Segredos Amargos escrita por S Pisces


Capítulo 41
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

Hello guys! só um pequeno aviso, não se se postarei novamente essa semana por motivos de não estar bem de saúde, o que me impossibilita de escrever.
Enfim, espero que curtam e obrigada a quem favoritou a fic, sintam-se a vontade para fazê-lo sempre que quiserem, huashuahs
Enjoy!



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“Apresse-se Romanoff. Não sei por mais quanto tempo posso mentir por você.” a voz de Fury soa dura.

“Pelo tempo que você quiser continuar fazendo isso.” Natasha afirma com um sorrisinho de canto. “Não se preocupe, de verdade. Apenas mais uma semana e tudo será resolvido.”

“Conto com isso.” Ele desliga e Natasha se larga na cadeira na qual estava sentada, dando meios giros na mesma. Sua cabeça parecia pesar uma tonelada. 

“Então?” Maria pergunta adentrando a sala.

“Tudo bem. Ele me deu mais uma semana.” Ela suspira “Obrigada Maria, por tudo o que tem feito.”

“Bobagem.” Maria dá de ombros fazendo pouco caso. “Eu que agradeço por você ter confiado tanto em mim ao ponto de topar esse plano.”

“É o que temos, não é?”

“Infelizmente sim.”

“Pois então. Façamos dar certo.”

“Estou cruzando os dedos.” Maria ergue a mão, mostrando os dedos literalmente cruzados. Natasha ri.

“Há que ponto chegamos...” ela se põe de pé e sai da sala ao lado de Maria.

As duas se sentam no sofá, cada uma de um lado de Pepper. As três permanecem assim por um tempo. Em silencio, apreciando apenas a companhia uma das outras. Natasha se sentia em paz, embora até os seus ossos soubessem que uma tempestade se aproximava.

“Acho melhor começarmos a arrumar as coisas.” Natasha sugere.

 “E o Steve já concordou?” a loira pergunta.

“Ele recusar não é uma opção. Steve precisa ir nessa viagem, é a única forma de garantirmos sua segurança.” Maria afirma e Natasha concorda.

“Okay. Vamos começar os preparativos então.” Pepper se levanta e as três começam.

Durante o resto da manhã, as três reveem o plano e fazem algumas alterações que julgam necessárias. Por volta de 1 da tarde, Clint aparece, com três marmitas.

“Eu passei no restaurante onde vocês normalmente almoçam e não as vi, então pensei em...” ele dá de ombros.

“Obrigada.” Pepper agradece “Estamos famintas!” afirma.

“Eu não tinha certeza do que vocês comem, então fiquem a vontade para fazer trocas.” Ele se senta enquanto as três olham o conteúdo da marmitas, cada uma escolhendo a sua pela preferência de cada uma.

“Mandou bem, Barton.” Natasha comenta se sentando no sofá em frente a ele, já com sua marmita em mãos.

“Realmente.” Maria concorda. “Obrigada.”

“Não por isso.” Ele meneia a cabeça. “Então, o que vocês estavam fazendo?”

“Revendo plano. Precisamos preparar as coisas.” Natasha responde.

“Hum... Precisam de ajuda?” oferece.

“Toda ajuda nesse momento é bem-vinda.” Pepper assegura.

 Elas rapidamente o põem a par das alterações no plano e como um excelente estrategista que é, ele percebe os furos que elas haviam deixado. Novamente o plano é reavaliado enquanto elas terminam o almoço.

Sem pausa para descanso todos começam a ajeitar as coisas. Armas são escolhidas e preparadas, munição é verificada. Documentos, passagens, disfarces, tudo é verificado e separado.

“Acho bom darmos uma olhada nos carros também.” Recomenda Clint. “Essa Harrisson me parece ser do tipo que não dispensa uma boa perseguição.”

“A parte mecânica fica a cargo da Maria.” Pepper já avisa, sem tirar os olhos do computador a sua frente.

“Tudo bem.” Maria para o que está fazendo e Natasha assume.

“Eu posso te ajudar, se você quiser, claro.” Oferece Clint.

“Ótima ideia!” Natasha garante, antes que Maria pudesse recusar a oferta. “Assim a gente consegue finalizar tudo hoje.” Argumenta.

Maria suspira e esconde sua derrota.

“Vamos Barton.” Ela diz e se vira indo em direção a saída do escritório.

“Tente não estragar tudo dessa vez.” Natasha sussurra apenas para Clint, que pisca para a mesma e responde um inaudível “pode deixar.” .

“Desde quando você está do lado do Barton?” Pepper pergunta assim que Clint cruza a porta e a mesma é fechada.

“Acho que a Maria está muito abalada com tudo o que está acontecendo. Na verdade, a reaparição do Brock mexeu muito com ela, talvez ter o Barton a ajude um pouco. Sei lá, só estou cansada de ver a Maria tão só.” Admite por fim.

“Eu também estou.” Pepper se vira para Nat. “Espero que ele não estrague tudo dessa vez.”

