Quem diria! escrita por NathyWho221B


Capítulo 4
Natal, outra vez


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo!! Uhuuuuu kkkkk eu adorei escrever esse capítulo, então eu espero que gostem também.
Boa leitura!!



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A casa de John e Mary tinha tanto espírito natalino quanto a blusa de tricô de John. A própria Mary tinha feito aquela blusa, toda vermelha com bolas de natal verdes na altura da cintura, com o desenho dando a volta por toda a circunferência de John. Ele amou aquela blusa. A casa estava enfeitada toda em vermelho, verde e branco. A pequena Maya usava um vestidinho branco rendado, estava tão fofa, pensou Molly enquanto acariciava a cabecinha dela que estava no colo de Mary.

Eles convidaram somente os amigos mais íntimos deles. E ainda teria um amigo secreto, já que uma semana antes eles tinham sorteados os nomes. John ainda se lembrava da reação de todos enquanto pegavam seu papelzinho dobrado. Todos ficaram se entre olhando. Provavelmente Sherlock e Mycroft já devem ter descoberto quem tirou quem. Tomara que eles não estraguem tudo, pensou John.

Depois da ceia de natal, á noite, todos já estavam satisfeitos, quando John anunciou o começo da brincadeira. Pegou um saquinho e escreveu nomes de todos em um papel, depois os recortou e os jogou no saquinho. Mexeu bem e deixou Maya tirar um nome. Mrs. Hudson começaria o jogo. Todos estavam espalhados pela sala, Lestrade e Molly sentados em um grande pufe, Johh ao lado de Molly sentado no chão com as pernas cruzadas, Mary tinha colocado Maya no carrinho de bebê e estava agora sentada em uma das poltronas e Mycroft em outra. Sherlock era o único no sofá, depois que Mrs. Hudson se levantou para começar o amigo secreto. Junto com ela estava uma caixa pequena.

– A pessoa que eu tirei é um rapaz.

– Sherlock? – pergunta John.

– É claro que não. – responde Sherlock revirando os olhos. – É óbvio....

– Cale a boca, não estrague. – diz Lestrade o interrompendo.

– Não. O rapaz que eu tirei é um pouco mais velho...

– Um pouco? – diz Sherlock dando um riso sarcástico.

– Quieto! – John o repreende. – Pode continuar Mrs. Hudson.

– Ele é um pouco antissocial e ás vezes me insulta, mas eu sei que é sem querer. – ela sorri. – Mycroft? – ela estende a mão que segurava o presente em direção a ele. Mycroft se levanta da poltrona e pega o presente enquanto ela senta de volta no sofá. Sherlock estava se segurando para não socar a cara esnobe de seu irmão analisando a caixa. Ele tira o embrulho e fica chocado com o presente. Era uma caixa de música, quase uma relíquia de tão antiga, com uma melodia parecidíssima com a caixa de música que ele teve na infância. Engoliu seco quando viu que todos o olhavam. Recompôs-se e tentou não demonstrar o quanto adorou aquele presente.

– Obrigado Mrs. Hudson. – disse o mais indiferente que conseguiu, mas a essa altura todos já perceberam que ele estava emocionado á alguns segundos atrás. Ela sorriu para ele.

Mycroft deixou a caixa de música em cima da mesinha de centro e pegou seu presente. Era um pouco grande e não tinha uma forma correta.

– A pessoa que eu tirei é uma garota. Quero dizer, uma mulher, mas que parece uma garota.

– Molly? – Pergunta Mary.

– Molly.

Molly se levanta desconcertada com o discurso de Mycroft. Isso era um elogio vindo dele. Ela pegou seu presente e logo o desembrulhou. Era um gato de pelúcia, mas não daqueles que se encontra em qualquer lugar. Aquele era tão realista que poderia ser confundido com um gato de verdade, até os pelos eram tão macios quanto os de Toby, mas esse era todo branco e nas orelhas caramelo.

