“Você fica muito bem loira!” Pepper exclama ao ver seu trabalho concluído.

A antes ruiva agora exibia um grande cabelo loiro que combinava perfeitamente com seu tom de pele.

“Será que o Steve gosta de loiras?” Maria pergunta retoricamente e recebe um olhar zangado de Natasha.

“Ele já é loiro, dois loiros ficariam parecendo a Barbie e o Ken.” Pepper fala fazendo as duas mulheres rirem.

“Mas diz, como você está se sentindo?” Maria pergunta e Natasha se analisa no grande espelho.

“Incrivelmente sexy!” Nat responde com um sorriso malicioso.

“Eu me sinto assim o tempo todo.” Pepper se gaba.

“Eu ainda prefiro nossa configuração original. Uma loira, uma morena e uma ruiva.” Maria exprime sua opinião.

“Não se preocupe Hill, é só uma peruca. Eu não posso sair de casa ruiva e voltar loira, iria gerar desconfianças.”

“Vamos deixar o assunto ‘cor de cabelo’ de lado e focar na missão.” Pepper fala pondo um fim nos temas superficiais.

“Okay.” As duas mulheres concordam em uníssono.

As três vão até os monitores e analisam as informações. O alvo é um político. Não haveria assassinatos, não naquele momento pelo menos, mas ela teria que ir até o escritório dele que ficava no centro de Nova York procurar informações.

“Parece fácil.” Ela comenta.

“Mas nem tudo o que parece, é.” Pepper devolve.

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“Algum problema Sr. Rogers?” a voz aguda da mulher o assusta. “Desculpe.”

“Não, não, tá tudo bem.” Ele fala voltando a terra “E por favor Sharon, pare de me chamar de Sr. Rogers. Steve. Apenas Steve.” Ele pede e ela dá um pequeno sorriso constrangida.

“Você parecia distraído. Aconteceu alguma coisa?” é perceptível que ela tenta não parecer curiosa.

“Apenas problemas normais.” Ele dá de ombros.

Mesmo parecendo ser confiável, ele não contaria para ela sobre seus problemas conjugais, afinal, segundo Bucky, Sharon gostava dele e ela poderia entender as coisas de forma errada.

“Desculpe, eu só fiquei preocupada.” Ela fala abaixando a cabeça e Steve se sente mal, ele estava sendo grosseiro?

“Não precisa se preocupar, na verdade, fico agradecido pela sua preocupação.” Ela sorri brevemente e se retira da cozinha.

Ele suspira pesaroso. Ele e Natasha não haviam trocado mais nenhuma palavra desde o momento que saíram do carro e a situação parecia piorar a cada instante. Ele fecha os olhos e por alguns segundos consegue vislumbrar os dois no começo do relacionamento. Era tão intenso e ardente. Era como se ter todo o tempo com ela nunca fosse ser suficiente. Ele sempre queria mais e mais e mais.

“Sonhando acordado?” Bucky pergunta e o mesmo abre os olhos.

“Apenas lembrando.” Ele pega o cardápio na mão do amigo e começa a analisa-lo.

“Já pensou em tirar férias? Talvez uma viagem a dois melhore as coisas... retornar aonde tudo começou. Novo México.” O moreno sugere e Steve levanta os olhos do cardápio e encara o amigo.

“Nós não nos conhecemos no Novo México. Foi no México. O país.” Corrige.

“Que seja. Eu nunca fui muito bom em geografia.” O loiro ri diante do absurdo.

Bucky podia parecer um cara sério e centrado, mas bastava conhece-lo melhor e passarem a ter intimidade e logo o Bucky engraçado, divertido e cafajeste era conhecido e amado.

“Volta ao trabalho.” Steve manda, fazendo Bucky revirar os olhos e ir auxiliar alguns cozinheiros.

México... até que não era má ideia.

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O Sedan passava despercebido em meio ao trafego àquela hora da manhã no centro de Nova York. Seria o melhor horário, afinal, o grande prédio no qual ficava o escritório do Sr. Pierce estaria movimentado e Natasha seria apenas mais uma em meio a centenas. Ela estaciona o carro em um prédio adjacente e vai a pé até o grande prédio que resplandecia graças ao sol naquele dia.

