convidou para 221B para ganhar tempo e pensar em alguma coisa para dizer.


***


– Oi. - diz Molly ao entrar no flat.
Sherlock para de tocar seu violino e abre os olhos, se virando em seguida e encarando Molly com um sorriso tímido, tão característico dela... Ele largou o violino em cima da poltrona e foi a encontro dela. Ela começou a piscar várias vezes, e seu coração batendo rápido com a proximidade dele. Está com vergonha, pensou Sherlock.
Ele segurou seu pequeno rosto e deu um rápido selinho nela que corou logo em seguida.
– T-tem certeza que é isso o que quer? – ela gagueja ao perguntar.
– Do que está falando?
– Quer mesmo namorar comigo?
– Quero.
– Tudo bem...
Ela sentou no sofá e juntou as mãos. Silêncio. Sherlock bufou entediado e se sentou ao lado dela, mas não muito perto. Ela nem virou a cabeça para olhá-lo. Ele se sentou mais perto. Ela engoliu seco.
– Olha, quer saber? Eu não me importo com o que todos vão dizer, eu realmente goste de você Molly. Eu quero namorar você.
Ela olha para ele e assente. Ele estava dizendo a verdade. Pela primeira vez, quem toma a iniciativa agora era Molly. Ela segurou sua nuca e trouxe-o para si, beijando-o com todo o seu amor. Sherlock se arrepiou até o último fio de cabelo, quando ela segurou o colarinho e sua camiseta preta, colando seu corpo no dele. Ele nunca tinha visto Molly tomando alguma atitude, então isso realmente o surpreendeu. Ela começou a desabotoá-lo. Sherlock entrou em pânico. Ele não era mais virgem, mas mesmo assim, é sempre diferente quando é a primeira vez com alguém de quem se gosta muito.
– Não se preocupe. Eu vou ser gentil. – ela sussurra em seu ouvido ao perceber que ele entrara em desespero. As palavras doces de Molly acalmou-o.
– Você é sempre gentil. Você é a Molly.
Ela sorriu para ele olhos fechados. Sherlock a beijou novamente e a ajudou com a roupa, agora com calma. Sherlock nunca a tinha visto nua. Depois de tantos anos vendo-a com aquele jaleco gigantesco, disfarçando todas as suas curvas... Por Deus ela era linda! Molly pensara o mesmo, e estava tão sensível que em cada mínimo lugar que Sherlock a tocava, ficava quente. Os dois se entregaram um ao outro sem medo e sem arrependimentos, sem pressa.

Quem diria que algum dia um detetive assexuado passaria uma noite com A Mulher, e que um dia Molly e Lestrade ficariam juntos, e que Mycroft passasse o natal com os amigos, mesmo que não admita tal envolvimento, e que, por incrível que pareça, Sherlock e Molly finalmente ficariam juntos em uma relação estável, sem pressão por parte de ninguém, apenas por... Estarem apaixonados... Esse é o mundo das possibilidades e as coisas só são impossíveis até o momento em que deixam de ser. Estamos sempre repetindo: não é possível! Não é possível. Mas é! É possível!... Alguns diriam que seja um milagre, que pessoas tão diferentes possam se apaixonar, mas o milagre não prova o impossível, serve, apenas, como confirmação do que é possível. Então a única coisa que nos resta dizer é...

Quem diria!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do final, eu não sou muito boa com finais rsrs, tive até uma ajuda com a frase do Miguel Falabella kkkkk. "Brigadão!!" Ao contrário de muitas garotas que AMAM aquela camisa roxa do Sherlock kkkkk eu prefiro a preta, sla ela deixa ele tão sexy! E muito obrigada a todos que acompanharam, comentaram e favoritaram, adoro vocês do fundo do coração *-------*!!!!!! Beijos gnt!



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