– Adorei! Obrigada Mycroft. – ela o abraçou e ele não sabia se retribuía o abraço ou se ficava parado lá. Por fim deu uns tapinhas nas costas de Molly e foi se sentar. Molly deu seu gato de pelúcia para Lestrade segurar e pegou seu presente. Era uma caixa retangular de tamanho médio.

– Bom... A pessoa que eu tirei é muito inteligente.

– Eu? – pergunta Lestrade sorrindo.

–Errado. – diz Sherlock automaticamente.

– Não. – Molly sorri e continua. – É um amigo. – ela enfatiza a palavra amigo fazendo Lestrade se sentir – É um amigo muito querido e eu... Eu gosto muito dele. – Molly cravou seus olhos em Sherlock e por um momento uma tensão pairou sobre a sala dos Watson. Sherlock congelou e Lestrade o olhou pelo canto do olho. – E ele também é muito difícil de agradar, então eu espero que goste do presente.

Sherlock se levanta. Já estava óbvio que o presente era para ele. Desembrulha o presente que em sua opinião estava muito bem embrulhado. Lança um último olhar para Molly antes de abrir o presente. Abre a caixa e encontra um cachimbo de madeira polida, muito bonito.

– Não vai precisar mais esconder meus cigarros, John. Acabei de achar algo melhor.

– É para a decoração, Sherlock. Eu nunca daria um de verdade para você alimentar seus vícios. – diz Molly com as mãos na cintura com o cenho franzido.

– Eu já sabia. – ele diz dá um sorriso rápido. – Obrigado, Molly. – Sherlock segura seus braços com gentileza e deposita um beijo no topo de sua cabeça.

Meio zonza Molly volta a se sentar no pufe com Lestrade e segura seu gato em sua frente, apertando-o. Sherlock coloca seu cachimbo no bolso do sobretudo que estava no braço do sofá e em seguida pega seu presente. Uma caixa mal embrulhada. Embrulhar presentes definitivamente não era a área dele.

– Eliminando as pessoas que já foram, sobra John, Lestrade , Mary e Mrs. Hudson. E como eu tirei um homem, Mary e Mrs. Hudson também estão eliminadas.

– Sherlock, isso não é um caso. – diz John.

– Está bem, então vamos acabar logo com isso. Ele tem mais cabelos brancos que os meus pais juntos.

– Eu não tenho tantos assim. – Lestrade se levanta e pega seu presente depois de ter dado um abraço forte em Sherlock, dando alguns tapas em suas costas um pouco forte de mais, Sherlock pensou. Ele abre o presente e encontra uma grande caneca térmica com tampa.

– Vou adorar tomar café nela enquanto comer uma rosquinha de chocolate.

Sherlock finge um sorriso e volta a se sentar no sofá. Lestrade coloca sua caneca na mesinha de centro como Mycroft fez e pega o seu presente.

– Bem, eu tirei uma mulher loira. – ele sorri para Mary que sorri de volta e se levanta para abrir seu presente e tira um longo cachecol azul de dentro dele.

– Lindo! Obrigada, Greg. – exclama Mary admirada.

– Por acaso tirou isso do meu guarda-roupa? – pergunta Sherlock.

– Não. – responde Lestrade rolando os olhos.

Mary enrola o cachecol em seu pescoço e pega seu presente.

– Eu tirei um homem. John. – ela sorri para seu marido que se levanta do chão e a abraça. Dá um selinho nela e pega seu presente. Abre e se depara com um livro.

– O hobbit. – John lê na capa do livro.

– Você vai adorar querido. – ela diz e dá outro beijo nele.

– Esse da capa parece comigo...

– Esse foi o segundo motivo de eu tê-lo comprado. – ela dá uma gargalhada e ele sorri. John adorava ver Mary rindo.

John pega o seu presente e o entrega diretamente á Mrs. Hudson que o abraça, já que ela era a última que sobrou. Ela ganhou um vaso de flor ornamentado, dourado.