“Vamos torcer.” A ruiva cruza os dedos, imitando o que Maria havia feito mais cedo.

Maria aperta o interruptor e rapidamente as luzes se acendem, revelando quatro carros, cada um de um modelo diferente.

“Achei que vocês tivessem mais.” Comenta Clint, desapontado.

“Isso aqui não é uma concessionaria.” Retruca Maria. “Além do mais, esse prédio teoricamente é uma sede de advocacia, acho que os vizinhos iriam estranhar se todo dia entrasse ou saísse um carro diferente daqui.” Completa.

“Não precisa ficar brava, foi apenas um comentário, okay?”

“Desculpe.” Maria fala a contragosto.

Ela vai até o jipe – preferido de Natasha – e abre o capô, para checar o motor.

“Você podia checar o Sedan.” Ela aponta o carro mais afastado do jipe e Clint suspira.

“Mais sutil, impossível.”

“O que você quer dizer?” pergunta confusa.

“Você querendo me manter longe.” Clint explica indo até o carro.

“Eu não tenho 15 anos. Sugeri esse carro por ser o preferido da Pepper, provavelmente ela vai querer dirigi-lo na primeira oportunidade.” Esclarece a morena.

“Certo, desculpe.” Barton pede e começa a verificar o motor do carro. “Há quanto tempo ela não o usa?”

“Hã.... Um mês, mais ou menos, por que?”

“A correia está danificada.” Informa. “Precisa ser trocada.”

“Temos outras ali no armário.” Maria aponta para um grande armário embutido na parede próximo a onde ela estava. “Qual o número?”

“Pode deixar que eu pego.” Avisa Barton, já indo até o armário. “Você ainda está chateada comigo?”

“Não.” Maria responde sem erguer os olhos do motor do Jipe.

“Então por que está me evitando?” Maria respira fundo e ergue-se, encarando Clint.

“Não estou te evitando. Só não tenho a dizer.”

“É só isso mesmo?”

“Céus, eu já disse que sim!”

“Okay, okay!” Clint pega a correia a retorna ao carro.

“Mas então, já que você não está chateada comigo, toparia sair qualquer dia desses para beber alguma coisa?” pergunta direto.

Maria volta a encara-lo, a expressão pensativa,

“Depois que tudo isso for resolvido, quem sabe.” Ela entra no Jipe e o liga, testando. Clint volta a atenção para o motor, mas diferente de Maria, que tentou disfarçar o sorrisinho, ele não faz nenhuma tentativa de esconder o sorriso que tem na cara.

“Ótimo!” Nat exclama atraindo a atenção de Pepper.

“O que foi?”

“Só vou poder pegar meu carro amanhã.” A ruiva bufa irritada.

“Você sabe que pode pegar um dos carros emprestados.” Lembra Pepper.

“Eu sei, mas o Steve acharia estranho. Droga! Terei de ir de taxi.” Natasha odiava usar Taxi.

“Pode deixar, eu te dou uma carona.” Pepper a tranquiliza.

“Seria muito contramão para você, mas agradeço.” Natasha começa a ajeitar suas coisas para ir embora.

“Bom, posso te deixar no restaurante, se quiser.” Sugere a loira.

“Isso seria bom.” Natasha concorda. “Vou avisar a Maria que já estamos de saída.”

“Manda mensagem, assim você não corre risco de atrapalhar nada!” Pepper aconselha com um tom malicioso e Natasha ri.

“Como se a Maria fosse do tipo que transa no trabalho.” Natasha sacode a cabeça em negação, mas ainda assim, opta por seguir o conselho da loira enquanto a mesma vai ajeitar suas coisas.

Natasha envia a mensagem e em seguida, checa sua imagem num espelho, pensando em dar uma repaginada no visual. Um corte de cabeço, talvez.

“E então?” Pepper questiona tirando Natasha dos seus devaneios.

“Ela disse que ficara um pouco mais. Estão trocando correias e sei lá mais o quê.” Ela informa, lendo por cima a resposta da morena.

“Espero que ela aproveite para trocar o próprio óleo.” Pepper comenta maldosa.

“Virginia Pepper Potts, hoje você está impossível!” Natasha a repreende, rindo.

“Só estou falando verdades.” Defende-se, também rindo.

As duas descem de elevador e logo estão na garagem geral do prédio, onde normalmente ficam os carros pessoais. Elas adentram o Volvo de Pepper e em pouco tempo já estão do lado de fora do prédio, indo em direção ao restaurante onde um Steve bastante chateado – e um tanto descrente – queimava um pedaço de filé.

“Cara! Presta atenção!” Bucky repreende Steve pela vigésima vez. “Por que você não vai para casa hein?” sugere impaciente.

“Bucky, eu tenho trabalho a fazer!” responde igualmente impaciente.

“Não, você tá é dando trabalho hoje!” Bucky aponta para um colega. “Você assume e você...” ele puxa Steve pelo braço. “... vem comigo.”

Steve protesta, mas Bucky ignora e os dois saem para o crepúsculo.

