A Maldição do Tigre - por Ren escrita por Lelis


Capítulo 5
Capítulo 4 - Minha História


Notas iniciais do capítulo

Oiiii!
Esse capítulo ficou grande, demorei uns dois dias para conseguir postar.
Uma boa leitura.



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Kadam apareceu dois dias depois (como havia dito). Ele entrou no galpão bem cedo, antes de qualquer pessoa.

– Oi, Ren. - disse - Eu ainda não acredito que finalmente você voltou a ser homem.

Me transformei para que ele pudesse ver e disse:

– Oi, Kadam. Posso ficar como homem só por 24 minutos, como antes. Não me tornei novamente um homem.

– Ainda, mas tenho certeza de que logo você voltará a ser quem era, já que descobrimos a escolhida para quebrar a maldição. Acho melhor levá-la à Índia antes de contarmos tudo a ela, o que você acha?

Pensei por um momento e respondi:

– Acho que você tem razão. Será mais fácil ela acreditar se estivermos na Índia.

–Certo. Meu plano é comprar você por um valor que dê para o circo se manter por, aproximadamente, dois anos, assim será difícil recusarem. Direi que vou levá-lo a uma reserva.

– E Kelsey?

Voltei a ser tigre, pois estava na hora de Kelsey aparecer.

– Isso será um pouco mais difícil. Vou inventar uma história de que não poderei te acompanhar até a reserva e pedirei que alguém faça isso. Só tenho que encontrar um jeito para que seja Kelsey a ir.

Quando ele estava terminando de falar, Kelsey entrou (ainda bem que eu estava como tigre), ao ver Kadam, perguntou:

– Oi! Posso ajudá-lo?

– Olá! Você deve ser a Srta. Kelsey. Meu nome é Anik Kadam. É um prazer conhecê-la. – disse, curvando-se para ela.

Kelsey perguntou se poderia ajudar e explicou a Kadam onde ficava o Sr. Maurizio.

Depois que ele saiu, ela disse:

– Que coisa estranha. O que será que ele queria? Talvez tenha um interesse especial em tigre.

Ela fez um carinho rápido na minha pata e me deu o café da manhã, dizendo:

– Não é todo dia que uma pessoa vê um tigre tão bonito quanto você. Ele provavelmente só quer parabenizá-lo pelo espetáculo.

Não é nada disso, iadala. Queria poder te contar tudo, mas você iria se assustar se eu me transformasse agora.

Eu grunhi, o que era o máximo que podia fazer para respondê-la.

Logo depois ela saiu e fiquei sozinho, esperando que meu destino fosse decidido. Alguns minutos depois, o Sr. Davis entrou e disse que eu iria ser levado para uma reserva na Índia, que ele gostaria de ir junto, mas que não podia.

Bom, até aqui o plano está dando certo. O que é bom, pois Kadam já tentou me comprar diversas vezes e nunca conseguia. Isso só reforça que Kelsey é a escolhida.

Estava ansioso para vê-la, como sempre, mas ela não apareceu a tarde. Deve estar ocupada com tudo que está acontecendo.

Kelsey só veio depois do jantar. Sentou no seu canto e começou a conversar comigo:

– Oi, Ren. Que boa notícia para você, hein? Vai voltar para a Índia! Espero de verdade que você seja feliz lá. Talvez encontre uma linda namorada tigresa.

Resmunguei para ela. Não quero uma namorada tigresa, eu quero você como namorada.

– Espero que ainda saiba caçar e tudo mais. Bem, acho que o pessoal da reserva vai ficar de olho para que você não deixe de se alimentar.

Ela estava falando comigo quando Kadam entrou. Assim que percebeu a presença dele, se sentou mais ereta e corou um pouco, deve ter ficado envergonhada por estar falando com um tigre.

– Lamento interrompê-la – disse Kadam, olhou rapidamente para mim e se voltou para Kelsey. – Você parece ter... carinho por este tigre. Estou certo?

– Está. Gosto da companhia dele. – ela respondeu sem nem pensar, o que me deixou feliz – Então o senhor percorre circos resgatando tigres? Deve ser um emprego interessante.

– Ah, esse não é o meu trabalho principal. Minha verdadeira ocupação é administrar um grande patrimônio. O tigre é um item que desperta o interesse do meu empregador e foi ele quem fez a oferta ao Sr. Maurizio.

Kadam achou um banco e esse sentou perto de Kelsey.

– O senhor é da Índia?

– Sou, sim. Nasci e fui criado lá. Os principais bens do patrimônio que administro também estão lá.

Kelsey começou a enrolar um canudo no dedo.

– Por que esse proprietário está tão interessado em Ren?