O salto alto produzia aquele barulho irritante e chamativo, mas ela não parecia notar. Caminha com rapidez até o elevador, entrando no mesmo e apertando o botão que indicava o andar desejado. Algumas pessoas que ali estavam, lançam olhares para a linda mulher loira que mantem os olhos fixos num ponto qualquer.

“Você é nova aqui?” um homem que aparentava estar na meia idade pergunta e ela vira o rosto lentamente na direção dele.

Ela o encara por alguns segundos e sorri. Gotas de suor brotam na testa do homem que engole seco.

“Só estou conhecendo.” Ela sussurra e o homem parece ficar hipnotizado pelo movimento dos seus lábios.

Ela não precisava realmente estar fazendo aquilo, mas ela estava se sentindo incrivelmente sexy loira e aproveitaria aquela experiência. O homem abre a boca, mas as portas do elevador se abrem e várias pessoas saem, o levando junto.

“Tem pessoas que não sabem falar com o sexo oposto.” Um outro homem alto e esguio comenta com um sorriso convencido.

Natasha o encara, erguendo uma sobrancelha como se dissesse: ‘e você sabe?’

“Nathan Pierce.” Ao ouvir o sobrenome ela engole seco. Não deveria haver ninguém naquele escritório, além da secretaria.

“Natalia Romanovna” ela aperta a mão do homem que permanecia estendida.

“Então você está apenas conhecendo o prédio?” a curiosidade do homem era clara e ela odiava pessoas curiosas.

“Mais ou menos.” Dá de ombros, sem mais explicações.

“Porque começar com o 42° andar?” definitivamente aquele cara poderia se tornar um problema.

“Porque é meu número da sorte.” Ela fala e sorri sedutoramente. O homem afrouxa o no da gravata e ela vê que ao invés de um problema, ele pode facilitar seu trabalho.

O elevador para e as portas se abrem novamente, ela sai do mesmo e em seguida se vira.

“Você não vem?” pergunta inocentemente e no mesmo instante Nathan está fora do elevador, a guiando até o escritório do Sr. Pierce.

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“Os relatórios sobre aqueles envelopes que a Natasha encontrou na barraca do Jason já chegaram?” Pepper pergunta.

“Estive tão ocupada que não pude entrar no e-mail para verificar.” A morena responde sem retirar os olhos do monitor a sua frente.

“Eu preciso dos resultados para fechar o caso.” Pepper informa. “Acho que nós precisamos de mais ajuda. Temos mais trabalho que pessoas para executa-los.” Completa.

“Eu tenho que concordar com você.” Maria fala relutante. Ela havia se acostumado com apenas as três naquele escritório resolvendo os próprios trabalhos. Ter mais alguém ali seria como quebrar a harmonia perfeita que havia sido construída.

“Para qual e-mail o resultado seria enviado?” Pepper continua.

“O da Nat.” A morena responde enquanto digitava avidamente no próprio teclado.

“Obrigada.” A loira agradece e digita rapidamente nos teclados a sua frente. Logo a imagem da caixa de entrada do e-mail da ruiva preenche a tela e ela procura o e-mail que precisava. “A Nat nunca abre os e-mails?” ela pergunta levemente irritada.

“Esse trabalho é mais meu que dela. A Nat odeia as questões burocráticas.” Ela fala e a loira revira os olhos.

“Achei!” exclama clicando no e-mail e assim que começa a ler o conteúdo seus olhos ficam arregalados. “Meu Deus!” ela murmura e a morena retira os olhos do próprio monitor e olha para Pepper.

“Algum problema?” pergunta.

“O Jason não queria se unir a uma organização terrorista. Ele era apenas uma cobaia. Uma isca.” Pepper fala e Maria automaticamente empurra sua cadeira na direção dela, parando ao seu lado e lendo o e-mail.

“Precisamos avisar a Nat.” A morena avisa, alarmada.