Segredos Amargos escrita por S Pisces


Capítulo 46
Capítulo 44


Notas iniciais do capítulo

Olar pessoinhas! primeiramente peço desculpas pela demora em postar, tô muito atarefada com coisas da universidade, então... Bom, gostaria de agradecer a quem favoritou, dar as boas vindas aos novos leitores e agradecer imensamente pela linda, carinhosa e exultante recomendação da Amante Adorável que é realmente uma pessoa extremamente adorável ♥ Todos os capítulos são dedicados a vocês leitores, então Amante Adorável, essa fic é dedicada a você e a todos os leitores que não tem vergonha de demonstrar e dizer o quanto gostam desse universo fantástico, mágico e libertador! Um imenso beijo querida e enjoy!



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“Merda!” a ruiva exclama e corre em disparada pelo quintal, procurando pelo amigo. Ela salta com facilidade o portão que havia ao lado da casa, que impedia o acesso ao quintal por desconhecidos. Antes que chegue a varanda, ela avista dois grandes carros pretos – provavelmente blindados – que se afastavam rapidamente. Ela aponta a arma para os carros, porem abaixa a mão. Seria inútil.

“Droga Bucky!” ela meio choraminga meio rosna. “Onde diabos você foi se meter!”

“Eu também quero saber.” A voz do moreno soa de atrás de si.

Bucky tinha o lábio inferior partido e sua testa sangrava, além de parecer meio grogue, mas fora isso estava bem, vivo pelo menos, e isso era o que importava. Natasha corre até ele e controla a vontade de lhe dar um soco.

“O que aconteceu?” ela questiona preocupada.

“Aqueles caras...” Bucky cospe um pouco de sangue. “Eles me puxaram para fora da casa, e eu acordei um pouco e tentei me soltar. Parece que não foi uma boa ideia.” Ele dá um sorriso de escarnio que acaba revelando os dentes sujo de sangue.

“E como você conseguiu se livrar deles?”

“Depois da surra, um cara moreno, de cabelo curto, não consegui enxergar muito bem, apareceu e disse ‘não é ele’ e os caras me deixaram lá.” Explica. “Acho que eles pensaram que eu era o Steve.”

“Provavelmente.” Natasha admite. “Melhor sairmos daqui antes que alguém note alguma coisa e a polícia decida aparecer.” Natasha saca o celular e em poucas e rápidas palavras explica mais ou menos o que aconteceu. “Pronto. Agora você fica aqui escondido enquanto eu pego umas coisas e....”

“Nem a pau eu fico aqui sozinho.” Interrompe Bucky se pondo de pé com certa dificuldade. “Vai que eles decidem voltar e terminar o serviço?” a hipótese faz Natasha revirar os olhos.

“Eles não vão voltar. Já foi arriscado o bastante um ataque desse nível em plena luz do dia. Eles não vão se arriscar novamente.” Esclarece.

“Eu tô me referindo a eles voltarem e decidirem acabar comigo.” Ele se apoia na parede enquanto Natasha abre o portão. “O cara lá, deve ser o líder deles, apontou a arma pra mim, e juro pra você que ele só não atirou porque ouviu algo dentro da casa.”

Natasha estaca diante daquela revelação.

“Eu sinto muito Bucky.” É tudo o que ela consegue dizer.

“Veja pelo lado bom: enquanto eles acharam que eu era o Steve, ninguém apontou uma arma para mim, o que quer dizer que seja lá quem for, quer o Steve vivo.” Natasha já havia percebido aquilo, mas força um sorriso de concordância.

“Ora, ora, alguém aqui é quase um Sherlock.” Debocha.

“Acho que tô mais para o Watson.” Retruca Bucky entrando na casa novamente.

Ele fica na cozinha enquanto Natasha corre pelos cômodos pegando algumas coisas. Ele vai até a sala e encontra os dois homens mortos.

“Você fez isso.” A percepção do que amiga era capaz de fazer lhe atinge com força.

“Eram eles ou eu.” Rebate. “Ou melhor, nós.”

“Já podemos ir?” pergunta depois de alguns segundos em silencio, nos quais Natasha abriu a sua mala de viagem e retirou de dentro uma segunda mala menor e uma pequena bolsa com alguns documentos.

“Claro.” Ela concorda. “Mas antes temos de dar um jeito em você.”