Kadam me olhou, pelo que pude perceber, estava admirado por Kelsey me chamar de Ren.

– Você conhece a história do grande príncipe Dhiren?

Ah, não! Eu não acredito que ele vai contar a minha história para ela!

– Não – respondeu Kelsey.

– O nome do seu tigre, Dhiren, na minha língua significa “forte”. Um príncipe muito famoso tinha o mesmo nome e sua história é interessante.

É, ele vai mesmo contar minha história!

– O senhor está fugindo da minha pergunta. Mas eu adoro uma boa história. O senhor se lembra dela?

– Acho que sim.

O tom de voz de Kadam mudou e ele começou:

– Há muito tempo havia na Índia um poderoso rei que tinha dois filhos, um dos quais se chamava Dhiren. Os dois irmãos tiveram a melhor educação e o melhor treinamento militar. A mãe deles lhes ensinou a amar a terra e as pessoas que nela viviam. Com freqüência ela levava os meninos para brincar com crianças carentes porque queria que eles soubessem do que o seu povo precisava. Com esse contato também aprenderam a ter humildade e a serem gratos pelos privilégios que possuíam. Seu pai, o rei, ensinou-lhes a governar o reino. Dhiren cresceu e se tornou um bravo e destemido líder militar, assim como um administrador sensato. O irmão também era muito corajoso, forte e inteligente. Ele amava Dhiren, mas ás vezes sentia no coração uma pontada de ciúme, pois, apesar de bem-sucedido em todo o seu treinamento, ele sabia que Dhiren estava destinado a ser o próximo rei. Era natural que se sentisse assim. Dhiren tinha uma notável aptidão para impressionar facilmente as pessoas com sua perspicácia, sua inteligência e sua personalidade. Uma rara combinação de charme e modéstia fazia dele um político iminente. Uma pessoa de contradições, era um grande guerreiro assim como um renomado poeta. Todo o povo amava a família real e tinha a expectativa de muitos anos felizes e de paz sob o reinado de Dhiren.

Fazia tanto tempo que não ouvia sobre minha família, que fiquei triste ao pensar neles. Principalmente meus pais, que nem pude cuidar quando envelheceram.

– O que aconteceu com os irmãos? Eles lutaram entre si pelo trono?

– O rei Rajaram, pai de Dhiren, arranjou o casamento entre Dhiren e a filha do governante de um reino vizinho. Os dois reinos tinham vivido em paz por muitos séculos, mas nos últimos anos pequenos conflitos vinham irrompendo nas fronteiras com freqüência cada vez maior. Dhiren ficou satisfeito com a aliança não só porque a garota, cujo nome era Yesubai, era muito bonita, mas também porque era sábio o bastante para saber que a união traria paz à sua terra. Eles estavam formalmente noivos quando Dhiren se ausentou para inspecionar tropas em outra parte do reino. Durante sua ausência, seu irmão começou a passar muito tempo na companhia de Yesubai e logo os dois se apaixonaram.

Eu resmunguei. Que ódio do Kishan! Ainda me pergunto como ele pôde fazer isso comigo.

– Shh, Ren – me repreendeu Kelsey – Deixe que ele termine de contar a historia.

Tudo bem! Só porque você está pedindo, iadala.

Deitei a cabeça e Kadam continuou:

– Ele traiu Dhiren para ter a mulher que amava. Fez um pacto com um homem poderoso e perverso que capturou Dhiren quando ele voltava para casa. Como prisioneiro político, Dhiren foi amarrado a um camelo e arrastado pela cidade do inimigo, onde as pessoas atiravam nele pedras, paus, lixo e cocô de camelo. Ele foi torturado, teve os olhos arrancados, o cabelo raspado e, por fim, seu corpo foi esquartejado e os pedaços foram atirados num rio.

– Que horror! – comentou Kelsey.

Concordo com ela, Kadam exagerou um pouquinho no final.

– Quando seu povo soube o que tinha acontecido, uma grande tristeza se espalhou pelo reino. Alguns dizem que o povo de Dhiren foi até o rio e resgatou pedaços do seu corpo para lhe dar um funeral adequado. Outros dizem que seu corpo nunca foi encontrado.

– Nossa!

– Ao saberem da morte do filho adorado, o rei e a mulher, arrasados pelo sofrimento, entraram em profundo desespero. Não demorou muito para que partissem dessa vida. O irmão de Dhiren fugiu, arruinado pela vergonha. Yesubai se matou. O Império Mujulaain foi lançado nas sombras escuras da desordem e do abandono. Com a voz de autoridade da família real silenciada, os militares tomaram o poder. Por fim, o home perverso que havia matado Dhiren usurpou o trono, mas somente depois de 50 anos de uma guerra terrível.