“E ai, vai me contar o que aconteceu?” Bucky se coloca entre Steve a porta da cozinha. Steve suspira derrotado.

“Certo. A Sharon me contou umas coisas sobre a Nat....”

“Tinha quer ser!” Bucky corta a fala de Steve. “É incrível como essa garota consegue te atrapalhar.” Acusa.

“Ela não está me atrapalhando.” Defende Steve.

“A não? E que diabos é aquilo na cozinha?” o moreno aponta para a porta atrás de si onde Steve queimara não apenas o bife como várias outras coisas. O loiro olha para o lado, obviamente não querendo encarar o amigo. “O que ela disse para deixar você desse jeito?”

“Ela contou que a Nat pediu que ela se afastasse de mim. Que ela é uma má influência e mais algumas coisas.” Desabafa.

“E você acreditou? Claro que sim.” Bucky responde sua própria pergunta. “Não é nenhuma novidade que as duas não se bicam, então por que ao invés de ficar queimando tudo você simplesmente não ignora essa birrinha entre as duas?”

“Eu não consigo ignorar! Você sabe que a Sharon é uma amiga para mim. A sensação que tenho é a mesma de quando você e a Nat brigam.”

“Não compare anos de amizade com essa garota que acabou de chegar.” Bucky fala, desgostoso.

“Eu sei que somos amigos há bastante tempo.”

“Não me referi a nossa amizade... me referi a mim e a Nat. Nós brigamos, mas gostamos um do outro. Somos amigos. A Nat e a Sharon nunca serão amigas, melhor aceitar logo isso.”

“Eu não quero que elas sejam amigas!” afirma Steve.

“Então o que você quer?!” pergunta bruscamente Bucky “o que você quer? E por favor melhor deixar claro, por que ninguém está entendendo nada.”

“O que você tá querendo dizer com isso?” Steve questiona confuso.

“Cara, você reclama que Nat não se importa com você, então ela briga com você por causa da Sharon e você briga com ela por isso. Antes eu achava que você só se aproximava da Sharon para fazer ciúmes a Nat, mas agora eu já não sei mais... quero dizer, antes seu casamento estava por um fio, mas agora não está mais, a Nat está bem, vocês estão bem! Mas na primeira acusação que a Sharon faz, ou no primeiro deslize da Nat, você a acusa, cai matando em cima da garota. Parece até que você...” Bucky para.

“Que eu o quê?” Steve pergunta, ao perceber que Bucky não irá continuar. “Diz logo.”

“Que você procura motivos para brigar.” Termina a frase. “Sei lá cara, é como se você precisasse estar constantemente brigando com ela. Você se engana dizendo que ela começa, mas na verdade é você, você começa e não quer que tenha um fim. E é por isso que você continua querendo comprar essa briga que nem é sua.” Conclui.

“É isso que você acha?” Steve pergunta duro.

“É isso que parece.”

“Eu amo a Nat.” Afirma.

“Eu nunca afirmei o contrário. Mas talvez, seja o momento de você repensar esse amor.”

“Tá dizendo para eu me separar?”

“Não cara, apenas que... ‘só amor não é suficiente.’”

Bucky entra novamente na cozinha, deixando um Steve perplexo para trás.

“Hey Bucky!” a voz da ruiva chega a Bucky, que sorri, desanimado. “Você viu o Steve?” pergunta se aproximando.

“Ele estava no fundos há alguns minutos.” Informa.

“Fazendo o quê?” a curiosidade transborda.

“Tomando um pouco de ar fresco.” Responde o moreno. “Agora eu preciso trabalhar, se você não se importa.”

“Claro que não.” Natasha adentra a cozinha e rapidamente chega a porta dos fundos.

Ela cruza a mesma e logo avista Steve encostado numa parede, cabisbaixo. Ela caminha até. Ao longe é possível ver alguns carros na rua próxima.

“Hey!” ela anuncia sua presença. “Tá tudo bem?”

“Nat!” Steve se afasta da parede e vai até a esposa. “O que você tá fazendo aqui?”

“Meu carro não ficou pronto, então pensei que você pudesse me dar uma carona.” Esclarece.

“Certo, quero dizer, acho que posso sair um pouco mais cedo.” Ele se desvencilha da esposa e faz menção de entrar no restaurante.

“Steve, tá tudo bem?” a ruiva repete a pergunta.

“Claro.” Afirma, pouco convincente.

“Você é um péssimo mentiroso.” Acusa, e Steve dá um sorriso triste.

“Nat, sobre a viagem...”

“Steve.” Natasha o interrompe.

“Não acho que seja uma boa ideia viajarmos agora...”

“Steve.” Natasha insiste.

“Quero dizer, podemos esperar mais um pouco, certo? Eu realmente preciso pensar mais um pouco e....”

“Steve?!” Natasha exclama, atraindo a atenção do marido dessa vez.

“O quê?” ele pergunta, assustado.

“Eu estou grávida.”


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Notas finais do capítulo

Eita, eita, eita... quero só ver o que vocês acharam disso!
Beijos queridos e até logo mais!