I Belive- Christina Perri

Acredito que se soubesse aonde estava indo

Perderia meu caminho

Acredito que as palavras que ele lhe falou

Não são seu túmulo

Tudo começou com uma delicada troca de olhar e um sorriso tímido da parte dela e uma cara de susto dele. Logo depois ambos se reprenderam e olhara para direção contrarias.

Mas o Chapéu Seletor escolhe a mesma casa para ficarem e ela não suportava mais ver ele a encarando e mordendo os lábios então se pronunciou:

- Oi- disse meio insegura- sou Marlene Mckinnon.

- Sirius Black- foi tudo o que disse e novamente o clima pesado prevaleceu.

Ambos desviaram sua atenção para suas pequenas conversas seletas, mas mesmo assim pelo canto do olho se observavam.

Sei que não somos o peso de todas as nossas lembranças

Acredito nas coisas que tenho medo de dizer

Aguente firme, aguente firme

Sirius se deitava pensando na garota de olhos azuis e sardas no rosto, sorriso encantador e jeito sarcástico.

Já Marlene gostava de lembrar dos olhos negros sonhadores do garoto e da curva perfeita de sua boca.

Tudo que ambos queriam era se conhecer melhor.

Acredito nas possibilidades perdidas que você não pode ver

No terceiro ano de Hogwarts Sirius e seus amigos já eram conhecidos por suas travessuras.

Era três da tarde e ele estava deitado no jardim de Hogwarts de olhos fechados pensando.

- Achei que nunca fosse ver a essa cena- a voz feminina comentou- Sirius Black em uma tarde sem detenção.

Ele abriu os olhos e observou a loira risonha a sua frente.

- Tem dias que ate as travessuras tem seus limites- ele disse e ela sorriu, um sorriso muito encantador.

- Duvido que não tenha feito nada hoje- disse ela.

- Você pode estará certa Marlene- Um sorrisinho de canto cruzou sua boca.

Marlene se arrepiou ao ouvir a forma que pronunciava seu nome, era tão doce...

E acredito que a escuridão nos lembra

Onde a luz pode estar

Sei que seu coração ainda está batendo, batendo, querido

Acredito que você caiu

Para aterrissar ao meu lado

Sirius havia recaído durante os anos, se tornou pior, a brincadeiras que antes eram inofensivas se tornaram perigosas. Ele parou de ser um garoto doce e passou a ser um garoto temido por todos, na verdade por quase todos, ela não o temia.

Mas também não o deixava se aproximar e por raiva ele se tornou mulherengo, quebrava o máximo de corações que podia só para se sentir melhor, machucar outros pra disfarçar sua dor. Mas o máximo que conseguiu de Marlene foi um revirar de olhos.

Aos olhos do Black, Marlene apenas revirava os olhos, mas mal ele sabia que por dentro a garota sofria como ninguém e se perguntava como ele havia sido capaz daquilo.

A garota sempre gostou de aparentar aos olhos alheios ser dura e continuava a fazer aquilo.

-Ate quando vai continuar com essa farsa Lene?- perguntou sua melhor amiga Lily Evans.

- Que farsa?

- Fingir que não se importa com isso?- A garota se referia a Sirius Black que havia acabado de passar aos beijos com uma garota.

- Eu não ligo- declarou ela recebeu um olhar sarcástico da amiga-Ele escolheu isso, Lily, ele que quis essa vida moribunda, não tenho nada a ver.

- Realmente não se importa? Nem um pouquinho?

- Talvez... Um pouquinho-disse- Acho eu ainda acredito que ele foi para a escuridão para encontrar a luz.- Infelizmente a metáfora não foi entendi por Lily Evans.

Pois estive antes onde você está

E senti a dor de perder quem você é

E morri tantas vezes

Mas ainda estou viva

O Sexto ano de Hogwarts chegou e Sirius se sentia cada vez mais vazio e cada vez mais sujo. Foi em um dia em Hogsmeade que ele percebeu a verdade.