Ela atira para o moreno uma camisa que pertencia a Steve, dos Patriots.

“Qual é? Eu odeio esse time!” Bucky reclama.

“Eu sei.” Natasha fala ignorando a careta que o moreno fazia ao segurar a camisa. “Anda logo!” apressa o moreno que se ‘esconde’ para trocar de camisa. A sua estava completamente ensanguentada.

“Melhor.” Natasha afirma ao vê-lo. “Agora deixa eu arrumar isso.” Com agilidade Natasha faz um curativo – mal feito – e cobre o corte que o moreno tinha na testa e lhe enfia uma bolsa de gelo na boca, o que faz o moreno gemer.

“Aaaaaau!” reclama.

“Você parece um bebê.” Natasha o repreende.

Em seguida eles saem da casa e adentram no carro da ruiva.

“Puta merda!” Bucky exclama e se contorce ao mesmo tempo quando Natasha joga as coisas sobre ele.

“O que foi agora?” ela pergunta ligando carro.

“Você tá tentando me deixar estéril?” ele questiona com os dentes cerrados, o rosto completamente vermelho.

“Foi mal.” É tudo o que a ruiva diz enquanto sai da garagem. Bucky continua reclamando da falta de tato de Natasha e do quão ferrado ele está. Que ele nunca havia levado uma surra daquele nível e que sua cabeça parecia uma bomba prestes a explodir. “Uma bomba...” Natasha murmura ao se dar conta do obvio. “Sai do carro!” ela grita e Bucky a encara chocado.

“O carro nem tá parado.”

“Pula!” a ruiva grita, se esticando por cima de Bucky e abrindo a porta do lado do passageiro. Bucky apenas arregala os olhos quando sente Natasha enfiar o coturno na sua costela e empurra-lo para fora do carro.

Ele cai no asfalto, girando sobre si mesmo algumas vezes até parar. As coisas da ruiva vem logo em seguida e antes que ele consiga se orientar o suficiente para se pôr de pé, a explosão é ouvida e sentida. Mais uma vez naquele dia, ele se enrola como um tatu enquanto tenta se proteger dos possíveis estilhaços.

“Levanta! Rápido!” Natasha o puxa pelo braço, ajudando-o a se colocar de pé.

“Seu braço.” Ele aponta para o braço esquerdo da ruiva que tinha vários arranhões e um corte profundo.

“Não é nada.” Ela cata suas coisas com agilidade. “Vamos por aqui.” Ela corre em direção a uma espécie de parede de arbustos e se enfia nela, antes que os curiosos que já se aproximavam percebessem sua presença. Sem hesitar mais um segundo que seja, Bucky a segue.

+++

  Wanda apreciava a paisagem pela janela do seu quarto no hotel. Pietro corria pelo quarto como uma criança, mexendo em absolutamente tudo o que encontrava pela frente. As malas estavam jogadas pelo quarto, que ela dividiria pelos próximos dias com o irmão. A suíte de Steve e Natasha fica em frente ao quarto deles.

“Almoço?” Steve pergunta adentrando no quarto dos gêmeos. A garota vira-se lentamente para encarar o cunhado, como se tivesse medo de que a paisagem lá fora sumisse enquanto falava com ele.

“Eu topo!” exclama Pietro sem hesitar.

“Pode ser.” A garota concorda não tão animada quanto o irmão.

“Vamos lá.” Steve os chama e eles o seguem. O hotel ficava em frente à praia e tinha uma piscina enorme, além de bares, academia, sala de jogos e sabe-se lá mais o quê.

  Pietro listava tudo o que faria e todos os lugares que planejava visitar, além de tudo o que tenciona comer. Mas Wanda e Steve pareciam alheios ao que o garoto falava. A cabeça de ambos estava naquele momento a quilômetros de distância. Nova Iorque é onde eles sentiam que deviam estar, mas ambos tentavam enganar a si mesmos.

“O que vocês acham?” Pietro pergunta, e pelo tom de impaciência, não devia ser a primeira vez que ele fazia aquela pergunta.

“Sobre?” Wanda questiona, desligada.

O garoto bufa irritado.

“Depois do almoço irmos dar uma volta na cidade! Conhecer as praias e ver o pessoal.” Sugere.

“Ah!” é tudo o que a garota responde.

“Você está bem Wanda?” Steve pergunta preocupado.

