Vice-Versa escrita por Chokito TMJ


Capítulo 2
Nosso Universo


Notas iniciais do capítulo

Oie powo! Atrasei com esse capítulo porque estava sem o HD onde salvo tudo.

Que fique claro que, nesta história, tudo o que se passa nela é como se fosse antes da primeira edição. Tudo bem que eu fiz referência à edição 37, mas é como se SOMENTE AQUILO tivesse acontecido entre as TMJ's publicadas até hoje. Enfim, boa leitura!



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– Meu pai está terminando de escrever o primeiro livro dele. – Dizia Irene, na maior inocência, procurando ser mais gentil possível com todas as meninas. Mas isso não teve o apoio de Mônica.

– Afe, garota, deixa de ser metida! – A dentucinha falou, estressada.

Irene não tinha o que responder. Se falasse alguma coisa, seria humilhada pela Mônica. Então fez a primeira coisa que lhe veio à cabeça; correu para longe, murmurando algumas palavras que pareciam significar um desculpa pausado pela respiração ofegante, enquanto enxugava suas lágrimas.

– Mônica, para de ser arrogante com a menina, que desse jeito a coitada vai ficar sentindo trauma. – E Mônica se assustou com a atitude de Cebola, que dizia enquanto terminava de chegar no círculo. Estaria ele defendendo aquela sirigaita mesmo? Seu próprio amigo e consideravelmente mais que isso estaria deixando-a de lado e trocando por uma… uma loira oxigenada?!

– Cebola, escuta uma coisa. A Irene é uma chata, enjoada, ridícula, besta, horrenda, cansativa e, enfim, soberba. Você viu o jeito que ela falou aqui, com a gente? Ela estava tentando se mostrar. Nem a Carmem é tão enjoada a esse ponto. E querendo ofender, Carmem. Pode ter certeza. Mas o que você dizia mesmo? Que a coitadinha da loira falsificada está apenas querendo ser amiga, entrar pra turma e blá, blá, blá… me poupe, criança. Nem quando você tinha apenas 5 fios você era enjoado desse jeito. Vou usar uma coisa que o Do Contra me ensinou… a brincar de vida. Sabe como é?

– Abre o tabuleiro e joga.

– Não. É muito mais fácil. É só cada um cuidar da sua.

– Me poupe, Mônica. Se fosse pra cada um cuidar da sua, você não teria dito nada daquilo sobre a Irene. Você estava cuidando da vida dela. Então vamos brincar de plantar e colher.

– Como assim? – A garota indagou sem perceber que caiu quase na própria pegadinha.

– A gente colhe o que a gente planta. Você escolheu discórdia. Então, receba discórdia, igual como você plantou.

– Você já foi mais inteligente. Se a gente planta uma coisa, quando vamos colher, ela já está maior.

– Tem razão, Mônica. Você plantou discórdia com uma pessoa. Agora, colha a discórdia com várias pessoas.

Cebola saiu, sendo acompanhado de todas as meninas, menos Aninha, que ficou para aconselhar a Mônica. O que estaria havendo com a garota? Ela já fora inconveniente, mas neste dia de hoje (depois de ontem e antes de amanhã) ela estava mais arrogante do que nunca.

– O que está havendo com você, Mô? Está muito estressada…

– Ah, Aninha… eu queria que o Cebola percebesse o quanto eu gosto dele, e o quanto eu acho a Irene insuportável! Ela vive se lamentando por aí, e acha que o Cebola deve fazer tudo pra ela, e bancando a santinha ainda, pra piorar. Eu já não sei mais o que fazer pra mostrar isso ao Cebola sem dar na cara dele. Quer dizer, a gente cresceu, estamos diferentes. Mas o que está de tão diferente assim? Eu chego perto dele, e ele foge. Será que se passaram anos mesmo, ou somente dias? É muito complicado. E com a chegada desse novo menino, eu… tenho uma… coisa… a dizer…

– Fala, Mônica. Pode desembuchar comigo, sou sua amiga também.

– Eu… tenho a impressão de que conheço ele de algum lugar… mas eu não consigo me lembrar de nada! Parece que, de alguma forma, a minha memória foi apagada e… arght, Aninha, isso é tudo culpa da Irene! Ela entrou na turma nos meses em que eu saí do Limoeiro e fui pra Nova Esperança. Mas eu só fiquei lá por dois meses e a garota já chegou se atirando pra cima do Cebola! Aaaaaaahhh, ANINHA, MINHA CABEÇA VAI EXPLODIR!

Quase que dito e feito. Mônica sentiu, de repente, uma forte dor de cabeça e não aguentou. Mônica desmaiou, deixando Aninha desesperada. Só não pode-se afirmar exatamente o 'dito e feito' porque a cabeça dela por enquanto ainda estava no lugar.

Quando acordou, Mônica viu uma pequena lembrança. Era um garoto de cabelo esquisito, com um rabo de cavalo, e que… gostava de contrariar.

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– Não, Não, isso não pode ser possível! – Astronauta berrava em sua nave, assustando Xabéu e Zé Luís.

– O que está havendo, Comandante? Está com algum problema? Precisa de ajuda?

– Um dia você vai entender que ele só tem olhos pra Ritinha… – Zé Luís falou baixo para Xabéu, tendo como resposta uma língua apontada em sua direção. Que menina mais insistente!

– Tenente, você lembra daquela vez em que vimos um mundo diferente – edição 37 – e que eu acabei… você sabe…

– Sim, Comandante, eu lembro. E o que aconteceu?

– A Mônica… teve uma lembrança… dele.

– Ah, meu Deus! E agora, Comandante Astro? O que é que vamos fazer? Se a Mônica se lembrar de tudo, ela vai acabar… hum, acabar… o que vai acontecer com ela mesmo?

– Diga novamente a frase, sem nenhum complemento depois de 'acabar'.

– “Se a Mônica se lembrar de tudo, ela vai acabar”… oh, meu Deus!!

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“Eu parei por um tempo. Refleti. O que estou fazendo no mundo? Qual o meu papel na sociedade? Percebi que era hora de perguntar a alguém que eu tivesse intimidade. Mas… quem?”

“Não consegui falar com ninguém, me identificar com ninguém. Cientifica e Psicologicamente bem, eu estava. Agora, emocionalmente já era outra história.”

Ele se levantou, correu em direção ao quarto, jogou-se na cama e dormiu. As últimas palavras dele antes de deitar na cama foram 'eu quero acordar me lembrando de tudo ou, se possível, nunca mais acordar'.

E ele acordou. Com uma pitada de lembrança. Daquele momento em que ele… espera, ele já não lembrava mais. O que será que aconteceu? Quando ele se recordou de alguma coisa, ele se esqueceu. Parecia que tinha alguém controlando ele… como se estivessem vigiando ele por uma tela espacial e tentaram evitar que a lembrança ocorresse. Mas claro que era só um delírio, isso era impossível de acontecer.

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– Bem a tempo, Comandante. – Xabéu dizia, orgulhosa de seu superior. Era uma emoção que ela não podia controlar, embora não soubesse por quê.

– Enfim, Tenente e Alferes, quero todos vigiando para que nada dê de errado no nosso verdadeiro Universo. Se alguém se lembrar mesmo de alguma coisa sobre o garoto, apaguem as memórias deles com este gadget. Enquanto isso, vou mexer em um dos Universos Paralelos para ver se consigo enviar o menino até lá. Ninguém irá lembrar dele. Mas é uma missão muito complicada, necessito de total concentração. Não quero ver vocês entrando na sala sem serem chamados, okay?


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