Estava sentado me uma pedra em frente à Casa dos Gritos, ele não havia entrado, apesar de quase sempre se sentir seguro ali dentro, ficou sentado apenas ali fora sabendo que não seria incomodado, nem mesmo por seus amigos, ainda não era o tempo de se encontrarem ali.

Ela chegou sem fazer barulho e se sentou ao seu lado.

- O que esta fazendo aqui?-perguntou Sirius.

- Não sei, realmente não sei. - A loira fechou os olhos e soltou um pequeno gemido de frio. - E pode ter certeza que não estou aqui pelo clima.

Sirius sorriu e passou os braços pelos ombros de Marlene com a intenção de esquenta-los.

- Não precisa- sussurrou a garota.

- Precisa sim.

- Obrigada- ela o olhou com aqueles os azuis brilhantes e ele retribuiu o olhar.

E quando receberam seus lábios estava unidos e um beijo, Sirius queria a trazer mais para perto tinha medo de perdê-la. Mas Marlene se afastou em um salto.

- Ai meu Deus Marlene, o que você estava pensando?- ela sussurrava diversas vezes para si mesma.

- Marlene calma...

- CALMA? VOCE QUER QUE EU TENHA CALMA?! EU ACABEI DE BEIJAR SIRIUS BLACK.

- Pelo menos admita que gostou- ele disse sarcasticamente.

- Não, eu odeie. Eu não vou ser mais uma, Black, não mesmo.

- Você nunca seria mais uma...

- Aposto que é o que diz para todas.

Ela se afastou chorando, talvez estivesse errada sobre ele.

Acredito que amanhã é mais forte que hoje

E acredito que sua cabeça é a única coisa

Atrapalhando seu caminho

Queria que você pudesse ver

Suas cicatrizes se transformarem em beleza

Acredito que hoje está tudo bem não estar tudo bem

Aguente firme, aguente firme

Sirius Black e Marlene Mckinnon só se acertaram realmente o ultimo ano, ele mudou e ela o aceitou. Com todo o seu passado e todas as cicatrizes que viriam juntas. Ela acreditava nele e o amava...

Era tudo perfeito, ambos se amavam só que não declaravam isso um ao outro.

Pois estive antes onde você está

E senti a dor de perder quem você é

E morri tantas vezes

Mas ainda estou viva

Eles saíram de Hogwarts e começaram a fazer parte da Ordem da Fenix original. No casamento de Lily e James ambos foram padrinhos.

Sirius só pediu Marlene em casamento poucos dias apos o pequeno Harry nascer, estavam tão felizes e animados.

O Casamento foi organizado o ais rápido possível, apesar dos noivos acharem que havia sido devagar demais.

Marlene e Sirius permaneciam do lado de fora da casas dos Mckinnon, haviam acabado de aparatar ali e Sirius sorria.

- Falta apenas uma semana Marlene- ele disse se referindo ao casamento.

- Eu sei, mal posso esperar.- ela retribuiu o sorriso enquanto conversavam por mais um tempo.

O noivo se despediu dela com um delicado beijo e desapareceu no ar.

Marlene adentrou a casa que estava em um silencio absurdo, ela não esperava e ele também não, mas aconteceu e aquela noite foi a ultima da vida de ambos, apesar de só um morrer.

Ela morreu pensando nele e sem se culpar das 2 maldições da morte que havia lançado sobre os dois outros comensais da morte, deixando apenas um vivo, o seu assassino.

Aguente firme

Ainda estou viva

Este não é meu fim

Este é o começo

Quando Sirius recebeu a noticia achou que nunca iria superar, e não superou. Ele apenas se enterrou em um monte de tristeza maior a cada dia, ate uma cena de morte seria mais leve que aquilo.

Quando seu corpo passou o véu naquele dia, ele soube que ele estava morrendo e soube que deixaria o sobrinho sozinho para trás, mas ele estava feliz, como nunca esteve, ele ouvia a risada dela e o seu sorriso irônico. Ele a sentia...

E aquele talvez não fosse seu fim, apenas seu começo.