– Tem que ser agora? – Perguntei com preguiça.

– Prefiro que seja... – Suspirei impaciente, já imagino o assunto. – Podemos ir até o jardim? – Assenti e seguimos até uma parte um pouco afastada do jardim. – Quero que você se afaste da Marie! – Exigiu sério.

– Quem é Marie?

– Isabella... – Ficamos nós encarando, mas não consegui segurar a risada.

– E por quê eu faria isso? – Perguntei já sério.

– Ela é minha noiva, nós iremos...

– O quê? Casar? – O interrompi com deboche. – Por favor, né? Você estragou a possibilidade disso acontecer.

– Ela é minha! – Me encarou com firmeza.

– Não acho. Ela pode estar receosa, mas tremi cada vez que eu falo ou me aproximo dela. – O fitei do mesmo modo. – Ela só está evitando o inevitável e você sabe que ela me ama. E mesmo sabendo disso ainda quer “casar” com ela?

– Ela não te ama. – Ele estava começando a perder a compostura.

– Você repete isso toda vez que eu e ela nos encaramos? – Dei um sorriso cínico, percebi o queixo dele trincar e fechar as mãos em punhos. – Você esperava o quê? Que viria até a mim e mandaria eu me afastar da Bella e eu iria te obedecer? – Perguntei rindo.

– Você fez muito mal para Marie. E agora você quer o quê? Que ela veja que você mudou?

– Uau... Exatamente. – Dei uma risada vendo a veia de o seu pescoço querer explodir. – Não irei desistir dela, nunca mais farei isso. E nunca mais irei magoá-la, pode ter toda certeza disso. – Falei o encarando sério.

– Edward? Marcus? – Escutei a voz de Bella meio nervosa se aproximando. – O quê estão fazendo aqui? – Virei o rosto para o lado contrário do som da sua voz e caminhei entre as flores do jardim. Só me afastei alguns passos e peguei uma flor, dei um sorriso me aproximando da Bella e entreguei a flor para ela.

– Não irei falar aquela frase clichê, se é isso que você está pensando. – Falei sorrindo.

– O quê? – Ela encarava a flor perplexa.

– Aquela é... Uma flor para a outra flor. – Respondi rindo. –Eu acho que é assim... – Ela me encarava atônita.

– Você é muito cara de pau. – Marcus falou entre dentes, gargalhei saindo do jardim. Entrei na casa indo para a sala.

– Pai... – Virei vendo o Tony correr na minha direção. – Capitão Whitlock falou que eu posso ser igual á ele. – Disse com um grande sorriso no rosto.

– É claro que pode, só tem que convencer a sua mãe antes disso. – Ri da cara de desgosto que ele fez.

– Mas eu já cresci...

– E daí? Ela é sua mãe, sempre tentará te convencer do contrario. – Bufou com raiva. – Mas não se preocupe, sempre irei te apoiar. – Ele sorriu me abraçando. – Mas não se anime muito, nessa questão ela não irá levar minha opinião em consideração.

– Só um já basta... – Deu de ombros. Ele já está decidido e ninguém vai consegui o convencer do contrário. Outra característica da mãe, quando coloca alguma coisa na cabeça... Ninguém tira. – Tio Emm está na sala com os outros, vou ver onde a Nessie está. – Assenti e sai completando o caminho até a sala.

– E então... – Olhei para todos notando um clima tenso no ar, olhei para Emmett que tinha uma expressão de ódio no rosto. – O quê está acontecendo?

– Eles não querem ir até a minha Rose...

– Calma Emmett... – Jasper tentava acalmar o meu irmão, o que não sortiu muito efeito. – Não podemos fazer nada disso, viemos até aqui com uma missão e ela será comprida. – Tentou convence-lo.

– Não importa. Se nós não formos até a Rose, eu não irei com vocês! – Emmett exclamou irritado.

– Não faz falta! Para onde iremos com um aleijado? – Tyler falou rindo com deboche. Cruzei a sala rapidamente e soquei a cara dele. Ele caiu no chão assustado e eu me joguei em cima dele socando mais o seu rosto.

– Não ouse falar assim com meu irmão seu idiota. – Gritei sem parar de soca-lo.

– Edward, calma... – Jasper e Erik tentavam me tirar de cima dele, mesmo eles dois me puxando com força não conseguiam me tirar e eu não dava trégua para o rosto de Tyler.

– EDWARD... PARA... – Escutei Bella gritar desesperada, olhei para o rosto de Tyler todo ensanguentado e me afastei.

– Se você falar outra gracinha... Eu te mato. – Falei ainda o encarando, cuspi em seu rosto e levantei.

– Fique calmo. – Tânia pediu se aproximando.

– Isso aí Edward, queria fazer isso faz tempo... Meu herói. – Emmett falou alegre e ganhou um olhar de desaprovação de Bella, o que o fez encolher o ombro intimidado.

– Vêm, vamos para a cozinha. – Bella puxou o meu braço. – E Tânia leva o Emmett até o escritório. – Tânia iria falar algo, mas a Bella virou o rosto sem se importar e continuou andado. – Você está bem? – Perguntou examinando o meu rosto.

– Estou... Não dei tempo para ele reagir. Ele pensou que ninguém tentaria nada contra ele. – Ela me puxou para sentar na cadeira e foi até a geladeira.

– Vou pegar gelo, para o seu punho. - Falou colocando gelo em um copo, depois se aproximou pagando a minha mão e analisando os meus dedos. – Vem, sua mão está suja de sangue. – Fomos até a pia e ela passava água com cuidado na minha mão. – Está doendo?

– Não sei... – Ela me encarou confusa. – Com você tão próxima, preocupada e cuidando de mim, só me faz ficar extasiado. – Falei com um sorriso.

– O quê você e o Marcus estavam conversando?

– Algo muito importante... – Ela me olhou levantando uma sobrancelha.

– E isso seria?

– Sobre você é claro, o quê mais seria? – Ela alternava olhares entre os meus olhos e meus lábios. – Eu te amo Bella. – Puxei-a para mais perto e colei nossos lábios. Comecei a sugar seu lábio inferior devagar me permitindo saboreá-los e depois aumentei a intensidade. Quando senti que ela correspondia com a mesma intensidade, aprofundei o beijo. Bella enlaçou meu pescoço me puxando mais para ela, nossas línguas se encontraram em uma dança frenética e só paramos quando o ar se fez necessário.