– Esse é por aquele dia em que Sherlock deu um tiro no seu vaso. – John sorri envergonhado por amigo que nem se importou em quebrá-lo.

– Oh, obrigada, John. Eu amei de verdade! Espero que Sherlock não destrua esse também. – ela diz e Sherlock bufa.

***

– Parece que Molly tem um namorado.

Diz Mycroft que se aproxima com uma taça de vinho onde Sherlock estava encostado sozinho em uma das paredes da sala.

– Ótima dedução, Mycroft. – ele responde irônico.

– Você não se sente nem um pouco chateado ou magoado por ela ter te trocado?

– Ela não me trocou. Só está tentando, falha mente, se apaixonar por Lestrade.

– Eu também percebi que ela fica mais feliz quando você a olha.

– Eu também.

– Você o que?!

– Eu também percebi.

– Ah, sim. – ele se recompõe.

– Mas talvez eu também possa ficar feliz quando ela me olha. Algum problema com isso?

– Nenhum, meu irmão. Só não se esquece de que se envolver não é o apropriado. E por falar em se envolver... John tinha me dito que Irene Adler não parava de te enviar mensagens de texto.

– John! – ele range os dentes ao dizer o nome de seu melhor amigo. – Bom, de qualquer forma, ela parou, então não tem que se importar com isso.

Mycroft tentou deduzir algo que entregasse alguma mentira nas palavras de Sherlock, mas não achou.

– Boa sorte com Molly, eu já vou indo. Feliz Natal, irmãozinho.

Enfim, meia noite. É natal, outra vez e desta vez, todos juntos. Todos desejaram feliz natal uns aos outros. Sherlock já estava cheio de toda aquela alegria natalina e decidiu que já estava na hora de voltar para Baker Street. Chamou Mrs. Hudson para ir, pois ela já estava ficando corada com a bebida, mas John e Mary disseram que ela poderia ficar e dormir na casa dos Watson. Ele teria que voltar sozinho.

– Sherlock? – Molly pergunta com os braços cruzados por causa do frio congelante que estava do lado de fora. Sherlock para de andar.

– Sim?

– Feliz natal.

– Feliz natal, Molly Hooper.

– Aparece mais vezes no Barts, já faz um tempo que não vai lá. Os mortos estão sentindo falta das suas chicotadas. – ela ri baixo e ele também.

– Vou sim. Tenho que fazer algumas análises para passar o tempo. O tédio está me matando.

– Então, vou esperar. - ela sorri.

– Molly, acho que você já esperou tempo demais. É a pessoa mais paciente que eu conheço. Desta vez não espere.

– Oh, então... Está bem. – ela diz meio confusa, tentando entender o que ele quis dizer.

– Oh, Molly...

Sherlock se aproxima e toca seu rosto com as costas de sua mão direita. O coração de Molly estava batendo tão forte e rápido que Sherlock quase conseguiu escutá-lo. Ele percebeu que os olhos dela estavam muito dilatados e ficou feliz por algum motivo que ele mesmo desconhecia.

– S-Sherlock, eu... - ela gaguejava ao tentar começar uma frase, mas foi interrompida.

– Molly, eu acho melhor nós irmos- Lestrade para abruptamente e encara a cena a sua frente incrédulo. Porque Sherlock estava acariciando o rosto dela? E porque ela estava deixando? Lestrade não ficou bravo, mas um pouco triste. Parece que Sherlock estava certo. Molly não estava realmente feliz com ele. Lestrade pensou que talvez, e ele desejou estar errado, mas talvez, só talvez Molly ainda esteja apaixonada por Sherlock.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Comentem e me deixem feliz *-* E sobre a caixinha de música que Mycroft ganhou .... Quem está lendo a minha outra fic "Momentos" está ligado kkkkkk

Aqui está o link para quem quiser ler : https://fanfiction.com.br/historia/606277/Momentos/



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