Kelsey estava muito quieta. Estava ansioso para saber o que ela estava pensando. Quando minha cauda bateu na jaula, ela “acordou” de seus pensamentos.

– Uau! E ele a amava?

O que? De quem ela estava falando?

Como se tivesse lido meus pensamentos, Kadam perguntou:

– De quem você esta falando?

– Dhiren amava Yesubai?

Se eu amava Yesubai? Yesubai era linda e eu tinha esperança de ter um casamento feliz e constituir família. Eu achava que a amava, até conhecer Kelsey. Eu não sentia por Yesubai nem um décimo do que sinto por Kelsey.

Queria poder dizer tudo isso para ela , mas tinha que esperar o momento certo.

– Eu... não sei. Muitos casamentos eram arranjados naquele tempo e o amor muitas vezes não entrava em questão.

Não mesmo, o meu casamento foi só em arranjo para manter a paz.

– Uma sequência de acontecimentos muito triste. Uma grande história, embora um tanto sangrenta. Uma tragédia indiana. Me lembra Shakespeare. Ele teria escrito uma excelente peça baseada nessa história. Então, o Ren recebeu esse nome em homenagem ao príncipe indiano?

Kadam ergueu a sobrancelha e sorriu, tive vontade de rir.

– Parece que sim.

Kelsey me olhou e sorriu:

– Está vendo, Ren, você é um herói! É um dos mocinhos!

Você nem imagina como me encaixo nessa história, iadala.

– Obrigada por partilhar essa história comigo. Com certeza vou escrever sobre ela no meu diário. Mas nada disso explica o interesse do seu empregador pelos tigres.

Inteligente. Ela não se deixou enganar pela história. Quero ver como Kadam vai resolver isso.

– Meu empregador tem uma ligação especial com este tigre branco. – começou ele meio atrapalhado – Sabe, ele acha que é o culpado pelo aprisionamento do tigre... Não, essa é uma palavra muito dura... pela captura do tigre. Meu empregador se deixou atrair para uma situação que levou à apreensão e à venda do animal. Ele vem seguindo o paradeiro do tigre pelos últimos anos e agora finalmente pode consertar as coisas.

HÁ! Eu sou o culpado pela minha captura. Valeu, Kadam! Me culpar pelo meu aprisionamento.

Bom, de certo modo, é verdade, se eu não tivesse sido descuidado, não teria sido capturado.

– Muito interessante. Ren foi capturado por culpa dele? É muita generosidade ele continuar preocupado dessa forma com o bem-estar de um animal. Por favor, agradeça a esse homem pelo que está fazendo por Ren.

Ufa! Ainda bem que ela aceitou essa história.

– Srta. Kelsey, espero que eu não esteja me antecipando muito, mas preciso de alguém para acompanhar o tigre em sua viagem a Índia. Não poderei atender a suas necessidades diárias nem seguir com ele por todo o trajeto. Já perguntei ao Sr. Davis se ele poderia acompanhar Dhiren, mas ele precisa ficar aqui com o circo. Gostaria de oferecer a você essa tarefa. Estaria interessada?

Ela não respondeu, então Kadam continuou:

– O tigre já está acostumado à senhorita e posso lhe pagar um bom valor. O Sr. Davis sugeriu seu nome para a tarefa e mencionou que seu emprego temporário aqui está quase chegando ao fim. Se aceitar o trabalho, posso lhe assegurar que meu empregador ficará muito grato por ter alguém capaz de cuidar do tigre melhor do que eu. A viagem inteira deve levar cerca de uma semana, mas fui instruído a pagar por todo o seu verão. Entendo que isso a afastaria de sua família e retardaria sua procura por outro trabalho, por essa razão será devidamente recompensada.

E agora? Será que ela vai aceitar? Aceitar, por favor, iadala.

– O que eu teria que fazer? Vou precisar de um passaporte e de outros documentos?

– Posso cuidar de todos os preparativos para a viagem. Nós três pegaríamos um voo até Mumbai, que você talvez ainda conheça como Bombaim. Lá, precisarei ficar na cidade, para tratar de negócios, e você continuaria a acompanhar o tigre no trajeto por terra até a reserva. Vou contratar motoristas e carregadores para ajudá-la na jornada. Sua responsabilidade principal será cuidar de Ren, alimentando-o e dando conforto a ele.

Isso mesmo, eu preciso do seu cuidado e conforto, rajkumari, eu preciso de você.

– E depois...?

– A jornada por terra leva de 10 a 12 horas. Ao chegarem à reserva, você ainda fica por lá alguns dias para se assegurar de que ele está se adaptando bem ao seu novo ambiente e à relativa liberdade. De lá você pega um ônibus até o aeroporto de Jaipur, voa até Mumbai e embarca de volta para casa, tornando sua viagem de volta um pouquinho mais curta.