“Estou sim!” afirma. “Só um pouco cansada da viagem.”

Mesmo não sendo longa, a viagem fora cansativa, principalmente porque se detiveram no aeroporto por quase 40 minutos devido o extravio da mala de Steve. Quando finalmente chegaram ao hotel, já estava praticamente na hora do almoço.

“Entendo.” Steve pensa um pouco. “Façamos assim, depois do almoço, nós tiramos uma horinha para descansar e depois vamos dar uma volta, okay?”

“Perfeito!” concorda a garota.

“Okay.” Pietro se mostra satisfeito com o acordo.

Assim que eles entram no restaurante se deparam com uma mesa enorme coberta de frutas, sucos, massas, aperitivos e sobremesas de diferentes tipos e sabores.

“Acho que vou precisar de mais do que uma hora de descanso!” o garoto exclama, admirando a maravilha que era aquilo.

“Só não vá exagerar.” Aconselha o cunhado.

“Só comerei um pouquinho de cada coisa.” diz o garoto pegando o maior prato que havia ali, se dirigindo em seguida para a mesa.

“Acho melhor você pegar logo um prato e começar a se servir. Pelo tamanho dos olhos do seu irmão, duvido que sobre alguma coisa.” Steve comenta com um sorriso.

“Farei isso.” Afirma e começa a se afastar. “Hum, Steve?” ela chama o cunhado.

“Oi?”

“Você já falou com a Nat?” pergunta. “Só pra dizer que chegamos bem.”

“Ainda não!. Vou pegar meu celular que deixei no quarto. Encontro vocês logo.” Avisa e volta praticamente correndo para o quarto.

+++

“Clint – Bucky, Bucky – Clint.” Natasha apresenta os dois homens que trocam um aperto de mão.

“O que aconteceu com vocês?” Clint pergunta fechando a porta do seu pequeno apartamento. “E como você sabe onde eu moro?”

“Fomos atacados. Parece que a Harrison cansou de brincar.” Natasha explica rapidamente. Ela se senta na poltrona na pequena sala de Clint e abre uma pequena maleta de primeiros socorros, de dentro ela retira tenaz e álcool e começa a limpar os ferimentos.

“Explica isso direito.” Clint pede.

“Antes, você poderia me dar um pouco d’agua? Essa tentativa de homicídio acabou comigo.” Bucky pede.

“Claro.” Clint vai a cozinha, deixando Natasha e Bucky sozinhos.

“De onde você conhece esse cara?” sussurra.

“Ele é um colega de trabalho.” Bucky ergue as sobrancelhas pedindo por mais esclarecimentos. “Ele é ex agente da CIA e está me ajudando, ele é meu amigo e é completamente confiável.”

“E quem é Harrison?” Natasha abaixa a cabeça. Ela realmente não pretendia enfiar Bucky ainda mais fundo naquela confusão. Como que lendo os seus pensamentos, Bucky diz: “Sei que está preocupada, mas acho que agora é um pouco tarde para isso, não? Eu já tô nisso, goste ou não.”

“Aqui está.” Bucky estende um copo cheio para Bucky que bebe avidamente enquanto Natasha tenta suturar o corte no seu braço.

“Deixa que eu faço isso.” Pede Clint, que rapidamente começa o processo. “Por que você não começa a contar exatamente o que aconteceu?”

“Quando voltamos para minha casa depois de levar o Steve e o meus irmãos para o aeroporto, fomos atacados.”

“Em plena luz do dia? Que audaciosos.” Comenta Clint.

“Pois é.” Natasha suspira. “Eles fuzilaram minha casa. Jogaram uma bomba de gás, invadiram, tentaram matar o Bucky quando descobriram que ele não é o Steve e depois explodiram meu carro.” Resume.

“Espera, eu ainda não saquei como você descobriu sobre a bomba.” Bucky interrompe curioso.

“Ossos do oficio. Eu devia ter sacado de cara que eles fariam algo do tipo.” Responde Natasha.

“Esses caras não se cansam de serem clichês.” Desdenha Clint. “Mas então rapaz, o que aconteceu contigo?”

“Levei uma pequena surra e fui jogado de um carro em movimento. Normal.” Dá de ombros. “Talvez eu seja demitido também.” Completa ao se dar conta de que até aquele momento não havia dado satisfação alguma a Sam pelo mega atraso.

“Acho melhor você dizer que sofreu um pequeno acidente e que não poderá ir ao trabalho hoje.” Aconselha Natasha.

“Não acho que eu tenha outra opção.” Retruca.

Bucky põe a mão no bolso da calça, a procura do seu celular, porém não o encontra. Em um átimo ele se põe de pé e começa a vistoriar-se a procura do aparelho.

“Tá de coceira?” questiona Clint, confuso.

“Meu celular! Não encontro meu celular!” informa o moreno claramente preocupado. “Minha bolsa... droga! O celular está dentro da bolsa que eu deixei na sua casa!” Bucky exclama irritado.

“Acho que não vai dar pra recupera-la agora.” Natasha avisa e Clint semicerra os olhos.

“Jura?” devolve irônico. “Lembre-se que os papeis incriminatórios estão dentro dela.”

“Qualquer pessoa que volte a entrar naquela casa, provavelmente já saberá disso.” Comenta sem se importar.

“Prontinho.” Avisa Clint ao finalizar a sutura. “Você pode usar meu celular.”

“Ele usa o meu.” Natasha diz, pegando seu celular para emprestar ao moreno. Naquele momento o celular começa a tocar.

“Steve.” Ela murmura.

“Melhor você atender.” Recomenda Clint.

“Aposto que não é a primeira vez que você falará com ele numa situação dessas.” Comenta Bucky.

“Pro inferno!” ela exclama e atende o celular. “Steve!” sua voz soa entusiasmada.

“Amor! Tá tudo bem com você? e com o nosso bebê? Eu ainda não acredito que concordei com isso. Você ai sozinha, durante...”

“Calma Steve. Eu estou ótima, de verdade. O bebê.... “Ela engole seco. “Está ótimo também. E você sabe que era o certo a ser feito. Mas me conte, deu tudo certo durante o voo? E os meus irmãos?”

“O voo foi tranquilo, mas eles extraviaram minha bagagem e ficamos retidos 40 minutos no aeroporto até eles encontrarem.” O loiro ri do absurdo e Natasha o acompanha. “Seus irmãos estão bem. O Pietro está extasiado. Acho que não vou conseguir convence-lo tão cedo a sair do restaurante e a Wanda está... sendo a Wanda.”

“O que você quer dizer?” pergunta preocupada.

“Ela não me parece verdadeiramente feliz. Ela não gostou de ter vindo sem você. E nem eu.” Admite.

“Logo estaremos todos juntos curtindo as praias, bares e o restaurante. Eu prometo.” Afirma a ruiva. “Agora eu preciso ir, okay? Por favor, tentem se divertir.”

“O que você não me pede sorrindo que eu não faço chorando, hein?” responde o loiro a fazendo rir. “Até logo, amor, já estou com saudades.”

“Também estou. Beijo.” Natasha finaliza a ligação e joga o celular para Bucky.

“Você merece um Oscar.” Bucky provoca.

“Me deixa em paz.” Pede, exausta.

“Sério, quase me convenceu de que está tudo bem.” Insiste Bucky.

“Ah é? E qual sua ideia genial para deixar as coisas realmente bem? Contar a verdade para o Steve e assim traze-lo exatamente para o campo de batalha? Quem sabe os meus irmãos não vem também... tenho quase certeza que o Pietro consegue ser um pouco mais útil do que você tem sido!” a ruiva explode, fazendo Bucky encolher diante das suas palavras. “Sei que você não pediu para estar aqui e que tudo isso é culpa minha, mas só te peço uma coisa: se você não quer ou consegue ajudar, então pelo menos não atrapalha!” ela grita pondo um fim a conversa e sai, deixando os dois homens na sala.

“Você podia pegar um pouco mais leve cara. A ruivinha tá dando tudo de si para resolver isso.” Clint comenta.

“Eu só - só não sei o que está acontecendo. Ninguém nunca havia atirado em mim antes e agora parece que toda a Nova Iorque está tentando me matar!” esclarece exasperado. “E eu nem sei o real porquê!”

“Toda Nova Iorque é um pouco de exagero.” Debocha Clint rindo e Bucky acaba por rir também. “Apenas a parte barra pesada dela.” Completa, fazendo o sorriso de Bucky sumir.


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Notas finais do capítulo

Prometo que logo logo tem mais! Beijão em vocês! ♥♥♥