– Então levaria cerca de uma semana ao todo?

– Você pode escolher voltar para casa imediatamente ou, se preferir, pode tirar alguns dias de férias na Índia e fazer um pouco de turismo antes de voltar. Eu cuidaria de todas as despesas da viagem, assim como de quaisquer outras necessidades suas nesse período.

– É uma oferta muito generosa. Meu trabalho aqui no circo está mesmo chegando ao fim e eu teria que começar a procurar um novo emprego. – Kelsey começou a andar e murmurar: - A Índia é muito longe. Nunca saí do país. A idéia é ao mesmo tempo empolgante e assustadora. Posso pensar e decidir depois? Quando o senhor precisa da resposta?

Ela vai pensar. Bom, já é um começo, melhor do que um não.

– Quanto mais cedo você confirmar, mais cedo poderei tomar as providências necessárias.

– Está certo. Vou ligar para meus pais adotivos e conversar com o Sr. Davis, para ver o que eles pensam disso, e então lhe darei resposta.

Espero que os pais adotivos de Kelsey deixem ela ir comigo a Índia.

– Quando decidir, me avise. O Sr. Maurizio sabe como mo encontrar e estarei hoje no circo, para terminar toda a papelada. – disse Kadam.

Assim que Kelsey saiu, Kadam disse:

–Pelo menos ela vai pensar. Mas caso ela recuse, eu farei uma oferta melhor. E caso não aceite uma oferta melhor, pensaremos em algo. Talvez contar sobre a maldição. Espero que você não tenha se importado por eu ter contado sua história, mas acredito que assim será mais fácil para contar tudo a ela depois.

Kadam ainda estava falando comigo, quando Kelsey entrou e disse:

– Sr. Kadam? Meus pais adotivos gostariam de conhecê-lo e querem que eu o convide para comemorar meu aniversario esta noite. Eles vão trazer bolo e sorvete depois do espetáculo. O senhor pode vir?

Hoje é aniversario dela?

Ele sorriu e respondeu:

– Que maravilha! Vou adorar ir à sua festa!

– Não fique muito animado. Provavelmente vão trazer sorvete de soja e bolo sem glúten e açúcar.

Como eu queria que Kelsey soubesse quem eu sou, para que eu pudesse comemorar esse dia com ela. Queria poder falar com ela, desejar felicidades e abraçá-la.

Eu poderia ir vê-la, dizer que sou funcionário novo e dar os parabéns. Ma isso poderia dar errado. É melhor eu esperar e não colocar tudo a perder. Paciência, Ren. Tenha paciência. Ano que vem você vai fazer tudo isso.

Depois do que me pareceu uma eternidade, Kadam veio me contar que Kelsey aceitou ir à Índia.

Fiquei tão feliz. Eu ia voltar a Índia, meu lar, e com a Kelsey. Nós iríamos quebrar a maldição.

Kadam foi embora, dizendo que tinha que preparar tudo para a viagem.

Já estava tarde, quando Kelsey veio me ver. Ela estendeu a mão e me ofereceu um cupcake.

– Aqui. Roubei um cupcake. Provavelmente não faz parte da sua dieta de tigre, mas você também merece comemorar, não é?

Peguei o cupcake delicadamente de sua mão, para não machucá-la. Estava gostoso, fazia tanto tempo que eu não comia algo que não fosse carne. Lambi o glacê que ficou nos dedos dela, a fazendo rir. Depois de lavar a mão, ela disse:

– Do que será que o Sr. Kadam estava falando? Tranqüilizá-lo? Ele é um pouco dramático, você não acha?

Só mais uns dias e vou poder te contar sobre o que Kadam falava, iadala.

Dava para ver que ela estava com sono. Ela fez carinho na minha orelha e apoiei a cabeça na mão dela, para aumentar o nosso contato.

– Bom, estou com sono. Vou para a cama. Vamos fazer uma viagem divertida juntos, hein?

Bem divertida. Boa noite, iadala.

Assim que ela saiu, me transformei em homem. Queria sair daquela jaula, então fui deitar onde Kelsey sempre fica. Fiquei sentindo o cheiro dela e pensando sobre como iria contar tudo. Eu queria que ela confiasse em mim, antes de contar sobre a maldição.

Um plano começou a se formar em minha mente: eu podia levá-la até Phet antes de me revelar, assim passaríamos o dia na selva e ela começaria a confiar em mi. Tinha que falar com Kadam sobre isso.

Decidi dormir ali mesmo, sentindo o cheiro de Kelsey.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Comentem, por favor.
Beijos.



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